segunda-feira, 31 de março de 2008

Saudades de Dodô?


Pouca gente percebeu, mas o Botafogo trabalhou de maneira determinada para preparar o elenco para esse ano. Trouxe os jogadores específicos para manter a espinha dorsal que fez sucesso em alguns momentos de 2007. Quando não há dinheiro em caixa, entra em cena a criatividade. Wellington Paulista foi um desses negócios. E que negócio!

O artilheiro do Campeonato Estadual do Rio estava na segunda divisão espanhola, com o decadente Alavés. Havia deixado o Santos após razoável Brasileirão em 2006, em que, com nove gols, foi o artilheiro do ineficiente atacante do Peixe.

Contratado pelo Botafogo para substituir Dodô, o centroavante paulistano virou sucesso em Caio Martins. Encaixou perfeitamente como a referência entre os três homens de frente no esquema de Cuca. Rápido, oportunista e principalmente determinado, é uma grata surpresa. Fruto da criatividade botafoguense em contratar.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Colunas da semana

No Olheiros, um retrato do fracasso mexicano no Pré-Olímpico da Concacaf, além de um rápido resumo da competição.
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Na Trivela, destaque para a grande fase de Thiago Neves e do Fluminense, mais uma análise sobre os méritos de Leão na recuperação do Santos.
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Excepcionalmente, nas últimas duas semanas, escrevi a coluna de futebol inglês da Trivela, originalmente feita pelo Tomaz Alves.

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quinta-feira, 27 de março de 2008

Eletrizante


Há um mês atrás, Santos e Corinthians não despertariam tanto interesse. Nessa reta final de Campeonato Paulista, porém, o duelo da Vila Belmiro tinha ares de decisão de vaga na semifinal do Estadual. E, como havia se pensado, as equipes de Emerson Leão e Mano Menezes deram a vida no gramado. A melhor ficou para os santistas, agora ainda mais vivos na classificação.

Pressionado pela ineficácia do chileno Sebastián Pinto, o teimoso Emerson Leão preferiu não alterar o desenho ofensivo do Santos. Em seu 4-2-3-1, deu a liberdade de que Molina precisa para pensar. E o Corinthians, vulnerável pela surpreendente pouca pegada no meio, expôs seus três zagueiros. Dessa maneira, os santistas atingiriam a vitória, mesmo com um volume de jogo menor ao longo dos 90 minutos.

Leão teve sua insistência premiada com o gol de Sebastián Pinto, em lance rápido e inteligente de Molina. Atrás do marcador, os corintianos foram pra cima, pressionaram a saída de bola santista, mas foram para o intervalo na mesma. Ao contrário do que se esperava, Mano Menezes não trocou jogadores, embora tenha transformado o 3-4-1-2 da primeira etapa em um 4-2-2-2 mais ofensivo. André Santos no meio, porém, segue não indo bem.

Sufocando, o Corinthians não demorou a buscar a igualdade. Na bola aérea, principal arma da partida, Carlão apareceu na pequena área e desviou uma bola escorada, aos 2min, para as redes de Fábio Costa. Àquele momento, o cenário se desenhava aparentemente mais favorável para os corintianos, mais motivados e dominantes em campo.

Mas bastaram cinco minutos para Molina mudar o quadro novamente. O colombiano deu passe para Kléber Pereira - que atropelou Carlão, no lance mais polêmico da partida - recolocar, com muita tranqüilidade, o Peixe na frente. A jogada geraria severos protestos corintianos contra Sálvio Spínola, justamente o responsável pela confusão no duelo entre Corinthians e São Paulo. O árbitro, visivelmente, foi à campo pressionado e não soube lidar com a dificuldade.

Desse momento em diante, o Corinthians não abdicou do ataque. Criou bons lances, especialmente pelos 20 minutos seguintes, alçando bolas para a área e pressionando o Santos. No último terço do segundo tempo, por outro lado, a situação se esfriou. Dentinho se contundiu e Acosta não entrou bem mais uma vez, e Leão mexeu muito bem com as entradas de Marcelo e Renatinho, fechando a zaga e criando perigo pela ponta-esquerda. Nem mesmo a expulsão de Betão amenizou a queda física dos corintianos no fim da partida.

