quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

É o Brasil na Copa Libertadores


Os times brasileiros que vão à Copa Libertadores não têm um conjunto sólido, experimentado e duradouro como do Velez Sarsfield de Sebá, Papa, David Ramírez, Martínez e Augusto Fernández. Também não há um brasileiro com um treinador inovador e ascedente como Jorge Sampaoli, da Universidad do Chile. Nenhum pentacampeão como o Peñarol, vice de 2011 com base mantida. Entre as equipes brasileiras, não existe um jogador com a história de Libertadores como Juan Riquelme, vencedor em 2000, 2001 e 2007.

É evidente que as constatações (ou afirmações) acima são apenas uma parte da história e que Santos, Corinthians, Vasco, Fluminense, Flamengo e Internacional têm motivos para buscar o título com força. Em especial os três primeiros, aparentemente mais bem preparados em vários aspectos, dentro e fora de campo. A dica é não esquecer a qualidade dos rivais, lição que se evidenciou no início de maio com as quedas de quatro brasileiros nas oitavas de final.

O Santos tem os jogadores mais decisivos, carrega a taça de 2011 e tem um treinador indiscutivelmente vencedor. Mas também é verdade que não mostra futebol convincente há meses e que não é seguro apostar R$ 10 em Paulo Henrique Ganso, Elano, Henrique, Léo e Edu Dracena.

O Vasco ainda é um belo time, tem o melhor zagueiro das Américas, mas a saída de Elton enfraquece o elenco carente de bons reforços. Feltri e Rodolfo são incógnitas. Os salários estão atrasados, Rodrigo Caetano se foi e o efeito Ricardo Gomes já é coisa do passado.

O Corinthians não perdeu titulares, fez alguns bons negócios, mas precisa se tornar uma equipe mais madura, confiável, e que não vacile tanto dentro das partidas. Os deslizes do Campeonato Brasileiro são fatais em um torneio como a Libertadores e Tite ainda precisa encontrar encaixe com Douglas.

O Fluminense parece o mesmo de sempre. Craques de sobra do meio para frente, problemas em demasia na retaguarda e um time em busca de identidade. Abel Braga, motivador competente e treinador nem tanto, também precisará controlar muitos jogadores com expectativa de titularidade. É 8 ou 80.

O Flamengo tem uma dupla capaz de ganhar a Libertadores sozinha, mas a edição 2010 deixou claro que isso geralmente não basta. Joel Santana deve trazer paz e chega motivado à Gávea, mas falta companhia a Ronaldinho e Vagner Love. Falta basicamente quase tudo ao Fla fora de campo. Não há como realizar grandes previsões.

O Internacional, como nos últimos cinco anos, tem um dos dois ou três melhores elencos do Brasil, mas nem sempre isso resolve. O trio D'Alessandro-Oscar-Damião empolga e vira quarteto poderoso se Dagoberto se entrosar. Mas, na estreia de Dorival Júnior na Libertadores, é aguardar para ver o que os colorados vão produzir com a bola no pé.

E vocês, apostam em quem?

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