segunda-feira, 21 de julho de 2008

Jogo a jogo e seleção da rodada - 13


SELEÇÃO DA RODADA

Galatto (Atlético-PR)
Wagner Diniz (Vasco)
Alex Silva (São Paulo)
Pereira (Grêmio)
Márcio Azevedo (Atlético-PR)
Jorge Wagner (São Paulo)
Adriano (Santos)
Petkovic (Atlético-MG)
Rodriguinho (Ipatinga)
Willians (Vitória)
Alex Terra (Goiás)

FLAMENGO 0 x 1 VITÓRIA

Foi novamente o Vitória envolvente que todos vão se acostumando a ver. Forçando o jogo pelos lados, e desta vez invertendo mais Marquinhos e Willians, que o Leão aniquilou o Flamengo no Maracanã. Com marcação confusa, o Fla bateu cabeça para segurar o time de Mancini que, ao contrário do Fla, tocava a bola no ataque, segurava a posse e aguardava o momento do bote. Sem Ramon, bem marcado, era sempre pelos lados.

Caio Júnior mexeu no que podia e no que não podia, mas o Flamengo sente o peso das saídas de Marcinho e Renato Augusto, além das lesões de Angelim, Toró e Kléberson. Ontem, ainda não contou com Juan, suspenso. Problemas demais para um adversário forte que, se perdeu para Fluminense e São Paulo fazendo bons jogos, foi grande no Maracanã. E se mantiver o elenco, o técnico, e principalmente a coragem, sairá do Brasileirão ao menos com vaga na Sul-Americana.

GOIÁS 3 x 2 PALMEIRAS

É o tipo de placar que, no fim do campeonato, o palmeirense vai olhar e lamentar. Dava para ter trazido três pontos do Serra Dourada, não fosse uma tarde tão cheia de problemas para o time de Vanderlei Luxemburgo. O Goiás, ainda que com suas limitações, foi valente, arriscou e saiu com a vitória - justa, diga-se de passagem. Luxa repetiu o desenho do último jogo, com Sandro Silva à frente da defesa - voltando Alex Mineiro de suspensão e entrando Fabinho Capixaba no lugar de Granja. Os esmeraldinos vieram com o mesmo time das últimas rodadas.

Durou pouco, porém, para o Palmeiras mudar. Jéci e especialmente Gladstone falharam feio, mostraram-se novamente inseguros, e o Goiás saltou à frente do placar com 2 a 0. Evandro veio para o jogo no lugar de Sandro Silva e, em seu melhor momento no jogo, os paulistas pressionaram antes do intervalo, trocando passes e chegando à frente com personalidade. Veio o empate e poderia até ter vindo a virada.

Após o intervalo, os 45 minutos finais foram todos do Goiás. Marcando forte, travando o Palmeiras e saindo em velocidade nos contragolpes, chegou ao terceiro gol, em desatenção de Diego Souza e belo lance de Romerito, novamente pelo lado esquerdo, novamente com Alex Terra. A vitória dá um pouco de ar para os goianos, que haviam deixado os três pontos escapar no fim dos dois últimos jogos, contra Coritiba e Vasco. Para o Palmeiras, uma tarde novamente infeliz - em especial, do desleal Kléber e do apagado Valdívia.

SÃO PAULO 2 x 1 BOTAFOGO

Muricy começa a pensar o time sem Hernanes na cabeça da área. Adiantou o jogador para a meia, ocupando a posição de Joílson, e teve Jorge Wagner e Zé Luís à frente da defesa. Jorge jogou muito bem, participou dos dois gols e coroou a terceira vitória seguida do São Paulo, cada vez mais com cara de líder. Éder e Cazumba foram outras surpresas do técnico, que manteve Éder Luís e Dagoberto no ataque para vencer. O Botafogo não tem razões para desanimar: fez ótimo jogo no Morumbi, foi ousado, arrojado e quase venceu. É outro time após a saída de Geninho.

SANTOS 1 x 0 SPORT

O outrora demissionário Cuca conseguiu, na Vila Belmiro, livrar o Santos da incômoda seqüência de dez jogos sem vencer no Brasileirão. Sem Rodrigo Souto, o técnico apostou em Kléber mais atrás, como volante, e Molina armando para o estreante Cuevas e Kléber Pereira. Pela defesa, foi importante a presença de Fabiano Eller dando qualidade na saída de bola, enquanto Fabão e especialmente Marcelo foram mais uma vez inseguros. Foi um jogo dramático no alçapão santista, com direito a gol de Roger mal anulado pela arbitragem e alguns lances perigosos no fim.

Até o gol de Kléber Pereira, o único da tarde, foi sofrido, com Magrão pegando o pênalti e o centroavante fazendo no rebote. O Sport é outro que vive em má fase: desde o fim da Copa do Brasil, venceu um de seus últimos oito jogos e a zona de rebaixamento parece questão de tempo. Após o clássico contra o Palmeiras, o Santos tem dois jogos acessíveis - Vasco e Coritiba - para tentar somar seis pontos. Entre eles, o Inter de Tite, no Beira Rio, é osso duro. Mas é importante tirar um peso pesado dos ombros.

ATLÉTICO-PR 3 x 1 VASCO

Foi, enfim, o Atlético dos contra-ataques rápidos, como era o Náutico de Roberto Fernandes. Assim, com Márcio Azevedo e Ferreira saindo bem, o Furacão foi melhor de um Vasco muito diferente dos anteriores. Com Abubakar e Matheus, além da volta de Alan Kardec. Wagner Diniz voou pela direita e levou perigo. Assim, quase Leandro Amaral empata, mas os vascaínos pararam no mais uma vez inspiradíssimo Galatto.

ATLÉTICO-MG 3 x 2 CORITIBA

Quase foi trágico, mas o Atlético conseguiu importante vitória para que Gallo pudesse respirar. Petkovic saiu do banco e liderou a equipe para uma virada incrível, com enorme volume de jogo e chances brecadas pelo reserva Vanderlei, goleiro do Coxa. Resultado ruim para o Coritiba, que segue sem vencer longe do Couto Pereira e não decola na tabela.

NÁUTICO 1 x 1 INTERNACIONAL

Com um monte de jogadores formados no Beira Rio, Tite mandou o Inter à campo para enfrentar uma de suas maiores toucas, o Náutico. Jogou de igual para igual, foi bem postado na defesa e mostrou, de fato, estar crescendo. Poderia ter vencido nos Aflitos, mas o empate foi razoável, sobretudo pelos desfaques, em especial de Alex - o dono do time. Estréia ruim para Pintado e o Timbu não tem mais cara de que briga por Sul-Americana.

FLUMINENSE 1 x 0 FIGUEIRENSE

PC Gusmão não parou um só instante de gritar na beira do gramado. Poderia ter feito o Figueirense, de tão bom retrospecto nas últimas rodadas, sair mais para o jogo. Repetiu a estratégia que fez sua equipe trazer um ponto do Parque Antártica. E deixou os jogadores tão nervosos que, não foram justas as reclamações enérgicas contra o árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Nos dois lances capitais, o mineiro se saiu bem: não houve pênalti de Ricardo Berna em Rafael Coelho. E o inspirado goleiro Wilson não sofreu falta de Washington, no gol de Thiago Neves no rebote.

Foi justo que o Flu deixasse o Maracanã com três pontos. Ao longo dos 90 minutos, ainda que sem uma atuação exatamente brilhante, foi quem buscou o jogo, procurou o gol e se fez merecedor. Thiago Neves, além do gol, foi novamente o melhor jogador tricolor. Agora, embarca para as Olimpíadas. E, segundo ele, disposto a seguir nas Laranjeiras.

GRÊMIO 1 x 0 CRUZEIRO

Três desfalques no setor mais forte da equipe. Sem Ramires, Fabrício e Wagner, o Cruzeiro ainda não teve inspiração para pressionar um Grêmio que, com 30 mil espectadores a seu favor, foi imenso. O Tricolor Gaúcho marcou como gosta Celso Roth e, se não foi brilhante, quis a vitória. O campeonato se aproxima do fim do turno e os gremistas são vice-líderes. Não bastasse a boa fase, Souza e Ortemán devem dar um pouco mais de qualidade à Roth. E a Raposa, pode se dizer, sente a saída de Marcelo Moreno. Adílson tenta Reinaldo, Jajá, Weldon, Rômulo e Jonathas, mas ninguém convence. Nem Guilherme, que esteve mal, nem Jadílson, que falhou no único gol da partida. Depois a culpa é do técnico...

IPATINGA 4 x 1 PORTUGUESA

Beto voltou à lateral esquerda e deu bom cruzamento para o primeiro gol de Rodriguinho, enfim no meio-campo. Foi uma Portuguesa pouco inspirada diante de um Ipatinga que, após dois jogos muito ruins, voltou a atuar bem e se mostrou incomodado com a lanterna. Benazzi teve os significativos desfalques de Edno e Preto, tentou um meio com três volantes, mexeu ao longo do jogo, mas não conseguiu reagir desta vez. Por fim, deixou o cargo de treinador da Lusa após uma histórica passagem pelo Canindé.

3 comentários:

Maurício disse...

Convido aos amigos a opinarem no meu blog sobre o seguinte tema:

Por que os clubes brasileiros, mesmo com elencos muito ruins, ainda entram nas competições 'para ganhar'?

Já no Febre Mundialista, um perfil de Eusébio, craque da Copa de 66.

Abraços e até lá!

Gerson Sicca disse...

se o colorado não errasse tanto na primeira etapa poderia ter trazido os três pontos. Vai fazer falta...

João Vitor disse...

é bom ver o Petkovic voltar a jogar bem,gosto dele como jogador,como pessoa...