quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cruzeiro novo


Em 2007, o "problema" do Cruzeiro de Dorival Júnior era ser ofensivo demais. Ao assumir a equipe, Adílson Baptista detectou isso e, com a contratação de Fabrício, resolveu dar mais tranqüilidade aos sempre criticados zagueiros de sua equipe, sacando um meia ofensivo. Diante do Cerro Porteño, segunda exibição cruzeirense em 2008, a fórmula se mostrou adequada e Ramires, mais solto para ir à frente, provou sua indiscutível qualidade, pouco reconhecida no ano passado. Fez dois gols e foi o melhor em campo.

Nesse 4-3-1-2, com Charles armando o jogo de trás e Ramires e Fabrício mais à frente, Wagner tende a jogar mais próximo dos rápidos e intuitivos Guilherme e Marcelo Moreno. Com essa receita, Adílson produziu um setor ofensivo bastante jovem e veloz, em que praticamente todos - exceto Fabrício - possuem menos de 23 anos.

A fórmula tática, também, dá mais segurança para os zagueiros e laterais. Apodi, quando conseguir a titularidade, deve voltar a agravar um pouco o sistema defensivo, pois é da estirpe de Léo Moura e Cicinho. Adílson Baptista precisará pensar no que fazer.

Com 3-1 dentro do Mineirão, os cruzeirenses praticamente asseguraram a classificação para a chave principal. Ainda que claramente abaixo de outras equipes como São Paulo, Boca Juniors e América do México, o Cruzeiro tem um potencial técnico capaz de medir forças com qualquer outro. A imprevisibilidade, marca da equipe de Dorival Júnior que ganhou vários jogos por goleada, ainda não foi mudada. O torcedor celeste pode sorrir em 2008.

- Kerlon

O novo Cruzeiro, porém, não terá Kerlon pelos próximos meses. O menino foca passará por delicada e recorrente cirurgia no joelho, para tristeza geral na Toca da Raposa. Destaque nos treinamentos de início de ano, ele era uma das maiores esperanças do clube para 2008.

Prudência com Adriano


O Imperador fez três gols em cinco jogos de Campeonato Paulista. Dois de fora da área, de canhota, um de cabeça, além do que foi invalidado no clássico de domingo passado. Já há quem diga que Adriano está recuperado, limpo e com a cabeça boa. Os mais acelerados já falam em lhe ter novamente na seleção. É bom ir devagar.

Adriano vem de duas temporadas e meia de pouquíssimo futebol e menor ainda regularidade. Pela qualidade que possui, faria a diferença - e nem tem feito tanto - de qualquer maneira, já que o Campeonato Paulista está longe de ser uma Liga dos Campeões ou Copa do Mundo.

Nos primeiros meses do ano passado, Adriano ameaçou voltar a jogar bem. Fez dois ou três jogos razoáveis, uns golzinhos, e Dunga logo lhe chamou para enfrentar Portugal, partida em que o Brasil perdeu, o Imperador foi mal, e rapidamente voltou à fossa.

Por tudo isso, não custa nada ter um pouquinho mais de paciência. Aguardar partidas seguras de Adriano na Copa Libertadores e outros jogos importantes, aí sim, pode determinar sua recuperação. Esta, aliás, parece muito provável. Desde que não seja equivocadamente detectada antes da hora.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Futebol brasileiro


Volto a publicar a coluna que, às segundas-feiras, é publicada na íntegra na Trivela. Para ler tudo, clique aqui.

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"Feliz ano velho"

Praticamente o mesmo desenho tático, a mesma filosofia de contratações e o mesmo pensamento sobre o futebol. O mesmo Botafogo também tem Cuca no banco e começa 2008 com as mesmas perspectivas que tinha no meio da última temporada, quando liderou o Campeonato Brasileiro por dez rodadas e brigou por títulos.

Com o ambiente renovado pelas saídas de Dodô e Zé Roberto, nomes importantes, mas que tinham claro desgaste com a direção, o Botafogo também se cercou de negócios bem interessantes e que, de certa forma, podem vir a ser lições para o Fluminense, que preferiu investir em grife e não olhar para as necessidades do próprio time. Os principais problemas de elenco foram as saídas de Juninho e Joílson para o São Paulo.

No setor defensivo, Ferrero e Édson parecem apostas com boa probabilidade de sucesso, caso se considere as opiniões de quem os seguiu de perto. André Luís, após uma fase ruim de alguns anos, receberá, em 2008, a chance de ser titular em um clube grande. Triguinho é um lateral seguido por todos há muitos anos, e terá a missão de repetir o papel antes feito por Luciano Almeida. A julgar pelo que mostrou com a camisa do São Caetano, a chance de se dar bem é muito grande.

No meio-campo, a probabilidade de Túlio Souza se tornar um titular deve aumentar com o desenrolar da temporada. Jogador versátil, inteligente e que tem a primeira chance em um clube grande, o ex-Coritiba tem tudo para cair nas graças de Cuca. As mesmas características se aplicam ao incansável Abedi, ex-Vasco, outro bom reforço. Marcelinho, outro que passou por São Januário, pode executar papel de meia ou aparecer em qualquer uma das duas pontas do ataque.

Aqui, Jorge Henrique parece renovado e com possibilidades de voltar a jogar o futebol dos primeiros meses do último ano, assim como Lúcio Flávio. O ataque botafoguense passa a ter Zé Carlos, que se ainda tiver o vigor que lhe caracterizou no início da carreira, pode se tornar uma boa aposta. Wellington Paulista, um dos nomes que mais vai sendo elogiado, tem a dura missão de substituir Dodô.

