quinta-feira, 28 de junho de 2007

Primeiros erros


Criticar em profusão o desempenho de algum brasileiro pelos 45 minutos iniciais de ontem é fácil. Diego foi tímido, contrariando justamente sua principal característica, a de chamar o jogo a todo instante. Elano errou tudo que tentou. E por aí vai, não falando ainda de Doni, Mineiro e Vágner Love, outros que decepcionaram.

Mas faltaram, acima de tudo, conjunto e brio. Coisas que sobraram, quando no segundo tempo, o Brasil recuperava a bola quase sempre com facilidade, admitindo, claro, o declínio físico dos mexicanos. Robinho foi o melhor brasileiro, com sobras. Afonso e especialmente Anderson, que caminha para a titularidade, deram outra dinâmica, até porque a parte tática ajudou.

No 4-2-3-1 inicial e quase sempre habitual, é vital que os atletas, mais que em qualquer outro desenho tático, saibam de suas funções. O centroavante não pode ficar isolado, mas não pode deixar seu espaço vazio. Os meias da linha de três precisam se aproximar e abrir espaço para volantes e laterais, que não podem ficar plantados nem tampouco se mandarem à frente. Dunga teve tempo de sobra para dar noções básicas para o time se posicionar adequadamente.

Para o próximo jogo, gostaria de ver Afonso e Anderson iniciando o jogo, nos lugares de Mineiro e Love. Puro palpite. A formação, pouco importa, se a inspiração for a dos 45 minutos iniciais.
____________

Falando rapidamente dos outros integrantes da Copa América:

Uruguai: Lotado de problemas defensivos, especialmente nas duas laterais, mesmo que tenha uma das melhores duplas de zaga da competição. Também faltou à Celeste se impor em campo, tal qual fez Fossati aos microfones, dizendo que entrariam para brigar pelo título. À essa altura, uma das vagas como terceiro colocado já está ótimo.

Peru: Um bom técnico usa aquilo que tem de melhor pra montar um time. E os peruanos tê quatro ótimos atacantes, considerando o padrão de futebol local: Pizarro, Farfán, Guerrero e Mendoza. Precisam ser bem aproveitados. E foram.

Venezuela: Está claro que, mesmo com chave fraca e apoio de quem joga em casa, a Venezuela é um país em evolução no futebol. Já está, pelo menos, no mesmo nível da Bolívia. Jogadores como Guerra, Rey e Arango, atuariam com tranquilidade em outras seleções de médio porte do continente. E exatamente tudo isso mostraram na estréia.

Bolívia: Confesso que, dos times da competição, é quem menos conheço. Prefiro observar melhor, mas pelo que ouvi, já que não pude ver o jogo, o empate foi um baita lucro.

Equador: Valencia joga melhor pela seleção do que em clubes. Isso é fato. Outro jogo que não pude ver, prefiro esperar mais.

Chile: Grande safra, ainda sem Alexis Sanchez, outro notável. Valdivia e Matías Fernández precisam acelerar mais o jogo, embora sejam ótimos jogadores. Suazo é o típico camisa 9, fazedor de gols.

4 comentários:

André Rocha disse...

Este Suazo me impressionou, Dassler! Gostei muito do que vi. A zaga brasileira precisa providenciar uma marcação forte, com sobra, neste atacante chileno. Abraço!

Arthur Virgílio disse...

O time do Chile com Valdívia na articulação apresentou um bom futebol contra os equatorianos. Nossa seleção, na minha opinião, foi muito mal. Apesar da melhora no segundo tempo, o time de Dunga ficou devendo no contexto geral.

Jefferson Nogueira disse...

não vi problemas em relação aos volantes, mas utilizaria a experinecia de Josué e Mineiro no meio. O Anderson poderia entrar no lugar do comum Elano. O Fred no lugar do Vagner Love. No gol, talvez se deixasse sem ninguem, nao teriamos tanto problema. Abraço

Gerson Sicca disse...

O equador estava bem. Parecia que ia tocar o Chile. Mas aí babou na gravata e entregou a rapadura.
Boa análise sobre o jogo do Brasil.
Abraço