sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A importância de Wagner e Guilherme


Foram precisos apenas 14 segundos. Wagner e Guilherme armaram uma arapuca para a impecável zaga gremista e botaram fogo no Mineirão, abrindo o caminho para a maiúscula vitória do Cruzeiro. A dupla de meia e atacante, o arco e a flecha, é fundamental para a trajetória cruzeirense no Campeonato Brasileiro. E provou isso mais uma vez diante do líder, com atuações fabulosas.

Não é novidade que, com Guilherme e Wagner em campo, o Cruzeiro vença. Os números mostram que isso é absoluto. Com a dupla jogando desde o início, são 11 vitórias e 3 empates em 17 jogos, em um aproveitamento excelente de 70,5%. Se um dos dois deixa a equipe, isso despenca, e passa a um modestíssimo 48,8%, resultando em 7 derrotas em 15 jogos.

A dependência é reforçada pela carência de boas peças de reposição. Gérson Magrão e Camilo, na meia, não passam de razoáveis, e apenas Fernandinho foi uma grata surpresa para o posto de Wagner no clássico contra o Atlético no returno. Na frente, Guilherme é praticamente a única alternativa 100% confiável de Adílson, que só encontrou um parceiro razoável quando Thiago Ribeiro desembarcou na Toca da Raposa. Não há outro no banco.

Com Wagner e Guilherme em campo, assim como Ramires, claro, o Cruzeiro se torna fortíssimo candidato ao segundo título brasileiro de sua história. Os números não mentem.

COM WAGNER E GUILHERME JUNTOS

17 JOGOS = 11 vitórias, 3 empates e 3 derrotas
APROVEITAMENTO 70,5%

SEM WAGNER E GUILHERME JUNTOS
15 JOGOS = 7 vitórias, 1 empate e 7 derrotas
APROVEITAMENTO 48,8%

GUILHERME: 17 GOLS E 2 ASSISTÊNCIAS
WAGNER: 4 GOLS E 4 ASSISTÊNCIAS

Seleção da rodada - 32


SELEÇÃO DA RODADA

Marcos (Palmeiras)
Jonathan (Cruzeiro)
Maurício (Coritiba)
Ronaldo Angelim (Flamengo)
Ricardinho (Coritiba)
Jean (São Paulo)
Hernanes (São Paulo)
Wagner (Cruzeiro)
Madson (Vasco)
Guilherme (Cruzeiro)
Fellype Gabriel (Portuguesa)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cresce, São Paulo


Uma atuação ao melhor estilo copeiro deu ao São Paulo de Muricy Ramalho a maior seqüência invicta no Campeonato Brasileiro: doze jogos. No Engenhão, o tricolor paulista foi inteligente e mostrou, ao Botafogo, o que é ser equilibrado dentro de campo. Se o Grêmio não vê ninguém à sua frente desde a 14ª rodada, certamente nunca temeu tanto a ponta quanto agora, quando tem o atual bicampeão do seu lado.

Mesmo sem limões de primeira linha, Muricy fez uma baita limonada no Morumbi. Se após o empate sem gols com o Sport na Ilha do Retiro, no início do returno, a sensação era a de que os são-paulinos haviam jogado a toalha, o tricolor engatou 12 jogos sem perder e tirou a vantagem incrível de 11 pontos que tinha dos líderes gremistas. O time desmotivado visto em Pernambuco mudou: o São Paulo engoliu o Botafogo.

É pertinente notar que a ascensão são-paulina coincide com as rodadas em que há mais tempo de um jogo para o outro. Assim, melhor fisicamente e mais bem preparado, o São Paulo pode encarar cada confronto como uma decisão e se impõe sobre os rivais. É quando há uma semana entre duas partidas que os grandes técnicos aparecem. E Muricy é certamente um dos maiores dessa turma.

No Engenhão, Ney Franco espelhou seu time com o do São Paulo, atuando no 3-1-4-2 pela primeira vez no Botafogo, contra o 3-4-1-2 tricolor. Enquanto faltava poder de penetração para Diguinho eTúlio, Jean e Hernanes, crias de Muricy, marcavam e apóiavam o ataque.

E de quem foram os gols da vitória? De Jean e Hernanes. E um pouquinho de Muricy também.

Foto: Estadão

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

De uma gelada para outra


Voltar de um clube respeitado da Europa para um grande do Brasil quase sempre tem os mesmos objetivos. Se tornar referência por aqui, chegar ou retornar à seleção brasileira, ganhar exposição e depois engatar um contrato melhor no exterior.

Em 2008, os quatro grandes clubes paulistas acertaram quatro reforços provenientes do Dínamo de Kiev. Diogo Rincón (Corinthians), Kléber (Palmeiras), Rodrigo (Flamengo e depois São Paulo) e Michael (Santos) deixaram a Ucrânia e vieram ao Brasil com estes objetivos.

As liberações por parte do Dínamo de Kiev tiveram explicação e não foram coincidência. O maior clube ucraniano teve campanhas recentes decepcionantes na Liga dos Campeões, inclusive a última, gota d'água, em que não saiu do zero e fez vexame. Yuri Semin, técnico russo, e a direção, chegaram ao consenso de que era necessário um elenco mais comprometido e a saída do quarteto brasileiro foi uma das iniciativas.

Vem dando resultado, para o clube, ter mudado sua planificação. O Dínamo está em segundo lugar da fase de grupos da Liga dos Campeões, com cinco pontos em três jogos. No Campeonato Ucraniano, lidera com cinco pontos de vantagem em 12 jogos.

Para o quarteto, porém, voltar ao Brasil tem sido uma experiência razoavelmente frustrante. Daniel Carvalho, que veio do CSKA Moscou para o Internacional, aliás, é outro exemplo similar.

DIOGO RINCÓN

Segundo maior salário do elenco corintiano - atrás apenas de Acosta, o meia formado pelo Internacional veio como o principal pedido de Mano Menezes para a Série B. Chegou com boas atuações e, atuando como meia-atacante, próximo de Herrera, teve bons momentos no Paulista e na Copa do Brasil.

Lesões, porém, lhe prejudicaram bastante. Rincón, que estreou pelo Corinthians apenas em março, só esteve em 26 dos 62 jogos corintianos em 2008. Após decair nas semifinais e finais da Copa do Brasil, em que estava jogando no sacrifício, fez uma operação no joelho e, até então, não recuperou sua melhor forma física. Mano perdeu a confiança no meio, que por sua vez perdeu espaço para Morais e Douglas.

Só fica para 2009 com uma drástica redução salarial e principalmente um enorme jogo de cintura do Dínamo.

MICHAEL

Dono da passagem mais curta pela Ucrânia, o meia e lateral Michael foi assediado pelo Flamengo e por Caio Júnior - seu técnico no Palmeiras -, mas acertou mesmo com o Santos. Em crise, o clube e Cuca não ofereceram a atmosfera ideal para um jogador que retorna da Europa, e o ainda jovem jogador foi utilizado em diversas posições e sentiu, claramente, a diferença entre jogar na Europa e no Brasil.

Ainda muito franzino, Michael tem tido dificuldades em obter sua melhor forma física ainda em outubro. Titular com Márcio Fernandes, se fixou como meia-atacante no 4-3-1-2 e mostrou algumas qualidades, mas logo teve lesões musculares. Então, se afastou dos titulares por cinco jogos e viu Molina voltar ao seu melhor momento. Hoje, é banco.

RODRIGO

Esqueça Rodrigo na hora de dar os méritos à boa fase da defesa são-paulina no Campeonato Brasileiro. O trabalho de Zé Luís, Miranda e principalmente André Dias explicam a melhora da retaguarda tricolor, e o retorno do zagueiro ao Morumbi ainda não rendeu o efeito esperado. Seu brilho apareceu, apenas, em dois gols de falta.

Rodrigo teve, anteriormente, uma passagem bastante infeliz pelo Flamengo. Ao lado de outras contratações do início de ano, como Jonatas e Gavillán, não vingou e, principalmente, teve azar. Uma grave lesão no braço em seu primeiro jogo como titular abreviou sua passagem pela Gávea, culminada com trocas de acusações públicas com Kléber Leite.

KLÉBER

Dos quatro, o único que se deu razoavelmente bem é Kléber, que foi campeão paulista e é um dos destaques do Palmeiras. Contudo, o atacante revelado pelo São Paulo tinha planos ambiciosos, como se tornar um dos principais jogadores do país, chegar à seleção e retornar para um grande europeu. O que, convenhamos, não parece perto de ocorrer.

Kléber também ficou marcado pela forma pouco leal de atuar em campo e é o jogador mais violento do Campeonato Brasileiro, tendo recebido três vermelhos e 10 amarelos. Fez apenas cinco gols e se destacou em jogos importantes, mas longe de quem um dia já disse ter proposta para jogar na Juventus.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tudo por Herrera


Contratação que causou risos em alguns, Herrera é uma das maiores vitórias do Corinthians e de Mano Menezes em 2008. Perguntam se vale a pena investir 2 milhões de dólares para mantê-lo e, com uma análise sem preconceitos, cabe dizer que sim.

Famoso por sua pequena intimidade com as redes, Herrera só foi superado, na temporada, por Dentinho. Enquanto o jovem prodígio anotou 23 gols, o argentino fez 17 - mesmo número de André Santos. Quatro vezes com cada pé, outras nove com a cabeça, mostrando-se versátil. É, disparado, o líder em passes para gol do elenco na temporada: são 13 assistências.

Outra vantagem de Herrera, que só tem 25 anos, é a resistência. Atuou em 52 dos 62 jogos do time no ano, tendo ficado de fora por lesão em apenas um jogo. Dentinho, por exemplo, mesmo sem nenhuma grave lesão, perdeu 13. Famoso por ser um grande carrapato, o argentino ainda auxilia para roubar bolas e pressionar adversários.

Por fim, o que não pode ser mensurado é a identificação com a torcida. E isso, claro, deve ser levado em conta. Se dirá que o nível entre Série A e Série B é diferente, o que de fato é verdade. E isso se aplica a todo o time, não apenas a Herrera, que teve um grande 2008 e merece todos os esforços para permanecer no Parque São Jorge.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Seleção da rodada - 31


SELEÇÃO DA RODADA

Fábio Costa (Santos)
Carlinhos (Fluminense)
Ronaldo Angelim (Flamengo)
Thiago Silva (Fluminense)
Netinho (Atlético-PR)
Rodrigo Souto (Santos)
Hernanes (São Paulo)
Alex (Internacional)
Éverton Santos (Fluminense)
Obina (Flamengo)
Edmundo (Vasco)

domingo, 26 de outubro de 2008

Quebra de escritas


O Chelsea não perdia em Stamford Bridge desde o contestado trabalho de Claudio Ranieri - hoje contestado na Juventus: exatamente 86 jogos. O Liverpool, agora líder isolado do Campeonato Inglês, não é campeão nacional desde a temporada 1989/90 - ou seja, não venceu a Premier League, que existe desde 1992. Para piorar, já vê sua hegemonia nacional de 18 títulos ameaçada pela aproximação do Manchester United, agora com 17.

A vitória em Londres, obtida pelo Liverpool de Rafa Benítez, quebrou a primeira marca, e serviu como clara demonstração de força de que os Reds, finalmente, brigarão pelo título nacional após algumas temporadas de sucesso na Liga dos Campeões. Os torcedores do clube, desde o título em Istambul contra o Milan, querem é vencer o título nacional. E ele pode vir.

Na partida contra o Chelsea, a equipe do espanhol Benítez foi bem superior na execução de sua proposta de jogo. Enquanto os de Felipão sentiam dificuldades em subir com Bosingwa e Ashley Cole, graças às atuações dedicadas de Riera e Kuyt, Anelka era a mesma morosidade de sempre e Lampard e Deco foram engolidos por Xabi Alonso e Mascherano. Não havia espaço para os Blues.

Em compensação, o Liverpool tinha força e rapidez para contragolpear, graças aos avanços freqüentes de Xabi e a ligação direta em velocidade. Quando pressionados, os Reds prendiam a bola no ataque, passavam o tempo e aumentavam suas chances de vitória.

Vencer em Stamford Bridge, após 86 jogos, é a maior demonstração de força que o Liverpool poderia dar. "Vencer aqui e nos mantermos imbatíveis no topo é uma mensagem de peso para os outros times", afirmou Benítez após o jogo. A questão é que em jogos importantes, sempre, os Reds se portam bem, mas falham quando o treinador espanhol aprofunda demais o rodízio no time e perde pontos em jogos fáceis. "Precisamos de três pontos no próximo jogo, com o Portsmouth", disse ele, consciente. Foi assim, nos últimos anos, que o clube de Anfield Road se afastou do título.

Claramente mais maduro e com um elenco forte, recheado por um Fernando Torres capaz de dividir as responsabilidades com Gerrard, o Liverpool pode quebrar sua maior escrita. E ganhar, pela primeira vez, a Premier League.

Vence o Fluminense


A esperança contagiou o Fluminense desde a chegada de René Simões. E o técnico com jeito de boleiro e discurso curioso, neste sábado, deu as tricolores a convicção da permanência, com a vitória acachapante sobre o Palmeiras, em um Maracanã com grande público. Assim, terminou a 37ª rodada fora da zona do rebaixamento e, principalmente, astral completamente diferente do time que empatou com o Goiás em casa há quatro rodadas.

O adversário para o Flu não era qualquer um. O Palmeiras, candidato ao título, porém, logo sentiu que sua vida não seria fácil, ainda mais com o escaldante sol carioca. Nas costas de Leandro e forçando o jogo em Martinez, com Arouca e Éverton Santos caindo bem pelo setor, Conca gerenciando o meio, o Fluminense construiu sua vitória no primeiro tempo.

A marcação acirrada, dos volantes Wellington Monteiro e Fabinho era precisa, e Thiago Silva teve um dia daqueles seus, anulando Kléber, comemorando desarmes com vibração e contagiando a torcida tricolor.

Quem foi ao Maracanã, sábado, saiu com uma certeza: o Fluminense não vai mais cair.

Semanário

As colunas da última semana

No Olheiros - Maurício Alves, Dori e Marinho: três nomes que poderiam ajudar o Flu
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=763

Na Trivela - Rivalidade com o Atlético anima o Cruzeiro na briga pelo título brasileiro

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Márcio, por etapas


Enquanto o Santos sonha com Mano Menezes, Márcio Fernandes quer a vaga na Sul-Americana e o título do returno. O trabalho simples e discreto do treinador afastou de maneira praticamente completa a ameaça fortíssima de rebaixamento que rondava a Vila e Márcio só perdeu dois dos onze jogos como técnico efetivo.

Inteligente, sempre tratou como palpável a meta santista de buscar o bloco da Sul-Americana, se negando a trabalhar apenas pela salvação. A partir da meta atingida, Márcio Fernandes achou uma maneira nova de motivar o grupo: o título do returno.

Impulsionado pela derrota do Goiás na quarta-feira em casa, o Santos pode pensar em uma reação semelhante com a que conseguiu no Paulistão, saindo da zona de rebaixamento e chegando na sétima posição. Márcio faz bom trabalho e é a melhor solução - salvo um nome indiscutível - para projetar um bom 2009 na Vila Belmiro.

Veja os cinco primeiros do returno:

1-) Flamengo - 23 pts em 12 jogos
2-) São Paulo - 23 pts em 12 jogos
3-) Goiás - 23 pts em 12 jogos
4-) Palmeiras - 21 pts em 11 jogos
5-) Santos - 19 pts em 11 jogos

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A volta por cima de William


William, do Náutico e ex-Palmeiras, já é um vencedor. Era juvenil quando um problema cardíaco quase lhe tirou do futebol. Com a confiança de Caio Júnior, teve um ou outro bom momento em 2007. Assim como Luiz Henrique e Makelele, foi um dos que perdeu espaço na chegada de Luxemburgo ao Palmeiras. "Preciso detectar quem não tem espírito vencedor", afirmou Luxa no conturbado início de Paulistão, com derrota diante Guaratinguetá por 0-3.

No Náutico, após uma rápida passagem pelo Ipatinga, o garoto cresceu de produção. Joga como segundo atacante, como meia-atacante ou aberto pela esquerda - e vem bem com Roberto Fernandes. No clássico de domingo, na Ilha do Retiro, arquitetou as duas jogadas dos gols do Náutico, uma completada por Gilmar e outra por Felipe.

Nos bastidores, o presidente Maurício Cardoso trabalha para lhe manter para 2009, prorrogando o empréstimo vigente com o Palmeiras. "Confio nas boas relações com eles", afirmou o cartola nesta quarta, se referindo aos dirigentes palmeirenses. E em William, o torcedor do Náutico também pode confiar.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Confusão com STJD

A expressão que dá título ao post tem sido recorrente, desde os tempos em que Luiz Zveiter mandava a desmandava no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O novo terror dos clubes atende pelo nome de Paulo Schimitt, o procurador do STJD, que causou polêmica com as suspensões para Léo, Réver e Richard Morales, entre outras, na última semana.

É bom ficar de olho, porém, para uma confusão recorrente e que apanhou também este blogueiro. Ao contrário do que se imagina em um primeiro momento com mais desatenção, o site Justiça Desportiva ( http://www.justicadesportiva.com.br/ ) não tem qualquer filiação com o tribunal, mas apenas cobre seus julgamentos, bem como, recentemente, o de alguns TJDs. Para entender melhor, e-mail de Aline Pereira, integrante do site.

"O site justicadesportiva é um site independente. Ele é formado por uma equipe de jornalistas que buscam mostrar com clareza as decisões do Tribunal. Como o STJD não tem um site, muitos acham que somos o site do Tribunal. Até porque, começamos o nosso site cobrindo o STJD em todos os processos e, aos poucos, estamos cobrindo os outros tribunais como o TJD/SP, TJD/RJ, TJD/BA, TJD/MG, TJD/RS, entre outros..."

Seleção da rodada - 30


Antes tarde do que nunca, os melhores da rodada empolgante. Faltam apenas oito.

O blogueiro pede desculpas aos seus oito leitores, parafraseando o mestre Bindi, pelo atraso.

SELEÇÃO DA RODADA

Rogério Ceni (São Paulo)
Jonathan (Cruzeiro)
Thiago Silva (Fluminense)
Miranda (São Paulo)
Marquinho (Figueirense)
Hernanes (São Paulo)
Ibson (Flamengo)
Alex (Internacional)
Molina (Santos)
William (Náutico)
Kléber (Palmeiras)

domingo, 19 de outubro de 2008

Semanário

As colunas da última semana

No Olheiros - Anderson é um jogador talentoso e promissor, mas todos têm ido rápido demais com ele
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=751

Na Trivela - São Paulo precisa superar Palmeiras e maldição para se aproximar do tri

E mais, no Olheiros - Meninos deram ao Guarani e ao interior paulista o único título brasileiro da história - http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=756

sábado, 18 de outubro de 2008

Sábado com tática (2) - Seleção engaiolada

BRASIL DE DUNGA TRAVA NAS LINHAS DE QUATRO

Maicon e Elano: corredores fechados por duas linhas de quatro contra a seleção brasileira


Contra Bolívia e Colômbia, filmes parecidos para o Brasil de Dunga nas Eliminatórias Sul-Americanas. Diante do Equador, também no Rio de Janeiro, apesar da vitória por goleada, o que se viu também foi um time que se sentia amarrado na maior parte do tempo, sendo vaiado pela torcida e apenas construindo o resultado favorável a partir do talento individual – principalmente, de Kaká e Robinho.

Nem sempre, porém, a pura qualidade dos jogadores brasileiros irá resolver os problemas. Quando sobra espaço, e os jogos contra Chile e Venezuela testemunharam isso, o Brasil brilha. Robinho pode contra-atacar e driblar, Kaká pode usar e abusar de sua verticalidade e o bom futebol aparece. Quando se vem ao Brasil, todavia, a receita muda, e as fragilidades no trabalho de Dunga ficam à mostra. O catenaccio, futebol de marcação atrás e contragolpes, é característica de times frágeis tecnicamente – ou de treinadores medíocres.

Além de uma claríssima dificuldade nas bolas paradas ofensivas, seja para cabecear, ou mesmo para cobranças diretas, o time brasileiro é mal treinado. E diante de um sistema rígido de marcação, bem posicionado, a incapacidade de persuadir os adversários e chegar às situações de gol, da equipe de Dunga, é gritante.

Contra defesas bem fechadas e protegidas, como foram Bolívia, Equador e Colômbia, as soluções são deslocamentos rápidos, triangulações, trocas de posição e jogadas de surpresa. O Brasil, porém, excessivamente, depende de seus três meias – no último jogo, Elano, Kaká e Robinho –, mas estes estão sempre trancados pela marcação.

Aí, quando precisa de uma jogada de tabela pelas laterais, de um volante que arme o jogo – como Anderson -, que tenha personalidade – como Lucas -, que se desloque com inteligência – como Ramires -, ou que saiba bater de longe – como Hernanes -, o time se ressente.

Josué e Gilberto Silva são as grandes bolas fora de Dunga. Atuam distante do ataque, próximos da defesa, e a bola normalmente não passa pelos seus pés. Se Robinho e Kaká, contra a Colômbia, vinham até a intermediária defensiva para tentar algo, era porque a bola não chegava à frente. Ou, quando sim, em situação desfavorável.

As laterais, também, raramente oferecem uma solução ofensiva. Maicon, que até teve um bom início de Eliminatória, colaborando com passes para gol em três jogos consecutivos – Equador, Peru e Uruguai – já não vem tendo a mesma eficácia. Pela esquerda, vivemos às turras com as más fases de Gilberto e Kléber, e aguardando mais chances para Juan Maldonado, Marcelo ou, por que não, André Santos. A questão aqui, principalmente, passa pela pouquíssima liberdade que Dunga oferece aos seus laterais, ainda que respaldados por dois cães-de-guarda na cabeça da área.

As dificuldades residem, principalmente, em razão de os adversários se defenderem com pelo menos oito jogadores atrás da linha da bola. Laterais e meias externos se juntam pelas duas beiradas do campo, dois zagueiros vigiam um único atacante – seja Luís Fabiano, Jô ou qualquer outro – e os dois meias-centrais pegam o solitário meia-armador, que normalmente é Kaká. Ou seja, um problemão, já que os laterais não entram em diagonal, não fazem ultrapassagens freqüentes e, os volantes, sempre, não passam da intermediária ofensiva.

Uma análise fria sobre os resultados, despreparo psicológico, falta de treinamento, escolhas em convocações e principalmente postura em campo, após dez jogos de Eliminatórias, colocariam um fim sobre o trabalho pouco convincente de Dunga que, é dever lembrar, estréia na função ocupando o cargo mais cobiçado do planeta – sim, pois há uma camisa mais gloriosa e com mais talentos à disposição?

Como a classificatória terá um longo período de recesso – o segundo, aliás – é provável que Dunga, com vitórias esporádicas em amistosos, vá se mantendo no cargo. A questão é saber por quanto tempo mais aceitará conviver com suas próprias deficiências e incompetência. Sabendo da personalidade do capitão do tetra, é difícil imaginar que ele vá largar o osso, como fez Alfio Basile na quinta.

Então, o próximo martírio tem data marcada: dia 1º de abril, contra o Peru, em território brasileiro. Outra equipe que atua com duas linhas e virá trancada na defesa. Problemas à vista.


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Coco duro


Ninguém, além é claro de Carlos Bianchi, fez o Boca jogar tão bem quanto Alfio Basile nos últimos tempos. Disputou cinco taças em sua passagem por La Bombonera, e venceu todas: um Apertura, um Clausura, uma Copa Sul-Americana e duas Recopas. Era o time onde brilhavam os hoje opacos Insúa e Bilos, enquanto Riquelme estava na Espanha. E Coco, aos 63 anos, se credenciou com sobras para assumir o lugar de Pekerman após a Copa do Mundo, em seu retorno à albiceleste após 14 anos.

Basile, porém, não deu certo. E pediu seu boné, no fim da noite desta quinta-feira. Foram onze vitórias, dois empates e cinco derrotas - duas delas diante do Brasil, e outra em Santiago, no Chile, quarta-feira, após 35 anos. O desafio de fazer o time de Messi, Riquelme e Tevez jogar o futebol que convença o exigente torcedor argentino foi grande para Coco, que se despediu com uma diferença de sete pontos para o líder Paraguai.

O trabalho de Basile sequer era mais respeitado pelos atletas, de acordo com a imprensa argentina. Seus métodos eram questionados, sua postura tática já variava em demasia - 4-3-1-2, 4-2-1-3, 3-4-3, e por aí vai. A verdade é que com Basile, de fato, bom futebol só se viu na Copa América, mas a derrota contundente na final com o Brasil de Dunga azedou sua reputação. Bons tempos mesmo foram os de Pekerman, do futebol encantador na Alemanha.

Fala-se, agora, em Simeone e Batista, principalmente. O segundo é credenciado pelo ouro olímpico, o primeiro pelos títulos nacionais com Estudiantes e River Plate - além, claro, da história como jogador.

Em quem apostar, perguntam-se os argentinos? Coco Basile, porém, foi digno. E disse adeus.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cinco receitas contra a retranca



Esqueça o futebol colombiano de Rincón, Asprilla, Valencia e Valderrama. Tente se lembrar mais do Once Caldas, campeão da Libertadores em 2004, pois é ele o modelo padrão que vem imperando entre os cafeteros, especialmente desde o fim da geração marcante supracitada, desde a década passada.

E é contra a retranca da Colômbia que o Brasil de Dunga precisará de idéias para conseguir um feito inédito nestas Eliminatórias Sul-Americanas: duas vitórias seguidas. Seguem, então, cinco dicas rápidas, mas que, bem executadas, podem impedir que se repita, no Maracanã, o trágico filme do empate sem gols contra a Bolívia, no Engenhão, em setembro.

1-) Escalar Jô no ataque. Não por razões técnicas, mas prendê-lo entre os zagueiros colombianos significará mais espaço para os outros jogarem. Alexandre Pato é uma excelente opção de segunda etapa para uma partida dessa natureza.

2-) Marcar à frente. Sufocar os colombianos, que têm técnico interino, é receita primária para ficar, sempre, mais perto do gol. Chutar de longe, aliás, é outra coisa indispensável. Contra o Paraguai, o goleirão Julio aceitou um peru em tentativa de Cabañas.

3-) Abrir o jogo. Kléber é bom no apoio, ótimo no cruzamento, Maicon tem força física, Robinho e Elano sabem atuar pelos lados - mas não podem afunilar. Virar a bola de um lado ao outro, com paciência e objetividade, é caminho seguro para o gol.

4-) Dar liberdade aos volantes. É fato que Josué e Gilberto Silva não primam pelas incursões ao ataque, mas prendê-los em demasia pode limitar a ação dos outros meio-campistas. Soltá-los pode oferecer mais opção para o time.

5-) Usar o banco bem em caso de aperto. Dunga tem boas opções, além de Pato, para abrir o jogo. Juan pode até ser usado no meio, para abrir o jogo com Kléber, assim como Mancini. Alex é outra grande opção, por ter afinidade com o flanco e bater de fora da área. Cabe lembrar, ainda, de Anderson e Lucas, caso falte iniciativa de Gilberto Silva e Josué.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quem faz mais gol de fora da área?

Keirrison: imbatível em chutes de fora da área


A pergunta que dá título ao post é pertinente, pois a marcação das linhas defensivas tem sido cada vez melhor organizada no futebol brasileiro. Há quem proponha um jogo mais compacto, caso do Vitória, ou quem adore uma retranca, situação enfrentada pelo Palmeiras contra Náutico e Figueirense em jogos recentes. A estratégia do Timbu, aliás, se repetiu diante do São Paulo, apenas salvo com um gol de Hernanes já próximo do apagar das luzes.

Tudo isso para impedir que o adversário entre na área. Vale contar, então, quem mais vezes foi às redes, em gols de fora. Os que foram anotados de cabeça, como de Athirson há dois domingos na Vila Belmiro, não foram considerados. E a vantagem no total, aliás, é do São Paulo de Hernanes, com imbatíveis dez gols. Em números individuais, Keirrison, com cinco, ganha com folga.

Ranking dos gols de fora da área – entre parênteses, os artilheiros de cada clube

1-) São Paulo – 10 gols (Hernanes, Hugo e Rodrigo – 02)

2-) Figueirense – 09 gols (Rafael Coelho – 03)
2-) Vasco – 09 gols (Madson e Leandro Amaral – 02)
2-) Vitória – 09 gols (Jackson – 02)

3-) Botafogo – 08 gols (Zé Carlos – 03)
3-) Coritiba – 08 gols (Keirrison – 05)
3-) Fluminense – 08 gols (Washington e Conca – 02)

4-) Atlético-MG – 07 gols (Coelho – 02)
4-) Cruzeiro – 07 gols (Charles – 03)
4-) Flamengo – 07 gols (Léo Moura e Kléberson – 02)
4-) Goiás – 07 gols – (Iarley – 03)

5-) Sport – 06 gols – (Júnior Maranhão – 03)

6-) Internacional – 05 gols (Alex – 03)

7-) Grêmio – 03 gols (Douglas Costa, Souza e Tcheco – 01)
7-) Ipatinga – 03 gols (Rodriguinho, Beto e Ferreira – 01)
7-) Palmeiras – 03 gols (Leandro, Diego Souza e Valdívia – 01)
7-) Portuguesa – 03 gols (Edno, Jonas e Preto – 01)

8-) Atlético-PR – 02 gols (Nei e Antônio Carlos – 01)
8-) Santos – 02 gols (Kléber e Molina – 01)

9-) Náutico – 01 gol (Everaldo – 01)


Foto: Globoesporte.com

domingo, 12 de outubro de 2008

Seleção da rodada - 29


SELEÇÃO DA RODADA

Victor (Grêmio)
Felipe Mattioni (Grêmio)
Asprilla (Figueirense)
Everaldo (Náutico)
Ricardinho (Coritiba)
Ramires (Cruzeiro)
Serginho (Atlético-MG)
Lúcio Flávio (Botafogo)
Renan Oliveira (Atlético-MG)
Leandro Amaral (Vasco)
Washington (Fluminense)


Foto: Uol Esportes

Semanário

As colunas da última semana

No Olheiros - Carpegiani e RS Futebol foram uma ótima parceria, e o treinador deve partir para nova aventura na formação de atletas, agora em Santa Catarina
http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=741

Na Trivela - Os goleiros que mais defendem e mais salvam seus times no Campeonato Brasileiro

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Diferencial


De pé direito ou de canhota? Foi essa a pergunta que provavelmente passou pela cabeça de André, goleiro do Náutico, quando Borges ajeitou a bola da vitória para Hernanes, pouco atrás da linha da grande área. O volante-meia do São Paulo pegou de primeira, com a direita, e deu a vitória para um time que teve pouquíssimas boas idéias no Morumbi, mas teve em seu camisa 15 - outro pouco inspirado, é verdade - o diferencial para a vitória que o mantém na briga pelo tri.

O gol contra o Náutico foi o quinto anotado por Hernanes no ano com a camisa são-paulina - quatro de fora da área. Há de ser lembrado, ainda, o da vitória sobre a Bélgica, na estréia olímpica em Pequim, de esquerda. O fato de poder bater com as duas pernas dá vantagens para o jogador, sempre muito cobrado por Muricy - ele sabe quem tem qualidade e maturidade para definir. Hernanes provoca dúvidas nos marcadores por ser ambidestro.

Definir, foi o que Hernanes fez. A vitória de um time mecânico, chato, insistente na bola aérea, mas que pode ser tricampeão brasileiro, contra outro que jogou com três na zaga, cinco no meio, muita marcação e perigo nos contra-ataques. O São Paulo se adiantou, Rogério Ceni virou líbero, acuou o Náutico na defesa. Mas foi Hernanes, o dono do diferencial tricolor, quem definiu a parada.


Foto: Estado de SP

A pé ou de avião?


Dos nove jogos restantes, cinco são fora do Rio Grande do Sul. E o maior desafio do Grêmio para conquistar seu terceiro título brasileiro passa pelas viagens e em tentar repetir a incrível seqüência que obteve no primeiro turno, quando somou três vitórias consecutivas fora de casa e disparou: Figueirense, Coritiba e Atlético-MG.

Agora, os cinco adversários dos gremistas se mostram desafiadores: enquanto os rebaixáveis Portuguesa e Ipatinga devem exigir muita correria, o time de Celso Roth tem confrontos diretos contra Palmeiras e Cruzeiro, além de uma longa viagem até a Bahia para enfrentar o Vitória do conhecido gremista Vágner Mancini. Em casa, os desafios tricolores são: Sport, Figueirense, Coritiba e Atlético-MG.

Na reportagem interessante do ótimo repórter Leandro Behs, no Zero Hora, estima-se que o Grêmio irá gastar mais de 30 horas em aviões até o fim do Brasileiro. Segundo a matéria, porém, Roth e a comissão técnica têm um plano organizado para amenizar este desgaste, o que será favorecido pelo fim das rodadas duplas em uma semana nesta reta final.

Clique aqui para ler a matéria do Zero Hora

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Time caseiro


As perguntas que normalmente irritam Vanderlei Luxemburgo são as que explicam as deficiências de seu time. Embora tenha acertado a defesa, que sofreu só 1 gol nos últimos 7 jogos - falando de um assunto que incomodava Luxa -, o Palmeiras segue sem vencer longe do Parque Antártica. As quatro vitórias longe de casa são inferiores ao índice de Grêmio, Cruzeiro e Flamengo - outros que perseguem o título.

Quando Luxemburgo saiu chutando tudo que viu pela frente, ao Evandro perder chance clara nos acréscimos, sabia da pressão que viria na entrevista coletiva, sobre mais um jogo fora sem vitória. E ao ser abordado pelos repórteres, destilou a arrogância que lhe é peculiar, e preferiu disparar contra os critérios de Leonardo Gaciba.

Entre outros motivos, o Palmeiras não vence fora por não se impor, longe do Parque Antártica, da mesma maneira. As próprias alterações do treinador palmeirense, nesta quarta, denotaram uma preocupação maior com a parte tática do que em encurralar o adversário, que briga contra o rebaixamento, em sua defesa. Nos contragolpes que ofereciam, os palmeirenses corriam o risco de perder o jogo, principalmente com Diogo sobrando em cima do setor de Leandro e Martinez.

A proposta por um jogo mais tático que técnico, no Orlando Scarpelli, minou o Palmeiras fora de casa novamente.

QUEM VENCEU MAIS FORA DE CASA

Grêmio, Cruzeiro e Flamengo - 5 vitórias
Palmeiras, Coritiba e Botafogo - 4 vitórias
São Paulo, Vitória, Goiás, Sport e Figueirense - 3 vitórias
Internacional e Náutico - 2 vitórias
Atlético-MG, Santos, Atlético-PR, Portuguesa, Fluminense e Vasco - 1 vitória
Ipatinga - nenhuma vitória


Foto: Uol Esportes

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vetado!


Famoso por suas arbitragens polêmicas, decisões conturbadas, postura prepotente e incrível lobby com a Comissão de Arbitragem da CBF, o árbitro pernambucano Wilson Souza de Mendonça não teve sucesso em sua última empreitada: ser vereador em Recife.

O eleitorado recifense provou que a popularidade de Wilson não é tão grande quanto parece ao lhe dar, no último domingo, apenas 631 votos - suficientes para lhe deixar em 223º colocado. Quem também tentou a sorte em Recife foi Mauro Shampoo, famoso por sua passagem folclórica com o Íbis - mas teve 11 votos ainda a menos que o árbitro.

Wilson Souza de Mendonça, porém, não tem problemas. Apitando no país há vários e vários anos, ele seguirá recebendo as generosas cotas da arbitragem brasileira.

O pescoço de Coco


Alfio Basile sabe que, provavelmente, sua continuidade no cargo de treinador da seleção argentina depende de sucesso nos próximos dois jogos contra Uruguai (casa) e Chile (fora). A albiceleste vem de uma derrota e quatro empates consecutivos nas Eliminatórias - sua última vitória foi em novembro de 2007, contra a Bolívia.

A corda no pescoço fez o treinador copiar Dunga e tentar algumas mudanças na hora de convocar. As maiores mudanças passam pelo meio-campo e terão novidades como Bergessio, Cristian Ledesma e Barrientos - todos do San Lorenzo, além do experiente Somoza, do Velez Sarsfield. Volta, ainda, Diego Milito, que brilha no início de temporada com o Genoa e pode ser esperança para o crônico problema argentino no ataque.

Outra percepção é a de que os jovens Zabaleta e Monzón, de Manchester City e Betis respectivamente, possam ganhar espaço no elenco argentino. Pela continuidade disso, porém, a Argentina precisa vencer: o pescoço de Basile agradece.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Quem escapa ileso no Campeonato Brasileiro

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR


Veja mais na coluna desta segunda-feira na Trivela
http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17

Seleção da rodada - 28


Amanhã, a somatória das 28 seleções da rodada

SELEÇÃO DA RODADA

Bruno (Flamengo)
Léo Moura (Flamengo)
Réver (Grêmio)
Felipe (Coritiba)
Leandro (Palmeiras)
Zé Luís (Flamengo)
Rafael Carioca (Grêmio)
Douglas Costa (Grêmio)
Marquinho (Figueirense)
Alex Mineiro (Palmeiras)
Keirrison (Coritiba)

Semanário

As colunas da última semana

No Olheiros - Marco van Basten tem uma série de garotos em desenvolvimento para tentar recolocar o Ajax entre os maiores - http://www.olheiros.net/artigo.aspx?id=730

Na Trivela - Luiz Estevão utiliza o Brasiliense como plataforma para se manter em evidência - http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=17&id=19737

sábado, 4 de outubro de 2008

Sábado com tática (1) - Robinho

A DURA VIDA DE ROBINHO NO MANCHESTER CITY

Posicionamento tático tem dificultado a adaptação do brasileiro à Premier League

Se estivéssemos nos anos 60 e 70, certamente Robinho seria um ponta – provavelmente, esquerdo. A construção de sua carreira foi cimentada por aquele lado do campo, onde os espaços normalmente são maiores e o duelo é quase sempre individual. É dali, por exemplo, que o santista carrega a bola, dá oito pedaladas e sofre o célebre pênalti que abriu caminho para o título brasileiro conquistado pelo Santos em 2002.

Atualmente, seis anos depois, Robinho – que tinha 1,72m e 60kg ganhou massa muscular, mas segue sendo o mesmo jogador franzino e pouco eficaz em um jogo físico. Tirar o melhor dele significa deixá-lo longe dos marcadores mais fortes e colocá-lo, esquecido, nos lados do campo.

O novo técnico do Manchester City, Mark Hughes, chegou aos Citizens credenciado por ótimas temporadas à frente do Blackburn, o qual manteve sempre na disputa por vagas na metade de cima da tabela da Premier League. Hughes, ao invés de Sven-Göran Eriksson, implantou uma tática perfeita para as características de seus principais jogadores – em especial, Shaun Wright-Phillips e Robinho, contratados a peso de ouro na janela de verão.

O 4-2-3-1, esquema provavelmente mais em voga no momento – o que já ficara claro na Eurocopa recente -, encaixa bem com o City pois os meio-campistas centrais do elenco são pouco criativos. Kompany e Hamman, os volantes escalados normalmente, têm pouca técnica. Robinho, Ireland, Petrov e Wright-Phillips, os principais meias externos, são agudos demais, e combativos de menos. Dessa forma, atuar com duas linhas de quatro jogadores não daria resultados para Hughes, cujo principal homem de frente, Jô, também é um pouco lento.

O grande problema é que no 4-2-3-1 de Mark Hughes, Robinho é o homem do centro na linha de três meias, e não joga aberto pelos lados. Ali, o ex-santista tem um confronto duro e complicado contra normalmente os volantes adversários. Contra o Wigan, por exemplo, esbarrou em Palacios (1,78m e 72kg) e Cattermole (1,78m e 76kg).

A vida de Robinho fica ainda mais difícil em razão da falta de espaços que oferece o futebol inglês. Ao invés de Brasil e Espanha, onde o jogo é sempre de área a área e há espaços, quase sempre, para contragolpear, a Premier League se caracteriza pelo jogo compacto, entre as duas intermediárias, em que a linha de defesa avança e espreme o adversário entre seus meio-campistas. Tratava-se, nitidamente, de um formato hostil para o futebol leve e habilidoso de Robinho.

No jogo contra o Portsmouth – o melhor de Robinho no City – houve situações peculiares, mas o brasileiro brilhou, apenas, quando teve espaço. Seja puxando o contra-ataque do primeiro gol, em que deixou Jô na cara do gol, seja driblando pela esquerda, no quinto gol, ou aparecendo bem, em velocidade, para fazer o seu.

Se Mark Hughes deseja extrair o melhor futebol de seu jogador mais caro e talentoso, é bom encontrar outro posicionamento tático para Robinho. Atuar pelo centro da penúltima linha do 4-2-3-1 requer uma força física que o Rei do Drible não tem. Olhando para o elenco do City, o nome ideal, provavelmente, seria Elano.

Como está, no momento, Robinho irá sumir, literalmente, em meio à forte marcação e o formato peculiar de se jogar na Premier League.

Link: Veja os gols de Man City 6 x 0 Portsmouth
http://www.footyfilms.com/musicvideo.php?vid=4c9f3ed4b


ROBINHO EM CAMPO




PS: Sábado com tática, a partir de agora, passa a ser uma seção quinzenal do Papo de Craque.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A brincadeira da tabela


Os amigos e blogueiros André Rocha e Maurício Vargas já haviam realizado a brincadeira da tabela, do Globoesporte.com, onde é possível simular todos os resultados até o fim do Campeonato Brasileiro. Resolvi, então, entrar na onda e ver o que ia sair.

Interessante ressaltar alguns fatores que foram levados em conta: Sport, Coritiba e Vitória, na reta final, devem dar uma desanimada, Figueirense com Mário Sérgio não irá muito longe, Cruzeiro de Adílson falha nos momentos cruciais, Inter e Flamengo vêm crescendo e têm mais qualidade técnica, Vasco com Renato Gaúcho tende a melhorar e o fôlego do Goiás, imagino, está no limite.

Sem mais delongas, o chutaço deste blogueiro que vos escreve está abaixo.

E você?
Quem acha que leva o título, quem fica com Libertadores e quem joga a Série B em 2009?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Respeito com Roque


Roque Júnior teve temporadas fabulosas com o Palmeiras, onde ganhou a Libertadores e a Copa do Brasil, além de trajetória impecável na seleção brasileira. Seu desempenho na final da Copa de 2002, contra a Alemanha, foi praticamente perfeito - àquele dia, foi ofuscado por Marcos, Kléberson, Rivaldo e Ronaldo. E com 32 anos, após passagens horríveis por Siena, Leeds, Duisburg e Bayer Leverkusen, por exemplo, pode dar muito ao Palmeiras. E fez bem em não acertar com Vasco e Portuguesa.

Jogador bom de grupo e inteligente, Roque precisa, apenas, de uma boa forma física. E essa dúvida, em sua volta ao Parque Antártica, foi bem esclarecida pelo desempenho desta quarta-feira contra o Sport Áncash. Elogiado por todos, inclusive pela sempre ácida Folha de São Paulo, atuou na sobra, firme e preciso, ao longo dos 90 minutos.

Pentacampeão do mundo, Roque pode, nesta reta final e no ano que vem, ajudar o Palmeiras. A zaga, que não é vazada há cinco jogos, está bem, agora, sem Jéci e Gladstone. E pode ficar melhor ainda, aos poucos, se Roque Júnior ganhar espaço.

Por ora, o jovem Maurício vem bem no setor, mas um jogador com a história de Roque Júnior, essencialmente no Palmeiras, merece respeito.



Fotos: Zero Hora / Terra

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Até onde pode ir o Real Madrid


Os três pontos que trouxe de São Petersburgo, conseguido com a boa atuação de Nistelrooy, os milagres de Casillas e uma dose razoável de sorte - nos instantes finais, houve dois lances claros de gols e um foi na trave e outro resvalou em Pepe -, recolocam o Real Madrid em evidência. Não que o maior campeão da história da Liga dos Campeões estivesse em baixa, mas a expectativa por uma boa campanha nessa temporada (entenda brigar pelo título europeu) é atualmente maior.

Isso, em primeiro lugar, porque Bernd Schuster está em sua segunda temporada à frente do Real Madrid e, passado um primeiro ano que sugere adaptações, precisa impor maior eficácia ao estilo de jogo que propõe para sua equipe. Para isso, o treinador alemão não tem descartado, sequer, pôr Raúl no banco ou atuar, como foi ontem, com uma linha de quatro zagueiros na defesa, contabilizando Sergio Ramos. E os resultados, também, criam essa expectativa sobre Schuster, que opta quase sempre pelo 4-2-3-1 que, em muitos momentos, vira 4-4-2.

Experiente no meio do futebol e com alguns anos de rodagem também como treinador, ele sabe que precisará brigar, nesta temporada, pelo título europeu. Para isso, conta com a afiada legião holandesa, a camisa madridista - que é pesadíssima -, e um time maduro e aparentemente pronto para duelar com os principais adversários de Itália e sobretudo Inglaterra.

Este Real Madrid tem cara de semifinalista da Liga dos Campeões. Agora, é preciso provar.