Em campo, o que é o mais importante, as expectativas vão se confirmando. O Botafogo não deu chances aos três pequenos que enfrentou, cumprindo assim a sua missão. O sucesso ou fracasso da receita, só mesmo o tempo para responder. Mas, caso os dirigentes, a comissão técnica e os jogadores remanescentes tenham aprendido as lições de episódios como as derrotas para São Paulo e River Plate, o Fogão pode ter em 2008 a chance de ir além do que fez em 2007.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O futuro do Santos


Emerson Leão se cansou de Wesley e Renatinho, ambos também da base santista, e resolveu apostar em Tiago Luís para conquistar a primeira vitória do Santos no Campeonato Paulista. Sorridente e brincalhão nas entrevistas após a partida, Leão certamente não se arrependeu da opção que fez.

Além de ir às redes com um bonito cabeceio e abrir o caminho para a vitória santista, Tiago Luís levou trabalho constante aos defensores do Bragantino. Típico atacante trabalhador, que incomoda os adversários, briga por todos os lances e também tem qualidade técnica, ele tem tudo para se afirmar profissionalmente em 2008.

Ao que parece, Tiago chega ao time de cima no momento correto. É um atacante que, a despeito de sua juventude, já pode tentar se impor fisicamente sobre os zagueiros adversários. Com a valorização que cada dia mais se dá para a base, muitos meninos são lançados prematuramente, sobretudo, na parte física. Lulinha e Jô, do Corinthians, são dois exemplos perfeitos.

Atuando como segundo atacante, solto, Tiago Luís tem argumentos técnicos para trilhar um bom caminho. Cabeça boa, não parece deslumbrado com o sucesso de quem fez oito gols na última Copa São Paulo e foi ridicularmente chamado de "Messi brasileiro" pelo Diário Marca. As características, por si só, já são bem diferentes, e Tiago está mais para Tevez, digamos.

Com o contrato renovado por cinco anos, Tiago por pouco não estreou profissionalmente na Vila Belmiro - seu sonho, segundo ele mesmo. Wagner Ribeiro, ainda que não seja empresário do jogador, tentou pôr o dedo no negócio. O suposto interesse do Real Madrid, nesse caso, parece ter tudo a ver com a interferência do poderoso empresário. Afinal, o Diário Marca não é uma fonte nada confiável e ninguém do clube madrileno manifestou o interesse na contratação.

Em meio à toda essa confusão - Leão chegou a querer dispensá-lo da concentração no domingo, Tiago Luís mostrou maturidade e talento. Foi à campo e, em 90 minutos, passou a sensação de que pode ser titular em 2008. E dar um pouco mais de qualidade a um time debilitado após a saída de jogadores importantes, Vanderlei Luxemburgo e a pouca ambição da diretoria na remontagem do elenco.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Não precisa forçar a barra!


Caio Ribeiro, que rapidamente passou da Rádio CBN ao Sportv e ainda mais rapidamente do canal fechado para a Rede Globo, esteve comentando a partida entre São Paulo e Corinthians ao lado de José Roberto Wright e Luís Roberto.

Quem acompanha o trabalho de Caio há mais tempo, sabe que se trata de um comentarista ponderado, bem informado e acima da média Sportv e de boa parte dos componentes do Arena. Ainda assim, a transmissão do clássico paulistano, em vários momentos, tomou atitudes para canalizar a imagem de jogador construída por ele.

Vídeo de final da Copa SP de 93, comentários do tipo "em quantos time você jogou" e outras atitudes para relembrar que era o Caio, o ex-jogador do São Paulo, que comentava o jogo ali, foram tomadas. Baita forçada de barra!

Caio é um bom comentarista e a própria emissora sabe disso, já que optou por ele, em detrimento ao fraquíssimo Müller para preencher o espaço de Casagrande. Não precisa forçar a barra, lembrar que ele foi jogador. Isso pouco importa.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

500 vezes Carragher


Nesta segunda-feira, Jamie Carragher transpõe a barreira de 500 jogos com a tradicional camisa vermelha do Liverpool, onde atua como profissional desde 1999. Menos badalado do que a maioria dos grandes zagueiros na Europa, Carragher é certamente um top five mundial entre os nomes da posição. E, com tal marca atingida em Anfield Road, vai se tornando legenda e um dos maiores beques na história do clube.

Carragher estreou profissionalmente em janeiro de 1999, mas já era um Red desde 94. Além disso, foi presença freqüente nas seleções inglesas de base, por onde teve incríveis 27 convocações. Três meses depois, também debutava no English Team, onde teria a dura concorrência de nomes como o badalado Rio Ferdinand, o respeitado Sol Campbell e o vigoroso John Terry, entre outros.

Sentindo-se pouco prestigiado, em julho do último ano, Carragher resolveu se dedicar apenas ao Liverpool, abdicando da seleção inglesa. Até aqui, são 34 atuações com a camisa do English Team. Fabio Capello, recém-contratado, deverá investir no retorno do defensor dos Reds, prestes a completar 30 anos no próximo dia 28.

Dono de muitos títulos, em 2001, conquistava o primeiro grande troféu de sua carreira. Ainda garoto, era o lateral-esquerdo do Liverpool campeão da Copa Uefa, em inesquecível final diante do Alavés. No miolo da defesa, jogavam os experientes Hyipiã e Henchoz. Quatro anos depois, Carragher atingia o topo da Europa ao ter importante participação no êxito máximo da Liga dos Campeões, vencida em outra decisão épica, agora contra o Milan de Kaká e Shevchenko. Ali, já era um dos zagueiros titulares.

