Vinte e duas vitórias, oito empates e seis derrotas em 36 jogos. Vice-líder do Campeonato Brasileiro, campeão mineiro, três vitórias nos clássicos e uma boa campanha na Libertadores. 71 gols a favor e 38 contra em uma ótima temporada. Os números de Adílson Batista à frente do Cruzeiro em 2008 têm sido absolutos. Seriam indiscutíveis, não fosse a implicância dos torcedores em seu trabalho.
Jadílson é a maior dor de cabeça do treinador, que tem especial preocupação pela marcação de seus laterais. Há explicação. O meio-campo do Cruzeiro tem mais técnica que pegada. Logo, a necessidade de sempre utilizar Marquinhos Paraná, preso, em uma das laterais. Vez ou outra, o técnico considera oportuno lançar mão de Jonathan, outro que vai bem na marcação. Daí o problema, pois a torcida odeia Jonathan e comprou a briga por Jadílson.
No clássico de domingo, Danilinho e Marques iam abertos no segundo tempo, pressionando as fragilidades defensivas de Jadílson. O técnico, então, tirou o atleta, que falou algo do tipo: "ele pega no meu pé por saber que tenho potencial". Desnecessário, pois o lateral jogou seu comandante contra a torcida, que vaiava. No fim do jogo, Ramires deu a vitória ao Cruzeiro.
Em 22 jogos que começou como titular, Jadílson saiu em oito deles. Como contra o Sport, o mais polêmico de todos. Contra o Ipatinga, ficou até o fim, e fez o gol do empate no apagar das luzes.
Jadílson é bom jogador, vai bem no ataque. Mas deixa uma avenida na defesa. No Goiás e no São Paulo, jogava com três zagueiros às suas costas. Em sete meses de clube, raras foram as vezes que Adílson Batista jogou dessa forma. Então, Jadílson precisa entender quando sair. E a torcida reconhecer o bom trabalho de seu técnico.
Um comentário:
Pra falar a verdade, nem eu acreditava no trabalho dele, no início. Mas ele está montando uma boa base e vem fazendo boa base.
Infelizmente não dá pra esperar racionalidade do torcedor. Quando mano perdeu a CB junto ao time do Corinthians, muitos o criticaram, chamaram de retranqueiro e ele está ae, quatro meses sem perder em jogos em SP, fazendo bom trabalho...
Cabe a direção não deixar se levar por "ondas" de sentimentos da arquibancada...
Abs!
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