terça-feira, 6 de julho de 2010

Sem se importar com o trabalho sujo


Edinson Cavani pintou para os uruguaios em 2007 como a esperança de um grande craque. Capitão, foi o artilheiro do Sul-Americano Sub-20 com sete gols, à frente até de Alexandre Pato. Era aquele centroavante técnico e com presença de área, algo muito diferente do Cavani que participa da melhor campanha da Celeste Olímpica em 40 anos de Copas. Um jogador que não se importa em realizar o trabalho sujo.

Reserva na estreia contra a França, Cavani entrou no time para permitir que Diego Forlán brilhasse. Segundo atacante, é sempre ele quem retorna na marcação ao lateral esquerdo adversário. Diego, o craque, joga sem obrigações defensivas, mas Cavani é o abnegado que corre de uma linha de fundo à outra.

Se computados os quatro últimos jogos, quando ele esteve em campo, nenhum outro jogador uruguaio correu tanto. Jogando sempre no choque, já sofreu nove faltas no Mundial - Forlán só uma. O esforço físico é uma característica que Cavani acrescentou a seu jogo desde que chegou no Palermo. Lá, é que ele quem ajuda na recomposição defensiva enquanto Miccoli fica fixo na frente.

No futebol de hoje, em que até atacantes são escolhidos pela capacidade de ajudar na marcação, o camisa 7 da Celeste é importantíssimo. Mais que qualquer coisa, Cavani é um jogador talentoso que não se importou em ser coadjuvante e atuar coletivamente.

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