quinta-feira, 30 de abril de 2009

Times de chegada


Tudo parecia perdido para corintianos e palmeirenses na noite de quarta-feira. Em Curitiba, o Corinthians “rebolava” demais, como disse Mano Menezes, e era engolido por um vibrante Atlético Paranaense, empurrado pela boa armação de Geninho e pela química que vinha das arquibancadas da Arena da Baixada. Em Santiago, um par de bolas de Keirrison na trave pareciam ter sido tudo para o Palmeiras, que não foi o mesmo após o intervalo e, com um a menos, havia perdido dois de seus maiores guerreiros: Pierre e Diego Souza.

Mas no futebol, basta um piscar de olhos para tudo ficar diferente. O Corinthians rondava a área adversária, tentava encontrar espaços, mas só Cristian, Elias e Otacílio Neto ousavam peitar os valentes rubro-negros. Douglas, como de praxe, se escondia do jogo, e o banco já não oferecia grandes opções para Mano Menezes mexer e melhorar o time.

A invencibilidade de 25 jogos se foi, mas em dois golpes certeiros, no apagar das luzes, o Corinthians “venceu” por 2 a 3 em Curitiba. Placar reversível para o Pacaembu, sobretudo pelo ok quanto a forma física de Ronaldo. Uma reação de time competente.

O Palmeiras achou sua sorte no pé iluminado de Cleiton Xavier. Nove entre dez palmeirenses pediram que ele não chutasse, mas que bom que o herói só ouviu sua consciência. Fuzilou a meta de Cristian Muñoz, no mesmo palco em que Pinochet teria feito o mesmo com seus inimigos. Um tiro de felicidade na alma dos palmeirenses, uma classificação que não parecia possível, no grupo da morte e do início ruim.

De Santiago, o Palmeiras traz um combustível psicológico que molda os campeões. São Paulo, Boca e Cruzeiro parecem mais prontos para o título, mas quem duvida de alguém que consegue tal façanha?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Blogueiro na TV

Nesta terça-feira, às 19hrs, estarei no programa Magazine, do Bandsports, com o grande Sérgio Patrick.

Confiram!

O ferrolho de Hiddink

Bosingwa na caça de Messi: ótima opção de Hiddink


O empate sem gols, para o Barcelona, não foi tão ruim quanto possa parecer. Qualquer igualdade com gols classifica os espanhóis, que devem ter em Stamford Bridge um espaço que os Blues não deram no Camp Nou. Para o Chelsea, claro, o resultado é bom, embora indique uma certa armadilha.

A questão é se Hiddink vai construir uma estratégia ofensiva tão boa quanto foi o desempenho defensivo de sua equipe na Espanha. O posicionamento de Bosingwa pela lateral-esquerda ajudou muito a anestesiar Messi. Se o argentino, canhoto, corta para dentro, foi eficaz ter alguém lhe marcando com a perna direita.

Na outra beirada do campo, Kalou ficou entre os reservas, veio Obi Mikel para o meio-campo e Essien passou a ser o externo pelo lado direito. Monstro, como de fato o ganês é, ajudou a reforçar a marcação no setor por onde Henry costuma levar perigo combinando com Iniesta.

É claro que o Barcelona pressionou, criou chances, como faria de qualquer forma, pois é um time espetacular e super envolvente. Mas o ferrolho de Hiddink, suportado por um Petr Cech enorme, deu resultados.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Inacreditável

Da série "que vontade de rasgar meu diploma"...

Auf Wiedersehen*


Com a justificativa de que os objetivos mínimos para a temporada – leia vaga na Liga dos Campeões – corriam riscos, o Bayern de Munique disse adeus para Jürgen Klinsmann. As argumentações dos dirigentes bávaros são bastante plausíveis, já que o clube vê Hertha e Wolfsburg à sua frente e ainda um linear Hamburgo e um ascendente Stuttgart com os mesmos números de pontos.

Klinsmann diz ter deixado um time para o futuro, mas não é verdade. Seu modo de lidar com jogadores jovens, como Toni Kroos e Breno, esteve longe do ideal, e a sucessão de Oliver Kahn foi um fracasso com Rensing. Ainda jovem, Schweinsteiger segue instável e seu contemporâneo Podolksi é outro que só brilha quando veste as cores do Nationalmannschaft.

O técnico também fracassou em extrair o melhor de dois dos atacantes mais goleadores do continente. Klose ampliou sua má fase sob o comando de Klinsmann e Luca Toni não é o mesmo desde que disputou a Eurocopa. Dependente de Ribery, que tem chances razoáveis de trocar Munique por Barcelona, o Bayern se mostrou um time completamente maluco.

Irregular, capaz de vencer o Sporting por sete gols e, poucos dias depois, sofrer quatro do Barcelona em 45 minutos e mais cinco do Wolfsburg, o Bayern foi demais mesmo para Klinsli. Cada vez mais, fica a sensação de que os méritos por alguns bons jogos na Copa do Mundo devem ser divididos com Löw, que mostrou virtudes táticas e estratégicas na Eurocopa.

Um clube médio pode ser uma boa para Klinsmann crescer como treinador e poder, realmente, assumir um grande trabalho. Pois o Bayern, ficou provado, não era para ele.
* Auf Wiedersehen é algo como bye bye em bom alemão

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ronaldo e os pecados do Santos


Foram dez chances santistas de vazar Felipe, que defendeu seis delas e botou uma para dentro. Como sempre, a jogada que foi às redes surgiu dos pés do encantador Madson – segundo o Datafolha, acertou 15 de 17 dribles e 51 dos 55 passes. Mas os erros do Santos na Vila Belmiro também não pararam nas chances criadas, e sim nas que foram concedidas.

