quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Análise do primeiro turno: Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo e Vitória

Para ler a entrevista exclusiva com Marcelo Teixeira, vá ao post abaixo


Grêmio (1º) – 41 pontos

Ninguém poderia imaginar, mas o Grêmio é líder após o fim do turno. Cotado no máximo para uma vaga na Copa Sul-Americana , o tricolor gaúcho mostrou-se batalhador, se organizou taticamente, revelou jogadores e tem tido uma consistência que, em pontos, só o Corinthians de 1999 atingiu ao fim de um turno. Há dez jogos sem perder, os gremistas estão na ponta há seis rodadas e não parecem capazes de largá-la tão cedo.

Melhor jogador: Victor
Quem também foi bem: Todos os titulares
Quem foi mal: Soares e Rudnei
Mais utilizado: Victor e Rafael Carioca (19j)
Revelação: Rafael Carioca
Artilheiros: Perea e Reinaldo (7 gols)
Líder em assistências: Paulo Sérgio (5 passes)

Técnico: só Celso Roth
Negociados com o exterior: Roger (FC Qatar) e Rodrigo Mendes (Al Sarja)
Melhor jogo: Grêmio 7 x 1 Figueirense
Pior jogo: Botafogo 2 x 0 Vasco

Aproveitamento em casa: 80%
Aproveitamento fora: 62%
Mais vitórias consecutivas: 4 (Coritiba, Vitória, Ipatinga e Atlético-MG)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 3 (Internacional, Botafogo e Santos)
Mais jogos sem perder: 10, ainda em curso
Rodadas na liderança: 6
Média de público: 2º (29.114)

Time base (3-4-1-2): Victor, Léo, Pereira e Rever; Paulo Sérgio, William Magrão, Rafael Carioca e Anderson Pico (Helder); Tcheco; Perea e Marcel.

Cruzeiro (2º) - 36 pontos

Regularidade é a marca do Cruzeiro de Adílson Batista. Se muitos times costumam dizer que o bom é estar sempre próximo dos líderes, os cruzeirenses estão bem: em 19 rodadas, ficaram 18 delas dentro do grupo dos quatro primeiros. Mesmo com problemas – perdeu Marcelo Moreno, Wagner teve duas lesões e Ramires foi às Olimpíadas, Adílson mostra que o forte de sua equipe é o conjunto. E, também, o jogo agradável de se ver. Falta, agora, o assalto à ponta da tabela.

Melhor jogador: Wagner
Quem também foi bem: Fábio, T.Heleno, Fabrício e Guilherme
Quem foi mal: Bruno e Jonathas
Mais utilizado: Fábio e Wagner (19j)
Revelação: Jajá
Artilheiro: Guilherme (10 gols)
Líder em assistências: Wagner (4 passes)

Técnico: só Adílson Batista
Negociados com o exterior: Marcelo Moreno (Shakhtar) e Marcinho (Kashima Antlers)
Melhor jogo: Flamengo 1 x 2 Cruzeiro
Pior jogo: Cruzeiro 0 x 1 Goiás

Aproveitamento em casa: 83%
Aproveitamento fora: 40 %
Mais vitórias consecutivas: 4 (Fluminense, Náutico, Flamengo e Internacional)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Grêmio e Goiás)
Mais jogos sem vencer: 2 (Grêmio e Goiás)
Mais jogos sem perder: 5
Rodadas na liderança: 2
Média de público: 6º (20.113)

Time base (4-3-1-2): Fábio, Marquinhos Paraná, Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson; Fabrício, Charles e Ramires; Wagner; Guilherme e Rômulo (Weldon).

Palmeiras (3º) – 34 pontos

Embalado pelo título paulista, o Palmeiras demorou a entrar, de fato, com a cabeça no Campeonato Brasileiro. A falta de concentração em alguns momentos e a readaptação da equipe à realidade nacional fizeram com que, só nas últimas rodadas, o Verdão conseguisse se firmar entre os quatro primeiros colocados. Com Sandro Silva e Jumar na marcação, Valdívia e Leandro cresceram muito e puderam ajudar ainda mais à Alex Mineiro, o artilheiro da Série A. Agora, é hora de se firmar na briga pelo título e para isso é fundamental jogar melhor longe de casa, onde a equipe tem aproveitamento acima de 90%.

Melhor jogador: Alex Mineiro
Quem também foi bem: Marcos, Elder Granja, Leandro e Sandro Silva
Quem foi mal: Jéci, Jefferson, Diego Souza e Lenny
Mais utilizado: Marcos (19j)
Revelação: Sandro Silva
Artilheiro: Alex Mineiro (11 gols)
Líder em assistências: Leandro (5)

Técnico: só Vanderlei Luxemburgo
Negociados com o exterior: Diego Cavalieri (Liverpool) e Henrique (Barcelona)
Melhor jogo: Palmeiras 3 x 0 Vitória
Pior jogo: São Paulo 2 x 1 Palmeiras

Aproveitamento em casa: 92,5%
Aproveitamento fora: 30 %
Mais vitórias consecutivas: 3 (Cruzeiro, Vasco e Náutico) e (Flamengo, Ipatinga e Vitória)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 3 (Atlético-MG, Figueirense e São Paulo)
Mais jogos sem perder: 5 (duas vezes)
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 11º (14.974)

Time base (4-2-2-2): Marcos, Elder Granja, Jéci (Gustavo), Gladstone e Leandro; Sandro Silva e Jumar; Diego Souza e Valdívia; Kléber e Alex Mineiro.

