sexta-feira, 11 de julho de 2008

Jogo a jogo e seleção da rodada - 10


SELEÇÃO DA RODADA

Victor (Grêmio)
Fabinho Capixaba (Palmeiras)
Índio (Internacional)
Marcos (Atlético-Mg)
Marcelo Cordeiro (Vitória)
William Magrão (Grêmio)
Serginho (Atlético-Mg)
Maikon Leite (Santos)
Marcinho (Flamengo)
Hugo (Coritiba)
Marquinhos (Vitória)

PALMEIRAS 1 x 1 FIGUEIRENSE

São cinco jogos de invencibilidade do Palmeiras, mas os dois últimos resultados estão longe daquilo que esperava Vanderlei Luxemburgo. Especialmente o empate desta quinta-feira, em casa, contra o Figueirense - responsável por tirar o 100% alviverde dentro de casa. Sem Martinez, Luxa postou dois volantes, dois meias e dois atacantes, sua formação mais ofensiva, para enfrentar um Figueira que, já se sabia, jogaria na defesa. E aassim fez a equipe de PC Gusmão, em seu terceiro jogo à frente dos catarinenses.

O Palmeiras teve sérias dificuldades para sair dessa marcação impiedosa, comandada pelos incansáveis Magal e Diogo, mas com o respaldo de todos os outros oito jogadores de linha. Os donos da casa rodavam a bola, de um lado ao outro, mas os espaços eram mínimos e se tornavam ainda menores por mais uma atuação apagada de Valdívia, Lenny e Diego Souza. O Figueira apostava em Tadeu, que de costas para a zaga recebia todas as bolas e quase sempre se saía bem.

Numa delas, quase Cleiton Xavier fez o gol no primeiro tempo. E foi o capitão dos alvinegros que abriu o placar, em jogada preciosa de Marquinho. Veio rapidamente a resposta, com jogada de Fabinho Capixaba, o mais lúcido dos anfitriões. Foi um empate frio e insosso numa noite gélida na capital paulistana. Um resultado pouco produtivo para o Palmeiras, que ainda não está entre os quatro primeiros.

VASCO 4 x 0 SPORT

Antônio Lopes voltou a utilizar quatro jogadores de frente - Morais como meia, Leandro Amaral na direita, Edmundo enfiado e Jean à esquerda. E o Vasco, em casa, jogou novamente tomando conta do jogo diante de um Sport que segue em baixa no Campeonato Brasileiro - são quatro derrotas nos últimos cinco jogos e a zona do rebaixamento se aproximando. Os vascaínos mantêm sua campanha média de poucos pontos desperdiçados em casa, onde venceu quatro de cinco jogos. O clássico de domingo, contra o Flamengo, é a grande prova de fogo para a equipe cruzmaltina.

Nesta quinta, com ótima atuação de Pablo e momentos esporádicos de outros jogadores, o Vasco ganhou mesmo sem fazer brilhante. E goleou. Pressionou os laterais do Sport com Jean e Leandro Amaral, marcou adiantado e teve atitude, principalmente. Um resultado importante para os vascaínos, que não terão Morais no domingo - uma ausência e tanto.

IPATINGA 2 x 2 CRUZEIRO

Adílson Batista contou que Ricardo Drubscky conhecia o time do Cruzeiro muito bem, por ter trabalhado na Toca da Raposa. E o técnico do Ipatinga armou novamente sua equipe, fazendo um jogo interessante no interior mineiro. Com Adeílson indo bem mais uma vez, fez a terceira partida consecutiva de bom nível. O trabalho do treinador é um alento para uma equipe fadada ao rebaixamento pelo triste início de temporada que teve. Ainda que tenha buscado o empate e se mantido entre os quatro, é outro resultado ruim para os cruzeirenses, que têm clássico no domingo.

SANTOS 1 x 1 GRÊMIO

Foi mais um bom primeiro tempo do Santos, que teve Rodrigo Souto jogando na sobra e Kléber como volante à direita, tentando - e conseguindo - dar mais qualidade na saída de bola. Michael, porém, aparecia pouco para o jogo. Quem não se escondia era Apodi e principalmente o imparável Maikon Leite, o melhor na Vila Belmiro. O garoto levou Thiego à loucura, criando pelo menos duas boas chances - e finalizando para fora, é verdade. No fim da primeira etapa, foi Maikon quem deixou o quase xará Michael em condições de determinar a igualdade. Antes, Rodrigo Mendes tinha aberto o placar, em desatenção de Kléber Pereira no primeiro pau.

O Grêmio só respirava quando a bola vinha aos pés de Willian Magrão, surpreendentemente o melhor do time de Roth. Marcel até se saía bem com a marcação de Fabão, mas perdeu um gol imperdível, já quando o Santos morria nos últimos 15 minutos. Faltou perna para os santistas buscarem a virada no segundo tempo. Maikon Leite murchou, Thiego voltou melhor e Molina só fez uma boa jogada em meia hora. Lima, que voltou do intervalo no lugar de Kléber Pereira, foi mais nulo que o titular. E o Santos segue com uma vitória em dez jogos do Brasileirão. E Celso Roth mantém seu time entre os quatro - ao menos por enquanto.

