segunda-feira, 30 de julho de 2007

Benfica e a turma sub-20


Bastante interessante a movimentação de mercado do Benfica durante esta janela de transferências. Ao contrário do FC Porto, que mesmo com mais de 50 milhões de euros em caixa apostou em Edgar e Leandro Lima, a audácia benfiquista merece ser premiada.

A primeira contratação interessante foi a de Coentrão, que joga tanto no ataque quanto pela extremidade esquerda do meio-campo. Logo após vender Simão Sabrosa, melhor jogador da última temporada para muitos, agiram para a vinda de Di María. O meia-atacante canhoto, destaque da Argentina no último Mundial Sub-20, rapidamente se tornará um grande jogador.

Porém, o golpe ainda mais decisivo foi a vinda de Freddy Adu, jogador que merece boa parte da badalação que tem e comprovou isso recentemente. Tem muita força física e técnica para romper fortes marcações. Será muito interessante enfim vê-lo em ação.

Assim como todo o jovem time do Benfica, que também tem David Luiz, grande zagueiro.

E mais:

Outro jovem a se encaminhar na Europa foi o chileno Nicolás Medina, atacante que foi da Universidad de Chile para o espanhol Osasuna.

Há alguns dias, o Valencia oficializou as chegadas de Mata e Stephen Sunday. Certamente outros negócios pipocarão nos próximos dias. Espero que não o de Alexandre Pato.

domingo, 29 de julho de 2007

Reds


"Sabíamos dele há muito tempo e tivemos que agir rapidamente para contratá-lo porque muitos clubes de alto nível estavam interessados nele. "É um jogador com personalidade, que trabalha duro, joga no meio-campo e também marca gols. Possui mentalidade de um vencedor, e isso é o que queremos aqui, uma equipe de vencedores".

"Lucas é um jogador para o futuro, mas também para este ano. Eu expliquei a ele que a briga por um lugar no time titular será difícil, mas isso é bom para nós. Quando você quer conquistar títulos, especialmente mais de um por temporada, você precisa ter um elenco muito forte"

Rafa Benítez fala sobre o volante Lucas, principal jogador do Grêmio em 2006 e contratado pelo Liverpool. Assim como ao amigo André Rocha, me preocupa uma eventual má utilização do gremista, já que há fortes concorrentes como Mascherano, Xabi Alonso e Sissoko. Gerrard é outro que pode jogar pela faixa central do meio nos Reds.

Entretanto, assim como aconteceu com Denílson, que rapidamente galgou seu espaço e tem atuado regularmente no Arsenal, acredito piamente no sucesso do Bola de Ouro da Placar em 2006 por Anfield Road.

As declarações de Lucas também são interessantes:
"Estou muito feliz de finalmente estar no Liverpool. É um clube respeitado no mundo todo e esta é uma grande oportunidade para mim", disse o gremista, que chegou a dizer também que precisa de adaptar ao rápido estilo de jogo inglês.

Lucas é um jogador de enormes qualidades e minha aposta pessoal é que ele forme, com Denílson, a dupla de volantes da seleção brasilera na Copa de 2010.

Benítez mais uma vez me impressionou, neste mercado de transferências. Conhece muito futebol e observa vários garotos como Lucas. Desde cedo quis Daniel Alves em Anfield.

O Liverpool, que já buscou Agger, Paletta e Arbeloa, jovens de valor, foi novamente ágil. Ryan Babel e Fernando Torres são jovens com potencial, assim como todo o time dos Reds, bem capazes de brigar pela Premier League 2007-2008.

sábado, 28 de julho de 2007

Quarta-feira

A rivalidade entre Palmeiras e Corinthians é das maiores que existe no futebol. Desde o início da década de 90, foram as duas equipes que fizeram boa parte das principais decisões envolvendo clubes paulistas, e até em nível continental, como nas decisões da Libertadores em 99 e 2000.

Sou corintiano, nunca fiz questão de esconder. Acima de tudo, fã do futebol. Quarta fui conhecer o Parque Antártica, casa palmeirense, em um Palmeiras e Vasco. E foi uma noite bastante divertida, a iniciar pelo horário. Acompanhado de meu amigo Phellipe, nem corintiano, tampouco palmeirense - é santista - pegamos o metrô para a Barra Funda. Chegamos ao estádio e a bola já rolava há um tempo.

Não tínhamos ingresso, mas a bilheteria não tinha fila. Nem ingresso para estudante. Então, pagar R$20 para aquele jogo não seria lá um resultado positivo na relação custo-benefício. Mas eis que fomos abordados, ou melhor, rodeados, por uma série de cambistas, em situação tipicamente paulistana do futebol. Após ofertas e contra-ofertas, pechinchas e a concorrência entre os próprios cambistas, conseguimos cada entrada por valorosos R$5.

Já na arquibancada, fiquei meio pasmo, pois a bola estava no meio-campo. Ainda não teria começado o jogo? Claro que tinha! E com 20min, no momento em que chegamos, o Vasco tinha 2 a 0, gols de Rubens Jr e Leandro Amaral, dois renegados corintianos. E palmeirenses!

A providencial e precoce entrada de Makelele, já com 25min do primeiro tempo, fez o Palmeiras ir pra cima, mesmo que o público fosse pequeno, cerca de 7 mil torcedores. Foi justamente o substituto que roubou a bola no meio e deu início ao gol inicial do Palmeiras, com Valdívia, camisa 10 que honra o número que tem às costas.

Na segunda etapa, a reação palmeirense simplesmente não vinha. O frio já começava a atingir a torcida e eu, que só vestia duas blusas, resolvi me levantar. Makelele, o herói do primeiro tempo, virou vilão, usando o contraponto de preferência número 1 na imprensa brasileira. Deu um pontapé e, sem nem tomar amarelo, foi pro chuveiro.

Como em um lance de mágica, o frio aumentou, talvez pela gelada atuação palmeirense no segundo tempo. Os três atacantes - Edmundo, Luiz Henrique e Max - assistiam ao jogo e a bola não passava do meio-campo. Caio Júnior então foi brilhante com uma substituição decisiva.

Valmir, lateral-esquerdo, entrou no lugar de Edmundo. Mas o que pensava Caio Júnior, perdendo o jogo, com um a menos, e recuando o time? E o substituto mudou o panorama do jogo ao dar a fluência ao jogo palmeirense, perdida após a saída de Martinez no intervalo. Com Leandro preso, Valmir pôde ir ao fundo em mais de uma oportunidade, talvez chamando Wendel pra frente.

E o ala-direito foi importantíssimo. Em jogada pelo corredor, pôs na cabeça de Nen, empatando o jogo e incendiando a gelada torcida alviverde. Não demorou muito para Luiz Henrique, com calma, dar a vitória, de virada, em belíssimo chute cruzado, rasteiro, seco no gol de Sílvio Luiz.

A noite de estréia no Parque Antártica, mesmo para um corintiano, se tornou memorável. Para memorizar melhor ainda, fica o registro.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Papo com Falcão, do futsal


Estou trabalhando na Folha Online pela cobertura dos Jogos Pan-Americanos. Nesta quinta-feira, tive o prazer de falar, por telefone, com o astro do futsal mundial Falcão. Reproduzo aqui o papo, que trata sobre a semifinal diante de Costa Rica, nesta sexta-feira.

Qual a diferença de jogar um Pan para as demais competições corriqueiras do futsal?

Nao só pra nós, mas para todos os atletas. Por ser no Brasil, o sabor é outro, totalmente especial. A gente quer curtir todos os momentos, pra não passar despercebido. Esperamos buscar a final e garantir o ouro de qualquer jeito. Não podemos perder de jeito nenhum.

Como a seleção recebe os comentários de que falta dar show?

O brasileiro nunca está satisfeito. A gente não trabalha no circo, jogamos um esporte de resultados e isso não é prioridade. Claro que se for possível, vamos fazer.

Lenísio e Neto de fora prejudica muito?

Nosso elenco tá diminuindo, já que também tem o Betão com o tornozelo bem inchado. Estamos debilitados, mas vamos correr por nós e pelos que estão de fora também.

Conhecer bem o adversário ajuda? Ou prejudica?

(Brasil e Costa Rica se enfrentaram duas vezes durante a preparação para o Pan. Melhor para os brasileiros que venceram por 9 a 0 e 6 a 1)

Eles aprenderam, nós sabemos também. Só quando a bola rolar é que vamos saber, mas esperamos fazer jus às nossas expectativas.

Qual o sentimento pelo futsal de fora do Pan 2011 e das próximas Olimpíadas?

A gente sabe que é uma situação quase irreversível, mas o presidente da ODEPA vai ver as finais com o João Havelange e vamos tentar fazer nossa parte dentro da quadra pra impressioná-lo.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sorte de Coco


Analisar futebol só pelo resultado de jogo é uma coisa que aprendi a reprovar, especialmente após insistentes e corretas observações do amigo Marcus Buiatti. Sendo assim, de antemão considero os argentinos no caminho certo. Mais que isso: jogam o melhor futebol do mundo hoje, e podem, perfeitamente, vencer a Copa de 2010.

E eis que Alfio Basile, El Coco, recebeu no último domingo uma grande notícia. Os menudos hermanos venceram o Mundial Sub-20 e, de quebra, se mostraram, quase todos, opções valorosas para o trabalho da equipe principal. Morales, Aguero, Romero, Insúa, Fazzio, Cahais, Di María, Zarate, Yacob, etc. A lista é enorme, assim como deve ser a felicidade de Basile para rejuvenescer a equipe principal.

Apostar e insistir em alguns nomes veteranos, especialmente Zanetti, Ayala e Verón, não é, na opinião deste que lhes escreve, a opção mais sensata de quem está a três anos do próximo mundial. Por isso, Alfio Basile deve, desde já, pinçar boa parte destes jovens na equipe principal.
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Além da seleção apresentada abaixo, quero citar rapidamente ainda outros bons nomes do Mundial Sub-20.

Di María - Por pouco não entrou na seleção. Técnico, rápido e inteligente. Tem tudo pra vingar.
Zarate - Se esperava que fosse o segundo melhor argentino. Virou banco, mas fez o gol do título.
Fenin - Difícil encontrar valores tecnicamente bons entre os tchecos. Este foi exceção.
Okotie - Vi pouco dele, mas confio no que ouvi falar. Merece o destaque.
Vidangossy - Muito técnico e veloz. Se bem lapidado, pode fazer muito sucesso na seleção.
Vidal - Meio-campo de muita disposição e intensidade. Combina técnica com raça.
Dos Santos - Também poderia estar no time. Jogou demais nos quatro primeiros jogos.
Vela - Atacante de muita qualidade, merece atenção.
Altidore - Idem
Bala - Como sugere o nome, é rápido e comanda a boa nova safra nigeriana.
Pique - Pertence ao Manchester United. Foi o algoz do próprio time, mas jogou muito.
Capel - Rapidíssimo e técnico. Logo aparecerá bem na Liga Espanhola.
Janczyk - Fez um belo campeonato pela Polônia, de quem foi o melhor. De longe.
Antunes - Falaram (com justiça) de Rui Patrício e Bruno Gama. Mas este lateral se destacou.
Cavani - Rapidamente fará sucesso no Palermo. Tem todos os requisitos do camisa 9.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Seleções: Mundial sub-20, #9 e #10 do Campeonato Brasileiro e Copa América



Para esquentar, já que tive dias de inatividade (só por aqui), quatro seleções pendentes.

A mais fresquinha, do Sub-20, fiz em conjunto com o amigo Maurício Vargas.

Ainda tem as do Brasileirão, últimas duas rodadas, e da Copa América.

À noite um post mais legal


Cornetem!

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Seleção do Mundial Sub-20


Toselli (Chile)
Proedl (Áustria) - Cahais (Argentina) - Martínez (Chile) - Insúa (Argentina)
Banega (Argentina) - Isla (Chile)
Maximiliano Moralez (Argentina) - Freddy Adu (EUA)
Aguero (Argentina) - Adrián López (Espanha)

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Seleção da 12ªrodada (fim de semana)

Rogério Ceni
Carlinhos - Thiago Silva - Marcão (Juventude) - Márcio Careca
Hernanes - Perdigão
Thiago Neves
Carlinhos Bala - André Lima - Kleber Pereira
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Seleção da 11ª rodada (meio de semana)

Cléber (Sport)
Cláudio (Atl-Mg) - Thiago Silva - Marcão (Inter) - Kléber
Renan
Ferreira - Marcinho
Roni - Alexandre Pato - Josiel
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Seleção da Copa América (tarda, mas não falha)

Ochoa
Maicon - Márquez - Juan - Guardado
Mascherano - Barreto
Riquelme - Júlio Baptista
Messi - Robinho

(menção positiva para Neri Castillo)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Levantando peso


Até o final das competições nesta quarta-feira, foram 29 medalhas brasileiras no Pan. Poucas, talvez nenhuma, me marcaram como o bronze de Fabrício Mafra, na categoria até 105 kg do levantamento de peso. A alegria de Mafra na hora do levantamento, seguida de um choro copioso com 338 kg nos braços, é de acelerar o coração de quem é piegas como este que escreve.

Falar sobre as dificuldades no esporte brasileiro é chover no molhado. Os recentes resultados de vôlei, natação e ginástica, em ordem cronológica, mostram que onde há investimento e apoio, brotam as medalhas.

Fabrício, com seu teoricamente modesto bronze pan-americano, deu ao levantamento de peso brasileiro uma medalha que não vinha há doze anos. E com sua simplicidade e patriotismo, supostamente incompatíveis (claro que não) com um bruta-montes que é, dá prazer e satisfação a quem tem, como eu, trabalhado e respirado Pan quase 24 horas por dia.
E esse preço, não há dinheiro que possa pagar.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Desempregados



Nesta terça-feira, os pentacampeões mundiais Luizão e Vampeta assinaram com São Caetano e Corinthians, respectivamente. A situação de alguns membros da Família Scolari é crítica, falta lugar pra trabalhar. Falta reputação. Graças aos muitos anos de profissão, provavelmente não falta dinheiro.

Mas por quais motivos, menos de cinco anos depois, sete pentacampeões mundiais estiveram desempregados? Basicamente, tenho a sensação de que eram jogadores que participaram da Copa de 2002 por afinidade ao esquema de trabalho de Felipão e por boa fase técnica. Confira a lista de desempregados e deixe sua opinião.

Denílson: Um dia, já foi o mais caro jogador do futebol mundial. Hoje, Denílson foi recusado pela direção palmeirense, que nem quis ouvir falar em integrar o jogador ao elenco profissional. No São Paulo, o ponta-esquerda sequer pôde se condicionar fisicamente. No Manchester City, foi reprovado após um 'trial' e, no Al Nasr, jogou oito meses e não recebeu seis. Tem uma imagem de baladeiro, em partes um pouco injusta. Mas não joga futebol de verdade há pelo menos três anos.

Edílson: O Capetinha, sem jogar há quase um ano, ainda provavelmente não se decidiu entre a aposentadoria e o desemprego. Sua conduta pouco profissional em alguns momentos da carreira pesou bastante para que ele fechasse portas que hoje poderiam estar abertas.

Juninho Paulista: O meia não teve passagem feliz pelo Flamengo, onde exigiu a titularidade de Ney Franco, e no Palmeiras, onde criticou o clube, que chegou à conclusão que a relação custo-benefício do jogador era baixíssima. Seu pai declarou há alguns dias o interesse do Sport, prontamente negado pelos diretores pernambucanos. Teve uma sondagem de um clube da segunda divisão inglesa.

Kléberson: Fundamental na Copa 2002 e no título brasileiro do Atlético Paranaense em 2001, o volante está desempregado mais por um processo delicado que move contra o Besiktas, seu último clube. Lá, não jogou bom futebol, assim como no Manchester United, onde é tido como uma das piores transferências da história.

Roque Júnior: Leverkusen e Leeds United foram duas passagens bastante negativas de Roque Júnior, um dos pilares do título mundial em 2002 e de grande exibição contra a Alemanha. Problemas físicos e um declínio técnico decretaram a fase ruim do jogador que cada dia menos tem espaço na Europa.

Brasil-Argentina: dois jogos, (quase) a mesma história.


Como ainda não pude escrever com profundidade sobre a Copa América após a final de domingo, reproduzo um texto bastante elucidativo feito pelo amigo Roberto Piantino.
Aliás, peço desculpas aos amigos por não ter feito visitas nos últimos dias. Estou na febre do Pan, em plenas atividades. De qualquer forma, curtam o texto. Vale a leitura!

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"Brasil-Argentina: dois jogos, (quase) a mesma história"

Em menos de um ano, ambos 3-0 impostos à Argentina pela seleção brasileira tiveram, apesar de jogadores e formações diferentes – de ambos os lados - algumas significativas semelhanças.

Do 4-4-2 clássico que Dunga utilizava em sua estréia como treinador, passando pelo insistente 4-2-3-1 dos últimos jogos, e, finalmente terminando na equipe com os tais "quatro volantes", amaldiçoados por torcedores e baluartes da imprensa nacional, o resultado contra os maiores rivais foi o mesmo. E algumas circunstâncias idem.

Daquela partida no Emirates Stadium, com Kaká e Ronaldinho no banco e Alfio Basile estreando na seleção alviceleste, e mudando bastante com relação ao time eliminado pelo Alemanha na Copa, somente Juan, Gilberto, Elano e Robinho iniciaram a final de domingo em Maracaibo. Por sua vez, a Argentina experimental pós-Copa de setembro chegou à Venezuela muito mais encorpada, com uma base forte e bem definida e com o que havia de melhor à disposição de "El Coco".



O ponto principal, porém, vem em semelhanças circunstanciais dos jogos. Em ambos o Brasil marcou logo no início, condicionando-os totalmente. Um Robinho incisivo e flutuante no ataque no primeiro jogo (e impreciso e estafado no domingo), que recebe a bola pelo meio, dá um genial corte seco em Clemente Rodríguez, lateral canhoto que abandona seu posto, deixando ali um grande espaço descoberto, aproveitado por Elano, que se infiltra e marca o 1-0 antes dos cinco minutos, assim como Júlio Baptista, que, sempre nos primeiros minutos do jogo, recebe magnífico lançamento em diagonal de Elano e, ante a atônita marcação de um decadente Ayala, (que, lembre-se, há um ano fez ótima Copa) mata Abbondanzieri e situa o jogo a uma condição que nem o mais otimista Dunga sonharia.

Mesmo que não tivesse marcado no início a postura brasileira seria a de espera, de quebrar o ritmo do rival, de marcar seus principais articuladores, Riquelme e Verón, no início das jogadas. Mineiro foi o anti-Riquelme, como Edmilson, de forma mais violenta, na partida de setembro. Josué se encarregou de Verón, e, mesmo abusando das faltas, contribuiu para que o experiente argentino tivesse atuação tão opaca quanto a de Lucho González, que atuou na posição em Londres.

A entrada de Daniel Alves no lugar do contundido Elano fez com que o bahiano-sevillista, que no bicampeão da Uefa ocupa essa posição de externo direito de meio-campo em algumas ocasiões – e não jogou improvisado, como fora desinformado por figurões da imprensa – estivesse para a final da Copa América assim como Elano esteve para aquele amistoso do ensolarado domingo londrino de setembro.

Obra do acaso, e de uma perfeita leitura do jogo por Dunga e Jorginho (sim, o auxiliar parece ter uma lucidez muitas vezes maior que a do capo) a entrada do lateral do Sevilla deu profundidade e maior ritmo à equipe pela direita, que contava com um quase perfeito Maicon na lateral-direita, bastante melhor que Cicinho em Londres, que esteve falho na marcação e não impecável no apoio.

Sem conseguir entrar na área brasileira os argentinos recorreram em muitas ocasiões às bolas aéreas, bem controladas pelas duplas Juan-Lúcio, impecáveis, como Juan (sempre impecável pela seleção) e Alex na final do Pachencho Romero. Doni esteve bem e seguro como Gomes, quando empenhados.

Em compasso de espera, com uma (ou duas?) Argentina não brilhante na criação e definição das jogadas, com Riquelme ausente e bem marcado em ambas ocasiões e Messi e Tévez pouco perigosos e inspirados, coube à seleção brasileira, nas duas contendas, com um genial Kaká destacadíssimo no primeiro jogo a partir de sua entrada no segundo tempo, sentenciar sem piedade nos contra golpes, com jogadas de força, qualidade e rapidez, um rival que joga sem medo, sai para o jogo e não joga no erro, como tantos outros. O México que o diga.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Seleção #8


Amigos, estou correndo mais que o Lula do Pan. Por isso, só ponho isso, rapidinho, aqui por hoje.
Assim que possível, já nesta segunda espero eu, falo sobre a Copa América, o Sub-20 e etc.

Por hoje, a tradicional seleção da rodada.


Fábio Costa [alguém tem outra sugestão?]
Diogo (Sport) - Fábio Ferreira - Felipe Santana - Fernandinho

Rodrigo Souto - Henrique (Figueirense)
Leandro Domingues - Pinga
Marcos Aurélio - Josiel

sábado, 14 de julho de 2007

A carta fora do baralho


O ar contestador de Vanderlei Luxemburgo durante as coletivas, ora recheado por palavrões, já não tem sido visto na Vila Belmiro. O treinador chega a transparecer um sentimento acanhado, passivo, e até mesmo desmotivado. Nesta sexta-feira, durante entrevista para a imprensa, não fez rodeios sobre o que pensa para o futuro. “Não me imagino aqui depois do contrato”, revelou Luxa, cujo vínculo se expira em dezembro, para a reportagem do Uol.

A principal razão para isso, se comenta em Santos, seriam as diferenças entre o pensamento do treinador e da direção. Vanderlei Luxemburgo, que em um ano e meio de clube trouxe mais de trinta jogadores, crê que é necessário ir ao mercado buscar reforços. Marcelo Teixeira, presidente do clube, aposta na garotada. Até porque, segundo bem apurou a Revista Trivela, as finanças santistas, antes reforçadas pela venda de uma série de jogadores para o exterior, já estão bem prejudicadas. E a receita de apostar em jovens, aliás, quase sempre se mostrou eficaz no alvinegro, embora desde a geração de Robinho não tenha surgido outro nome de muita qualidade.

“Ou o Santos entra para buscar a Libertadores e o título, ou entra para sair da zona de rebaixamento”, declarou Luxa, adepto da teoria oito ou oitenta. “Conversei com a direção sobre a necessidade de fazer alguns direcionamentos. Eles sabem o que eu quero”, completou o treinador santista. Nas entrelinhas fica fácil perceber as divergências, até mesmo por algumas escolhas estranhas feitas por Luxa.

Marcos Aurélio, de longe o principal atacante no plantel santista, havia feito um bom jogo contra o Juventude, em Caxias do Sul, onde inclusive fez um gol. No jogo seguinte, contra o São Paulo, onde todo o time não ia bem, foi sacado. Wesley, atacante franzino (1,79 m e 63 kg) e inexperiente, foi titular nas duas rodadas seguintes - derrota para o Vasco (4 a 0) e empate com o Grêmio dentro da Vila Belmiro – e não fez gol. Marcos Aurélio voltou contra o Cruzeiro, vitória santista por 4 a 1. Foi o melhor em campo. Opções como estas, não meramente técnicas aparentemente, têm feito o treinador deixar transparecer um clima interno nada amistoso.

Os erros de planejamento também têm se acentuado nas últimas semanas. A defesa, ponto forte do time em 2006, foi totalmente desfeita com as saídas mal-explicadas de Luiz Alberto, Ronaldo Guiaro e Manzur. Dentre os novos reforços (Antônio Carlos, Leonardo e Adaílton) e garotos alçados da base (Marcelo e Araújo), não houve quem desse estabilidade para o setor. A linha de ataque, claramente o ponto negativo da equipe nos últimos tempos, não recebeu um novo nome sequer no que diz respeito à “camisa nove”, provavelmente preenchida por Kleber Pereira nos próximos dias.

"Trouxemos o Kléber Pereira, o que será muito importante para nós. Mas a chegada de um atacante para o Paulistão e Libertadores foi a minha maior cobrança para a diretoria. Participamos das competições sem um atacante fixo. Poderia ser um poste ali na frente somente para termos uma referência", reclamou Luxa, segundo o Uol, apontando quem merece as críticas pela perda das duas competições.

Aparentemente sem mercado na Europa, já que boa parte das equipes grandes e médias não têm cargos vagos, o futuro do melhor treinador do Brasil é incerto. Vanderlei Luxemburgo, aliás, possivelmente havia planejado ir com Zé Roberto, se possível para o mesmo lugar. Olympiakos foi um nome comentado.

Se em suas duas outras passagens pela Vila Belmiro, foi Luxa quem rompeu, deixando a terra arrasada – especialmente em 97, o horizonte aponta um terceiro ato pela porta dos fundos, sem lamento nem atenção dos santistas.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

11 razões para odiar Nelson Rodrigues, o treinador (?)


A melhor geração e a pior campanha de todos os 15 mundiais. Nelson Rodrigues tinha uma constelação em mãos e nos deixou nas oitavas-de-final do Sub-20. Culpa de quem, mesmo vendo o patético Sul-americano realizado pela seleção, lhe deixou continuar no cargo.

1- Convocou mal. Deixou o cruzeirense Guilherme no Brasil, assim como o vascaíno Guilherme e o corintiano Marcelo Oliveira. Ramires era outro a ser lembrado. Luiz Adriano, Leandro Lima e Ji Paraná foram algumas de suas piadas.

2- Não testou outras variações táticas. Com tantos meias bons no elenco, era pra ter sido testado outro esquema. Seja no 4-1-3-2 ou 4-2-3-1, opções inexistentes na cabeça do treinador. Em todos os momentos, sua opção mais freqüente foi usar Luiz Adriano como homem de área, soltando Pato e Jô pelas pontas. Pouquíssimo pra quem teve tempo pra trabalhar e deveria ter formado uma base forte desde o início do ano.

3- Não conseguiu extrair o melhor potencial de Marcelo, Jô, Eduardo Ratinho e Pato, que deveria ser o astro da equipe, se omitiu em alguns momentos. Claro que a culpa é maior dos jogadores, mas com um treinador capacitado a turma jogaria mais. Ah se jogaria.

4- Perdeu Lucas e Denílson, titulares da cabeça-de-área, e não encaixou outras peças de qualidade. Roberto é outro tipo de jogador e Marcone, outro convocado, não teve chances. Repito que Ramires e Marcelo Oliveira poderiam ter sido chamados.

5- A insistência com Leandro Lima foi de matar. O meia, pior dos quatro convocados - de longe! - jogou mais tempo que todo mundo. Fez dois gols, mas não convenceu ninguém. Danilinho, que fez com Sul-Americano, poderia ter ido para dar outra característica de meia mais organizador.

6- Se você é gremista, palmeirense ou corintiano, pode xingar. Nélson Rodrigues levou Deivid, William e Carlos Eduardo pra fazer turismo no Canadá.

7- Em muitos momentos da competição, especialmente contra a Espanha, faltou gás. Culpa do treinador, já que é o chefe da comissão técnica e responsável por todos os outros integrantes.

8- Não foram poucos os momentos em que o treinador (?) parecia um descontrolado na beira do campo. Seus gritos esbravejados não adiantaram em nada. A apatia foi geral.

9- Nelson Rodrigues jogou uma pá de cal no sonho olímpico. O mundial, que poderia deixar uma base forte para a seleção sub-23, fará com que o novo treinador tenha que trabalhar muito mais. Se a opção for pelo Dunga, aí sim estaremos enrolados.

10- Tudo bem (não, não tá tudo bem) que perdemos pra um time forte. Mas pra Espanha? E de virada? Sinal de que a fama de amarelar está mudando de lado..

11- Aí um comentário pitoresco: a língua presa! Tenho uma aversão por pessoas que falam "afim afado", como o presidente Lula e o rei Romário, por exemplo. Nelson Rodrigues já começou errado quando resolveu abrir a boca..
Particularmente me incomodo quando faço muitas críticas pra mesma pessoa. Mas Nelson Rodrigues e Dunga têm assassinado o futebol brasileiro.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Inflação


A reportagem é interessante e fala sobre um assunto tratado no post retrasado. Ao Diário Marca, espanhol, o presidente do Barcelona - Joan Laporta - critica o Real Madrid pelo inflacionamento do mercado. Vale a leitura.

Só lembrando que foi mais ou menos assim que Lazio e Roma quase faliram, além de outras equipes italianas enfrentarem dificuldades no início da década.


Trecho da entrevista:

"Sin embargo, aprovechó para 'criticar' la gestión de los blancos: "Los demás sabrán lo que hacen, pero lo que ocurre es que es cierto que estas operaciones, por un importe superior, nos inflaccionan a todos el mercado. Tenemos que intentar trabajar en los 'tránsfers' en las cantidades más apropiadas porque, si no, se disparan y lo inflaccionan".

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Torcedor e secador


Xico Sá, primoroso colunista da Folha de SP às sextas-feiras, geralmente faz trocadilhos que envolvem o torcedor de futebol em geral e o gostoso hábito de secar. Torcer contra é tão ou mais gostoso que torcer a favor, pois envolve um sentimento meio pitoresco, em que o secador pouco se importa se o secado ganhar.

Muitos, muitos brasileiros têm secado. Mas não o adversário, e sim o próprio time, no caso, a seleção brasileira. Ou da CBF, como você leitor preferir. O torcedor, não necessariamente bem conceituado, não se identifica mais com o time. Já se ligou quem é Ricardo Teixeira e toda a corja que comanda o futebol brasileiro. Também já sabe o quão vestibulando é Dunga, cujas escolhas nos fazem voltar dez ou quinze anos atrás, no tempo que foi chamado, incrivelmente, de A Era Dunga.

A capa da revista Placar de Julho (foto) é sintomática. Polêmica, mas sintomática. A camisa verde-amarela, na lata do lixo, representa o amor desiludido dos brasileiros. Não há mais jogadores representativos de clubes nacionais por lá. O povo também não vê mais a seleção. A não ser que more em Londres ou Dortmund. Kaká e Ronaldinho, embora tenham total razão, não tomaríam a decisão tomada em outros tempos.

E por fim, o que poderia salvar tudo isso, não se salva. O futebol jogado pelo time de Dunga é triste, retrógrado e engessado. Júlio Baptista, que tem ido bem é verdade, é "o camisa 10". Não poderia ser. Mineiro e Josué, como vértices de um losango, se sentem totalmente fora de lugar. Doni, nosso goleiro, é pior que pelo menos outros cinco selecionáveis. E o futebol jogado, amigos, é pra se secar.

Chegar até a finalíssima da Copa América, vencendo jogos de maneira enganosa vai mascarar um triste período da amarelinha. Uma derrota justíssima contra o México; uma vitória sobre o Chile com pênalti tolo e lampejos de Robinho; outro êxito diante do Equador em noite modorrenta; e novamente os chilenos, em uma ressaca de dar dó ao Íbis. Se o Brasil continuar assim, com Dunga e seus volantes, não vence o hexa nem morto.

Por isso senhores, sequem o Brasil. Pelo bem dele mesmo.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Euros e Real


Um dia após a confirmação de Bernd Schuster, o Real Madrid já tem mais dois reforços assegurados para a próxima temporada: Saviola, ex-Barça, assinou a custo zero. Custos, aliás, empregados em peso na contração de Pepe, central brasileiro que, embora tenha feito ótimas temporadas recentes pelo FC Porto, jamais foi chamado por Dunga.

Pelo zagueiro, o Real deve pagar 30 milhões de euros. Isso representa, por exemplo, mais do que foi pago pelo Barcelona por Henry ou mais que o triplo do que a Roma investiu para trazer Juan, melhor brasileiro na posição atualmente.

É verdade que Pepe tem 24 anos, quatro a menos que o neo-romanista Juan. Ainda assim, e mesmo atestando as notáveis qualidades do ex-Porto, soa no mínimo estranha a altíssima quantia paga pelo Real Madrid. Até porque, segundo se especulou, os madridistas não quiseram pagar 18 milhões por Chivu.

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Impressionante como o Porto tem vendido bem seus jogadores. Por Anderson, o clube arrecadou cerca de 25 milhões de euros. Lucho Gonzalez, outro bem cotado, já teve oferta na casa dos 15 milhões feita pelo Valencia. O problema é na hora de contratar: até aqui, o atual campeão português trouxe Leandro Lima, Edgar e Fernando, três dos mais fracos jogadores brasileiros no último Sul-americano Sub-20.
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Aliás, não é só em Portugal que os negócios estão inflacionados. Por Darren Bent, o Tottenham pagou cerca de 25 milhões de euros ao Charlton. O Manchester United, além de Anderson, adquiriu Nani (25 milhões de euros) e Hargreaves, por quase 30 milhões de euros.

Eduardo da Silva, brasileiro naturalizado croata, rendeu mais de 10 milhões de euros ao Dínamo de Zagreb, certamente surpreso pela alta proposta dos Gunners.


Quem gastou aos tubos foi o Bayern de Munique, que entre Ribéry, Luca Toni e Miroslav Klose, investiu quase 50 milhões de euros.

O investimento por Fernando Torres, mais de 30 milhões de euros, também foi bem dimensionado em Liverpool. El Niño, em cinco anos de Atlético de Madrid, nem mesmo disputou competições européias.

Enquanto isso, Riquelme e Tevez dão sopa por aí...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Deixarão (ou não) saudades?


Rápidas impressões sobre os doze times já eliminados na Copa América:

Colômbia: Os colombianos parecem sofrer sempre do mesmo mal: têm bons jogadores, mas falta concentração e organização em campo, coisas que, por exemplo, sobram no Paraguai. Se não conseguir trazer fatores como este para as Eliminatórias, a seleção "cafetera" ficará fatalmente de fora em mais uma Copa do Mundo.

Positivo: Ferreira, Edixon Perea e Viáfara.
Negativo: Rodallega, Iván Córdoba, Yepes, Dominguez e Vargas

Paraguai: Para se comentar a participação paraguaia, é preciso separar as atuações dos placares. O meio-campo, como havia sido durante a Copa, não mostrou muita qualidade técnica para articular jogadas com naturalidade, embora Barreto seja um jogador a se apostar. Na frente, as coisas vão até melhores do que poderia se imaginar, pois Santa Cruz foi bastante convincente. Cardozo, ainda que tenha decepcionado, pode vir a ser uma opção interessante, o que já são Cabañas e Cuevas. A defesa, excetuando a tragédia frente aos mexicanos, também é um setor confiável.

Positivo -> Desempenho da zaga, especialmente Morel e Cáceres. Santa Cruz foi outro a ir bem, assim como Barreto.
Negativo -> Meio-campo pouco criativo, embora ríspido defensivamente. Falta um cabeça pensante.

Estados Unidos: Pouco pode ser dito, já que os norte-americanos jogaram com o time quase todo reserva. A base, titular, está bem credenciada pelo título da Copa Ouro.

Positivo -> Johnson, um atacante de boas qualidades.
Negativo -> A desatenção pela Copa América.

Peru: Mostrou alguma qualidade, embora dois de seus poucos principais nomes, estejam em declínio na carreira: Pizarro, que jogou bem é verdade, e Guerrero. A defesa é um setor preocupante, mas Mariño, se evoluir, pode obter algum destaque no frágil meio-campo. Solano, aliás, poderia voltar.

Positivo -> Pizarro, Mariño e Farfán
Negativo -> Falta de referência no meio-campo e a defesa, que sofreu 8 gols em 4 jogos.

Bolívia: Situação quase que irremediável. São raríssimos os jogadores de talento e até mesmo a Venezuela, que garantia a abstinência da lanterna nas Eliminatórias, parece bem melhor. Apostar em jovens como Arce deveria ser a tônica.

Positivo -> Arce e Vaca
Negativo -> Quase tudo

Venezuela: Para quem sempre se acostumou a apanhar, a Venezuela tem muitos motivos pra sorrir, embora o resultado perante ao Uruguai seja triste e, a vaga na semifinal, não fosse um sonho tão distante. A equipe já tem uma identidade, forma de jogar e atletas que podem fazer a quinta posição nas Eliminatórias um objetivo alcançável. Distante, mas alcançável.

Positivo -> Rey, Arango, César González, Maldonado e Vitali.
Negativo -> Um pouco mais de concentração nas horas cruciais e poderia ter ido ainda melhor.

Equador: Ligar os recentes sucessos equatorianos ao peso da altitude pode ser simplista, embora seja um peso considerável. A verdade é que, embora tenha caído em um grupo duro, o Equador decepcionou. O ataque ainda é inócuo e o time vai envelhecendo na medida que o tempo passa e são poucos os novos valores. Pelo que mostrou, não brigará por vaga na Copa 2010.

Positivo -> Valencia e Méndez
Negativo -> Os atacantes, embora Benítez até tenha ido bem ; a virada sofrida contra o Chile

Chile: Chego a ousar que, após Brasil e Argentina, são os chilenos quem mais têm bons jogadores no continente (excetuando o México, claro). Dessa forma, a campanha e os resultados na Copa América já decepcionam por si só, especialmente por só ter vencido quando tinha mesmo de vencer. Nos jogos difíceis, pouco fez. Acosta precisará tirar o máximo dos talentos que tem: Matias Fernández, Valdívia, Pizarro e Mark González.

Positivo -> Suazo e Bravo
Negativo -> Fernández, embora tenha tido problemas. A defesa, frágil, e o ambiente pesado, acima de tudo.
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Apostas para as Eliminatórias:

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai na Copa; Venezuela na repescagem.

domingo, 8 de julho de 2007

Seleção #7


Amigos, estou sem tempo, mas registrarei uma seleção da rodada, pois pretendo fazer uma soma geral lá no fim do ano. Os caras juntam o Sub-20, a Copa América, o Brasileirão.. e a gente acaba não vendo é nada direito. Mas enfim, let's go.

Fica o registro, para quem leu o post abaixo: o São Vicente venceu o Pão de Açúcar EC (gol de Wendell) por 1 a 0, mas não avançou. Jabaquara e Elosport também ganharam, selando assim a eliminação dos alvinegros. Infelizmente.

Seleção da rodada

Júlio César
Paulo Baier (improvisado)
Índio
Roger (Fluminense)
Fernandinho
Marcão
Martinez
Diego Souza
Felipe (Goiás)
Christian
Marcos Aurélio

Não tenho a pretensão de cravar os melhores de todo o Brasileirão. Evidente que não vejo todos os jogos, mas procuro observar os gols e ler sobre as partidas. Dá pra concluir alguma coisa.

sábado, 7 de julho de 2007

São Vicente joga sua vida no domingo


Futebol é futebol e não importa a divisão, o país, o campo e os jogadores. A paixão pelo esporte é arrebatadora e faz com que, em pleno domingo de sol, os fanáticos pelo esporte e pelo alvinegro calunga se dirijam ao Mansueto Pierotti, em São Vicente-SP, para conferir do que serão capazes Cobrinha e companhia.

Para classificar no último jogo da primeira fase, o São Vicente Atlético Clube precisará de milagre. Aliás, mais que um milagre. Nas cabeças está o Pão de Açúcar Atlético Clube, líder da chave e adversário deste domingo. Além de precisar vencer o papa-tudo da Segunda Divisão, o alvinegro ainda tem que secar Jabaquara ou Elosport, terceiro e quarto colocados respectivamente.

A vida do São Vicente nesta competição é repleta de feitos incríveis. Após terminar o primeiro turno em segundo lugar, brigando pela liderança, as coisas degringolaram no Parque Bitaru. Jovenil Calixto, treinador do time, perdeu o comando, fez escolhas ruins e, os próprios jogadores, caíram vertiginosamente de rendimento após boatos que davam conta de interesse de equipes maiores.

Com a chegada providencial de Naldo, novo técnico, vice-presidente e, por tabela, sogro de Robinho, os resultados melhoraram. Uma vitória briosa na última semana fez com que o São Vicente respirasse na tabela.

Curiosidades:

* Não falo sobre o assunto por ser maluco. É que tenho a honra de comentar parte dos jogos do São Vicente pela TV Primeira. Uma experiência indescritível.

* Por questões estratégicas (e discutíveis) da Federação Paulista de Futebol, o campeonato é chamado como da Segunda Divisão. Na verdade, é a quarta, pois vem atrás das séries A-1, A-2 e A-3.

* Nos últimos anos, o São Vicente revelou quatro jogadores do elenco profissional do Santos: o zagueiro Marcelo, o lateral Carlinhos, o volante Adriano e o atacante Renatinho. Segundo se comenta, Cobrinha, atual artilheiro dos vicentinos na Segunda Divisão, poderia ser o próximo. Na verdade, o camisa 11 já poderia estar na Vila Belmiro, não fosse uma lesão de joelho há três anos atrás.

* O Mansueto Pierotti fica localizado no bairro do Parque Bitaru, mesmo local onde nasceu e cresceu Robinho, ídolo local.

* Na Segunda Divisão, só são permitidos três jogadores acima dos 23 anos. Daniel, capitão do São Vicente, é a referência da equipe entre os nomes experientes.

* Na primeira fase, são oito grupos com oito equipes e avançam os quatro primeiros. Por questões financeiras, o chaveamento faz com que os times sejam divididos por regiões. No grupo 6, por exemplo, além de São Vicente, estão Jabaquara, AD Guarujá, Barcelona de Ibiúna, PSB São Bernardo, Elosport, Pão de Açúcar e Taboão da Serra.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Seleção #6+ Curtas da rodada


Desculpem o post antigo, estive ontem o dia todo fora. Amanhã, algo mais fresquinho :)

E aos amigos do post anterior, obrigadíssimo pelo apoio e a amizade de todos.
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Seleção da rodada

Rogério Ceni
Wagner Diniz - Felipe Santana - Juninho - Marcelo Oliveira
Wendel - Ernane
Caio - Conca
Aloísio - Weldon

Sport 2 x 1 Corinthians

Jogo meio maluco na Ilha do Retiro. Isto porque, após um primeiro tempo melhor dos pernambucanos, o Corinthians voltou bem. Empatou, pressionou, mas foi batido em jogada individual de Weldon. Marcelo Oliveira, pelo meio, mostrou que pode ser uma opção considerável. Desde que o lateral não seja Wellington. Clodoaldo, também, não mostrou nada, o que já é mais do que mostrou Pedro Silva.

Vasco 4 x 0 Santos

Luxemburgo precisa reecontrar o jeito e a formação do time. Mas pra isso, precisa de mais qualidade, embora ele também tenha culpa nessa ausência de "mão-de-obra qualificada". Falar em qualquer objetivo de tabela, antes de reencontrar sua própria identidade e seu astral positivo, é errado na Vila Belmiro. Pelos lados vascaínos, há uma consciência das limitações. Ainda assim, o Vasco ganha todos os pontos que pode. E isso lhe mantém certa estabilidade.

Atlético-MG 1 x 1 Flamengo

Cada dia que passa tenho menos argumentos para defender Ney Franco. E também Coelho, que dessa vez converteu a penalidade, mas logo em seguida fez a falta do gol flamenguista e foi expulso. Tivesse feito o pênalti pertido contra o Atlético Paranaense, segurado o Cruzeiro no clássico e o Flamengo agora, seriam sete pontos a mais na tabela e a segunda posição. Jogos definidos em detalhes, que fazem toda a diferença em uma conjuntura de 38 rodadas.

SP 1 x 0 Internacional

Primeiro tempo fabuloso do Aloísio, que acabou saindo, mas criou a jogada de um pênalti não marcado no Jorge Wagner. O SP foi melhor em um tempo, mas o Inter sobrou na segunda etapa, principalmente pelas mexidas do Gallo - legal ver o Granja jogando mais uma vez. Mesmo assim, não fez gol, e acabou prevalecendo um pênalti irregular no Lenílson.

Palmeiras 2 x 0 América-RN

Participação decisiva do Caio, que fez um belo gol e cobrou o escanteio na cabeça do Luís, outro que foi muito bem ontem. Na base da garra e organização, pode continuar vencendo, mas precisa de um algo mais, coisa que só com Valdívia e Edmundo voltando o time pode ter. Outros nomes como William e Francis (contundidos) e Deyvid, Rodrigão e Luiz Henrique podem ajudar. Jogo bem fraco do América, que embora tenha equilibrado mais no segundo tempo, precisará e muito do Marcelo Veiga.

Figueirense 2 x 1 Cruzeiro

Só vi os melhores momentos, mas é incrível como o Araújo perde gol feito. Ontem perdeu dois, e o Roni marcou tirando a bola do pé dele. Parece que o Mário Sérgio armou o time no 4-4-2 e Vítor Simões e Otacílio Neto fazem uma boa dupla de nomes compostos. O segundo, estava certo com o Corinthians, que preferiu fechar com o Clodoaldo. Os cruzeirenses tiveram problemas no miolo de zaga, mais uma vez. Assim, ficará difícil Dorival Júnior colocar o "quadrado mágico" em campo.

Fluminense 0 x 0 Paraná

Esperava mais do jogo. Claro que é uma opinião parcial, mas o Renato Gaúcho disse que o Paraná amarrou o tempo todo, e foi justamente o que aconteceu contra o Corinthians. Creio que o Pintado poderia ousar mais fora de casa em jogos decisivos, pois é só assim que os paranistas vão brigar pela primeira posição na tabela.

Goiás 1 x 1 Botafogo

Expulsão ridícula do Alex prejudicou o Botafogo. Nesses casos, é bom falar o nome do árbitro: Cléver Assunção Gonçalves. Foi nítido que quis compensar um vermelho anterior dado pro Goiás. No mais, o Cuca foi inteligente demais, mesmo com dez, fez substituições arrojadas e jogou melhor no segundo tempo. Bom teste pro Goiás, que precisava de um adversário forte e foi até que bem.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Trivela de julho


Momento particularmente mais importante desde que terminei a faculdade.
Assino a matéria em destaque na Revista Trivela de Julho (a melhor revista de futebol, sem médias)

Falo sobre a jovem safra de goleiros brasileiros, assunto que aliás já havia abordado em alguns posts por aqui.

Agradeço aos amigos que me ajudaram: Marcus Buiatti, Marcus Alves, Ergos Vargas, Rafael Pessoa, Roberto Piantino, Maurício Vargas, André Rocha, Filipe Lima, Luiz Fernando Bindi e Mozart Maragno. Agradeço também aos amigos da Trivela pela oportunidade incrível e aos entrevistados.

Comprem a revista e espero que gostem!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Autodestruição


Há quase onze meses Internacional e São Paulo decidiam a final da Libertadores. Naquele momento, eram decantadas como as maiores equipes do país. Mais que isso, fora de campo, recebiam elogios pelos trabalhos de seus dirigentes. Outra decisão recente na competição sul-americana foi a semifinal de 2007, envolvendo Santos e Grêmio.

Chegar às fases finais da Libertadores representa sucesso de planejamento. Deduz que as coisas vão bem, que há bons jogadores, salários em dia e, principalmente, bom futebol. Por coincidência, em um intervalo de quatro dias, os dois duelos SP versus RS se repetem, no Campeonato Brasileiro, e propiciam constatações bem diferentes.

São Paulo x Internacional

O Internacional, que venceu o mundo em dezembro, hoje flerta com a zona de rebaixamento por ter ganho só dois de seus oito jogos. Além disso, perdeu o Gre-Nal, não chegou nem às oitavas-de-final da Libertadores e nem às semifinais do Gauchão. Dos onze titulares no duelo contra o São Paulo, apenas cinco ainda estão no clube: Clemer, Ceará, Edinho, Alex e Fernandão. Abel Braga saiu, e hoje o técnico é Alexandre Gallo. Mostras cruciais de como devastar um timaço.

O tricolor do Morumbi também se ressente de perdas sensíveis. Embora hoje seja o quatro colocado no Brasileirão, já esteve em nono há três rodadas. Pior que isso, foi goleado pelo São Caetano no Paulistão e viu a Libertadores ficar pelo caminho já no início dos mata-matas, em um período que foi o mais crítico no clube nos últimos três anos. Dos onze jogadores da finalíssima de 2006, apenas Rogério Ceni e Josué ainda são titulares. Leandro, Edcarlos e Souza têm sido reservas. Os outros foram negociados.

Santos x Grêmio

Nem pareciam as duas equipes que pararam o futebol brasileiro há cerca de um mês. Santos e Grêmio, no último sábado, fizeram uma das piores partidas dentre as setenta e sete que já rolaram até aqui. Em poucos dias, o Peixe já perdeu nomes vitais como Cléber Santana e Zé Roberto, além de constatar que tem deficiências claras no elenco, tais quais o miolo de zaga e o ataque. Tudo fruto de um planejamento equivocado, em que só mesmo com muita ingenuidade um clube nacional pode fazer contratos com final previsto pro meio do ano. Atualmente, é o 16º na tabela.

Os gremistas só venderam Lucas, justiça seja feita. Mas têm provado que o elenco era bastante limitado. Embora tenha acertado com Bustos e esteja indo atrás de outros nomes, o Grêmio não tem reposição à altura para Teco, Tcheco, Carlos Eduardo e Tuta, atuais dores de cabeça de Mano Menezes. Hoje, ocupa a 13ª posição na tabela e paga muito por seus erros.

Os dois jogos são provas claras de como os clubes brasileiros não conseguem se manter com estabilidade no topo durante muito tempo. Talvez seja por isso que, sempre que o Brasileirão vai começar, alguém diga que podemos ter dez ou mais favoritos. Não por serem ótimos clubes, mas sim, por faltar competência em muitos momentos.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Seleção #5 + Curtas da rodada


Seleção da rodada

Diego Cavalieri
Paulo Baier - Dininho - Leonardo - Bruno
Renan - Pierre
Wagner
Dodô - Carlinhos Bala - Josiel

PS: Excepcionalmente dessa vez em um 4-2-1-3

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Curtas da rodada

Sport 4 x 1 Náutico: Partidaça do Leão que contou com o inspiradíssimo lateral-esquerdo Bruno, dono de três assistências precisas pra gol, marca que só Paulo Baier conseguiu atingir contra o Palmeiras. O Sport tem time pra brigar no meio da tabela.

Figueirense 0 x 0 São Paulo: Bom jogo do São Paulo fora de casa. Ilsinho e Aloísio jogaram bem, embora o Figueira tenha abusado do jogo ríspido, e por vezes desleal, durante os 90 minutos. Uma mostra de que o tricolor segue melhorando, embora os três pontos fossem bem mais providenciais.

Santos 0 x 0 Grêmio: Ao contrário do duelo acima, jogo absolutamente terrível com nível técnico bem distante de duas equipes que há aproximadamente um mês brigavam por vaga na final da Libertadores. O Santos está desfigurado e não deve se acertar rápido. Kléber está na Copa América, Maldonado contundido e o outro Kléber, centroavante, só joga em agosto. Erros cruciais de planejamento na Vila Belmiro.

Cruzeiro 3 x 1 Vasco: Um dos melhores jogos do campeonato. Quase sempre com 10, o Vasco fez uma partida de resistência, propiciada por um gol de contra-ataque. Sílvio Luiz pegou até pensamento, mas no fim, bem no fim, prevaleceu a boa fase do Cruzeiro e do quarteto Wagner-Roni-Araújo-Guilherme. Show da torcida cruzeirense também.

América 0 x 3 Goiás: A tabela tem sido boa, mas os esmeraldinos melhores ainda. Paulo Baier tem ido bem na ala e Élson, na meia, também tem apresentado regularidade. A dupla de ataque está, no mínimo, entre as quatro melhores do campeonato. Sorte do Goiás que apostou em Fabrício Carvalho. E o América, firme na lanterna, perdeu outro jogo em casa.

Corinthians 0 x 1 Palmeiras: O time de Carpegiani ainda não consegue viver sem William. Mais que isso, fez um jogo sofrível e, de longe, o pior no Brasileirão. Não à toa, veio a primeira derrota. Já o Palmeiras, mais que remendado, esbanjou garra e disposição durante os 90 minutos. Tudo isso foi ainda mais vital após um gol de bola aérea, bem ensaiada por sinal.

Paraná 2 x 2 Atlético Paranaense: Parece ter sido um jogão, pena que não vi. Com Lopes o Atlético Paranaense dá mostras de evolução e parece ter encontrado no colombiano Valencia uma boa opção. Já o Paraná, não pode perder Pintado para o Oriente Médio, embora pareça ser um ótimo time, esteja quem estiver no banco. O trio Josiel-Vandinho-Vinícius Pacheco é o ponto forte, assim como o ex-Bragantino, zagueiro Luís Henrique.

Fluminense 1 x 2 Botafogo: Atualmente, só vejo Fluminense e São Paulo podendo tirar o título do Botafogo, lembrando sempre que o campeonato é enorme e imprevisível. Nesse sentido, os três pontos no clássico são ainda mais importantes para o Bota, até porque Jorge Henrique, essencial, nem mesmo jogou. O time de Cuca hoje está acima dos demais e reflete isso na tabela.

Internacional 1 x 1 Atlético Mineiro: A batata de Gallo já está bastante assada, embora neste jogo, tenha tido desfalques bem consideráveis (Pato, Fernandão, Alex e Pinga). Por sua vez, a equipe atleticana segue bastante regular e somando pontos. Pouco posso falar desta partida, pois nada vi além dos gols.

domingo, 1 de julho de 2007

O pior técnico do mundo


Tudo bem, o título do post é sensacionalista. Afinal, bondes como Sebastião Lazaroni e Paulo César Gusmão sentirão inveja. Mas as escolhas de Nélson Rodrigues, técnico da seleção sub-20, lhe fazem batalhar pelo topo do ranking. Desde o sul-americano, a moçada brasileira mostra um futebol engessado onde a ligação direta é a filosofia de jogo imperante. Naquela ocasião, início deste 2007, o título da competição foi enganosa. O treinador (?) não merece uma geração tão brilhante em mãos.

Na estréia contra os poloneses, as impressões sobre a armação do time se confirmaram. Para se ter uma idéia, no Europeu Sub-19, a Polônia sequer passou da primeira fase, mesmo sediando a competição. Ainda que tenha feito uma boa apresentação neste sábado, as fragilidades brasileiras foram agudas. E têm ligação direta com o treinador.

Marcelo, que todos diziam estar suspenso, tem bem mais futebol que o coxa-branca Carlão, que aliás naturalmente teria sido preterido por Carlinhos. Como Kléber já estava na Copa América, acabou se optando por um outro reserva. Entretanto, a maior qualidade do lateral madridista é evidente e inquestionável, ao ponto que já tenha sido titular na principal.

Os volantes, fraquíssimos, poderiam dar margem a uma formação com três meias, sendo que Roberto ficaria exclusivamente incumbido da marcação. Leandro Lima, que jogará no FC Porto com outros dois bondes de Nélson Rodrigues no sul-americano (Edgar e Fernando), não chega nem aos pés de William e Carlos Eduardo, preteridos pelo treinador na formação inicial.

A incapacidade do treinador, aliás, vem desde a convocação. Nomes como os cruzeirenses Guilherme e Ramires, jogariam fácil nesse elenco. Mas, inexplicavelmente, não foram chamados. A ausência de Lucas e as opções de Nelson Rodrigues levam a crer que a geração fabulosa de Alexandre Pato pode ficar pelo caminho rapidamente. Nunca torci tanto pra queimar a língua.