sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A saída de Roy Keane


Uma seqüência de seis derrotas em sete jogos e a incômoda convivência com a zona de rebaixamento selaram a trajetória de pouco mais de dois anos de Roy Keane à frente do Sunderland. Uma das personalidades mais marcantes e influentes do futebol inglês, Keane, que pediu demissão, levou os Black Cats para a Premier League em 2007/08, com o título do Championship - a segunda divisão -, e os manteve, com dificuldades, na elite.

A permanência para 2008/09 significava um aumento de ambições para um clube tradicional do futebol inglês. Assim, Roy Keane foi ao mercado e trouxe reforços significativos para o Stadium of Light: Diouf, Djibril Cissé, Malbranque, Anton Ferdinand, Tainio e Chimbonda. Mesmo com esse material humano, Keane não conseguiu ver mentalidade vitoriosa em sua equipe, e se tornou o quinto técnico a deixar um clube em quinze rodadas - média de uma troca a cada três rodadas. "Acho que não sou o homem certo para estar aqui", disse.

O número já é assustadoramente grande próximo das oito trocas da última temporada inglesa e mostra como a prática de trocar treinadores - e de treinadores trocarem de clubes - não é comum apenas no Brasil.

O entra-e-sai de técnicos:

Já deixaram seus clubes na Premier League 2008/09

Juande Ramos (Tottenham), Kevin Keegan (Newcastle), Harry Redknapp (Portsmouth), Alan Cubirshley (West Ham) e Roy Keane (Sunderland)

E na Premier League 2007/08, saíram durante o campeonato

Jose Mourinho (Chelsea), Sam Allardyce (Newcastle), Martin Jol (Tottenham), Lawrie Sanchez (Fulham), Sammy Lee (Bolton), Chris Hutchings (Wigan), Billy Davies (Derby) e Steve Bruce (Birmingham).

Completarão o ano à frente de um clube da primeira divisão brasileira

Muricy Ramalho (São Paulo), Adílson Batista (Cruzeiro), Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras), Nelsinho Baptista (Sport) e Dorival Júnior (Coritiba).

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