Além dos dois títulos internacionais, onde também podem ser incluídas duas Supercopas da Europa, Carragher é duas vezes campeão da FA Cup, além de outras duas da Copa da Liga e ainda mais duas da Community Shield.

No currículo do seguro, forte e incansável Jamie Carragher, ainda não há um título da Premier League. Tempo disponível e gana para isso, certamente, não lhe faltarão nos próximos anos.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Copa Africana de Nações


Rolou a bola na África. Neste domingo, iniciaram-se as disputas da Copa Africana de Nações, principal torneio do continente. Por questão de tempo, o blogueiro não pode dar, por ora, a merecida atenção que merece a Copa. Contudo, promete falar mais dela conforme o desenrolar das partidas.

Entretanto, não pode passar o breve registro, com a recomendação do preview iniciado pelo amigo Marcus Alves, na coluna de África na Trivela.

Na partida de estréia, nesse domingo, Gana comprovou o leve favoritismo que carrega, ao vencer Guiné por 2-1. Atuando em casa, os ganeses contaram com boas performances de Asamoah Gyan, Essien, Kingson, Muntari e Quinsy.

Nos próximos dias, mais sobre a CAN.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Preview - Campeonato Paulista-08



São Paulo

Técnico: Muricy Ramalho
Time base: Rogério Ceni, André Dias, Juninho e Miranda; Joílson, Fábio Santos (Carlos Alberto),
Hernanes e Richarlyson; Jorge Wagner; Adriano e Dagoberto

Aparentemente mais forte. É assim que o São Paulo vem para 2008 em razão da chegada de jogadores com qualidade para oferecer. O grande desafio, neste ano, será controlar o ambiente interno e aproveitar o elenco como um todo, já que as competições prometem desgastar o plantel tricolor, que é, naturalmente, obrigado sempre a pensar em título quando disputa algum torneio.

Muricy Ramalho, iniciando sua terceira temporada no Morumbi, tem falado sobre a obrigação de somar muitos pontos no começo do Paulista. Em razão da Libertadores, será natural um desvio de foco em favor do torneio continental, maior objetivo na temporada. Se conseguir abraçar os dois torneios, o São Paulo é favoritíssimo ao estadual. Mas, caso perca, não irá, provavelmente, considerar uma tragédia.

Palmeiras

Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Time base: Diego Cavalieri, Elder Granja, Gustavo, Dininho e Leandro; Pierre; Makelele e Martinez; Valdívia e Diego Souza; Alex Mineiro

A presença de Vanderlei Luxemburgo, no clube que seja, produz expectativas. No Palmeiras, como em poucos lugares, elas ficam maiores ainda. Com um passado de sucesso no Parque Antártica que dispensa apresentações, o treinador parece capaz de embutir, no capacitado elenco deixado por Caio Júnior, o espírito vencedor que seu antecessor, justamente, não foi capaz de transmitir.

Para isso, Luxa contará, ainda, com o providencial aporte da Traffic, que já trouxe Diego Souza e Lenny através de seus recursos. Nomes como Elder Granja e Alex Mineiro, se bem fisicamente, também têm qualidade a oferecer. Por estar mais focado no Campeonato Paulista que os outros principais candidatos, o Verdão entra com possibilidades de conquista. Até porque tem, no banco, alguém que sabe, como ninguém, os atalhos dos gramados paulistas.

Santos

Técnico: Emerson Leão
Time base: Fábio Costa, Filipi (Dênis), Evaldo (Adaílton), Betão e Kléber; Marcinho Guerreiro e Rodrigo Souto; Rodrigo Tabata e Vítor Júnior; Renatinho e Kléber Pereira

Emerson Leão voltou à Vila Belmiro como a grande cartada da diretoria santista. Não que o treinador ainda viva ótima fase, mas é um nome que tem a confiança de Marcelo Teixeira e produz, no clube, uma sensação positiva. Contudo, o material humano que restou – e o que foi acrescentado – parece ainda insuficiente para o Santos medir forças entre os melhores.

Ainda assim, o atual bicampeão paulista tem totais condições de brigar pelo terceiro título consecutivo, algo que São Paulo não vê desde 1969. Há jogadores importantes e de qualidade, como Fábio Costa, Rodrigo Souto e Kléber Pereira. Caso os novos reforços se incorporem bem ao grupo e outras possam chegar, o Santos fica ainda mais forte. Se Leão tirar suco de jovens prodigiosos como Carleto, Alemão, Alex e Tiago Luís, as perspectivas se aumentam ainda mais em um raciocínio otimista.

Corinthians

Técnico: Mano Menezes
Time base: Felipe, Coelho, Chicão, William e André Santos; Bruno Otávio e Perdigão; Marcel e Lulinha (Alessandro); Finazzi e Acosta.

Após o trauma do rebaixamento e uma temporada horrorosa em 2007, o Corinthians volta para os gramados com a sensação de que conseguiu trabalhar razoavelmente bem para o próximo ano. Além de manter os destaques Felipe e Finazzi, buscou nomes bem conceituados como o zagueiro William, o lateral André Santos e Acosta, um dos destaques do último Brasileiro, além de segurar Coelho, ótimo jogador. A chegada de Mano Menezes, claramente, transforma o ambiente do clube e traz mais expectativas para 2008.

Com uma defesa forte e um ataque com cheiro de gol, basta saber como se comportará o meio-campo, bastante carente de talento. Se conseguir queimar as etapas e vencer jogos desde o início, o Corinthians pode correr por fora na briga pelo título. Mas, se construir uma base forte para brigar na Série B, de qualquer forma, o Timão já estará atingindo seu principal objetivo para a temporada.