Vágner Mancini gosta de adiantar sua linha defensiva, sempre que possível, para compactar o jogo e se manter no campo de ataque. Era assim no Vitória, quando Viáfara surgia como líbero em vários momentos, é assim no Santos. Mas isso tem seu preço. Os três gols corintianos – dois de Ronaldo e o lance da falta de Chicão – surgem do mesmo artifício santista. Um tiro no pé.

O jogo da Vila Belmiro, que dá ao Corinthians uma vitória na casa do rival que não ocorria há 26 anos, foi muito mais fruto dos pecados santistas que propriamente de uma atuação exuberante dos corintianos. Morais e Jorge Henrique, e depois Elias adiantado, foram defensores em quase todo o tempo, por exemplo.

De encantador, mesmo, Ronaldo, claro. Três finalizações, dois gols de gênio. Quando a bola de Chicão vem torta, os zagueiros santistas esperam que o Fenômeno domine para dar o bote, mas o domínio já o deixa em condições de finalizar e o resultado é bola na rede. A pintura que praticamente assegura o título e vale placa, também com o pé esquerdo, surge dos espaços concedidos ao dono da camisa 9. Claro, mais um pecado do Santos.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O alquimista


Com um time teoricamente limitado, Sérgio Guedes levou a Ponte Preta para as finais do último Paulista. Foi o primeiro grande vôo de sua incipiente carreira, o que fez com que surgissem, após sua saída do Moisés Lucarelli (por desentendimentos com a direção), diversas propostas. Sérgio, goleiro de respeito na década de 90, não pegou o primeiro trem que passou. Fez bem, e colhe frutos no Santo André.

Faltou quase nada para as semifinais do Paulista, mas Sérgio Guedes provou que conhece os gramados do interior com poucos. O Santo André perdeu jogos decisivos para Portuguesa e Santos, mas deixou uma boa imagem. A equipe de 2009 tem menos investimentos que a da última Série B, mas o treinador soube tirar o melhor de uma jovem geração que veio das categorias de base.

Ricardo Goulart, Júnior Dutra e Antônio Flávio provaram ter potencial e a direção já conseguiu um par de reforços razoáveis para a aventura de volta para a Série A após 25 anos. Gustavo Nery é um bom nome para a linha de três meias ofensivos no 4-2-3-1 de Sérgio Guedes. E Nunes, campeão da Copa São Paulo de 2003 com o clube, volta após fazer muitos gols no Bragantino.

Será difícil o Santo André emplacar dois anos seguidos na elite, mas Sérgio prova que sabe das coisas.

Ponte Preta 2008: Aranha; Eduardo Arroz, Jean, César e Vicente; Deda e Ricardo Conceição; Elias e Renato; Wanderley e Luís Ricardo.

Santo André 2009: Neneca; Cicinho, Alexandre, Cesinha e Élvis; Ricardo Conceição e Fernando; Antônio Flávio, Marcelinho e Ricardo Goulart; Júnior Dutra.

Dagoberto e Diego Souza: onde eles rendem mais?


Dagoberto foi ala ou meia externo no domingo? Prefiro a segunda opção. Rodrigo seguia Dentinho pelo flanco, Júnior César também batia com Jorge Henrique do outro lado. Dagoberto estava na mesma linha de Jorge Wagner. Um 4-1-3-2, como bem definiu o mestre Mauro Beting.

Aberto pelo corredor ofensivo, Dagoberto pode encontrar seu espaço no São Paulo, mas precisa entender o que requer aquela função. Acompanhar o lateral-esquerdo adversário, como fez com André Santos no domigo, pressionar a saída de bola como gosta Muricy, e justificar a boa condição aeróbica que tem.

Diego Souza é outro que busca um melhor posicionamento e, priorizado por Luxemburgo, se tornou o jogador mais importante do Palmeiras nas últimas semanas. No Fluminense, campeão carioca em 2005, era meia-direita, ao lado de Juninho, ex-Atlético Mineiro, em um quadrado ofensivo fechado por Leandro e Tuta. No Grêmio de Mano Menezes, seu melhor momento: como meia-atacante por dentro, no 4-2-3-1 que tinha Tcheco e Carlos Eduardo abertos.

É nesse setor, onde a combinação força física e velocidade predominam, que Diego Souza reina. Assim, no contra-ataque, fez o grande jogo do ano na Ilha do Retiro contra o Sport. Ao contrário de 2008, quando jogava recuado para Valdívia brilhar mais avançado, Diego é a bola da vez. Que Luxemburgo entenda suas virtudes e o escale na posição ideal.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Faca de dois gumes


Quem leva a Libertadores? Os cruzamentos de oitavas ajudam a definir o caminho de cada equipe, colocando favoritos frente a frente e abrindo espaços acessíveis para sortudos.

Com base nos resultados até aqui e chutando os que faltam, cheguei até esses confrontos abaixo. Vale lembrar que Boca Juniors e River Plate fecham a quinta rodada de seus grupos hoje e ficam, então, faltando a sexta rodada para quatro chaves - as de Cruzeiro e São Paulo já se encerraram.

Aliás, pode pintar pedreira no caminho cruzeirense. Nem sempre, ter grande campanha é sinal de sorte.

BOCA JUNIORS x UNIVERSITÁRIO
GRÊMIO x DEFENSOR SPORTING
LIBERTAD x COLO-COLO
NACIONAL (URU) x DEPORTIVO TÁCHIRA
SÃO PAULO x EVERTON
CRUZEIRO x RIVER PLATE
CARACAS x UNIVERSIDAD DO CHILE
SPORT x ESTUDIANTES

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Antes tarde...


Dunga visita a Europa e, como mostra a foto, conversou com Cesare Prandelli na Fiorentina, clube em que teve seu melhor momento no Velho Continente. Já se pedia, há tempos, que o treinador da seleção brasileira falasse mais com os técnicos estrangeiros e buscasse nomes novos, dicas de treinamento e outras coisas do gênero.

