Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari eram tidos como os dois principais treinadores emergentes no cenário nacional dos anos 90. Luxemburgo, com sólida reputação pavimentada por títulos no Parque Antártica, era estereotipado como o moderninho. Felipão, que não usava ternos bem cortados nem falava pausadamente, era venerado por tudo que fazia com o copeiro time do Grêmio, embora enfrentasse alguma resistência em outras partes do país.
Os dois criadores representavam o fiel retrato de suas criaturas. Palmeiras e Grêmio eram as duas potências vencedoras do futebol nacional dos anos 90, passada a fase hegemônica do São Paulo de Telê Santana. As partidas decisivas, travadas em 95 e 96, foram provavelmente as que mais marcaram a década do esporte no país. Mais que um confronto de escolas, eram verdadeiras batalhas, onde a hostilidade muitas vezes transpunha os quesitos técnicos.
Neste cenário, e especialmente em jogos de mata-mata, era natural que os resultados pendessem a favor dos gremistas. Brigador e com alma copeira, o tricolor gaúcho empregava seus recursos com maior autoridade, tendo abalado a reputação palmeirense em três dos quatro duelos que marcaram o biênio 95-96. Vale ressaltar que Vanderlei Luxemburgo, em 1995, não estava no Palmeiras, tendo saído em 94 e retornado em 1996.
Neste sábado, o Parque Antártica viverá uma noite daquelas. O Palmeiras recebe novamente o tricolor gaúcho em confronto com cara de decisão. As duas equipes são fortes candidatas a um do quatro primeiros lugares do Campeonato Brasileiro, em um cenário onde São Paulo e Cruzeiro provavelmente já têm cadeira cativa no G-4 e Santos, Vasco, Botafogo e até Flamengo e Sport pretendem respirar os ares internacionais em 2008.
O Grêmio, hoje o Grêmio de Mano Menezes, lembra muito a equipe que tinha Felipão na beira do gramado nos anos 90. Jogo de técnica, mas basicamente moldado sob a potência física do time - forte e leal na marcação e, de aplicação e mobilidade tática elogiáveis. O Palmeiras, tradicionalmente tido como um clube de identidade para o futebol vistoso e de toque de bola, mantém alguma essência disso com Caio Júnior, embora perca parte de sua qualidade com os desfalques de Edmundo e Martinez.
Duelos entre as equipes:
Em 1995:
Taça Libertadores – Quartas de final
Grêmio 5 x 0 Palmeiras; Palmeiras 5 x 1 Grêmio
Copa do Brasil – Oitavas de final
Grêmio 1 x 1 Palmeiras; Palmeiras 2 x 2 Grêmio
Em 1996:
Campeonato Brasileiro – Quartas de final
Grêmio 3 x 1 Palmeiras; Palmeiras 1 x 0 Grêmio
Copa do Brasil - Semifinal
Palmeiras 3 x 1 Grêmio; Grêmio 2 x 1 Palmeiras
FICHAS TÉCNICAS dos duelos da Libertadores/95
26/07/95
Taça Libertadores – 1995
Ida: Estádio Olímpico
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira
Palmeiras:
Sérgio, Cafu, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; Amaral (Alex Alves), Mancuso e Flávio Conceição; Válber e Rivaldo: Muller (Daniel Frasson)
Téc: Carlos Alberto Silva
Grêmio:
Danrlei, Arce (Scheidt), Adílson, Rivarola e Roger; Dinho, Luís Carlos Goiano; Arílson e Carlos Miguel (Alexandre); Paulo Nunes e Jardel (Nildo)
Téc: Luiz Felipe Scolari
Gols: Arce 41', Arilson 51', Jardel 4', Jardel 20', Jardel 36'
03/08/95
Taça Libertadores – 1995
Volta: Parque Antártica
Árbitro: Antônio Pereira da Silva
Palmeiras:
Sérgio, Índio, Antônio Carlos, Cléber e Wagner; Mancuso e Amaral (Magrão); Cafu e Paulo Isidoro ; Alex Alves (Maurílio) e Muller.
Téc: Carlos Alberto Silva
Grêmio:
Murilo, Arce, Scheidt, Rivarola e Roger; Adílson, Luís Carlos Goiano; Arílson (André Vieira) e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Vágner Mancini) e Jardel (Nildo)
Téc: Luiz Felipe Scolari
Gols: Jardel 19’ / Cafu 29’, Amaral 39', Paulo Isidoro 13', Mancuso 24', Cafu 39'
Preview para o duelo deste sábado
PALMEIRAS
Os dois criadores representavam o fiel retrato de suas criaturas. Palmeiras e Grêmio eram as duas potências vencedoras do futebol nacional dos anos 90, passada a fase hegemônica do São Paulo de Telê Santana. As partidas decisivas, travadas em 95 e 96, foram provavelmente as que mais marcaram a década do esporte no país. Mais que um confronto de escolas, eram verdadeiras batalhas, onde a hostilidade muitas vezes transpunha os quesitos técnicos.
Neste cenário, e especialmente em jogos de mata-mata, era natural que os resultados pendessem a favor dos gremistas. Brigador e com alma copeira, o tricolor gaúcho empregava seus recursos com maior autoridade, tendo abalado a reputação palmeirense em três dos quatro duelos que marcaram o biênio 95-96. Vale ressaltar que Vanderlei Luxemburgo, em 1995, não estava no Palmeiras, tendo saído em 94 e retornado em 1996.
