Mas no futebol, basta um piscar de olhos para tudo ficar diferente. O Corinthians rondava a área adversária, tentava encontrar espaços, mas só Cristian, Elias e Otacílio Neto ousavam peitar os valentes rubro-negros. Douglas, como de praxe, se escondia do jogo, e o banco já não oferecia grandes opções para Mano Menezes mexer e melhorar o time.
A invencibilidade de 25 jogos se foi, mas em dois golpes certeiros, no apagar das luzes, o Corinthians “venceu” por 2 a 3 em Curitiba. Placar reversível para o Pacaembu, sobretudo pelo ok quanto a forma física de Ronaldo. Uma reação de time competente.
O Palmeiras achou sua sorte no pé iluminado de Cleiton Xavier. Nove entre dez palmeirenses pediram que ele não chutasse, mas que bom que o herói só ouviu sua consciência. Fuzilou a meta de Cristian Muñoz, no mesmo palco em que Pinochet teria feito o mesmo com seus inimigos. Um tiro de felicidade na alma dos palmeirenses, uma classificação que não parecia possível, no grupo da morte e do início ruim.
De Santiago, o Palmeiras traz um combustível psicológico que molda os campeões. São Paulo, Boca e Cruzeiro parecem mais prontos para o título, mas quem duvida de alguém que consegue tal façanha?