terça-feira, 30 de setembro de 2008

Um Porto novo e ainda inacabado


Impressionante o massacre do Arsenal no Emirates Stadium. Os Gunners receberam o FC Porto, enfiaram 4-0, e poderia ter sido muito mais. Com Walcott explorando o lado esquerdo da defesa visitante e Fàbregas organizando o jogo com maestria, Van Persie e Adebayor fizeram dois gols cada - e não foi só. O banho de bola dos ingleses foi fruto, também, da fragilidade evidente dos Dragões.

Desfalcado de nomes importantes como Fucile, Tarik e Lucho González – que começou no banco e só entrou no intervalo -, Jesualdo Ferreira optou por uma formação defensiva, utilizando praticamente quatro defensores e uma segunda linha com mais quatro jogadores marcadores: Guarín, Fernando, Raul Meireles e Tomás Costa. À frente, o uruguaio Cristian Rodríguez e o argentino Lisandro López não estavam inspirados a ponto de resolver o jogo com a qualidade técnica da qual dispõem.

A goleada sofrida em território inglês ilustra uma provável temporada mais frágil do Porto. Atuais tricampeões portugueses, os Dragões não têm sido dominantes no início de Superliga, mostrando o tamanho do lastro aberto com as negociações de Quaresma, por 24 milhões de euros, Bosingwa, por 20 milhões de euros, Paulo Assunção, que aproveitou uma brecha contratou e foi para o Atletico de Madrid por apenas 600 mil euros. Marek Cech e Postiga eram importantes para o back-up e aumentaram o rombo no elenco portista.

Especialmente Quaresma, o craque do time, e Bosingwa, fundamental para a consistência defensiva e ativo em incursões no ataque, fazem uma falta tremenda. Jesualdo Ferreira, embora vencedor, não é um treinador de primeira linha, e possivelmente demonstrará isso em momentos extremos, como foi o jogo desta terça-feira contra o Arsenal.

Entre os nomes que chegaram para o elenco portista, os mais comentados têm sido o brasileiro Hulk, de apenas 22 anos e uma passagem expressiva pelo Japão, e o zagueiro Rolando, de 23, contratado a custo zero junto ao Belenenses. Ainda espera-se um bom desempenho de Cristian Rodríguez, ex-Benfica, e Pelé, ex-Internazionale. Sapunaru (lateral-direito), Benítez (lateral-esquerdo) e Guarín (volante) têm ainda muito o que provar.

Provas, aliás, é o que não faltará aos Dragões nessa temporada.



Colaborou: Rui Vedor

2 comentários:

Fernando Gonzaga disse...

o Real Madrid vem despontando bem nesta temporada, não sou torcedor do clube, mas admiro os holandeses do grupo, especialmente o Van der Vaart e o Snejder...vencer o Zenit lá não é tarefa fácil, veja o monte de gente grande que apanhou lá...o Arshavin é fera...
parabéns pelo seu blog, fique a vontade para entrar no meu...

Saulo disse...

Que vergonha desse time do Porto. Esperava mais futebol do time português. Ficando em terceiro lugar da sua chave, é muito.