Neste sábado, o Parque Antártica viverá uma noite daquelas. O Palmeiras recebe novamente o tricolor gaúcho em confronto com cara de decisão. As duas equipes são fortes candidatas a um do quatro primeiros lugares do Campeonato Brasileiro, em um cenário onde São Paulo e Cruzeiro provavelmente já têm cadeira cativa no G-4 e Santos, Vasco, Botafogo e até Flamengo e Sport pretendem respirar os ares internacionais em 2008.
O Grêmio, hoje o Grêmio de Mano Menezes, lembra muito a equipe que tinha Felipão na beira do gramado nos anos 90. Jogo de técnica, mas basicamente moldado sob a potência física do time - forte e leal na marcação e, de aplicação e mobilidade tática elogiáveis. O Palmeiras, tradicionalmente tido como um clube de identidade para o futebol vistoso e de toque de bola, mantém alguma essência disso com Caio Júnior, embora perca parte de sua qualidade com os desfalques de Edmundo e Martinez.
Duelos entre as equipes:
Em 1995:
Taça Libertadores – Quartas de final
Grêmio 5 x 0 Palmeiras; Palmeiras 5 x 1 Grêmio
Copa do Brasil – Oitavas de final
Grêmio 1 x 1 Palmeiras; Palmeiras 2 x 2 Grêmio
Em 1996:
Campeonato Brasileiro – Quartas de final
Grêmio 3 x 1 Palmeiras; Palmeiras 1 x 0 Grêmio
Copa do Brasil - Semifinal
Palmeiras 3 x 1 Grêmio; Grêmio 2 x 1 Palmeiras
FICHAS TÉCNICAS dos duelos da Libertadores/95
26/07/95
Taça Libertadores – 1995
Ida: Estádio Olímpico
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira
Palmeiras:
Sérgio, Cafu, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; Amaral (Alex Alves), Mancuso e Flávio Conceição; Válber e Rivaldo: Muller (Daniel Frasson)
Téc: Carlos Alberto Silva
Grêmio:
Danrlei, Arce (Scheidt), Adílson, Rivarola e Roger; Dinho, Luís Carlos Goiano; Arílson e Carlos Miguel (Alexandre); Paulo Nunes e Jardel (Nildo)
Téc: Luiz Felipe Scolari
Gols: Arce 41', Arilson 51', Jardel 4', Jardel 20', Jardel 36'
03/08/95
Taça Libertadores – 1995
Volta: Parque Antártica
Árbitro: Antônio Pereira da Silva
Palmeiras:
Sérgio, Índio, Antônio Carlos, Cléber e Wagner; Mancuso e Amaral (Magrão); Cafu e Paulo Isidoro ; Alex Alves (Maurílio) e Muller.
Téc: Carlos Alberto Silva
Grêmio:
Murilo, Arce, Scheidt, Rivarola e Roger; Adílson, Luís Carlos Goiano; Arílson (André Vieira) e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Vágner Mancini) e Jardel (Nildo)
Téc: Luiz Felipe Scolari
Gols: Jardel 19’ / Cafu 29’, Amaral 39', Paulo Isidoro 13', Mancuso 24', Cafu 39'
Preview para o duelo deste sábado
PALMEIRAS
Diego Cavalieri (Marcos); Paulo Sérgio, David, Dininho e Leandro (Valmir); Wendel; Makelele e Vinícius (Luiz Henrique); Valdivia; Caio e Rodrigão
Técnico: Caio Júnior
GRÊMIO
Saja, Bustos, Léo, William e Anderson Pico; Eduardo Costa e Sandro Goiano; Jonas, Marcelo Labarthe e Diego Souza; Tuta (Marcel)
Técnico: Mano Menezes
Agradecimentos: Felipe Zito (Lance)
6 comentários:
Os dois times, na época da foto, eram espetaculares. Como são-paulino, eu me pegava diversas vezes torcendo a favor de um dos dois.
Tenho saudade daquela época. Mas sei que no futuro terei saudades desta época.
Abraço Dassler
Dassler, o Palmeiras em termos de postura e atitude, guardando as devidas proporções técnicas, lembrou o avassalador Verdão de 96.
Foram 25 minutos de tirar o fôlego. Num 4-2-2-2, imprimiu um ritmo alucinante que deixou atordodada a equipe de Mano Meneses. Mérito para Caio Jr., que ainda pôde perceber que sua equipe não depende tanto de Valdívia, que teve atuação apagada e foi bem marcado por Eduardo Costa (o ídolo do Ergos ;)) na primeira etapa.
Enfim, gostei muito do que vi e, a meu ver, os grandes destaques do Alviverde foram Makelele e Caio.
Abração!
Até o PVC respaldando sua opinião sobre o Makelele, heh.
Vou conferir o taipe da partida mais tarde e comento.
Abraço!
Eu me lembro de ser pequenino, não entender muito de futebol, mas me impressionar, semana após semana, com o número de gols do Palmeiras que eu via no Globo Esporte.
QUE FIM DE FEIRA VIROU O GRÊMIO.´SÓ BATE ATUALMENTE.BONS TEMPOS ESSE QUE VC TROUXE E VOLTA, QUANDO BATIAM, MAS JOGANDO BOLA...ABRAÇOS
O Palmeiras de 95 já não era o mesmo timaço de 93-94 e a máquina palmeirense de 96 durou apenas 1 semestre.
Considero os times do Palmeiras de 93-94 e de 98-2000 melhores que o time do Grêmio de 95-96.
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