quinta-feira, 25 de março de 2010

Estaduais, mas também pode chamar de máquina de moer carne


Costuma se dizer que os campeonatos estaduais valem muito pouco, mas a temporada 2010 vai provando justamente o contrário no futebol brasileiro. A queda de treinadores de Série A inflacionou um bocado neste ano e, dos 20 clubes da primeira divisão, oito já trocaram de comandante. O último foi Vagner Mancini, sacado do Vasco após perder para o Americano.

Na mesma altura da temporada dos últimos dois anos, eram quatro demitidos (2008) e cinco (2009) - ou seja, o índice dobrou. Como é contado até o fim do mês, Fossati, no Inter, e Vadão, no Guarani, que se cuidem.

O Campeonato Espanhol, que também tem 20 clubes, chegou a oito demitidos na última semana com a saída de Manolo Jiménez do Sevilla, mas isso demorou sete meses a ocorrer. Mais que o dobro do tempo em relação ao futebol brasileiro.

O nome que impressiona da lista é justamente Mancini, que troca de clube no primeiro trimestre pelo terceiro ano seguido. Em 2009, deixou o Vitória para trabalhar no Santos. Em 2008, caiu no Grêmio após quatro vitórias e dois empates, dando lugar para Celso Roth na época.

Desta vez, no Vasco, Roth também parece o mais cotado para o lugar de Mancini.

Trocaram de emprego entre janeiro e março de 2008 - 4 treinadores:
Vadão (Vitória), Vagner Mancini (Grêmio), Emerson Ávila (Ipatinga) e Alfredo Sampaio (Vasco)

Trocaram de emprego entre janeiro e março de 2009 - 5 treinadores:
Vágner Mancini (Vitória), Roberto Fernandes (Náutico), Toninho Moura (Barueri), René Simões (Fluminense) e Márcio Fernandes (Santos)

Trocaram de emprego entre janeiro e março de 2010 - 8 treinadores:
Hélio dos Anjos (Goiás), Artur Neto (Atlético-GO), René Simões (Ceará), Antonio Lopes (Atlético-PR), Vinícius Eutrópio (Barueri), Vágner Mancini (Vasco), Estevam Soares (Botafogo) e Muricy Ramalho (Palmeiras)

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