A quarta-feira foi trágica para brasileiros e argentinos. Nossa crise, é deles também. Nossa empáfia, é deles também. Nosso futebol não convence, o deles também não. Nossos craques desaparecem, os deles também. Dunga balança - e Basile também.
Aos brasileiros, faltou um pouco mais de empenho, mas principalmente inteligência. Um adversário que joga fechado precisa ser sufocado, mantido atrás de sua linha intermediária. Os passes precisam ser trocados rapidamente até que os espaços apareçam. Acrescente, aí, uma marcação adiantada e chutes de longa distância. O Brasil não fez nada disso.
Os raros momentos brasileiros de sucesso com Dunga, sempre, vieram contra quem ofereceu o contra-ataque. Contra a Argentina em Londres e na Copa América e contra o Chile nas Eliminatórias. E pára por aí. Em quase dois anos de trabalho, o selecionador da CBF tem três bons jogos para apresentar em seu cartão de visitas. Pare, agora, e conte as tardes e noites ruins. A de ontem, com vexatórias 30 mil pessoas no Engenhão, é mais uma dessas.
Já a Argentina encontrou um adversário mais aberto que a Bolívia. Os peruanos queriam jogo em Lima, forçavam com Vargas pelo lado esquerdo, principalmente, em cima da marcação de Battaglia e Zanetti. Na base da correria, também deixavam Messi arrancar com a bola, Riquelme - mais lento que o habitual - pensar, e Cambiasso se deslocar.
Já a Argentina encontrou um adversário mais aberto que a Bolívia. Os peruanos queriam jogo em Lima, forçavam com Vargas pelo lado esquerdo, principalmente, em cima da marcação de Battaglia e Zanetti. Na base da correria, também deixavam Messi arrancar com a bola, Riquelme - mais lento que o habitual - pensar, e Cambiasso se deslocar.
Não dava em grande coisa e era um jogo ao melhor estilo de uma área até a outra, mas sem chances claras de gol. Riquelme ainda teve um raro momento de lucidez, pôs Gago na linha de fundo e abriu o placar em Lima. A noite, que parecia argentina, era do Peru. De Vargas, principalmente. O atual melhor lateral-esquerdo do continente - sim, ele é peruano - vez um jogadaça, acabou com Battaglia e entregou, com mel e açúcar, para Espinoza.
A crise brasileira é argentina. E a vergonha também.
3 comentários:
Bela análise e boas analogias. Enquanto isso, o Paraguai vai sobrando...
Não vi o jogo da Argentina, mas pelo que li pós jogo realmente Riquelme esteve sonolento ao extremo. Quem diria o Paraguai se beneficiou do mau momento vivido por brasileiros e argentinos, as grandes potências do futebol sulamericano.
apenas uam expressão define brasil x bolivia:
CRUIZ CREDO!
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