quinta-feira, 29 de maio de 2008

Armadilha boquense


Ao longo dos 90 minutos no El Cilindro, poucas foram as vezes em que a bola ficou no pé do Fluminense. O Boca, com Palacio, Cháves, Dátolo, Battaglia e Riquelme, especialmente, trocava passes em velocidade e confundia a marcação tricolor. Arouca, escalado para perseguir Román, ficou tonto de tanto correr atrás da bola. O bom resultado conseguido em Buenos Aires é a melhor notícia que o Flu traz da Argentina. E é também a maior armadilha.

É a maior armadilha pois o Boca, nos últimos anos, se caracterizou por matar adversários fora de casa, ao mesmo tempo em que construiu toda a mística da Bombonera. A eliminação do Paysandu, em 2003, é só um exemplo, como em 2008 já foram batidos o Cruzeiro no Mineirão e o Atlas no Jalisco. Dá para lembrar também do Libertad, na edição passada, e até do Palmeiras, que trouxe dois empates da Argentina, mas foi batido em casa em 2000 e 2001. A boa notícia é que o Fluminense sabe disso e tem, à disposição, o Maracanã.

Justiça seja feita, o Flu tentou o que pôde no duelo desta quarta-feira. Procurou sair jogando, mas só conseguiu trocar passes, de verdade, quando o Boca fez 2-1. Ainda assim, levou perigo duas vezes, com Júnior César descendo pelo corredor esquerdo. Foi pouco para quem se viu pressionado o tempo todo e contou com uma inspirada - e inesperada - boa jornada de Fernando Henrique. O Flu de Renato demorava a se reagrupar quando recuperava a bola e não conseguia segurá-la.

No fim das contas, um resultado muito bom e até superior ao que o Fluminense mereceu. Para ir à final, porém, será preciso um grande jogo - como foi há uma semana diante do São Paulo. Sinal de que o Flu é capaz. E pode continuar fazendo história.

2 comentários:

Gerson Sicca disse...

Acho que dessa vez o Boca fica, graças ao frangaço do segundo gol.

André Rocha disse...

Dassler, para mim o Flu passa a ser favorito depois deste empate.

Tem um time mais equilibrado, conta com uma bela vantagem, tem ótimo retrospecto em casa e está com aquela mistura de competência e sorte típica dos campeões.

Para completar, Riquelme agrava a cada jogo uma lesão na coxa e parece que virou contratura. Deve jogar, mas no sacrifício.

Esta força do Boca fora não é surpresa para o Flu, que deve entrar concentrado e já precavido.

Aposto no Tricolor desta vez.

Abraço!