sábado, 16 de junho de 2007

Batman e Robin


Já se foi o tempo que o futebol brasileiro vivia de duplas. Paulo Nunes e Jardel, Oséas e Paulo Rink, Evair e Edmundo, Donizete e Túlio - alguns exemplos, apenas dos anos 90. Sem conseguir segurar nem mesmo um craque na maioria das oportunidades, ter dois grandes jogadores juntos, ao que parece, se tornou algo impossível para os grandes do país. Dessa forma, só mesmo por acaso, ou melhor, graças às categorias de base, poderia acontecer uma outra grande junção.

Robinho e Diego foram a última grande dupla do futebol brasileiro. Irreverentes e muito habilidosos, simbolizam uma safra de boleiros politicamente corretos onde eles, que não passam de pitorescos, jamais poderiam ser tidos como bad boys. Com uma folha corrida de enormes serviços prestados ao Santos, chegou a hora dos dois escreverem alguma história boa com a camisa da seleção brasileira. Será a Copa América.

Oportunidade, aliás, Diego e Robinho já tiveram. Os dois, apoiados por outros bons jogadores como Dagoberto, ficaram estigmatizados - com boa parte de justiça - pela fracassada campanha do Brasil no Pré-Olímpico de 2004. Na ocasião, Ricardo Gomes não teve pulso com um elenco liderado pela própria dupla, que estava claramente sem foco no ouro olímpico que acabou passando longe do Brasil.

O aprendizado disso certamente foi positivo e a sequência dos tempos recolocou a carreira de Diego e Robinho nos eixos. Bem resolvidos em seus clubes, Werder Bremen e Real Madrid, os dois terão na Copa América uma chance de ouro. Encontrar quem tenha sede de vitória na competição será uma das principais missões de Dunga. Nessa linha de raciocínio, a dupla campeã brasileira pelo Santos em 2002 pode ajudar demais. Com seriedade, a tendência é que a enorme qualidade se sobressaia. E dela, não somos capazes de duvidar.

4 comentários:

Arthur Virgílio disse...

Sabemos que os investidores europeus, principalmente, estão de olho nos nossos craques. Diego e Robinho fizeram uma dupla fenomenal naquele brasileiro de 2002. Agora com a ajuda de Elano e Alex, podem repetir o sucesso na Copa América. Potencial, eles têm.

Anônimo disse...

Pra mim, a última grande dupla foi Josué e Mineiro.

Gerson Sicca disse...

Dassler, valeu a visita. Realmente, o tempo é curto p/ a gente visitar todos os amigos. Vi o link. Obrigado.
Os dois, desde 2002, são a grande promessa de uma dupla formidável na seleção. O problema é q o Robinho ainda não achou a excelência de seu jogo na Espanha. No Brasil teve fase de ouro, com futebol extraordinário.
Só para lembrar: no pré-Olímpico de 2004 quem acabou sendo o grande nome do time foi Daniel Carvalho, que jogou muito e mostrou personalidade naquele jogo contra o Paraguai. E teve aquele pênalti não marcado pelo juiz, cometido pelo goleiro paraguaio em cima do Daniel.
Abraço

André Rocha disse...

Gosto do Robinho, mas sempre confiei mais em Diego. Acho que o atacante do Real Madrid precisa de um Luxemburgo para cobrá-lo mais nas conclusões. Em 2004, Robinho marcou muitos gols na conquista santista. Precisa retomar aquela "fome" para colaborar com a Seleção, que ainda não tem um ataque estabelecido e vai precisar distribuir os gols entre os demais para ser forte ofensivamente.