quarta-feira, 18 de abril de 2007

Copa pro Brasil


A teórica falta de concorrentes de peso na disputa da Copa do Brasil abre um precedente interessante. Como os melhores times do país, teoricamente, jogam a Libertadores, é possível que o mata-mata mais famoso no território nacional sirva de alicerce para a construção de uma base sólida para toda a temporada.


Ainda que o Vasco também possa ser citado, o exemplo mais nítido e próximo é o Flamengo. Quase rebaixado no Brasileirão 2005 e de participação modesta no Estadual 2006, o rubro-negro carioca se projetou para a Copa do Brasil. Waldemar Lemos, o antigo técnico, conseguiu juntar algumas peças e dar cara ao time que já tinha o dedo de Joel Santana.


Em uma competição que não exige primor técnico como fator preponderante, mas sim concentração e espírito competitivo, deu confiança a um grupo de jogadores medianos, onde podem ser enquadrados, por exemplo, Obina, Léo Moura e Jônatas, este negociado.


Ao vencer a competição sobre o Vasco da Gama, o trabalho do Flamengo saiu fortalecido, em especial porque com simplicidade, Ney Franco assumiu o barco, manteve-se firme e soube, respaldado pela direção, reconstruir o plantel da equipe e dar um respiro para a folha salarial com as saídas de Sávio, Luizão e Fernando, mas não perdeu qualidade com Souza, Bruno e Juninho Paulista.


Em nítida evolução, hoje poderia ser dito que o Flamengo, com um ou outro ajuste, entraria no Campeonato Brasileiro como uma terceira força na briga pelo título. Tudo a partir de um bem sucedido projeto de reconstrução, só permitido em um campeonato como a Copa do Brasil.


É nesse exemplo que os clubes grandes, mas um pouco apequenados, devem se mirar. Corinthians, Fluminense, Cruzeiro, Atlético Mineiro e Botafogo podem brigar pelo título da Copa do Brasil a partir de um mínimo de organização interna e concentração em partidas decisivas, minimizadas pela presença de várias equipes pequenas na disputa.


A partir daí, com receitas garantidas da Libertadores, passar o resto do ano projetando uma equipe capaz de fazer um ano seguinte mais regular. O exemplo é o Flamengo. E quem permite é o calendário, que faz da Copa do Brasil um artigo de luxo.

3 comentários:

Anônimo disse...

desses q vc citou, acredito q cruzeiro e botafogo realmente devem brigar, e como em todo ano pode, pode pintar uma zebra aí!!!!!

abração dassler muito bom o blog!

Maurício disse...

Não sei se concordo que o Flamengo é a terceira força hoje no Brasil. Se não aponto outro time melhor, pelo menos não acredito que o rubro-negro se sobressaia tanto assim aos demais, como Santos e São Paulo.

Mas é fato que a Copa do Brasil tem servido exatamente pra isso, já que a CBF tirou todo o prestígio de uma competição que ela mesmo criou - uma das poucas bolas dentro de Ricardo Teixeira.

Aponto Botafogo e Atlético-PR como as equipes que têm o melhor futebol no momento, mas até as finais muita coisa pode mudar. Cruzeiro vem bem e qualquer outra coisa que der, ao meu ver, é zebra.

Abraço, Poio!

Unknown disse...

Gostaria que Sul-americana e Libertadores fossem disputadas simultaneamente! E quem participasse de uma, não jogasse na outra.
Então no outro semestre deveria ter a Copa do Brasil, com todos os representantes. Não é justo que alguém por participar da Libertadores seja excluído da Copa do Brasil.