Costuma ser comum tratar uma equipe equatoriana com desdém. A Liga Deportiva Universitaria de Quito, porém, vem fazendo merecer respeito - de quem quer que seja. Nesta noite de terça-feira, na Cidade do México, a LDU jogou como time grande diante do América. E trouxe, na bagagem, um ótimo resultado. É, desde já, favorita a enfrentar Boca Juniors ou Fluminense na final da Copa Libertadores.
A equipe do treinador argentino Edgardo Bauza não se intimidou com as mais de 100 mil pessoas presentes ao Estádio Azteca, na capital mexicana. Nos primeiros minutos do duelo, pressionou o meio-campo das Águias, sufocou Cabañas e privou seu goleiro, Cevallos, de qualquer perigo. Foi assim ao longo de quase toda a primeira etapa, exceto lances esporádicos da experiente e traiçoeira equipe do América.
A LDU atuava com a mesma ousada formação tática. Entre seus três zagueiros, o canhoto Ambrossi, lateral de origem, dá fluência pelo lado esquerdo. Mais à frente, são três jogadores de grande capacidade física - a maior virtude dos Blancos: Vera, volante, e a seu lado os alas Campos, pela direita, e o argentino Manso, no setor oposto. À frente, mais um trio veloz, especialmente pelos ponteiros Guerrón e Bolaños, companheiros do meia Urrutia, técnico e com grande chute de longa distância. Bieler, típico centroavante trombador, completava o time equatoriano.
O América, com três zagueiros fixos: Rodriguez, Sebá e Iñigo, mais dois alas de pouca verticalidade, Castro pela direita e Rojas pela esquerda. O sólido meio-campo das Águias ainda é preenchido por dois volantes de pegada e boa saída, o experiente Villa e Argüello. Silva, um meia-esquerda enérgico, e Esqueda, que chega mais à frente, fecham o setor. Cabañas, rápido e malandro, ficava isolado no ataque americanista.
Ao longo da segunda etapa, o América cresceu, naturalmente. A LDU, especialmente por Guerrón, seu principal jogador, criava perigo pela ponta-direita. Assim, em duas circunstâncias, chegou com perigo à área adversária e, na segunda delas, abriu o placar no Azteca. Pressionado, os americanistas chegaram ao empate na bola aérea, com Esqueda.
Há, ainda, 90 minutos a serem jogados nos mais de 2.850 metros da altitude de Quito, em que a LDU será favorita a chegar em sua primeira final da história. Só por isso, e pelo futebol tático, físico e vistoso, merece respeito, conquistado com eliminações de duas equipes argentinas: Estudiantes e San Lorenzo. Trata-se de um respeito adquirido.
Um comentário:
A LDU sempre vem fazendo boas campanhas na Libertadores e está bem próxima de coroar isso tudo com uma classificação a final da Libertadores.
O Urrutia é o melhor do time e criou boas jogadas na defesa peneira do América, que conta com Sebá.
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