sábado, 23 de agosto de 2008

Papo com Arturzinho


O Bahia é o segundo maior clube na atual Série B e isso não é pouca coisa. A pressão por resultados é enorme e prova disso é a lamentável e agressiva manifestação de torcedores no CT do clube nesta semana.

A equipe de Arturzinho, porém, não tem nada de diferente em relação às outras e, para piorar, os problemas da Fonte Nova e das reformas em Pituaçu, estádio menor de Salvador, prejudicam o tricolor, que só ganhou duas vezes em casa e tem mandado seus jogos em Feira de Santana, distante da capital baiana.

Este blogueiro conversou com o técnico Arturzinho e fez perguntas pertinentes com relação ao momento do Bahia. Recebendo os reforços de Caio (meia, ex-Paraná) e Marcelo Ramos, o tricolor espera romper a distância que possui em relação aos quatro primeiros colocados. Não parece ser fácil.

- Com a Fonte Nova ou o Pituaçu em condições, o Bahia estaria entre os primeiros?

Com certeza, uma das coisas que está prejudicando o Bahia é não jogar ao lado de sua torcida. Por mais que Feira seja perto, hospitaleira, tem ido um número pequeno de torcedores e isso não tem feito a diferença como no ano passado na Série C.

- Aos poucos, o Elias está vencendo as críticas? Qual a importância dele pra esse time?

Não só o Elias, mas existe uma desconfiança grande sobre todos os jogadores. Nossa torcida é exigente mesmo, quer sempre que resolvam. O Elias é um desses cobrados em demasia, e ele poderia ser o coadjuvante, por ser formado em casa e ter menos cobrança. Às vezes é injustiçado.

- O que falta para o time do Bahia ser mais agressivo em casa?

Não falta agressividade. Até temos tido a supremacia em alguns momentos, mas falta tranqüilidade, falta incentivo e um pouco de experiência em determinados momentos pra liquidar os jogos.

- Em Feira, o time se sente à vontade?

Não é que não se sente à vontade, não se sente protegido como ocorreria em Salvador. A torcida do Bahia é diferenciada, como a do Flamengo ou do Corinthians, que intimida o adversário.

- Hoje, o Bahia pensa em subir ou se contenta com uma campanha digna e a permanência?

Por não estar jogando em casa e por não ter feito grandes investimentos, até por causa das arrecadações, que foi talvez o fator primordial para que tivessemos um elenco melhor e até uma melhor condição, as coisas estão mais difíceis. Mas como o Bahia é grande, vamos trabalhar para vencer as dificuldades. A chance existe, mesmo sem a ausência de jogos em Salvador.

- Em 2007, o Bahia, com você, subiu sem perder em casa. É esse desempenho que tem faltado?

Com certeza! Em casa, foi acima de 70%. Esse ano é um dos piores aproveitamentos. Não adianta ter bons resultados fora, se dentro você não faz o seu dever.

Um comentário:

André Augusto disse...

O rapaz é um coitado. Tira leite de pedra, já que esse bahia tem time de meio pra baixo da tabela...

Bela entrevista!

Abs!