São Paulo (4º) – 33 pontos

A eliminação na Libertadores fez o São Paulo demorar a acordar para o Brasileiro, começando a vencer apenas na quinta rodada. Ainda que decolando na competição com uma longa série invicta, o atual bicampeão não conseguiu chegar próximo da liderança. O declínio de sua defesa é a maior explicação para o fato, ainda que o ataque não se apresente um mar de tranqüilidades. Muricy Ramalho precisará reencontrar o equilíbrio em um elenco que não é tão bom quanto o dos últimos dois anos. Ao menos por enquanto.

Melhor jogador: André Dias
Quem também foi bem: Jorge Wagner, Hugo, Hernanes e Dagoberto
Quem foi mal: Aloísio, Jancarlos e Juninho
Mais utilizado: Rogério Ceni (18j)
Revelação: Cazumba
Artilheiro: Hugo (7 gols)
Líder em assistências: Jorge Wagner (5)
Técnico: só Muricy Ramalho
Negociado com o exterior: Reasco (LDU Quito)
Melhor jogo: Flamengo 2 x 4 São Paulo
Pior jogo: Fluminense 3 x 1 São Paulo

Aproveitamento em casa: 83,3%
Aproveitamento fora: 37 %
Mais vitórias consecutivas: 3 (Atlético-MG, Flamengo e Sport) e (Palmeiras, Vitória e Botafogo)
Mais derrotas consecutivas: Nenhuma consecutiva
Mais jogos sem vencer: 4 (Grêmio, Atlético-PR, Coritiba e Santos)
Mais jogos sem perder: 8
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 12º (12.490)
Time base (4-4-2): Rogério Ceni, Zé Luís, André Dias, Rodrigo (Alex Silva ou Miranda) e Richarlyson; Joílson, Hernanes, Jorge Wagner e Hugo; Dagoberto e André Lima (Borges).

Vitória (5º) – 32 pontos

Ofensivo, corajoso e surpreendente. O Vitória, que raramente empatou – só duas vezes em 19 jogos – é a maior surpresa do turno. Quinto colocado, ainda revelou o ótimo Marquinhos, um dos melhores e talvez o melhor até agora – e a revelação, sem dúvida. Jogando muito pelos flancos e com a defesa alta, é velocidade pura e tem feito do Barradão uma arma mortal para seus adversários. Mesmo após perder jogos que esperava ganhar – como de São Paulo, Palmeiras e Grêmio – manteve o nível de resultados e de colocação.
Melhor jogador: Marquinhos
Quem também foi bem: Viáfara, Marcelo Cordeiro, Willians, Ramon e Dinei
Quem foi mal: Thiago Gomes e Rodrigão
Mais utilizado: Marquinhos (18j)
Revelação: Marquinhos
Artilheiro: Dinei (8 gols)
Líder em assistências: Marquinhos (6)

Técnico: só Vágner Mancini
Negociados com o exterior: Ninguém
Melhor jogo: Vitória 5 x 2 Botafogo
Pior jogo: Ipatinga 2 x 0 Vitória

Aproveitamento em casa: 80%
Aproveitamento fora: 29,6 %
Mais vitórias consecutivas: 4 (Internacional, Goiás, Portuguesa e Botafogo)
Mais derrotas consecutivas: 2 (Fluminense e São Paulo) e (Grêmio e Palmeiras)
Mais jogos sem vencer: 2 (Fluminense e São Paulo) e (Grêmio e Palmeiras)
Mais jogos sem perder: 6
Rodadas na liderança: nenhuma
Média de público: 7º (18.396)

Time base (4-2-3-1): Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Renan e Vanderson; Willians, Ramon e Marquinhos; Dinei.

3 comentários:

Roberto Piantino disse...

Excelente raio-X geral dos primeiros classificados.

Elogiar uma análise dessas é chove rno molhado.

gugs disse...

Acho que o vitória num vai durar muito tempo entre os 5 primeiros colocados!

Anônimo disse...

Bela síntese Dass!

Só uma correção, não sei ao certo o número de partidas dos jogadores, mas o Wagner não atuou em todas as partidas do Cruzeiro não...

Ele machucou contra o Flamengo, e não joga desde então (deve voltar hoje, contra o Vitória)...

Posso estar enganado, mas acho que, além do Fábio, quem participou dos 19 jogos do turno foi o Marquinhos Paraná!

abraço!