Fluminense – Boca Juniors
Com os laterais muito presos durante toda a primeira etapa e Conca e Thiago Neves bem vigiados, era Cícero quem vinha de trás e se aproximava de Washington levando perigo aos boquenses, embora isso não tenha sido algo tão freqüente. A marcação a Palacio, principalmente, era impiedosa, e Riquelme era anestesiado, quase sempre longe do gol de Fernando Henrique, novamente em grande atuação, parando lance de perigo de Palermo, o jogador mais ameaçador do Boca, aos 40 minutos.
O segundo tempo foi de Dodô, mas começou com Ygor levando um baile de Dátolo pela ponta-esquerda e Luiz Alberto totalmente disperso na marcação a Palermo, que escorou com maestria para o gol tricolor. Renato então fez a substituição que, se parecia desesperada, deu muito certo. Dodô brigou com Paletta e sofreu a falta cobrada por Washington, novamente o jogador mais decisivo do Flu.
Ainda houve tempo para um lance de sorte com Conca e o gol consagrador de Dodô, fechando o caixão boquense em três gols no Maracanã, novamente lindo e pintado em três cores. É bom recordar que haverá, do outro lado, uma equipe também muito forte. A LDU Quito vem de eliminar três equipes fortes e vai pedir, ao Fluminense, a mesma determinação. É difícil duvidar que não será assim.
Corinthians - Sport
Os corintianos voltaram ao Morumbi pela última vez na Copa do Brasil. Era a final da competição e, do outro lado, um oponente que vem qualificado por deixar favoritos como Palmeiras e Internacional pelo caminho. O Sport também veio com Nelsinho Baptista, que há seis meses ia, com o Corinthians, para o abismo da Série B. Com jogadores experientes, a expectativa era de que a pressão natural não afetasse o rubro-negro pernambucano.
Mas afetou. O relógio marcava 45 minutos de jogo e, até então, o Leão da Ilha ainda estava atordoado no Morumbi. Mano Menezes chamou Alessandro, seu homem de confiança, para suprir o lado direito do ataque. Por lá, entretanto, quem avançava era Carlos Alberto, em grande noite. Mano também contou, do outro lado, com uma noite inspiradíssima de Dentinho, insinuante e sufocando Luizinho Netto. Fabinho, Chicão e Eduardo Ramos tinham importante papel na blitz corintiana, que não deixou o Sport pensar na primeira etapa.
O avanço do Sport na segunda etapa contou com um relaxamento corintiano e uma boa mudança de Nelsinho, prendendo Carlos Alberto na defesa e pressionando sempre que possível com três atacantes. Quando saiu o terceiro gol, em grande jogada de Herrera, a sensação era de que o Corinthians levava, do segundo tempo, um gol que não merecia. Com justiça, o Leão seguiu em cima e conseguiu o que queria para provocar uma atmosfera muito forte para a finalíssima na Ilha do Retiro.
O placar de 3-1, que não se engane, é muito favorável ao Corinthians, que, como visitante, fez gol em todos os jogos da Copa do Brasil. Por outro lado, é o que precisava o Sport para ter uma esperança jogando em casa. Bom para o time de Mano entrar ligado, bom para ter, na Ilha do Retiro, mais um belo jogo de futebol.
Um comentário:
Como fui dormir feliz ontem. Dois grandes jogos, duas belas festas, dois grandes treinadores (Mano e Renato), dois grandes goleiros (Felipe e Fernando Henrique), em suma. Tricolores e corintianos tem todos os motivos de estarem orgulhosos e ambos merecem levantar os títulos que disputam.
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