O placar do eletrizante duelo da Vila Belmiro, entretanto, não apresentou grandes injustiças. Quando lhe foi conveniente, o Santos dominou a partida e foi efetivo. Além disso, Leão manejou os jogadores e teve estrela. Teve, acima de tudo, vontade de vencer. Não que o Corinthians não tenha tido, mas só um pode vencer. E os santistas fizeram por onde.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Os 100 jogos de Benazzi


Os 100 jogos em 1 ano e meio de Canindé já não são pouca coisa. Os feitos de Vágner Benazzi, porém, são ainda mais significativos. Conhecido como um desses treinadores que roda pra lá e pra cá, o atual comandante da Lusa firmou raízes no clube e é fundamental no processo que tirou a Portuguesa da fronteira com a terceira divisão paulista para recolocar, após cinco anos, os rubro-verdes na Série A do Brasil.

Nesta quarta, diante do Palmeiras fora de casa, completará cem jogos no clube. Até aqui, 47 vitórias, 33 empates e 19 derrotas - aproveitamento de 58%. Benazzi recolocou a Portuguesa na primeira divisão de São Paulo e do país. Com elencos limitados, caracterizados basicamente pelo amor à camisa e disposição, reverteu um quadro bastante negativo - há quem diga que a Lusa fecharia caso caísse para a A-3.

Benazzi, por tudo isso e por ser um sujeito de caráter acima da média, merece muito ser reverenciado no Canindé. E tem totais condições, evidentemente, de dobrar a marca tão significativa no futebol contemporâneo.

terça-feira, 25 de março de 2008

O que esperar de DOUGLAS no CORINTHIANS


Não é de hoje que Douglas interessava ao Corinthians. Desde o ano passado, o Timão assediava o jogador do São Caetano, crendo ser ele um exemplo de jogador criativo pouco presente no futebol brasileiro de hoje. As quantias pedidas pelo Azulão, porém, sempre afastavam os dirigentes corintianos.

Primeiramente, vale observar que Douglas é um jogador pouco constante. Protagonista na maior derrota são-paulina em 2007, o meia-esquerda passou todo o segundo semestre em baixa, descontente por não ser negociado como Somália, Luiz Henrique e Triguinho. Chegou, inclusive, a freqüentar o banco de reservas. Neste ano, o camisa dez do São Caetano voltou a brilhar, agora contra o Corinthians, reacendendo os comentários sobre a transferência para o Parque São Jorge.

Por mais que seja talentoso e possa dar certo, Douglas não oferece a constância necessária para um investimento na casa dos R$ 3 milhões por metade de seu passe. Não tem mesmo idade suficiente para fazer o clube recuperar essa quantia. E, hoje, não tem jogado muito para deixar o São Caetano em condição confortável no Paulista.

Mesmo assim, o reforço para a Série B pode dar certo. Tem mesmo um talento bastante evidente na perna esquerda, enxerga bem o jogo e pode, inclusive, se sentir mais motivado com a camisa de um clube grande. A julgar pelo que o futebol brasileiro tem hoje de qualidade, Douglas pode se destacar. O dinheiro pago por ele, porém, parece acima do normal.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Olheiros fala com Diego Capel

Diego Capel, o prodigioso interior-esquerdo do Sevilla, falou com exclusividade ao Olheiros.

Alguns temas:

- A afirmação no Sevilla
- Trabalho de base do clube
- A morte de Puerta
- A evolução de Capel como jogador
- Porque a Fúria não é, profissionalmente, boa como na base

Leia a entrevista clicando aqui

domingo, 16 de março de 2008

Um brinde à ousadia


A vida costuma premiar os mais corajosos. O futebol, muitas vezes, não é diferente. Vanderlei Luxemburgo é um desses audazes. Não tem medo de arriscar, confia no próprio tato, e costuma ser premiado com isso. No Choque-Rei deste domingo, em Ribeirão Preto, o Palmeiras voltou a se beneficiar do espírito corajoso de seu treinador. Como já havia feito contra o Corinthians, o Verdão mostrou estar pronto para brigar por grandes objetivos na temporada. Vencer o São Paulo por 4-1, mais do que tudo, é um argumento claro disso.

Inicialmente, o clássico apontava para um duelo tático, razoavelmente fechado, em que a força física de Adriano aparentava ser um possível diferencial. Ao longo da primeira etapa, ambas as equipes jogavam sob o desenho do 4-2-2-2, com a diferença de que Jorge Wagner e Carlos Alberto, os meias de Muricy Ramalho, abriam pelos lados a fim de explorar os espaços de Leandro e Granja. Valdívia e Diego Souza, mais centralizados, pressionavam os volantes são-paulinos.

