quinta-feira, 19 de julho de 2007

Levantando peso


Até o final das competições nesta quarta-feira, foram 29 medalhas brasileiras no Pan. Poucas, talvez nenhuma, me marcaram como o bronze de Fabrício Mafra, na categoria até 105 kg do levantamento de peso. A alegria de Mafra na hora do levantamento, seguida de um choro copioso com 338 kg nos braços, é de acelerar o coração de quem é piegas como este que escreve.

Falar sobre as dificuldades no esporte brasileiro é chover no molhado. Os recentes resultados de vôlei, natação e ginástica, em ordem cronológica, mostram que onde há investimento e apoio, brotam as medalhas.

Fabrício, com seu teoricamente modesto bronze pan-americano, deu ao levantamento de peso brasileiro uma medalha que não vinha há doze anos. E com sua simplicidade e patriotismo, supostamente incompatíveis (claro que não) com um bruta-montes que é, dá prazer e satisfação a quem tem, como eu, trabalhado e respirado Pan quase 24 horas por dia.
E esse preço, não há dinheiro que possa pagar.

2 comentários:

iiiiiiii disse...

Concordo.

Fui atleta tambem, joguei basquete 5 anos da minha vida, no Colégio contato, e no Náutico , e jogando um esporte que não é lá da preferência dos Brasileiros, sei da dificuldade desses caras.

Não só o Fabrício, merece o nosso respeito, mas como o pessoal do atletismo, onde amaioria treina(ava) com pneus amarrados nas costas, em uma péssima pista. E parece que a coisa vem mudando.

O Brasil, dentro da América, vem ocupando um cargo emergente no Esporte, atras dos EUA e do Canadá. Pra quem era coadjuvante, está ótimo. Estamos no caminho certo, e com uma pitadinha a mais de investimento nas nossas bases, e com a estrutura que o Pan vai deixar no Brasil, não tenho dúvidas que o nosso caminho vai ser vitorioso.

Arthur Virgílio disse...

Jade Barbosa a heroína do Brasil.

Fabrício Mafra e o seu jorge do Taekondo, são os destaques masculinos no Pan.