domingo, 20 de maio de 2007

Venceu o Stuttgart. Venceu o Nationalelf.



"No futebol, não há receita pronta para vitória". Essa frase típica do esporte, mais uma vez, foi comprovada neste sábado. O Stuttgart, com um time jovem e pouco badalado, ratificou o título da Bundesliga 06-07 ao bater em casa o Energie Cottbus por 2 a 1, gols de Hitzlsperger e Khedira. Com uma campanha estável durante toda a temporada, o Roten deu o bote decisivo para a conquista a duas rodadas do fim, propiciado por dois resultados ruins do Schalke 04, então líder.

Nesta conquista, impressiona o grande trabalho de Armin Veh, treinador do Stuttgart e até então com nenhuma experiência em equipes médias e grandes da Alemanha. Com uma série de ótimos novos jogadores revelados, não só no time campeão, mas em Schalke 04, Werder Bremen e outros, vence também com o Nationalelf. Joachim Löw, inclusive, já tem aproveitado alguns deles em uma discreta renovação nos quadros da seleção, terceira colocada na última Copa do Mundo.

Apenas no campeão Stuttgart, são vários os bons novos jogadores. Na defesa, Tasçi, reserva imediato e grande curinga, é um nome que merece atenção. Mais à frente, Hilbert e Khedira, técnicos e taticamente interessantes, auxiliaram o principal destaque, Mario Gómez, 1,89m, 21 anos, e muito bom tecnicamente. Hitzlsperger, já com 25 anos, amadureceu claramente após uma passagem ruim pelo futebol inglês.

No vice-campeão Schalke 04 também apareceram ótimos jogadores. O arqueiro Neuer, de 21 anos e uma segurança capaz de rivalizar com Kahn, Lehmann e Hildebrand. Aliás, ver surgir um novo goleiro tão jovem foi um alívio tremendo para quem só pode confiar em veteranos. Falando ainda dos Azuis Reais, Pander se mostrou um nome pronto para brigar por posição na lateral. E o novíssimo Özil, de ascendência turca, poderá ser útil a médio-prazo.

Por fim, Joachim Löw pôde ainda encontrar três possíveis opções para o ataque. Jan Schlaudraff, 23 anos, conseguiu ser destaque pelo rebaixado Alemannia Aachen ao fazer dois golaços memoráveis e jogará pelo Bayern na próxima temporada. No Werder Bremen, o consagrado Miroslav Klose atuou durante toda a Bundesliga ao lado do jovem Aaron Hunt, apenas 20 anos, e de virtudes técnicas consideráveis. Por fim, o ‘panzer’ Stefan Kiessling, 23 anos, 1,91m, mostrou faro de gol pelo Bayer Leverkusen e já é tido como selecionável.

Há poucos anos, um dos discursos mais freqüentes na Alemanha era a respeito da dificuldade em revelar novos jogadores. Pois a Bundesliga, 2006-2007, justamente após uma Copa do Mundo fantástica para os alemães, dá o tom de que o Nationalelf tem potencial de crescimento para se manter no topo por mais alguns anos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ganz perfekt.

Assino embaixo. Há uns 5 anos pouca gente imaginava que a Alemanha poderia voltar a produzir bons jovens como de uns 2 anos pra cá.

E a reforma da Bundesliga com, a partir da temporada 2008/09, a criação da 3.Bundesliga em substituição às Regionalliga, com menos clubes e mais dinheiro para os mesmos, o panorama é animador para um fortalecimento maior da base.

André Augusto disse...

A Copa fez um bem danado pra Alemanha. Vem por ae uma safra muito boa, principalmente o Schaudraff (não lembrei se está certo) e o Kiessilng.

Bacana pacas o blog.

Vou colocar nos favoritos do nosso...se tiver afim, trocamos links.

Sou da comu do FE, apesar de participar pouco...

Abraço e sucesso!

Maurício disse...

Opa, falar de futebol alemão é difícil porque eu não consigo parar.

Você não deixou muito a acrescentar, porque lembrou de todos os nomes que surgem nessa nova geração: Pander, Kiessling, Hitzlspeger...

O Joachim Löw era o cérebro por trás do motivador Klinsmann, e foi um pecado a Alemanha não ter ganho aquela Copa. Mas com essa molecada boa (sem esquecermos das promessas que já são realidade, como Schweinsteiger e Podolski), acho que dá até pra sonhar com um título da Euro ano que vem.

Auf wiedersehen!