Portuguesa

Técnico: Vágner Benazzi
Time base: André Luís, Patrício, Marcos Aurélio, Bruno e Juninho Goiano; Eric e Dias; Preto (Ramón) e Zé Maria; Diogo e Christian

O retorno da Portuguesa é um dos maiores atrativos deste Campeonato Paulista. Assim como ocorreu no plano nacional, a Lusa se recuperou em São Paulo e chega, em 2008, com cara de que pode aprontar para os times grandes do estado. Mesmo que perdendo titulares importantes da última temporada, como Tiago e especialmente Leonardo, os rubro-verdes trabalharam com afinco e foram atrás de jogadores rodados como Christian e Zé Maria, identificado no Canindé.

A forma desses atletas, em particular, é que pode definir o quão forte virá a Portuguesa nesse ano. Remanescentes como o zagueiro Bruno, o meia Preto e o badalado atacante Diogo, já são realidades no clube e devem apresentar isso, nacionalmente, em 2008. Se Vágner Benazzi tiver sucesso na mescla de idades e estilos e a Lusa jogar como no ano passado, os quatro grandes podem se cuidar.

Barueri - Técnico: Gelson Silva

Destaques: Alberto (atacante, ex-Santos), Renato (zagueiro, ex-Corinthians – futebol de base) e Rodrigo Paulista (atacante, ex-Internacional)

Lembra deles? Márcio (goleiro, ex-Paulista), Ávalos (zagueiro, ex-Santos), Márcio Careca (lateral, ex-Palmeiras), Goeber (volante, ex-Flamengo), Rodrigo Pontes (volante, ex-Portuguesa), Flávio (meia, ex-Palmeiras e Ponte Preta) e Amaral (ex-Palmeiras e Corinthians)

O ano de 2007 tinha tudo para ser o da permanência para o Grêmio Barueri. Após conseguir ficar na elite do Paulistão e fazer razoável campanha na Série B do Campeonato Brasileiro – participando de ambos os torneios pela primeira vez. Agora, o GRB investe razoavelmente para brigar por objetivos maiores e com uma série de jogadores conhecidos e que podem oferecer qualidade. Como também conta com estrutura e um treinador que vem credenciado pelo bom trabalho no Criciúma, é bom ficar de olho.

Bragantino - Técnico: Marcelo Veiga

Destaques: Moradei (volante, ex-Corinthians), Somália (meia) e Bill (atacante)

Lembra deles? Gléguer (goleiro, ex-Portuguesa), Ney Santos (lateral, ex-América de Natal), Kadu (zagueiro, ex-Corinthians) e Nunes (ex-Juventus e Santo André)

Com alguns jogadores que fizeram parte da equipe semifinalista no Paulistão 2007 e que subiu para a Série B, o Massa Bruta tem, também, o retorno de Marcelo Veiga, que já estava em Bragança desde o fim do ano passado. Com investimentos modestos, o clube espera reviver os últimos dois torneios estaduais, onde foi bem e apresentou jogadores de primeira linha: Felipe, goleiro, no ano passado e Marcos Aurélio, atacante, em 2006.

Guarani - Técnico: Roberval Davino

Destaques: Talles (atacante da base) e Danilo Silva (zagueiro, ex-São Paulo)

Lembra deles? Xandão (zagueiro, ex-São Paulo), Roger Bernardo (volante, ex-Palmeiras) e Fábio Pinto (atacante, ex-Internacional e São Caetano)

Pode parecer estranho, mas o Guarani retorna para a primeira divisão paulista com um dos elencos mais frágeis da elite estadual. Sem grandes novidades em relação ao elenco prematuramente eliminado na Série C, o Bugre vive, mesmo, dias de tensão. Roberval Davino é conhecido como um técnico que inventa bastante, mas colhe poucos bons resultados. Agora, precisará se desdobrar para manter o alviverde longe do rebaixamento.

Guaratinguetá - Técnico: Guilherme Macuglia

Destaques: Toninho (zagueiro, ex-Náutico), Alê (meia, ex-Ponte Preta), Caiuby (atacante, ex-Corinthians) e Dinei (atacante, ex-Atlético-PR)

Lembra deles? Thiago Gomes (zagueiro, ex-Palmeiras), Magal (volante, ex-Internacional) e Alessandro Cambalhota (atacante, ex-Santos e Vasco)

Após chegar à elite e permanecer em 2006, o Guaratinguetá subiu um degrau ao conquistar o simbólico título do interior, batendo o bom Noroeste na final. Agora, novamente com um time razoável para os padrões do torneio, o Guará fala grosso e pensa em semifinal. Para isso, resgatou Alê e Magal, de boas participações na temporada passada, e acertou com Guilherme Macuglia, arquiteto do time do Coritiba, campeão da Série B 2007.

Ituano - Técnico: Pintado

Destaques: Marcelo (goleiro, ex-Corinthians), Anderson Lima (lateral, ex-Coritiba) e Luís (atacante, ex-Palmeiras)

Lembra deles? Paulo Rodrigues (lateral, ex-Vitória), Peter (lateral, ex-Paraná), Almir (volante, ex-Portuguesa), Alex Afonso (atacante, ex-Palmeiras) e Beto (atacante, ex-Palmeiras)

Além do Palmeiras, a Traffic acertou com o Ituano e, em 2008, promete recolocar o clube nas páginas de sucesso do futebol estadual e até nacional, já que Itu viu sua equipe terminar a última Série B na lanterna. Com uma série de bons jogadores, em especial o experiente Anderson Lima, a sensação é de que o time de Pintado pode brigar na metade de cima da tabela. E o Verdão, de quebra, pode absorver alguns atletas após o fim do estadual.

