segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pecado no espelho


A lesão de Ronaldo deu um leque de opções para Mano Menezes mexer na equipe do Corinthians contra o Palmeiras. Colocar Souza, e manter a mesma estrutura? Morais, adiantando Dentinho para a função do Fenômeno? O treinador gaúcho, talvez surpreso pela escalação de Jorginho, respaldada por Muricy Ramalho, mexeu de forma drástica no time. Trouxe Moradei para grudar em Cleiton Xavier, espelhou o desenho dos dois times e apostou em dar mais liberdade a Elias e Jucilei.

Com a mexida, Mano tirou do Corinthians o trunfo de manter a bola no campo de ataque e pressionar o adversário até encontrar o gol, como costuma fazer, especialmente nos jogos do Pacaembu. O time até se achou, teve um certo volume, mas não a mesma consistência. A formação de Jorginho, sim, funcionou. Com três volantes, foi possível cobrir as beiradas do campo e ainda congestionar a entrada da área, até porque Souza e Pierre são dois leões.

As falhas individuais corintianas e os méritos palmeirenses, especialmente de Obina e Cleiton Xavier, foram ainda mais decisivos, claro. No primeiro gol, Diego esquece que é lateral, vem para o meio da área marcar ninguém e abre o corredor para Pierre cruzar e Chicão dormir no ponto e na marcação. No segundo, o ótimo zagueiro corintiano de novo vacila. No terceiro, uma desatenção defensiva incrível, deixando Moradei contra dois homens de verde.

Até por não ter tantos atacantes, o Palmeiras, que deve ser mais conservador com Muricy, pode ter encontrado uma formação tática interessante. Mais que isso: cada vez mais ganha cara de campeão - como previa Luxemburgo, justiça seja feita. Três pontos tão saborosos, em um clássico contra o badalado Corinthians, dão ainda mais gosto para os palestrinos.

- Agradecimentos expressos ao amigo André Rocha para a elaboração de um campinho decente
- O volante palmeirense mais recuado é Edmílson e não Pierre

2 comentários:

Marcos disse...

Caro Dassler Marques,

li a sua coluna no Terra. Você escreve bem, mas seu conteúdo é muito duvidoso. Os números nem sempre falam por si. Você escreveu "Aproveitamento corintiano cresce sem Ronaldo" e "No Palmeiras, Jorginho tem melhor aproveitamento na década". Os números que você utilizou para esta conclusão são verdadeiros porém não são significativos. Primeiro veja os adversários contra quem Ronaldo jogou, depois veja os técnicos (e considerem os títulos que estes ganharam) que passaram no Palmeiras. Não cabe esta comparação.

Ficar procurando números com importância secundária com intenção de questionar o aproveitamento de um profissional tira o crédito de sua reportagem.

Abraços,

Marcos

Dassler Marques disse...

Oi Marcos, obrigado pela mensagem. Gostaria até de respondê-lo pessoalmente, mas como não tenho seu e-mail, vai aqui mesmo.

Fique tranquilo que nós fazemos essas ponderações e elas estão no próprio texto, o que não quer dizer que os números não tenham algum valor.

Claro que Jorginho seria melhor com títulos, mas o levantamento é legal por comparar o aproveitamento dele com o de outros técnicos. O texto diz que ele teve um aproveitamento superior, não diz que ele é melhor. E claro que ele não é!

Um abraço,
Dassler