Provavelmente, Dunga e Prandelli falaram sobre Felipe Melo, o único brasileiro selecionável da Fiorentina.

Além dele, de quem mais você acha que os dois falavam e pode pintar na seleção para a Copa das Confederações? Alguns nomes são comentados. Rubinho? Grafite? Michel Bastos? Carlos Eduardo? Faça sua aposta.

Foto: Agência Estado

Oito gols


Em um jogo com oito gols, por mais sensacional que seja e realmente foi, é impossível dizer que foi só mérito dos atacantes. Arsenal e especialmente Liverpool tiveram falhas defensivas gritantes e que custaram uma vitória que seria valiosíssima para qualquer um dos dois. O que não quer dizer que o que houve neste feriado brasileiro em Anfield Road não tenha sido fantástico.

O Liverpool, que havia desperdiçado pontos em casa contra Stoke, Fulham, West Ham, Hull Manchester City, empatou outra partida que poderia ter vencido e o título é quase utopia. Mascherano dormiu no primeiro gol londrino e foi repetido por Arbeloa, no segundo. Ainda teve Fábio Aurélio afastando uma bola da grande área de forma bisonha, pra dentro, como não se permitiria em qualquer manual defensivo.

O Arsenal, que jogou no erro do adversário – literalmente -, provou do doce sabor de ter um craque de R$ 50 milhões em seu time. Se Wenger teima tanto em gastar o que vem tendo à disposição, quem sabe os quatro gols de Arshavin não o animem mais para a próxima temporada.

É verdade que os Gunners tiveram má sorte e muitas lesões importantes, mas ficou a lição, em Anfield, de que o time poderia ser muito mais que tem sido na Premier League 2008/09, ainda que esteja vivíssimo na Liga dos Campeões.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Semanário no feriado

Deixei pra terça-feira, por ser um dia mais morto que no domingo.
Então vamos aos textos.

Coluna do Olheiros
Saída de Julinho Camargo dos juniores do Grêmio é uma grande perda
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1154

Entrevista exclusiva com Zico

Parte 2

Especial - Interior Paulista

Novorizontino, uma década de extinção

Juventus, 85 anos e bi-rebaixado

Outros decadentes do interior de São Paulo

Diego Tardelli x Kléber

É melhor deixar a fera quieta, diz Mano sobre Ronaldo

Fabinho pode ser surpresa para Mano em clássico

domingo, 19 de abril de 2009

A circunstância da vitória


O placar expressivo e a forma como impôs seu jogo dentro da casa do adversário são apenas dois dos grandes destaques do resultado corintiano deste domingo. Se o jogo no Pacaembu pedia agressividade, ocupação de espaços ofensivos e a reversão da vantagem do empate, a partida no Morumbi pedia outro tipo de atuação. E impor seu jogo de acordo com as características do confronto é mais um dos méritos do time de Mano.

Ciente disso, o Corinthians conseguiu repetir a vitória e jogou, apesar da escalação rigorosamente igual, de maneira totalmente diferente. Rodrigo, escalado como lateral-direito, pouco exigia de Dentinho na volta para marcá-lo, Jorge Henrique foi um gigante no duelo particular com Júnior César. Salvo a lentidão de William ou os espaços concedidos por André Santos, poucas foram as oportunidades concedidas a um São Paulo que só teve forças até o gol de Douglas.

A partida do grande empenho na marcação, até nas bolas aéreas, só virou vitória pelos pés de Ronaldo. Como disse Mano Menezes, a declaração de Leco é do tipo que leva qualquer técnico à loucura e certamente levou Muricy, que já não se bica com o dirigente.

A vitória que acrescenta outra unidade na lista de jogos invictos não traz favoritismo para o confronto com o Santos, que está super fortalecido. Mas leva a crer que o Campeonato Paulista terá uma grande final, como não acontece desde 2003.

Foto: Terra Esportes
Mais tarde, post sobre a final da Taça Rio

Como não reconhecer as próprias limitações



Em seu íntimo, Vanderlei Luxemburgo deve ter ficado feliz pela confusão com Diego Souza e Domingos. Estava ali a tônica para a entrevista coletiva, em que não precisaria justificar a atuação patética do Palmeiras no Palestra Itália. O treinador, que se orgulhava do desempenho que tinha em casa nas outras passagens, rapidamente foi engolido pela maré de incompetência dos palmeirenses em seu estádio. Não venceu na Libertadores e caiu no Paulista.

Seria mais correto Luxemburgo, ao invés de dizer que Vágner Mancini mandou Domingos cavar a expulsão de Diego Souza, reconhecer que enfrentou um Santos gigante por 180 minutos e não conseguiu definir a marcação em cima de Madson e Neymar, capazes de enlouquecer qualquer par de laterais ou volantes.

Se o Santos joga pelos lados, reconhecidamente, não seriam os ofensivos Fabinho Capixaba e Armero que iriam contê-los no Palestra. Sem tanto o que fazer pelo meio, por sua vez, Pierre e Jumar rifavam a bola que nunca chegava a Keirrison. Evandro também errava os passes e Diego Souza só conseguia algo na base da trombada. Era o Palmeiras que dava desespero por suas limitações e desperdiçou 37 bolas e ainda foi desarmado em 21 lances.

A disposição e a organização defensivas, aliás, são duas marcas do Santos que não deixou o Palmeiras quadrado de Luxemburgo respirar com a bola. A vitória é de Mancini, como já havia previsto o Papo de Craque há duas semanas, que transformou o time que era dirigido por Márcio Fernandes em pouco tempo. E Vanderlei deveria reconhecer que não é mais um treinador de primeira linha.



Foto: Terra Esportes

sábado, 18 de abril de 2009

Joga pra você, Elias!


