sexta-feira, 4 de julho de 2008

Seleção da Libertadores


Rápido e direto, a seleção da Libertadores 2008 e mais alguns destaques:

O ONZE IDEAL

Se os americanistas fizeram alguns milagres e chegaram à final, Guillermo Ochoa é um dos principais responsáveis. Desde a primeira fase, o goleiro titular da Seleção Mexicana fechou o gol e foi, além de o mais regular, também o mais brilhante em sua posição.

Ora atuando como zagueiro, ora como lateral, o vigoroso Jairo Campos foi o mais seguro nome da lateral na Libertadores. Longe de ser brilhante, mostrou disposição e ótimo posicionamento. Merece ser premiado pela regularidade. E pelo título, claro. Fez gol no primeiro jogo da final.

Ainda que com uma atuação comprometedora na primeira partida da final, Thiago Silva foi um monstro ao longo da competição e conquistou espaço na Seleção Brasileira, ainda que na mais concorrida das posições. Em um time tão ofensivo, era alma e símbolo de segurança na zaga tricolor.

Discreto, mas rápido, inteligente e um líder. Este foi Norberto Araujo, argentino e principal nome da defesa da LDU Quito. Como prêmio pelo título, teve o contrato renovado por três temporadas, afastando o interesse de outros clubes.

De cara, Júnior César desbancou a concorrência de Gustavo Nery e se firmou como uma das referências ofensivas do Fluminense, ainda que deixando espaços na defesa em muitos momentos. Contra o São Paulo no Maracanã, foi praticamente perfeito e não menos decisivo.

Técnica, experiência e um chute sempre perigoso. Algumas das características mais marcantes do capitão Patricio Urrutia, responsável por erguer a taça da Libertadores e por importantes atuações ao longo da caminhada dos Albos.

Ao longo da Libertadores, pouco se comentou sobre Cícero, mas o baiano do Fluminense foi uma das opções mais confiáveis e regulares para Renato Gaúcho na competição. Ora atuando como atacante, ora como volante, ora como meia, o versátil jogador sempre foi importante. De quebra, foi o único de sua equipe a converter a penalidade máxima na decisão.

Revelação e craque da Libertadores. É difícil não conceder a Joffre Guerrón estes dois prêmios, que poucas vezes coincidem. Enérgico, habilidoso e sempre um perigo para os laterais adversários, foi o principal nome das finais e semifinais, coroando uma participação que já era brilhante. Jogará pelo Getafe na próxima Liga Espanhola.

Gols importantes, quase a mesma dinâmica de Guerrón e ainda mais doação na parte defensiva. Luis Bolaños, o externo-esquerdo da LDU foi decisivo quando, de cara, dificultou ainda mais a tarefa do Fluminense na finalíssima. É outro que dificilmente fica no futebol equatoriano.

Alma e coração do Fluminense, o centroavante Washington foi herói nas marcantes eliminações sobre Boca Juniors e principalmente São Paulo. Sem se furtar às dores, atuou na final no sacrifício. E caiu de produção. Mesmo assim, deixa a competição como um dos grandes nomes do futebol sul-americano.

Um perigo constante, Salvador Cabañas terminou a Libertadores pelo segundo ano consecutivo como artilheiro. Com seus gols e as defesas de Ochoa, o América surpreendeu ao deixar pelo caminho, por exemplo, Santos e Flamengo. Impecável na finalização, ainda coroou sua temporada com o gol no Brasil nas Eliminatórias.

É praticamente impossível não dar ao campeão Edgardo Bauza os méritos pelo título improvável da LDU. O treinador argentino, melhor da competição, armou um esquema tático ofensivo e ao mesmo tempo equilibrado. Com um futebol sempre arrojado, mesmo nos momentos de maior pressão, deixou três clubes argentinos, um mexicano e um brasileiro, dando aos Albos a maior conquista da história do futebol equatoriano.


Outros destaques:
Ramires e Marcelo Moreno (Cruzeiro); Kleber Pereira (Santos), Adriano e Hernanes (São Paulo); Luiz Alberto e Thiago Neves (Fluminense); Battaglia e Palacios (Boca); Manso (LDU); Juan Carlos Silva (América); Zuñiga e Ospina (Nacional de Medellín); Torres (Cúcuta); Marioni (Atlas) e Bergessio (San Lorenzo).

Melhor jogo:
Fluminense 3 x 1 São Paulo

Surpresa:
LDU Quito

Decepção:
Juan Román Riquelme

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