segunda-feira, 14 de abril de 2008

Clássicos do Rio de Janeiro

BOTAFOGO 3 x 0 FLAMENGO

É até curioso. Se na quarta-feira o Flamengo se sobressaiu na altitude de Cuzco, nesse domingo, o time de Joel Santana pregou no calor e no cansaço do Maracanã. Por sua vez, o Botafogo esbanjou disposição, muita pegada e um preparo físico invejável. Com mais ambição dentro do jogo, inclusive, a equipe de Cuca não ofereceu hipóteses ao Fla. De forma justa, os três principais clubes do Rio de Janeiro são os que ainda podem pensar em título.

Atuando mais uma vez com uma linha de quatro jogadores na defesa, o Botafogo tinha cobertura para Triguinho e principalmente Alessandro irem ao ataque. Diguinho e Túlio se desdobraram, enquanto Zé Carlos e Wellington Paulista, incendiados, faziam a parte do apagado Jorge Henrique.

O Botafogo cresceu quando o sol deu trégua no Maracanã. Sufocou o Flamengo, pálido e pouco disposto a eliminar a chance de final no Estadual no Rio. O melancólico primeiro tempo do adoentado Souza foi sintomático.

Ao Flamengo, resta se preparar bastante ao longo dos próximos dias. Para o Botafogo, ficou a lição de que, futebol, o time de Cuca tem. Basta ter os nervos do lugar. Os botafoguenses mereciam uma segunda chance, mas os de Joel podiam e deviam ter feito mais força.

FLUMINENSE 1 x 1 VASCO


Como tem sido freqüente, especialmente nos clássicos, o Vasco fez muito mais do que podia. O time de Antônio Lopes foi brioso e determinado. Teve, inclusive, a iniciativa do jogo em boa parte dos 90 minutos, embora não tenha criado tanto perigo quanto essa situação tende a insinuar.

Fechado e saindo muito bem nos contra-ataques com Conca e Thiago Neves, o Flu foi quem teve as melhores oportunidades. Naturalmente, pois tem mais qualidade e até entrosamento. Diante disso, o empate ao longo dos 90 minutos trouxe alguma surpresa.

No segundo tempo, o Vasco contou com atuações intensas de Morais e até do limitado Leandro Bomfim. Jean, como de praxe, se movimentou bastante e criou dificuldades. A zaga tricolor, porém, se valeu de mais um grande jogo de Thiago Silva, ainda em altíssimo nível.

Foi bastante dispensável a escolha de Antônio Lopes. Se o treinador mandou bem ao tirar Edmundo dos pênaltis, deixar o jovem Pablo como o quinto cobrador, evidentemente, foi uma péssima alternativa. O ala improvisado pela esquerda jogou bem durante os 90 minutos e cobrou bem a penalidade. Poderá, porém, carregar um peso desnecessário por muitos e muitos tempos.

No fim das contas, foi justa a classificação do Fluminense. Era o lógico.

3 comentários:

Maurício disse...

Interessante que o Joel montou o time da mesma forma que fez contra o Cienciano, com Kléberson à frente da zaga e Ibson e Toró na armação. O resultado foi exatamente o oposto!

E quanto ao Vasco, as entrevistas pós-derrota sempre atribuem os infortúnios à má sorte. Mas é bom lembrar que sorte é fruto da competência.

E isso tem sido matéria rara em Sâo Januário.

Arthur Virgílio disse...

Vasco perdeu três eliminatórias consecutivas nos penâltis, será que é só azar?

Por mais que a viagem pode ter desgastado o elenco rubro-negro não pode servir de justificativa para um 3 a 0 humilhante do jeito que foi.

Unknown disse...

Observações perfeitas como sempre, Dassler..
Porém, em um exemplo de como palavras similares podem mudar totalmente o sentido do texto, em lugar de "os três pincipais clubes do Rio de Janeiro" acho que seria mais justo e historicamente correto, "os três melhores times do Rio de Janeiro".

Grande abraço