A primeira vez que vi Elias em ação foi um dia histórico. O palco era a Rua Javari e o hoje volante corintiano defendia o Juventus, contra o Linense, na decisão da Copa Federação Paulista de Futebol, em novembro de 2007. Naquele local de atmosfera tão particular, o meia juventino se destacava. O inesquecível Bindi ainda me apontou: "ele era da base do Palmeiras". E com um gol daquele Elias, o Juventus deixou o campo com a taça, conquistada com a derrota por 3 a 2, mas com contornos épicos.

Sérgio Guedes, um treinador com olho clínico para identificar talentos, levou Elias para a Ponte. Jogando mais uma vez como meia-atacante, ele foi um dos melhores jogadores do Paulista, em que foi vice-campeão. E logo partiu para o Corinthians, nessa vida de idas e vindas que só o futebol pode proporcionar.

Deslocado para a "volância" por Mano Menezes, Elias, aquele negro pequenino, discreto, se tornou o nome mais regular da equipe. Contra adversários fechados, é a arma surpresa, que vem de trás e abre espaços. Como contra o São Paulo, no último domingo, em que passou como uma flecha pelos beques e pôs nas redes de Rogério Ceni. De bico e de esquerda.

Curiosamente, esta semana conversei com Armando Raucci, presidente do Juventus, que acaba de cair para a Série A-3 do Paulista. Ele explicava que Elias sempre foi assim, discreto e eficiente. "Ele ganhava só R$ 2 mil por mês aqui. E eu dizia que ele era bom, que precisava parar de jogar para o time e jogar mais pra ele".

Elias não ouviu os conselhos de seu Armando, continua o mesmo. Mas hoje pode dizer que venceu na vida.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Azar ou sorte?


Uma lesão significa azar, certo? Nem sempre. Pergunte a Arséne Wenger. Afinal, Emmanuel Adebayor e Cesc Fàbregas têm voado enquanto muitos jogadores já começam a entrar na estafa física e mental do sempre tenso mês de abril. Se é em maio que as coisas se definem, o quarto mês do ano encaminha as coisas.

E o Arsenal tem provado o sabor de ter seus dois melhores jogadores em sua plenitude no momento decisivo da temporada. É verdade que, entre Barcelona, Chelsea e Manchester United, os Gunners se vêem um degrau abaixo. Mas é difícil imaginar que os homens - ou melhor, meninos - de Wenger não endureçam as coisas para qualquer rival do continente.

Adebayor foi o senhor em Villarreal, há oito dias, com uma pintura que reverteu um quadro que parecia desfavorável em razão de 45 minutos dominados pelos espanhóis. Na volta, o togolês e Fàbregas encaminharam uma classificação sem sustos no Emirates Stadium.

Se dezembro foi negro e cheio de empates para os Gunners, desde então o time de Wenger não sabe o que é conviver com derrota. Você pode se lembrar do 1 a 0 da Roma nas oitavas da Liga dos Campeões, mas o Arsenal deixou a Itália classificado, nos pênaltis. Pelo Inglês, o último revés foi em 22 de novembro, há quase cinco meses.

Com seus dois melhores homens 100%, o Arsenal pode pensar grande.

Blogueiro na telinha

Nesta quinta-feira, entre as 19hrs e as 21hrs, estarei ao lado do enorme Sérgio Patrick, no programa Magazine, do Bandsports.

Faça como o Corinthians: não perca!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

As incríveis médias de Kléber e Diego Tardelli


Nenhum atacante de Série A possui média de gols tão boa quanto Kléber e Diego Tardelli na temporada 2009. Ambos são os únicos, inclusive, com mais gols que partidas neste ano.

É possível imaginar que o Campeonato Mineiro não é tão duro quanto o Paulista e o Gaúcho, liderados pelos inspirados Keirrison e Taison. Mas isso não tira o brilho da dupla que, coincidentente, foi revelada no São Paulo em 2003.

Kléber, que também joga a Libertadores, anotou 13 gols em 11 jogos. Diego Tardelli, que fez um jogo de Copa do Brasil além do Mineiro, tem 19 gols em 16 jogos, se contabilizarmos o Torneio de Verão disputado em Montevidéu.

Quem você prefere? Kléber ou Diego Tardelli?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Leão de quartas


O jogo de Stamford Bridge nesta terça-feira entrou para a história. Chelsea e Liverpool viveram uma noite memorável, daquelas que acontecem uma vez na década. Ou mais. Afinal, como lembrou o companheiro Mauro Cezar, da Espn, em 101 anos, jamais Reds e Blues haviam protagonizado um 4 a 4.

É interesse notar a personalidade do Liverpool, mesmo sem seu maior jogador, Steven Gerrard. Que teria ido para o pau se fosse o jogo do título. Marcando adiantado, com três volantes fechando a saída pelo meio e com as beiradas bloqueadas para Malouda e Kalou, a ponto de Guus Hiddink mexer no time na primeira etapa. Os Reds marcavam, tomavam a bola e faziam a façanha ficar mais possível.

A defesa e o Chelsea, sem Terry, sentiam o peso de um Liverpool que se faz respeitado. Só perto do fim da primeira etapa é que os Blues acordaram e viraram para 3 a 2 após o intervalo. Quando os vermelhos devolveram a virada, de novo os Blues acusaram o golpe. Mas tiveram um Lampard enorme e um Essien voando. No fim das contas, 22 jogadores saíram de campo vencedores pela partida.

Hiddink, que leva o Chelsea às finais européias, precisará livrar um estigma de sua carreira. Salvo a Liga dos Campeões de 1988 e o Mundial de 97, esquecível aos vascaínos, jamais venceu um título expressivo no exterior. Construiu sua reputação, justíssima, chegando em semifinais. Foi assim com a Holanda na Copa de 98, com a Coréia do Sul em 2002, com o PSV na LC de 2005 e com a Rússia na Euro 2008.