Juventus - Técnico: Márcio Bittencourt

Destaques: Alan Dellon (atacante, ex-Vitória), Glauber (meia) e Johnny (atacante, ex-Corinthians)

Lembra deles? Dedimar (zagueiro, ex-Santo André), Fernando Miguel (volante, ex-Paraná), Vampeta (volante, ex-Corinthians), Fernando Diniz (meia, ex-Fluminense e Santos) e Valdir (lateral, ex-Santos e Internacional)

Com Márcio Bittencourt mantido para 2008 e o título da Copa FPF na bagagem, o Juventus se restringiu a buscar jogadores experientes para, supostamente, acrescentar qualidade ao seu bom plantel. Com a espinha dorsal formada pelo lateral Valdir, o meio-campista Glauber e o avante Johnny, o Moleque Travesso pode surpreender caso tenha sucesso na mistura de gerações.

Marília - Técnico: Jorge Raulli

Destaques: Mauro (goleiro, ex-Santos), Gum (zagueiro, ex-Internacional) e Marcelo Nicácio (atacante, ex-CRB)

Lembra deles? Júlio César (lateral, ex-Bragantino), Rafael Fefo (volante, ex-Corinthians), Romeu (volante, ex-Goiás e Corinthians)

Entre os interioranos, o Marília foi um dos mais tímidos na hora de ir às compras. Poucos jogadores rodados integram o plantel do MAC, que deve apostar muito no atacante Marcelo Nicácio, um dos principais destaques da última Série B. Nomes como o zagueiro Gum, o goleiro Mauro e o lateral Júlio César, possivelmente, podem compor uma equipe forte, mas que tem, no banco, um técnico pouco experiente na primeira divisão e vivendo a melhor oportunidade da carreira.

Mirassol - Técnico: Luís Carlos Martins

Destaques:
Doriva (volante, ex-São Paulo) e Fabiano Souza (atacante, ex-Internacional)

Lembra deles? Alexandre Fávaro (goleiro, ex-Ponte Preta), André Turato (zagueiro, ex-Ceará), Márcio Alemão (zagueiro, ex-Santa Cruz) e Cláudio (lateral, ex-Noroeste e São Caetano)

Realizando boas campanhas nas séries inferiores e formando jogadores conhecidos há alguns anos, o Mirassol enfim atingiu o objetivo para chegar à elite do futebol paulista. Para se manter, o nome de Luís Carlos Martins parece um interessante atrativo, embora o elenco em si, por nome, pareça insuficiente para isso. Doriva, a depender de sua forma física e disposição, pode colaborar muito, assim como o surgimento de novos garotos, características do clube que lançou, entre outros, Danilinho e Marcelo Matos.

Noroeste - Técnico: José Carlos Fescina

Destaques: Fabiano (goleiro, ex-Náutico), Edno (meia, ex-Atlético-PR), Otacílio Neto (atacante, ex-Figueirense) e Leandrinho (atacante, ex-Santo André)

Lembra deles? Leandro Eugênio (lateral, ex-Botafogo) e Luciano Bebê (meia, ex-Corinthians)

Responsável por ótimos papéis nos últimos dois anos, o Noroeste chega para 2008 reproduzindo as mesmas expectativas das edições recentes. Como já é de praxe em Bauru, o clube foi atrás de jogadores de sucesso em tais campanhas. Edno, Fabiano, Leandrinho, Luciano Bebê e Otacílio Neto retornam após não terem feito, em outros lugares, o mesmo feito com a camisa do Norusca. José Carlos Fescina, responsável pelo crescimento do Barueri, terá o desafio de suceder Paulo Comelli.

Paulista - Técnico: Marcus Vinícius

Destaques: Rever (volante), Ricardinho (meia, ex-Coritiba)e Rodrigo Fabri (meia, ex-Portuguesa)

Lembra deles? Adinan (goleiro, ex-Palmeiras), Fábio Vidal (lateral, ex-Ponte Preta), Marco Aurélio (lateral, ex-Santos e Cruzeiro) e Neto Baiano (atacante, ex-Atlético-PR)

O ano passado terminou como terrível para o Paulista. Há muito tempo buscando o acesso para a Série A nacional, o Galo da Japi terminou na Série C, não digerindo bem a saída de Vagner Mancini após o Paulista. Para voltar a brigar entre os grandes, papel padrão do clube nos últimos anos, Marcus Vinícius (ex-jogador de Ponte, Cruzeiro e Paulista) terá bons jogadores em mãos e a volta de atletas como Rever e Ricardinho, identificados com o Jayme Cintra. Gilsinho, vendido para o Japão, deve fazer falta.

Ponte Preta - Técnico: Sérgio Guedes

Destaques: César (zagueiro, ex-Portuguesa e Fortaleza), Jean (zagueiro, ex-Vitória) e Wanderley (atacante, futebol de base)

Lembra deles? Vicente (lateral, ex-Paraná), Raulen (volante, ex-São Caetano), Elias (meia, ex-Juventus e Palmeiras) e Deda (volante, ex-Gama)

Sem sucesso nos objetivos para o último ano, a Ponte foi obrigada a reformular o elenco e não teve muito dinheiro em mãos para isso. Assim, reforços modestos chegaram ao Moisés Lucarelli, que terá, no banco, Sérgio Guedes. Ex-goleiro do clube, o treinador tem um discurso de identificação com a Macaca, que precisará muito extrair bons nomes da base e, terá em prova, a capacidade de buscar bons nomes pelo interior. A receita já trouxe sucesso para a Ponte Preta.