ATLÉTICO-MG 1 x 1 FLAMENGO

Pouco adianta o Atlético jogar bem só 45 minutos de uma partida. Dessa vez, foi o segundo tempo do Galo que foi muito bom, com Danilinho e Petkovic inspirados e Serginho e Márcio Araújo muito bem na marcação. Na primeira etapa, Gallo armou mal seu time, com Amaral pela esquerda e três volantes. O Flamengo controlava a partida e chegava com perigo, sempre pelos pés de Kléberson e principalmente Marcinho.

Após o intervalo, o Fla morreu no Mineirão e foi engolido por um Galo vibrante, novamente empurrado por uma torcida fantástica - como no domingo. Poderia perfeitamente ter deixado o campo com três pontos, mas faltou de novo acertar o pé. Ao Fla, só pintou um pouco de fôlego com o garoto Erick Flores, mas o recuo do time matou as chances na frente, especialmente pelo cansaço de Obina. O Galo venceu só um dos últimos seis jogos. E o Flamengo se mantém razoavelmente seguro na ponta.

INTERNACIONAL 1 x 0 GOIÁS

Uma marcação sufocante do Goiás foi a tônica no Beira Rio. Os esmeraldinos, com só Iarley no ataque, trancavam o Inter, impedindo Taison e Guiñazu, principalmente, de aparecer no jogo. Nilmar, muito isolado, mostrava novamente viver um momento ruim. Tite mexeu bem, trouxe Alex para a meia e pôs Adriano no comando do ataque. O resultado demorou só três minutos para aparecer.

Nilmar foi insistente e rolou para Adriano, livre, dar o gol e os três para o Inter que, no fim, ainda perdeu boas chances de ampliar. Não foi uma vitória de impacto, como contra o Coritiba, mas atesta a evolução da equipe nas mãos de Tite. São cinco jogos com o treinador: três vitórias, um empate (que deveria ser vitória, não fosse o erro de Renan), e uma derrota para o Vitória no Barradão. O Colorado já é oitavo.

VITÓRIA 5 x 2 BOTAFOGO

O Botafogo precisava mesmo perder um jogo dessa forma para trocar de técnico. A vida com Geninho não era nada promissora. Mas o Vitória teve inúmeros méritos no Barradão. Não teve três titulares, mas teve novamente Marcelo Cordeiro, Willians, Marquinhos e Ramon - todos em alto nível. O 4-2-3-1 de Vágner Mancini explorou a velocidade pelos lados do campo e forçou, sempre, em cima dos alas botafoguenses. Por ali, saiu o pênalti convertido por Ramón, e os dois gols do lateral-esquerdo rubro-negro. Com cinco vitórias e um empate nos últimos seis jogos, o Vitória é segundo colocado.

CORITIBA 4 x 0 PORTUGUESA

O segundo tempo do Coxa, com dois meias e dois atacantes, foi fulminante. Quatro gols em 45min diante de uma Portuguesa que, também pela expulsão de Diogo, só jogou se defendendo. Keirrison é indispensável e ainda fará muitos gols no Brasileiro. Hugo, cada dia mais, também parece merecer a titularidade. Jogar com dois na frente, aliás, Dorival Jr só havia feito contra o Botafogo. Mas só agora deu certo. Além de Hugo e Keirrison, há Marlos, Michael, Carlinhos Paraíba...E Júnior precisará montar outro time ultra-ofensivo, característica de seus últimos trabalhos. Talvez aí o Coritiba não oscile tanto.

NÁUTICO 2 x 1 SÃO PAULO

Novamente, como em 2007, o São Paulo se complica e sai dos Aflitos derrotado. O Náutico, que tinha ido tão mal contra Palmeiras e Flamengo, se saiu bem contra outro dos favoritos. Ainda que com boa atuação de Hernanes, os são-paulinos não fizeram grande papel diante da modificada equipe de Leandro Machado, agora com Ruy e Paulo Santos no meio-campo. Gilmar, bem no segundo tempo, se mostrou uma mexida interessante e uma opção viável, até porque Felipe não tem jogado bem desde que renovou contrato.

FLUMINENSE 3 x 0 ATLÉTICO-PR

O Atlético Paranaense deveria saber que o time de Renato Gaúcho é todo coração. Provocou, em seu site, uma motivação de véspera no Flu, que já precisava, mesmo, se animar. E mesmo sem Thiago Neves, o Fluminense criou o suficiente para sair da lama e vencer pela primeira vez no Brasileirão. Tartá e Somália são boas opções, algo que Renato não tinha até outro dia. E que vai precisar, principalmente se o desmanche aberto por Gabriel se aprofundar. Até pelo fato de que os Thiagos disputarão as Olimpíadas. Com quatro de seus próximos cinco jogos no Maracanã, o Flu pode sair dessa. Não parece o caso do Furacão, longe de empolgar com Roberto Fernandes.

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