Precisará, possivelmente, vencer outros dois grandes inimigos do Chelsea nas competições européias recentes. O Liverpool, dos quatro encontros em cinco mata-matas, já ficou pelo caminho. Agora é o Barça, dos duelos marcantes também em anos próximos. E é possível vislumbrar o Manchester na finalíssima. Se os Blues chegarem lá, será a chance de vingar a última final do continente. Algo que Hiddink certamente deseja muito. Um autêntico gran finale.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Semis das viradas


As semifinais do Paulista têm ingredientes especiais: quatro grandes na disputa e, felizmente, todos exercendo, de fato, seus mandos de campo e jogando em estádios onde levam vantagem. Melhor ainda: não houve nenhum caso de violência que mereça ser citado, o que valoriza ainda mais o que aconteceu dentro das quatro linhas: dois jogos para nenhum fã de futebol botar defeito.

As grandes viradas do fim de semana no Campeonato Paulista têm circunstâncias muito parecidas. Não bastasse o fato de os placares terem sido iguais, Santos e Corinthians levaram vantagem por falhas de marcação dos rivais. Foram melhores em boa parte do tempo e também demonstraram personalidade contra equipes mais consistentes para reverter uma desvantagem.

Mano ousou ao lançar mão do 4-2-3-1, fazendo com que Júnior César se prendesse à marcação de Jorge Henrique e tornando Miranda, quase sempre, o zagueiro da sobra, embora atuasse pela esquerda. Com Ronaldo também bem neutralizado, as soluções eram forçar o jogo com Dentinho sobre Rodrigo e André Santos sobre Arouca – por aquele lado, faltava a sobra dos são-paulinos. E foi assim que o Corinthians jogou a maior parte do tempo. Nos melhores momentos da primeira etapa e quando passou a pressionar após o cartão vermelho em André Dias.

A outra chance de achar espaço se deu pela frouxidão na marcação aos volantes Elias e Cristian. E foi com eles que os gols saíram. Em ambos os lances, faltou Jean, preso à marcação de Douglas, para proteger a frente da área. No primeiro, Elias entrou como quis, e no segundo e fatídico gol, Cristian carregou a bola sem ser vigiado.

Indubitavelmente, as chances de classificação do Corinthians, no Morumbi, passam por conter a bola aérea rival. Em duas jogadas de desatenção de Chicão, Miranda criou as melhores chances do São Paulo no jogo. E em momentos extremos, como promete ser a partida de volta, os são-paulinos intensificam isso: em 2008, o Palmeiras se valeu de Henrique e Marcos afastando tudo que viam pela frente. Se manter a invencibilidade, o Corinthians volta à final após cinco temporadas.

Na Vila Belmiro, curiosamente, na dificuldade de marcação ao 4-2-3-1 santista é que o Palmeiras perdeu o jogo. Com laterais que marcam mal e volantes que jogavam por dentro, Neymar e Madson tinham espaço e foi por ter espaço que o Santos jogou. Com a disposição dos grandes campeões, os santistas fizeram marcações duplas e triplas em vários momentos aos palmeirenses. Pareciam se multiplicar para tomar a bola e armar o ataque.

Apesar dessa grande atuação, não fosse Fábio Costa, as coisas não teriam acontecido como aconteceram. Com Marquinhos e Keirrison, o Palmeiras pôde deixar a Vila Belmiro com um placar melhor, o que dá a sensação de grande equilíbrio para o jogo do Palestra Itália.

domingo, 12 de abril de 2009

Semanário rápido

Os poucos textos da última semana:

Entrevista exclusiva com Josué, capitão do Wolfsburg e líder do Alemão
http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2008/interna/0,,OI3696373-EI11626,00-Capitao+e+feliz+na+Europa+Josue+celebra+confianca+de+Dunga.html

Os três lados na polêmica da paradinha: goleiros, atacantes e árbitros, com entrevistas
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3697540-EI12378,00-Paradinhas+geram+polemica+com+arbitros+goleiros+e+atacantes.html

Um perfil de Jean, personagem da rodada final no Paulista e do empate entre Santos e Ponte Preta
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3694761-EI12403,00-Vilao+da+Portuguesa+Jean+se+destacou+em+Vitoria+e+Ponte.html

Entrevista exclusiva com Lucho Nizzo, técnico da Sub-17
http://esportes.terra.com.br/futebol/sulamericano/sub17/2009/interna/0,,OI3688113-EI13595,00-Aqui+nao+tem+estrela+e+nem+vedete+diz+tecnico+da+Sub.html

Os jovens astros da Sub-17
http://esportes.terra.com.br/futebol/sulamericano/sub17/2009/interna/0,,OI3689289-EI13595,00-Selecao+Sub+ja+conta+com+jovens+astros.html

Presidente do Sport critica paulistas e Palmeiras
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/2009/interna/0,,OI3690196-EI12949,00-Presidente+do+Sport+critica+paulistas+e+Luxemburgo.html

Titular, Lucas prevê jogo físico entre Liverpool e Chelsea
http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2008/interna/0,,OI3691707-EI11628,00-Titular+Lucas+preve+jogo+fisico+entre+Liverpool+e+Chelsea.html

E as colunas:

Trivela: Estaduais ainda estão longe de serem renegados
http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

Olheiros: O desafio de Lucho Nizzo com a ótima geração sub-17
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1139

sexta-feira, 10 de abril de 2009

11 bolas foras de Adriano


O reino do Imperador está longe de ser intacto. Na quinta, Adriano anunciou que não volta para a Itália, ignorando um contrato que lhe dá 416 mil euros mensais. Aparentemente, não se sentia mais afim de jogar na Internazionale e enfrentar a rigorosa imprensa italiana. Será cômodo descansar até o fim da temporada européia e tentar um recomeço em algum outro clube.

Abaixo, 11 bolas foras de Adriano.