Rio Claro - Técnico: Paulo Cezar Catanoce

Destaques: Luís Henrique (goleiro), Chumbinho (meia, ex-São Paulo) e Luciano (atacante, ex-Juventude)

Lembra deles? Douglão (zagueiro, ex-Internacional), Fernando Lombardi (zagueiro, ex-Paraná), Sérgio Júnior (atacante, ex-Sporting Cristal) e Júnior (atacante, ex-Santos)

Em 2007, por pouco, o Rio Claro não voltou para a Série B logo ao chegar na primeira divisão. Ainda assim, o Galo Azul foi atrás e trouxe de volta a base dessa equipe, em que destacou o atacante Luciano, rebaixado com o Juventude no Brasileiro. Além disso, promessas esquecidas em Santos e São Paulo, o meia Chumbinho e o atacante Júnior poderão renascer, mas a expectativa, aparentemente, é apenas de se manter na elite.

Rio Preto - Técnico: Luciano Dias

Destaques: Pitarelli (goleiro, ex-Guarani), Éder (meia, ex-Criciúma) e Willian (atacante, ex-Vitória)

Lembra dele? Emerson (volante, ex-Guarani)

Estreante na elite paulista, o Rio Preto chega na esteira do tradicional rival América, que estará na Série B estadual. Para brigar pela permanência, o clube apostará em um plantel limitadíssimo e repleto de jogadores desconhecidos. Às vezes, receitas assim funcionam, mas não é lá muito comum. Pitarelli, herói bugrino na Copa São Paulo de 94, é nome mais expressivo da equipe vice-campeã da última segundona.

São Caetano - Técnico: Amauri Knevitz

Destaques: Luiz (goleiro), Andrezinho (lateral e meia, ex-Ponte Preta, Bragantino e São Paulo), Maurício (zagueiro) e Douglas (meia)

Lembra deles? Wilton Goiano (lateral, ex-Portuguesa), Hernani (volante, ex-Noroeste) e Rafinha (meia, ex-São Paulo)

Vice-campeão do último torneio, o São Caetano pagou o preço por isso ao longo do ano ao perder as principais referências para equipes maiores. Para reformular o plantel, veio Amauri Knevitz, campeão paranaense. Com alguns jogadores de sucesso no interior, o Azulão aposta, novamente, na receita que o projetou nacionalmente. Parece um time capaz de brigar pelo G-4, sobretudo se Douglas repetir o futebol do primeiro trimestre de 2007.

Sertãozinho - Técnico: Luiz Carlos Barbieri

Destaques: Lauro (goleiro, ex-Ponte Preta), Adriano (volante, ex-Paraná e Bragantino) e Marcos Denner (atacante, ex-Flamengo)

Lembra deles? Deola (goleiro, ex-Palmeiras e Barueri), Leandro Smith (lateral, ex-Goiás), Galeano (volante, ex-Palmeiras), Ricardo Lopes (volante, ex-Ituano),

Em 2007, o Sertãozinho chegou à primeira divisão e apostou em uma série de jogadores rodados e, de certa forma, bem cotados. Por pouco, não foi para a segundona. Com o técnico Barbieri de volta, o Touro dos Canaviais aposta, mais uma vez, em um plantel experiente com Galeano, Lauro, Adriano e Marcos Denner. É aguardar para ver.


IMAGEM: DIEGO BRITO

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Fracasso em La Romareda


Víctor Fernández não é mais técnico do Zaragoza. Responsável pelo maior título do clube aragonês em 1995, a Recopa Européia, o treinador não vinha conseguindo atingir os objetivos ambicionados pela direção e pela torcida e, a dois pontos apenas da zona de rebaixamento, acumulava nove jogos sem vencer. Ander Garitano, comandante da equipe juvenil, assumirá o posto, ao menos, até o fim da temporada.

O treinador, bastante querido em La Romareda, já não tinha mais clima para seguir, já que a temporada em curso se mostrava horrorosa para o Zaragoza. Após ter vencido 16 jogos e encerrado a última Liga Espanhola em sexto lugar, chegando a aspirar até mesmo os quatro primeiros postos e a Liga dos Campeões, os aragoneses não têm sorrido muito desde o início da época. A trajetória européia, aliás, se mostrou trágica: o inexpressivo Aris Salónica, da Grécia, eliminou a equipe de Víctor Fernández já na primeira eliminatória.

Com praticamente toda a base da última temporada mantida e alguns reforços de muita qualidade, Fernández falhou na consolidação de uma equipe forte na concorrida “classe-média” dos clubes espanhóis. Com investimentos menores, Villarreal, Espanyol e até o modesto Racing Santander, têm feito papéis de relevo na Liga Espanhola. Se perdeu o indispensável zagueiro Gabi Milito, o jovem versátil espanhol Piqué e o brasileiro Ewerthon, o Zaragoza trouxe pelo menos três reforços de impacto: Roberto ‘Ratón’ Ayala para a zaga; Matuzalém, ex-Shakhtar, para o meio; Ricardo Oliveira, internacional brasileiro, para a linha ofensiva.