No primeiro tempo, as principais chances, de fato, saíram dos pés e da cabeça de Adriano. Inspirado, o Imperador levava a melhor sob a dura marcação palmeirense. Assim, abriu o placar subindo sobre dois marcadores alviverdes. O passe, claro, veio dos pés de Jorge Wagner - o sétimo perfeito na temporada. A demonstração de personalidade, contudo, veio de Kleber. O jogador revelado no Morumbi, e que já havia sido vital contra Ponte Preta e Bragantino, cortou Juninho com beleza e estufou as redes de Rogério Ceni.

Após o intervalo, Muricy notou que Carlos Alberto já não acompanhava o ritmo físico da partida. Como o meia também não fazia um bom jogo, preferiu colocar Joílson em campo. O ex-botafoguense, contudo, não prima pela ofensividade, não tem a mesma técnica e tampouco a mesma agudez do ex-Fluminense. Ainda assim, o São Paulo detinha o controle da partida e poderia, com Adriano, ter retomado a dianteira do placar. Havia um recuperado Marcos para impedir.

Foi então que Vanderlei Luxemburgo colocou as mangas de fora. Como já fora realizado contra o Corinthians, passou do 4-2-2-2 para um 4-1-2-3, abrindo a defesa adversária. Com Diego Souza e Martinez apoiando o trabalho dos laterais, ainda espetou Denílson e Valdívia pelos lados, forçando o jogo sobre Zé Luís e principalmente o veterano Júnior. A ousadia acabou premiada.

Coincidentemente, um lance entre Júnior e Valdívia, dentro da área, deu a vitória para o Palmeiras. Denílson, outro revelado no São Paulo, cobrou o primeiro de uma seqüência de três corretas penalidades assinaladas por Flávio Guerra. E o time de Luxemburgo, provando claramente ter um espírito diferente em relação aos últimos anos, mostrou estar pronto para objetivos maiores em 2008. Ver atitudes ousadas vindo do banco de reservas, certamente, tem um peso psicológico nisso.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Chelsea no prumo


Incrível como, desde a saída de Jose Mourinho, o Chelsea se tornou pouco falado na mídia brasileira. Claro que uma série de resultados ruins, no início da temporada, diminuiu a reputação dos Blues. Entretanto, ao contrário do esperado, Avram Grant faz um trabalho qualificado e que, ainda que passe despercebido, trouxe de volta à Stamford Bridge a possibilidade de ganhar a Liga dos Campeões e a Premier League.

No âmbito europeu, Avram Grant se beneficiou dos adversários que os sorteios lhe colocaram na frente. Na fase de grupos, Valencia, Rosemborg e Schalke 04, diante do elenco dos Blues, eram insuficientes para maiores ameaças. Assim, o treinador israelense pôde impor suas preferências táticas, recuperou jogadores lesionados e, principalmente, deu mais confiança para um grupo que vinha visivelmente cabisbaixo. Parece até razoavelmente previsível que o Chelsea volte às semifinais da LC.

Pela Premier League, por mais que as atenções estejam em Arsenal e Manchester United, as possibilidades para o Chelsea conquistar o terceiro título em quatro temporadas são igualmente reais.

Colunas da semana

Na Trivela, uma análise sobre a situação dos clubes grandes brasileiros que, reféns na hora de montar seus elencos, precisam aceitar qualquer jogador com o mínimo de talento.

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No Olheiros, as boas fases de Neuer e Adler podem ameaçar os goleiros alemães veteranos que devem jogar a Eurocopa

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terça-feira, 11 de março de 2008

A oportunidade para o Santos


Pode não parecer, mas a venda de Rodrigo Souto para o Lokomotiv Moscou apresentou uma possibilidade razoável no horizonte santista de 2008. Aparentemente, o Santos promete ter uma temporada bem abaixo do que se acostumou, longe da disputa de títulos, algo que caracteriza o clube desde 2002.

A saída de Rodrigo Souto, para o time, será bastante prejudicial. Após amadurecer no Figueirense, o carioca se tornou uma das referências no onze santista. Ao longo de 2007, só jogou menos que Fábio Costa, tendo atuado em 63 das 75 partidas da equipe na temporada. Rodrigo Tabata esteve em mais jogos, mas em boa parte deles saindo do banco.

Discreto, regular e eficiente, Rodrigo Souto emergia em 2008 como uma das poucas esperanças de qualidade no time de Emerson Leão. Após a saída de Maldonado, outra referência, Souto parecia o atleta ideal para o crescimento de Adriano. Hoje, teoricamente, o nome ideal para sua reposição seria Kléber, mas isso esbarra nos três atacantes que Leão tem utilizado. É muita exposição para uma defesa que tem Betão e Domingos.

