terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Carro sem motor


William Magrão e Rafael Carioca foram considerados, ao lado do goleiro Victor, os principais responsáveis pela consistente campanha do Grêmio no primeiro turno do último Brasileiro. A excelente pontuação obtida no período proporcionou o vice-campeonato nacional, e os dois jovens volantes mantiveram a forma ao longo da temporada.

Hoje, Celso Roth já não conta mais com eles, e pode ter dificuldades em encontrar bons substitutos. Rafael Carioca foi negociado com o Spartak de Moscou, mas acreditava-se que a manutenção de William Magrão fosse suficiente para, com uma ou outra opção, preservar a qualidade na cabeça da área, mas o esguio meio-campista teve seu joelho afetado por uma lesão. Vai parar por seis meses.

Para piorar a situação de Roth, o único volante contratado é Diogo, ex-Figueirense. Embora tenha provado ser um bom valor no Orlando Scarpelli, o reforço ainda não se encontrou no Estádio Olímpico e não é a solução. Os rodados Orteman e Makelele poderiam oferecer outra característica, mas também não convencem completamente.

A princípio, Celso Roth deve apostar no recuo de Tcheco, o que parece mais lógico. Jogaria ao lado de Adílson Warken, que vai reconquistando o espaço que um dia já se imaginou poder ter, e quem sabe pode justificar as comparações com Lucas Leiva. Ou do apenas voluntarioso, Maylson voltou valorizado do Sul-Americano Sub-20 e deve ser testado.

Ainda assim, hoje, o Grêmio é um bom carro. Mas não tem motores.

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