Tais reforços, alinhados a um elenco que já tem nomes de primeira linha como Pablo Aimar, Diego Milito, Carlos Diogo e Sergio Fernández, reproduziam uma expectativa bem superior ao décimo segundo lugar, atual colocação. Víctor Fernández, nome de sucesso também com o Celta de Vigo ao fim dos anos 90, campeão nacional com o FC Porto e de uma passagem relevante anterior por La Romareda, não teve sucesso com esses jogadores todos.

Assim, se atinge um fracasso – ao menos momentâneo – nas perspectivas de Eduardo Bandrés, presidente do Zaragoza há um ano e meio no cargo. Bandrés é o nome responsável por gerenciar os recursos investidos por Agapito Iglesias, maior acionista do clube desde maio de 2006 e um dos homens mais ricos da região. Presidente da Codesport, grupo que tem sucesso na construção civil, ele esperava bem mais de Víctor Fernández.

É cedo para especular sobre o Real Zaragoza na zona de rebaixamento, mas só fazem seis anos que o clube esteve na segunda divisão. Por isso, é bom trabalhar para evitar que o fracasso, momentâneo, ganhe vida em La Romareda.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Confirmado: Atlas e América na Libertadores


Foram definidos, nesta última madrugada, o segundo e o terceiro representantes do México na próxima Copa Libertadores. Atlas e América venceram as duas semifinais da Interliga, disputada em solo norte-americano, e assim garantiram suas classificações para o torneio da América do Sul. Os Rojinegros e as Águilas juntam-se às Chivas de Guadalajara, que já haviam se garantido por terem sido campeões do Apertura 2006.

ATLAS

O Atlas chegará para a disputa da Copa Libertadores recheado por uma sorte incrível e uma competência estratégica razoável, fatores que lhe colocaram como um dos vencedores da Interliga. Após terem segurado a lanterna no último Apertura, os Rojinegros trouxeram o paraguaio Jorge Achucarro, ex-Cerro Porteño, que se integrou rapidamente e com enorme sucesso ao lado do argentino Bruno Marioni.

Após vencer um jogo, empatar outro e perder mais um, o Atlas precisou levar a melhor em um sorteio, pois tinha campanha absolutamente idêntica ao Toluca, que perdeu, na moeda, a vaga em uma das semifinais. Na briga pela classificação para a Libertadores, os Rojinegros superaram o badalado time do San Luis, em que vinham em boa fase o meia Eduardo Coudet e os atacantes Alfredo Moreno e Tressor Moreno. Em contra-ataques, a equipe de Guadalajara fez três gols, garantindo a vaga com sabor de goleada.

Antes, porém, o Atlas precisará superar o La Paz, da Bolívia, na fase eliminatória que terminará de preencher o grupo onde já estão Boca Juniors, Colo Colo e Maracaibo.

AMÉRICA

Dono da melhor campanha na primeira fase, com três vitórias em três jogos, o sempre badalado time americanista precisou se desdobrar bastante para superar o Cruz Azul no Clássico Jovem e garantir a vaga direta para a fase de grupos da próxima Copa Libertadores. Sob o faro de gol do paraguaio Salvador Cabañas, as Águilas passaram apenas nos pênaltis, em um dramático 5-3, ampliando o jejum de vitórias de cinco temporadas da Máquina Cementera.

Equipe dos internacionais Juan Carlos Mosqueda e Guillermo Ochoa, o América saiu atrás do marcador, em gol de César Villaluz. A dobradinha de Cabañas recolocou a ordem em favor dos americanistas, situação rapidamente igualada por Jaime Lozano, em penalidade máxima. No tempo extra, Rodrigo López, ex-Libertad do Paraguai, salvou o empate das Águilas a três minutos do fim, pois Gerardo Lugo havia colocado o Cruz Azul em vantagem. Na disputa de pênaltis, o paraguaio Christian Riveros foi o único a desperdiçar uma cobrança, suficiente para colocar os Capitallinos na próxima Libertadores.

Já garantidos entre a fase de grupos, os americanistas precisarão medir forças com o River Plate, a Universidad Católica e a Universidad San Martín, do Peru.

ENTENDA A INTERLIGA

A Interliga é um torneio de tiro curto disputado normalmente no início de cada ano. Criticado por apertar o calendário e encurtar as férias dos jogadores envolvidos, é jogado em território norte-americano e define o segundo e o terceiro representantes do México na Copa Libertadores do mesmo ano.

Excluem-se da disputa os campeões do Apertura e do Clausura da última temporada. No caso desta edição, Atlante e Pachuca não disputaram, pois têm prioridade para brigar pelo título da Copa dos Campeões da Concacaf. Além disso, os dois campeões da temporada 2006 disputam a primeira indicação mexicana para a Libertadores.

As Chivas, que deveriam defrontar o Pachuca por este posto, acaba por se qualificar diretamente. É que o outro campeão de 2006 é o próprio Pachuca, que repetiu a conquista em 2007 e disputará a Copa dos Campeões da Concacaf em 2008. O que, naturalmente, inviabiliza a participação simultânea na Libertadores.

Sobram, então, os oito melhores mexicanos ao longo da temporada anterior, no caso, 2007. Dividem-se tais equipes em dois grupos de quatro, onde os dois melhores vão às semifinais. Destas, saem os dois classificados e não há final. A equipe de melhor campanha é declarada campeã e vai direto para a fase de grupos. O outro qualificado precisa passar pela fase qualificatória.

sábado, 12 de janeiro de 2008

A bola da vez


Ao fim de 2005, Joel Santana livrava o Flamengo do rebaixamento no Brasileirão. Naquele elenco, pouca gente poderia se lembrar de Diego Souza, reserva e marcado como um jogador sem muitas perspectivas. Ali, fatalmente o Benfica se dava por arrependido em ter adquirido seus direitos, após um bom primeiro semestre com o Fluminense de Abel Braga, onde, ao lado de Arouca, despontou para o título estadual e o vice-campeonato da Copa do Brasil. Dois anos depois, o meia é a principal coqueluche do mercado de transferências do país.

