terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que esperar de CARLOS ALBERTO no VASCO


No ano em que o objetivo é vencer a Série B e retornar para a primeira divisão, o Vasco contratou seu principal reforço com contrato de seis meses. Não fosse o bastante, o nome em questão é Carlos Alberto, de passagens conturbadas por boa parte dos clubes na carreira. Como ele tem ainda apenas 23 anos, Dorival Júnior acredita em um amadurecimento e, quem sabe, que o jogador renove por mais seis meses e jogue a segunda divisão. "Ele está tão envolvido que vai querer ficar", aposta.

Tecnicamente, Carlos Alberto pode ajudar. A equipe do Vasco é carente de qualidade técnica, e embora o blogueiro não veja, no jogador, tanta qualidade quanto se imagina que ele tenha, ainda assim ele tem. O ideal para o meia é não ser meia, e sim atacante, onde não consegue prender tanto a bola e pode arrematar mais rápido para gol. Assim, ele fez 10 gols em 28 jogos no Botafogo.

Não há como não ligar a presença de Carlos Alberto com a de Léo Lima, outro com histórico pra lá de problemático. Se tiver pulso firme e tocar o barco com inteligência, Dorival Júnior pode ter ganho um bom reforço. Mas no grande objetivo do ano, que é a Série B, Carlos Alberto já não deve estar. O Werder Bremen pagou 7,5 milhões de euros por ele, na transferência mais cara de sua história, e espera recuperar o investimento na próxima janela de transferências. Não será fácil.

Um comentário:

Mário Barra disse...

Olá Dassler!

Acompanho o seu trabalho na Trivela e o acho formidável!

Duas considerações sobre o seu post. É evidente que nenhum clube paga uma soma superior a sete milhões de euros para que o investimento não gere absolutamente nada. Porém, até que ponto o Werder Bremen não vê a hora de se livrar de Carlos Alberto? O jogador teve passagens irregulares por São Paulo e Botafogo, só no ano passado, além de atuações sem muito brilho no Fluminense e Corinthians, ainda que com alguns títulos. Quanto ao desempenho no exterior, o novo camisa 10 do Vasco, salvo engano, não era titular absoluto do Porto e tampouco chegou a atuar muitas vezes no próprio Werder, anos mais tarde.

E o que esperar do amadurecimento do jogador, esperança de Dorival Júnior? Ainda que ele tenha melhorado no final de 2008, trata-se de um atleta com aquilo que os jornais e programas de televisão mais exacerbados gostam de chamar de "personalidade". Já eu acredito que a cria do Fluminense nada mais é do que um meia (ou atacante) muito alheio aos compromissos de qualquer clube, com uma clara dificuldade em assumir responsabilidades como entrar em forma ou comportar-se adequadamente.

Não sei se estou pegando no pé do cidadão em função do período em que compôs o elenco do Tricolor paulista, meu time de coração. Mas penso, assim como você pareceu demonstrar no texto, que entregar o leme de um time como o Vasco a um profissional tão irregular e que ainda corre o risco de permanecer só por seis meses seja o primeiro erro na trajetória da equipe carioca à Série A.

Abraços! Bom blog!