domingo, 5 de junho de 2011

Festa na hora do trabalho


Dizer que Petkovic prejudicou o Flamengo enquanto esteve em campo seria acidez demais. Atestar que o time cresceu contra o Corinthians, porque Negueba e Ronaldinho na etapa final se entenderam bem na criação, é quase incontestável. Em um Campeonato Brasileiro de altíssima competitividade, ter um ex-jogador em campo por 45 minutos é algo difícil de aceitar, por mais que Pet mereça homenagens e mais homenagens.

O encantamento com o adeus de Petkovic sugeriu até perguntas sobre a possibilidade de jogar a etapa final. Lúcido, Pet negou a hipótese e se disse estafado. Renato Abreu, à TV Globo, confidenciou que pretendia deixar a cobrança de falta para o sérvio, que se disse sem força para bater de tão longe. Pudera, pois não atuava desde a ultima rodada do Brasileiro. Mais de seis meses de inatividade para desembarcar como titular em jogo contra o Corinthians.

Dois dias depois, na próxima terça, a seleção brasileira terá Ronaldo em campo por possivelmente 15 minutos. Amistoso contra a Romênia, o jogo serve para vários jogadores mostrarem serviço, já que Mano vai divulgar a relação de convocados já nos vestiários. O Fenômeno, digno de honrarias, irá obrigar o treinador a fazer duas substituições, segundo estratégia divulgada pelo próprio comandante.

Há inúmeras outras possibilidades para que Petkovic e Ronaldo recebam suas homenagens. Colocá-los em campo dentro de partidas que têm valor é algo que não combina com futebol profissional. Realizar amistosos para ambos, por exemplo, seria uma maneira mais propícia para os dois adeus. Como está, parece festa na hora do trabalho.

Um comentário:

Franklin Berwig disse...

Fala, Dassler. Aqui quem escreve é Franklin, da Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. Mandei um e-mail para o Olheiros para fazer uma entrevista contigo ou com um colega que esteja ou vá acompanhar o Mundial Sub-17. A idéia é fazer uma entrevista por telefone no sábado à noite (20h por aí). Me responde por e-mail? Abs franklin.berwig@rdgaucha.com.br