Por outro lado, se reinvestidos, os quase 7 milhões de euros colhidos com o negócio poderiam resultar em um significativo aporte de qualidade para a segunda fase da Libertadores. É dinheiro suficiente para buscar dois ou três jogadores de alto nível para o padrão brasileiro. Entretanto, é quase nítido que Marcelo Teixeira dificilmente fará isso.

A árdua missão interista


Nesta terça-feira, a Internazionale entra em campo disposta a fazer um milagre. Após perder para o Liverpool por 2-0 em Anfield Road, há 21 dias, os neroazzurri precisarão atingir o que só o seu rival Milan, de quatro edições de mata-mata da Liga dos Campeões pra cá, conseguiu fazer: três gols na equipe de Rafa Benítez, como na final de 2004/05. Naquele dia, porém, a vitória foi dos Reds, nos pênaltis, na mítica decisão de Istambul. Dois gols a zero, claro, levariam a decisão para os pênaltis.

Entretanto, o Liverpool mostra uma consistência européia absolutamente impressionante. Mesmo quando em momentos ruins no âmbito nacional, os Reds crescem de modo absurdo quanto o assunto é torneio internacional. Justamente isso, curiosamente, vem faltando à Internazionale, eliminada por Valencia e Villarreal nas duas últimas edições da Liga dos Campeões.

Um dos grandes trunfos da equipe de Rafa Benítez é a solidez defensiva. Sem ser retranqueiros, os Reds têm ótimo retrospecto: em 17 jogos de mata-mata desde a edição 2004/05, foram só 12 gols sofridos. Se excluída a temporada 2005/06, quando caiu prematuramente diante do Benfica, os números ficam ainda mais assombrosos: nove gols sofridos em 15 duelos europeus. Reina e Carragher, especialmente, costumam crescer nessas partidas.

Por isso e muito mais, a tarefa da Internazionale parece quase impossível.


Texto sobre o centenário da Internazionale de Milão

sexta-feira, 7 de março de 2008

Colunas da semana

Na Trivela, um paralelo sobre as situações de Flamengo e São Paulo e uma análise do futebol contemporâneo no Brasil.

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No Olheiros, os problemas da Lei Pelé e o assédio merengue ao jovem Coutinho, promessa sub-17 do Vasco.

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quinta-feira, 6 de março de 2008

Folha versus Luxa

Que Vanderlei Luxemburgo e a Folha de São Paulo não se amam todo mundo já sabe. Em algumas oportunidades, o treinador já fez questão de explicitar sua insatisfação em razão da forma com que é sistematicamente abordado no jornal número um do país.

Ao longo de fevereiro, este blogueiro seguiu atentamente as manchetes e matérias da Folha de São Paulo. Em 29 dias do mês, Luxa foi citado no título de 13 diferentes reportagens, quase sempre com conotação negativa.

Em um mês em que o Palmeiras colheu resultados bastante irregulares, o jornal preferiu só focar os momentos ruins do treinador. É óbvio que Vanderlei Luxemburgo é um sujeito bastante polêmico e indiscutivelmente controverso e de relações nebulosas. Contudo, o jornalismo deve e precisa ser mais honesto.

Veja as matérias e tire suas próprias conclusões:

04/02
Palmeiras: Após bronca, Luxemburgo agora afaga os palmeirenses http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0402200807.htm

08/02
Luxemburgo perde a unanimidade

09/02
Luxemburgo fala em reabilitação, sem dizer quando http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0902200811.htm

10/02
Alex Mineiro faz 3 e alivia Luxemburgo http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1002200813.htm

11/02
Luxemburgo reclama de juiz e diz que dará pito em Valdivia http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1102200815.htm

14/02
Pontaria ruim faz Luxemburgo berrar em treino do Palmeiras http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1402200806.htm

22/02
Luxemburgo recebe seu oitavo

26/02
"Carnavalesco", Luxemburgo tumultua a Vila

26/02
Tapetão: "Não quero ser cobaia", diz treinador sobre versão de árbitro

26/02
Técnico perde ofensividade no Palmeiras http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2602200807.htm

27/02
Copa do Brasil desafia estrelato de Luxemburgo

28/02
Luxemburgo pode ficar 1 ano suspenso

29/02
Palmeiras: Luxemburgo esconde equipe para o clássico

quarta-feira, 5 de março de 2008

Os sete classificados da LC

Roma: Atuação impecável em pleno Bernabéu e a consolidação do ótimo trabalho do Spalletti. Tem alma e técnica para peitar qualquer um dos principais favoritos e mantém um italiano na briga.

