A expectativa de que o oba-oba de torcedores e imprensa se transferisse para o time não se confirmou. O Fluminense teve espírito de final, teve a alma que a Libertadores estabelece como requisito básico e mostrou sua superioridade no Maracanã. Só que havia uma equipe do outro lado.
A Liga Deportiva Universitaria de Quito não chegou à decisão por acaso. Tinha uma campanha sólida, eliminações sobre adversários de respeito e trouxe uma grande vantagem para o Rio de Janeiro. De cara, se colocou ainda mais perto do título, com o gol de Bolaños, sempre decisivo.
É difícil não reconhecer os méritos do Flu. Eliminar São Paulo e Boca Juniors, em seqüência, é a maior demonstração de força possível no cenário sul-americano. Não satisfeito, o Flu fez uma grande final em seus domínios, sufocou a LDU enquanto teve fôlego e contou com um Thiago Neves brilhante, que enfim despertou na Libertadores.
A trajetória tricolor na final, porém, tem três grandes pecados.
1-) O primeiro deles foi a partida abaixo da crítica em Quito. O placar de 2-4, trazido na bagagem, complicou a vida tricolor e foi, no fim das contas, um lucro. Os Albos jogaram muito mais e poderiam ter feito uma goleada; 2-) A desatenção e a afobação iniciais permitiram o gol da LDU. Se já estava difícil, ficou quase impossível marcar quatro gols; 3-) Quase impossível, mas o Fluminense fez três. E ainda tinha um longo tempo para ser mais incisivo e evitar a disputa por pênaltis.
Não é a hora, porém, de caça às bruxas. O Fluminense está na lanterna do Brasileiro e o discurso de recuperação é mais que pertinente. Porém, o time de Renato Gaúcho precisará jogar muito e superar possíveis saídas de jogadores, em especial Thiago Silva. Para atingir os 61 pontos de 2007, quando terminou em quarto lugar, será preciso somar 58 pontos em 30 rodadas. Uma tarefa mais que árdua, sobretudo pelo peso moral do Maracanazzo de 02 de julho de 2008.
E a LDU?
A pressão do Fluminense era de difícil controle, mas a Liga Deportiva Univesitaria fez um esforço muito grande e teve sucesso no Maracanã. Seja pelo gol feito de início, seja pela pressão na prorrogação - houve um gol mal anulado e outro impedido pela falta de Luís Alberto -, seja em se desdobrar para marcar e até mesmo para forçar o jogo sobre Gabriel e Júnior César.
A LDU Quito foi como foi em toda a Libertadores. Um time ofensivo, intenso e com muita personalidade. Se é difícil não reconhecer o esforço do Fluminense, é impossível não dizer que o título dos Albos foi justo. E histórico.
4 comentários:
Eu que não estava nem aí para quem ganhasse, fiquei revoltado com a falta de comprometimento do Dodô com o time!
Todo mundo se doando, vivendo a partida, e ele "desligado", como se nada de importante estivesse acontecendo...
Uma coisa é frieza, outra, completamente diferente, é "indiferença"...
"completamente diferente, é "indiferença"..."
soou estranho, mas tudo bem...
huahuahuahu!
O desconhecimento de grande parte da imprensa brasileira do que era capaz a LDU me doeu mais que a soberba do time do Fluminense.
Isso porque o Flu acreditar que pode ganhar é até algo bom, pode dar uma motivação extra para a equipe. Agora, desinformação por parte de jornalista é pecado mortal.
Abraços!
Substimaram a Liga, tanto o FLuminense - na primeira partida - quanto a imprensa em geral.
Assino embaixo no seu post e fico feliz com o título da LDU, que teve personalidade e méritos durante toda a competição.
Guerrón jogou muito, realmente, assim como Bolaños e Urrutia.
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