- Em partida contra o Valencia, pela Liga dos Campeões de 2004, agride Caneira e recebe suspensão

- Na Copa do Mundo de 2006, chega acima do peso, joga mal e sai em baixa da Alemanha

- Em outubro de 2006, um jornal sueco divulga fotos de uma farra, regada por mulheres, cigarro e bebidas. Com seis meses sem ir às redes, é afastado pela Inter

- Em março, arruma briga na boate Hollywood, em Milão
- Chega atrasado a treinamento da Inter, em setembro de 2007, e acaba afastado por Roberto Mancini de jogo na Liga dos Campeões. Admitiu que "bebia para dormir"

- Em dezembro de 2007, sofre acidente automobilístico no Rio de Janeiro

- Pouco depois de acertar com o São Paulo, chega atrasado a treinamento, vai embora antes da hora e é "enquadrado" pela direção, recebendo multa no salário

- Já sob o comando de Mourinho, agride o jogador Gastaldello, da Sampdoria, com um soco. Toma três jogos de suspensão

- Flagrado em boate até as 4h30 da manhã, é afastado por Mourinho em seis partidas

- Antes de se apresentar à Granja Comary para enfrentar Equador e Peru, organiza festa com outros jogadores com a presença de mulheres e um travesti

- Desaparecido ao longo de uma semana, Adriano faz brotar versões controversas: teria sido assassinado, estaria em doença terminal, envolvido com traficantes ou com decepção amorosa. Em seguida, aparece publicamente e "pede um tempo" para o futebol.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Por que cresce o Wolfsburg?



Bayern de Munique, Hoffenheim e, por último, Hertha Berlim. A Bundesliga 2008/09 tem o jeitão de 2006/07, quando Bremen e Schalke trocaram afagos com a liderança, tomada pelo Stuttgart na rodada final. Agora é o Wolfsburg que assume a primeira colocação, repetindo um crescimento que já havia tido na temporada passada.

Entrevistado por este blogueiro nesta quinta, o capitão Josué, respeitadíssimo em Wolfsburg e contestadíssimo no Brasil, tem a explicação. Entre outros fatores, é claro, mas é físico o crescimento dos Lobos: "Quem não está acostumado, sente muito a pré-temporada que o Magath dá. Agora estamos todos inteiros", explica.

Magath, ex-Stuttgart e Bayern, é conhecido na Alemanha por seu jeito durão e pela máxima exigência física que requer de seus comandados. Josué conta que são normais treinamentos em que os jogadores puxam fortes pesos de cordas com o próprio corpo e escalam até montanhas. Magath dá treinamentos nos dias das partidas, pela manhã, e exige o máximo de todos. Despreza a musculação, o que é padrão europeu de preparação.

Coincidência ou não, o Wolfsburg cresce pela segunda temporada consecutiva com Magath, justamente, na reta final. Em 2007/08, teve um início irregular, foi se acertando ao longo da competição e, no finzinho, engatou a quarta marcha. Depois da parada de inverno no último ano, os Lobos ganharam 10 jogos, empataram quatro e perderam só três. No apagar das luzes, assaltaram a quinta posição e garantiram a Copa da Uefa.

Em 2008/09, o filme se repete de forma ainda mais impressionante. Após retornar da pausa de inverno, o Wolfsburg empatou com o Colônia e venceu, consecutivamente, oito vezes: Bochum, Frankfurt, Hertha Berlim, Hamburgo, Karlsruher, Schalke, Arminia e, no último sábado, o Bayern de Munique, por 5 a 1. Enquanto os bávaros morriam, os Lobos voavam no fim e anotaram quatro gols na última meia hora de jogo.

O nome do time, capitaneado por Josué e que também tem os bósnios Dzeko e Misimovic em grande fase, é indiscutivelmente Grafite. Artilheiro da Bundesliga, fez 20 gols em 17 jogos. Hoje, o Wolfsburg é quem dá pinta de que leva o título alemão. Cresce demais no final.

Vitória da experiência


O peso de Marcos na defesa, a liderança de Edmílson, um híbrido de volante e zagueiro, e o grande Diego Souza, um leão no contragolpe. Os três fatores individuais para a grande vitória palmeirense na temporada explicam bem a tônica da partida na Ilha do Retiro, onde o Sport não perdia desde 17 de agosto de 2008, contra o Botafogo.

Não é correto dizer que o Palmeiras foi pressionado ao longo da partida, em que se fechou muito bem atrás da linha da bola e praticamente não correu riscos. Foram quatro finalizações reais do Sport, todas paradas por Marcos - pouco para a característica do jogo. Os palmeirenses avançaram as linhas em poucos momentos, mas fecharam a entrada da área e rebateram, orientados a todo instante por Edmílson, as investidas pernambucanas.

Em jogos com essa característica, a estratégia palmeirense é válida. Não foi o time de toques rápidos, de marcação no campo de ataque, mas sim o do contra-ataque. Se não teve Keirrison e especialmente Willians em dia inspirado e nem o apoio dos alas, o Palmeiras resolveu só com Diego Souza.

Como no Grêmio de Mano Menezes, em que jogava na velocidade, no duelo físico com os zagueiros, o camisa 7 deixou o campo como o melhor. E com os três pontos, o Palmeiras provoca uma reviravolta no Grupo 1. Foi a vitória da experiência do time inexperiente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Quem pega o boné?

A imprensa e a torcida clamam por Renato Gaúcho. Curiosamente, ou não, ele declarou no sábado anterior ao Gre-Nal que jamais treinaria o Internacional. E não há jeito melhor de agradar aos gremistas que diminuir o principal rival. Mas Renato, que parece mesmo o nome ideal no mercado para substituir Celso Roth, não é querido na direção tricolor. Os motivos não se sabem, mas o fato é que Renato não é a primeira opção.

Aparentemente, ela é Geninho. Mesmo sem desenvolver um trabalho consistente em clube grande há alguns anos, o treinador que naufragou em mata-mata da Libertadores com Goiás e no Corinthians seria o predileto. Entretanto, o técnico que já se tornou malquisto por abandonar o Atlético-MG, provavelmente imagina que essa transferência também não seria boa para sua imagem. Nesse momento, ficar no Atlético-PR e cumprir uma boa temporada vale mais. Até porque os dirigentes paranaenses não querem liberá-lo. Acaba se tornando bem difícil.

As outras escolhas recaem sobre treinadores empregados. Nelsinho Baptista, Ney Franco e até Paulo Autuori são os nomes mais comentados, mas suas contratações são difíceis. A última via é tentar René Simões, pouco experiente no circuito dos clubes grandes, sobretudo na Libertadores. Mas um pacificador e um psicólogo, acima de tudo.

Hoje, o cenário tende a apontar para duas opções: ou os dirigentes cedem e acionam Renato Gaúcho, ou só sobra Renê Simões.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Fora das festas do centenário


Iarley ainda está magoado com o Internacional, que o liberou para o Goiás em 2008. Procurado por este blogueiro para a coleta de um depoimento sobre os 100 anos do Colorado, o atacante afirmou através de sua assessoria de imprensa que não gostaria de falar sobre o assunto.

Autor da jogada do gol de Adriano Gabiru contra o Barcelona, na decisão do Mundial de Clubes em 2006, Iarley teve grande história no Beira-Rio. Participou inclusive com destaque em clássicos contra o Grêmio. Mas ainda está magoado com o Inter.

O peso da vantagem


Com o direito de jogar por um par de empates e com o São Paulo disputando dois jogos de Libertadores nos meios de semana, o Corinthians entraria com um peso razoável de favoritismo. Mas o time de Mano Menezes, que está invicto há 20 jogos, mas empata demais e joga mal, permitiu aos são-paulinos terminar a primeira fase na vice-liderança, o que deixa as coisas mais iguais.

Se Palmeiras e Santos promete ter confrontos vistosos, a expectativa para Corinthians e São Paulo é de jogo duro. De dois times com mais virtudes físicas, das melhores defesas do Paulista, e dos técnicos mais precavidos em clássicos. Difícil fazer previsões, mas uma coisa é certa: Muricy Ramalho e todos os são-paulinos não foram adiante na idéia de ignorar o Estadual e, para os corintianos levarem a vaga na decisão, será preciso muito suor.

Desde a final da Copa do Brasil, o Corinthians não tinha jogos de alto nível e decisivos. Enfrentar o São Paulo de Muricy Ramalho significa saber o quão forte é o time de Mano Menezes. E isso indiscutivelmente passa por Ronaldo, que voltará para decidir depois de valiosos 10 dias de descanso.

O Santos chegou


A recuperação do Santos no Paulista de 2009 tem, entre outras coisas, a marca de Vágner Mancini, como teve a reação do Vitória no Campeonato Baiano de 2008, saindo da crise para o título. Sob o comando do técnico, foram sete vitórias, três empates e só uma derrota, no Pacaembu contra o Corinthians. Foi o time que voltou a vencer um clássico, batendo o São Paulo na Vila, e fez os resultados nos jogos finais: triunfou sobre Santo André, Portuguesa e, por fim, Ponte Preta. Só não venceu o Barueri graças à arbitragem.

No Moisés Lucarelli, Mancini inverteu os posicionamentos de Neymar e Madson, mas só este último fez o time jogar, descendo pela esquerda com Pará. O time teve dificuldades diante da marcação dos donos da casa, mas venceu, sobretudo, pelo coração. E pela estrela do goleador que decide: Kléber Pereira, 68 gols em menos de dois anos com a camisa santista.

Pela frente, o Santos terá um time com mais condições, mas em um momento inferior. O Palmeiras cai vertiginosamente de produção. Tudo estará condicionado ao placar na Ilha do Retiro, onde os palmeirenses depositam suas esperanças. Caso traga três pontos de Recife, o time de Luxemburgo ganha em otimismo e tem tudo para fazer valer sua qualidade. Mas, hoje, as perspectivas não apontam para isso.

domingo, 5 de abril de 2009

Semanário com centenário


Uma semana para falar de 100 anos.
Mais ou menos isso no semanário recheado pelo centenário do Inter.


Os cinco esquadrões
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3673796-EI12400,00-Do+Rolo+Compressor+ao+Mundial+Inter+acumula+esquadroes.html

Os cinco treinadores
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3677274-EI12400,00-Historia+do+Inter+e+recheada+por+grandes+treinadores.html

Os 100 anos de história
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3679463-EI12400,00-Com+anos+de+vida+Inter+prova+ser+o+clube+do+povo.html

Depoimentos de grandes colorados
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3679865-EI12400,00-Grandes+colorados+falam+sobre+os+anos+do+Inter.html

Entrevista exclusiva com Fernando Carvalho
http://esportes.terra.com.br/futebol/estaduais/2009/interna/0,,OI3679579-EI12400,00-Outros+clubes+podem+copiar+o+Inter+diz+Fernando+Carvalho.html



Colunas da última semana:

No Olheiros - A falência das categorias de base dos pequenos do RJ
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1123

Entrevista no Olheiros - Bruno Formigoni, volante dos juniores do São Paulo
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=1132

Na Trivela - Dependência de Kaká na seleção brasileira
http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

sábado, 4 de abril de 2009

O clube do povo tem 100 anos


Qualquer grande clube brasileiro se diz do povo, mas poucos podem provar. Um deles é o centenário colorado. Que surgiu da persistência de Henrique Poppe e seus seguidores. Se não abriam seus quadros para eles, se criou o Sport Club Internacional, xará paulistano. Lá, dois negros assinaram a ata de criação e desde então, o Inter deu motivos para ser intitulado o clube do povo.