Contratado pelo Grêmio, em razão do aval que Luiz Felipe Scolari - amigo de Mano Menezes – deu ao Benfica, o meia Diego Souza fez uma temporada de alto nível no Olímpico. Após boas partidas na Copa Libertadores, sobretudo nos dois jogos contra o Santos, o carioca se afirmou, ao longo do Campeonato Brasileiro, como a principal referência gremista.

Jogador forte, habilidoso e dono de grande chute, Diego Souza também oferece qualidade na bola aérea e bastante combatividade. Foi, nas últimas semanas, desejo de Grêmio, Santos, São Paulo e Palmeiras, que levou a melhor e adquiriu seus serviços. Acompanhar o Verdão levando a melhor em uma dividida assim, aliás, significa uma mudança de tempos no Parque Antártica. Há não muito tempo, e basta se lembrar de Kléber Pereira, os palmeirenses choravam a pouca esperteza de seus dirigentes.

Diego Souza chega como um jogador que deve render dinheiro, antes de mais nada, ao Palmeiras. Investimento pouco comum nos clubes brasileiros, a Traffic pagou quase 4 milhões de euros pelo meia-atacante. Com uma mobilização financeira, o Grêmio também se aproximou de tal quantia. Jovem e vivendo um momento de crescimento na carreira, não é difícil imaginá-lo, futuramente, em um time de ponta da Europa. Antes, porém, tem muito futebol a oferecer à Vanderlei Luxemburgo e à seleção olímpica, seu objetivo pessoal. Bem diferente daquilo que era ao fim de 2005.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

"O que esperar..."


De BUSTOS no INTERNACIONAL

As incursões coloradas ao mercado têm sido discretas. Parece correto, pois o Internacional fez uma série de contratações ao longo do último ano, adiantando o processo de reconstrução da equipe após o título mundial e o péssimo primeiro semestre em 2007. Havia, porém, uma séria carência no elenco: a lateral-direita. Havia. O Inter assegurou os serviços do colombiano Rúben Bustos, cuja permanência no Grêmio não havia se concretizado.

Ótima ação do Internacional. Bustos, que foi o melhor lateral da última Libertadores, atuando pelo Deportivo Cúcuta, também mostrou qualidades enquanto no Grêmio. Muito competente com a bola parada, cobra faltas com maestria e exerce papel importante quando está na seleção colombiana. Fernandão, exímio cabeceador, deve se beneficiar demais da chegada do novo - e único, até aqui - reforço do Inter.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O gol da semana - Robinho + Nistelrooy



Bernd Schuster chegou ao Real Madrid, entre outras coisas, porque os blancos queriam um futebol mais bonito, condizente com a camisa merengue. Robinho, então, vai fazendo aquilo que querem seus chefes. Nessa jogada magistral, humilha o fraquíssimo lateral Juanfran, com um desconcertante drible da vaca. Na seqüência, põe na cabeça de Ruud Van Nistelrooy. Naturalmente, isso significa bola na rede.

Robinho vai fazendo uma temporada de protagonismo no Real Madrid. Ao lado de Nistelrooy e outros bons jogadores, comanda a campanha de líder absoluto do Real na Liga Espanhola. Autor também do segundo gol da partida, o brasileiro mostra que começou 2008 com o pé direito. E afinado!

domingo, 6 de janeiro de 2008

O biônico de Hortolândia


A história corre de boca em boca no jornalismo esportivo e vai ganhando vida. Após a mudança de Votuporanga para Hortolândia, o SEV (Sociedade Esportiva Vitória) seguiu normalmente na disputa do Campeonato Paulista da Série A-3. Ácido crítico da Federação Paulista de Futebol, o pitoresco site do Futebol Interior, passou a chamar o clube interiorano de SEV/Biônico.

Eis que um estagiário pouco atento, no site da Federação, publicou uma notícia chamando o SEV/Hortolâdia de SEV/Biônico. Naturalmente, o funcionário utilizou, como fonte, o Futebol Interior. O fato provocou demissão sumária e, no FI, foi motivo de orgulho: "Federação oficiliza: SEV é biônico", brincou o Futebol Interior.

O assunto, entretanto, começa a render agora na Copa São Paulo. Neste último sábado, ficou claro que, para muitos jornalistas, o FI é a principal fonte. Em mais de uma transmissão da Copinha, o nome de SEV/Biônico foi utilizado com naturalidade, tal qual fosse, mesmo, o nome do clube de Hortolândia. Demonstração clara de como as mentiras se propagam.

Ano novo e Copa São Paulo

Passado o recesso de reveillon, o Papo de Craque retoma suas atividades e, de antemão, deseja um grande 2008 para todos os amigos que compartilham esse espaço. Que novo ano o sucesso e as prosperidades pautem vossas vidas.

Ano novo lembra Janeiro e, para os fãs do futebol, este mês lembra Copa São Paulo. A maior competição de base do país, ainda que com suas deficiências e incoerências, é sempre palco para o surgimento de novos jogadores e duelos interessantes. Em alguns casos, o torneio vem como prenúncio de sucesso para os profissionais na mesma temporada.

Vale a pena acompanhar o profundo e cirúrgico especial feito no Olheiros.

Seguem os links: