quinta-feira, 12 de abril de 2007

O Fogão do Mestre Cuca

Envolvente, ultra-ofensivo, algumas vezes suicida e sempre veloz. Esse é o Botafogo de Aléxis Stival, também conhecido como Cuca. As características mais destacáveis do Glorioso estiveram presentes na vitória sobre o Vasco da Gama, nos pênaltis, pelas semifinais da Taça Rio, em um dos melhores jogos deste ano. De fora das finais da Taça Guanabara graças a um incidente, o Fogão do Mestre Cuca é favorito para o segundo turno e só perdeu duas vezes em 2007.

Marcado basicamente pela velocidade com que ataca, em especial de Zé Roberto e Jorge Henrique, o Botafogo também impressiona pela flexibilidade tática, ora um 3-4-3, ora 4-3-3. Tem em Juninho um zagueiro de vigor e relativa técnica, além do interminável Túlio, do cerebral Lúcio Flávio e Júlio César, goleiro que corresponde às expectativas, ao contrário de Lopes e Max, dois nomes pouco estáveis. O quadro titular ainda destaca Dodô, nome de sintonia ímpar em General Severiano.

No desenho tático botafoguense, Joílson é ala-direito, e tem do lado oposto Luciano Almeida, canhoto, que não apóia com tanta regularidade, mas troca posições com Leandro Guerreiro, cão-de-guarda pelo setor esquerdo do campo. Túlio e Lúcio Flávio preenchem mais a faixa central do meio, este último responsável pela armação aos três avantes já citados, Dodô, Zé Roberto e Jorge Henrique. Alex, recém-chegado ao clube, conquistou a quarta-zaga, antes território de Asprilla.

Ainda assim, nem o faro de gol de Dodô, nem a malemolência de Zé Roberto. A maior marca do time é Cuca, treinador que não desempenhava bom trabalho desde que saiu do São Paulo em 2004, com quem foi às semifinais da Taça Libertadores. Com participação direta na formação do elenco, barato, mas bem montado, o paranaense com fala mansa, pulso firme e muita visão tática, mostra capacidade nas diversas vertentes que constituem o trabalho de um grande treinador. Nesse sentido, é possível relacionar o componente psicológico, o desenho tático, a qualidade técnica e a já citada formação do grupo de atletas.

Conseqüência disto é que o Botafogo possivelmente irá às finais do Campeonato Carioca, e mesmo que perca para o Flamengo, terá um time pronto para disputar posições na metade de cima da tabela do Brasileirão, situação diferente dos anos recentes, até mesmo de 2006. E se jogar assim, de maneira veloz, insinuante e trepidante, certamente estará na disputa pela Taça Libertadores.

5 comentários:

Anônimo disse...

hauahua foi do caralho o jogo mesmo... tou ficando surpreso com o futebol carioca, cada vez mais jogos disputados e esse gol 1000 do romário tá virando lenda a cada rodada hauaha

abraçao dassler

Anônimo disse...

Caraco, que jogo foi esse, mto bom mesmo, meu pai é botafoguense, quase teve um treco do meu lado, heueuheuehue.
Agora essa novelinha do Romário ta quase perdendo a graça.

Abraço Dass

Unknown disse...

Gosto muito do jogo do Botafogo, time veloz, ofensivo.
Realmente a parte defensiva algumas vezes fica desguarnecida, principalmente se o time saí atrás do placar, porém haverá tempo hábil para corrigir isto até o fim da temporada.
O Botafogo deve oscilar entre o 6º e 10º lugar no Brasileirão.

Braitner Moreira disse...

Esse Juninho é muito bom zagueiro, eu dizia isso quando ele saiu escrachado do Coxa. O time do Botafogo é bem, pra usarmos uma palavra da moda, equilibrado. E deve ficar entre os dez do Brasileirão, desde que Lúcio Flávio não negue fogo e Dodô não resolva passear no exterior.

Borusso disse...

Hehehe..."O Fogão
...do Mestre Cuca"!
Genial!