Muito antes do rival Grêmio, abriu seus quadros para jogadores negros, como Dirceu Alves, o primeiro deles, em 1925. Ou quando os colorados se uniram para erguer arquibancadas de cimento no Estádio dos Eucaliptos. O clube dito internacional, já em seu despertar, aceitava qualquer um que fosse. Bastava o desejo de praticar esportes. E em 100 anos de vida, o Inter pode dizer que praticou como poucos.

Praticou com o Rolo Compressor, que não precisava de um grande treinador. Com Tesourinha, Carlitos, Russinho e Nena, já era mais que suficiente. Estava ali o primeiro esquadrão da história do Sul do Brasil. Ou com o Rolinho, a Máquina de Teté, arquitetada pelo Marechal das Vitórias Coloradas, mas esculpida pelo brilho do cerebral Larry e do inesquecível Bodinho. Mas ainda tinha Paulinho, Oreco, Chinesinho, Salvador...

Quando os colorados novamente se uniram para fazer o Gigante da Beira-Rio, às margens do Rio Guaíba, estava se desenhando o maior esquadrão da história. Rubens Minelli chegou para fincar suas raízes no colorado e conseguiu ser lembrado em um time que tinha Manga, Figueroa, Caçapava, Falcão, Carpegiani e Valdomiro. O maior time da década de 70, o único campeão invicto em 79, o de melhor aproveitamento da história em 76. Há maior supremacia?

O colorado ainda fugiu das ruínas dos anos 90 e do quase rebaixamento em 99 e 2002. Se uniu em torno do grupo político liderado por um histórico Fernando Carvalho, inspirador de novas conquistas. Prestes a chegar aos 100 anos, o Internacional ganhou tudo que faltava para sua sala de troféus. À frente disso, um capitão acima de qualquer suspeita: Fernandão.

Hoje, com o sétimo maior quadro associado do planeta e o maior de toda a América Latina, não há como o Internacional não ser o clube do povo. O que lota estádios, revela jogadores e, acima de tudo, encanta e conquista. Onde quer que esteja, Henrique Poppe sorri feliz: seu desejo se realizou.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O dia de Túlio Souza


Mesmo sem ser um titular absoluto, Túlio Souza foi um dos destaques da campanha do retorno do Coritiba para a primeira divisão, em 2007. E chegou ao Botafogo, sob a indicação de Cuca, como um possível substituto para Joílson. Forte e rápido pela ala direita, ele sofreu com lesões, não conquistou a simpatia dos torcedores e quase foi embora de General Severiano. Mas nesta quinta-feira, contra o Madureira, deixou o campo como herói.

Túlio Souza entrou em campo quase como um ponta-direita, formando o ataque com Victor Simões e Reinaldo. Foram alguns poucos minutos em ação, mas o suficiente para dar a vitória que mantém o Botafogo vivo na Taça Rio. Depois de uma arrancada de Maicosuel e uma assistência de Lucas Silva, Túlio bateu seco e fechou o placar em 3 a 2. Foi seu primeiro gol com a camisa botafoguense.

O Botafogo de Ney Franco oscila um pouco na Taça Rio, mas segue dependendo só de si mesmo para jogar as semifinais do returno e, como se viu na vitória sobre o Madureira, está disposto a conquistar os dois turnos do Estadual, o que não consegue desde 97.

O Vasco parece o time mais forte para compor uma final, mas a disposição e a vitória heróica com Túlio Souza são combustíveis para os botafoguenses.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Confiança com gols


Não é fácil substituir Adriano. Tampouco conviver com a sombra de Ronaldo, cada vez maior. Ou não ter o carisma de Romário ou Careca, outros centroavantes marcantes da seleção brasileira em pouco mais de 20 anos. Mas é com gols, muitos gols, que Luís Fabiano conquista a confiança e a titularidade dos brasileiros. Foi assim mais uma vez contra o Peru, nesta quarta-feira.

Desde que estreou como titular, contra o Uruguai, em novembro de 2007, Luís Fabiano tem média de um gol por jogo nas Eliminatórias. São seis gols em seis jogos, o que impede Dunga de fazer qualquer outro tipo de experiência. Quando o jogo aperta, é o Fabuloso quem resolve.

Além do faro de gol de nosso camisa 9, a vitória contra o Peru teve, de positivo, o retorno de Kaká atuando 100%, a primeira grande partida de Daniel Alves como lateral na seleção, a estreia de Miranda e o bom jogo de Felipe Melo. Que seria ainda melhor se atuasse com mais liberdade para chegar à frente, como em seu gol.

O calendário que se desenha para os brasileiros é complicadíssimo. Será preciso jogar muito mais para vencer argentinos, uruguaios e bolivianos fora de casa, por exemplo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

10 manchetes mentirosas que seriam boas verdades


Hoje é o dia de Brasil e Peru no Beira-Rio, mas também é o famoso dia da mentira no país onde uma mentirinha, costuma se dizer, não faz mal a ninguém. Então o blog lista 10 mentiras que seriam boas verdades. Entre na onda e acrescente mais itens para nossa lista.

- Após demitir Dunga e Américo Faria, Ricardo Teixeira renuncia à CBF
- Luxemburgo assume: dirigir o Macaé é um retrocesso para minha carreira
- Kaká esnoba Milan e confirma pretensão de voltar ao futebol brasileiro
- Rede Globo admite inverter horário do futebol às quartas com a novela das oito
- Kléber Leite é indiciado por má utilização de recursos no Flamengo
- Grêmio elege Dinho e Sandro Goiano como melhores volantes de sua história
- Andrés Sanchez confirma fim de apoio para facções organizadas
- Eurico Miranda é fotografado com camisa do Flamengo e confessa não ser vascaíno
- Portuguesa confirma Espinoza; décimo treinador do clube em 2009
- Depois de centésimo gol no Atlético, Diego Tardelli pede Leão na seleção