Schalke: Resultado surpreendente, mas depende do sorteio para eventualmente pensar em semifinal.

Chelsea: Provavelmente, o time de Avram Grant terá uma possibilidade concreta de ter um grande jogo para provar se está pronto a ponto de vencer a Europa.

Arsenal: Foi superior nas duas partidas e deu claras mostras de que pode bater qualquer adversário. Vive um momento muito especial.

Barcelona: Curiosamente, o Barça está correndo por fora. Ou estava. Com o time que tem, em que vários jogadores de classe mundial podem definir, tem totais e reais condições de ir até a final.

Fenerbahçe: Fez por merecer a melhor campanha de sua história. Joga com muita determinação e tem feito dessa uma de suas maiores virtudes. Já era a hora dos Canários fazerem uma grande temporada européia e Alex e Deivid têm sido protagonistas.

domingo, 2 de março de 2008

Valdívia decidiu!


Há poucas semanas, este blog questionava a importância de Valdívia nos lances de fato importantes para o Palmeiras. Desde então, curiosamente, o chileno vem em grande e iluminada fase. Contra o Corinthians em clássico celebrado por surpreendentes 50 mil pessoas no Morumbi, se não foi constante, o Mago foi crucial nos momentos mais agudos. Especialmente, claro, no gol.

Essa é apenas uma das lições do clássico de maior rivalidade na capital paulista. Pelos lados verdes, Denílson foi uma boa mexida de Luxa, assim como o elétrico Kléber foi importante quando a zaga corintiana já tinha a língua de fora. Além dele, Henrique foi o ponto alto do sistema defensivo palmeirense, praticamente intocável diante da fragilidade do ataque corintiano. Léo Lima, disposto e "mais protegido", rendeu surpreendentemente bem e lutou bastante.

No Corinthians, ainda que possa se criticar o pouco arrojo de Mano, pouco dispunha de material humano, o alvinegro, para jogar lá na frente, pressionando o Palmeiras. Certamente aí um sinal do que fazer para a Série B. Chicão e especialmente William fizeram um ótimo jogo, assim como Júlio César colocou fim às dúvidas com outra atuação notável embaixo dos paus. Após três temporadas no marasmo, JC provou porque, na base, era o titular à frente de Marcelo.

Para o fraco desempenho ofensivo corintiano, talvez se possa criticar as baixas atuações de Lulinha e principalmente André Santos, assim como a recorrente subestimação ao futebol do menino Éverton Ribeiro. A derrota do time de Mano Menezes, contudo, não pode e não deve significar algo trágico. Talvez estivesse no script.

Além de Valdívia, vale reconhecer o bom olhar de Luxemburgo para o clássico. A escalação inicial foi irretocável e, as mexidas após o intervalo, cirúrgicas. Para a briga pelo G-4, tudo parece indefinido. Corinthians, Palmeiras e São Paulo podem chegar. Juntos, inclusive.

A importância de Seedorf


Clarence Seedorf foi tão ou mais importante que Kaká na última Liga dos Campeões. Especialmente nos jogos de volta diante de Bayern de Munique e Manchester United, o holandês, campeão do torneio por três clubes diferentes, foi notável, provando ser diferenciado nos gramados europeus. Na próxima terça-feira, a possível ausência de Seedorf é o maior problema para Carlo Ancelotti manter os rossoneri na briga por mais uma LC.

A presença de Seedorf como um jogador decisivo no último terço do campo foi o ponto crucial para que o Milan tivesse sucesso na transição do 4-3-1-2 antigo, com Crespo e Shevchenko, para o ainda utilizado 4-3-2-1, com o holandês ao lado de Kaká como meia-atacante. Obrigatoriamente, Ancelotti precisará imaginar uma estratégia diferente para vencer o fortíssimo Arsenal em San Siro e avançar para as quartas.

A não ser que confie no francês Gourcuff ou até no brasileiro Serginho, o que parece improvável, Ancelotti deve dar mais liberdade para Alexandre Pato, com a entrada de Inzaghi ou Gilardino, trombando entre os zagueiros ingleses. No Emirates Stadium, Pato foi naturalmente incapaz de ser impor, solitário e sem espaço entre a dura marcação de Gallas e Senderos.

Talvez, o desfalque de Seedorf seja bom para o brasileiro. Contudo, indubitavelmente, o melhor seria contar com o holandês, hors concours quando o assunto é Liga dos Campeões.