Em São Januário, que está longe de ter um ambiente internamente saudável e de amizades verdadeiras, é na base da camaradagem que tudo se resolve. O presidente Eurico Miranda, juntamente com Romário (isso mesmo!), definiu que Valdyr Espinosa será o responsável por assumir o comando do Vasco até o fim do ano.
É, também, na base da camaradagem que o Vasco, conhecido por seu relacionamento amigável com a Federação Carioca, traz alguns jogadores. Luizão, Leandro Bomfim, Abuda e Perdigão são nomes que preenchem o contexto citado. Só mesmo empresários bem relacionados poderiam "empurrar" tais atletas.
A chegada de Valdyr Espinosa lhe fará fechar o ciclo de trabalho entre os grandes cariocas. Meses antes, o treinador esteve em São Januário, onde foi auxiliar de Renato Gaúcho. Dali, provavelmente, surgiu a amizade com a cúpula (inclua Romário) vascaína. Sua contratação, porém, não se justifica.
Fazem exatos 24 anos (!) do título mundial conquistado por Espinoza com o Grêmio. Seu último caneco, no Brasil, foi em 1989, com o Botafogo. Nos últimos meses, o treinador veterano ainda passou, sem sucesso algum, pelo Santa Cruz. Lá, aliás, é persona non grata. Em 2005, pelo Flamengo, durou menos de três meses.
Quem não é amigo, no Vasco, também paga seu preço. A Espn Brasil, conhecida pelo estilo imparcial de jornalismo, muitas vezes crítico, não põe os pés em São Januário há anos. Coincidência ou não, Celso Roth foi demitido, mesmo fazendo um trabalho razoável, poucos dias após não pôr Romário em campo no clássico contra o Flamengo.
3 comentários:
De fato, o Espinosa não é o nome mais indicado para assumir o Vasco. Essa contratação mostra que, ao contrário do que deveria começar a fazer, o clube não está pensando, desde já, na próxima temporada.
Ou está ...
João Moreira Salles está fazendo uma reportagem com o PVC e chegou a dizer que o episódio envolvendo Edu Elias e Ricardo Teixeira na semana passada é uma prova da idoneidade da ESPN Brasil.
Acho que o fato de a emissora não ter permissão para entrar em São Januário só reforça a tese do editor da "Piauí".
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