terça-feira, 30 de setembro de 2008

Um Porto novo e ainda inacabado


Impressionante o massacre do Arsenal no Emirates Stadium. Os Gunners receberam o FC Porto, enfiaram 4-0, e poderia ter sido muito mais. Com Walcott explorando o lado esquerdo da defesa visitante e Fàbregas organizando o jogo com maestria, Van Persie e Adebayor fizeram dois gols cada - e não foi só. O banho de bola dos ingleses foi fruto, também, da fragilidade evidente dos Dragões.

Desfalcado de nomes importantes como Fucile, Tarik e Lucho González – que começou no banco e só entrou no intervalo -, Jesualdo Ferreira optou por uma formação defensiva, utilizando praticamente quatro defensores e uma segunda linha com mais quatro jogadores marcadores: Guarín, Fernando, Raul Meireles e Tomás Costa. À frente, o uruguaio Cristian Rodríguez e o argentino Lisandro López não estavam inspirados a ponto de resolver o jogo com a qualidade técnica da qual dispõem.

A goleada sofrida em território inglês ilustra uma provável temporada mais frágil do Porto. Atuais tricampeões portugueses, os Dragões não têm sido dominantes no início de Superliga, mostrando o tamanho do lastro aberto com as negociações de Quaresma, por 24 milhões de euros, Bosingwa, por 20 milhões de euros, Paulo Assunção, que aproveitou uma brecha contratou e foi para o Atletico de Madrid por apenas 600 mil euros. Marek Cech e Postiga eram importantes para o back-up e aumentaram o rombo no elenco portista.

Especialmente Quaresma, o craque do time, e Bosingwa, fundamental para a consistência defensiva e ativo em incursões no ataque, fazem uma falta tremenda. Jesualdo Ferreira, embora vencedor, não é um treinador de primeira linha, e possivelmente demonstrará isso em momentos extremos, como foi o jogo desta terça-feira contra o Arsenal.

Entre os nomes que chegaram para o elenco portista, os mais comentados têm sido o brasileiro Hulk, de apenas 22 anos e uma passagem expressiva pelo Japão, e o zagueiro Rolando, de 23, contratado a custo zero junto ao Belenenses. Ainda espera-se um bom desempenho de Cristian Rodríguez, ex-Benfica, e Pelé, ex-Internazionale. Sapunaru (lateral-direito), Benítez (lateral-esquerdo) e Guarín (volante) têm ainda muito o que provar.

Provas, aliás, é o que não faltará aos Dragões nessa temporada.



Colaborou: Rui Vedor

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Seleção da rodada - 27 (e 26 também)


Os eleitos!

Na próxima rodada, uma parcial de como anda a somatória das seleções.


SELEÇÃO DA RODADA (27ª)

André Luís (Portuguesa)
Carlinhos Bala (Sport)
Índio (Internacional)
André Dias (São Paulo)
Júlio César (Goiás)
Guiñazu (Internacional)
Leandro Salino (Ipatinga)
D'Alessandro (Internacional)
Marcelinho Paraíba (Flamengo)
Kléber Pereira (Santos)
Vandinho (Flamengo)

E este blogueiro esqueceu de divulgar os nomes da rodada 26.
Então, vamos lá:

SELEÇÃO DA RODADA (26ª)

Galatto (Atlético-PR)
Vítor (Goiás)
Jaílton (Flamengo)
César (Sport)
Júlio César (Goiás)
Márcio Araújo (Atlético-MG)
Henrique (Cruzeiro)
Diego Souza (Palmeiras)
Edno (Portuguesa)
Keirrison (Coritiba)
Thiago Ribeiro (Cruzeiro)

domingo, 28 de setembro de 2008

Três pontos e mais


Os mais de 40 mil flamenguistas neste sábado chuvoso no Maracanã assistiram àquela que pode ser a tônica rubro-negra para esse fim de Campeonato Brasileiro. Ainda serão sete jogos dentro do estádio, contabilizando os clássicos contra Vasco e Botafogo, e o Fla se mantém, pela segunda rodada consecutiva, dentro do G-4. E a vitória, com direito a remontada sobre o Sport no final, oferece o ingrediente moral indispensável para uma reta final de competição.

Em 17 minutos de jogo, o Sport já havia parado o Flamengo, na base falta, em dez ocasiões. Assim, e tentando tocar a bola com inteligência, os visitantes amenizaram o impacto da pressão local e de um Fla ciente de suas responsabilidades. Era difícil, porém, penetrar na defesa visitante. Éverton descia agora pela direita, Juan levava Carlinhos Bala - novamente como ala -à loucura, mas a proteção de três zagueiros e dois volantes mantinha o Fla longe da área.

Josiel, mais uma vez, era incapaz de prender a bola na frente e chamar o Flamengo para a área do Sport. A bola rodava de um lado para o outro, mas os espaços do Fla não apareciam. Nem com Obina, que veio comandar o ataque após o intervalo, o rubro-negro levava perigo real - apenas o fez em lances sintomáticos, no início da segunda etapa.

O Sport, com um enfoque forte nas partes tática e física, chegou ao gol como chegara, há três semanas, no Parque Antártica - na bola aérea. Bruno novamente hesitou em um momento importante e Roger não quis perdoar.

A chuva fortíssima aumentava o desespero flamenguista, mas Vandinho veio do banco para iluminar o início de noite. Marcelinho Paraíba, mais recuado, organizava - e muito bem - a equipe, distribuindo o jogo com inteligência. Em oito minutos, o Fla conseguiu, mais de duas vezes, penetrar na área do Sport. Vandinho foi fundamental, tabelando e dando o gol do empate para Juan; escorando com oportunismo o cruzamento desviado de Marcelinho.

O Flamengo vence, se fixa no G-4 e seca Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio. Com mais sete jogos no Maracanã e um pouco mais de concentração, dá para pensar grande.

sábado, 27 de setembro de 2008

Semanário

Vamos tentar retomar a chamada para as colunas da semana.

No Olheiros - A mudança de mentalidade que deve fazer o São Paulo usar meninos em 2009/10

Na Trivela - O triste centenário do Clube Atlético Mineiro e a renúncia de Ziza Valadares

Vitórias pessoais


Escrever para a Revista Placar e para o Lance! eram dois sonhos de infância, do menino que em 1995 foi à banca de jornal pela primeira vez e ficou fissurado com aquela revista gigante que falava sobre futebol - e sexo e rock'n roll também, é verdade. O mesmo pode ser dito sobre o jornal diferente, colorido, grampeado - melhor que tudo que já fora feito.

Pois, nestes últimos dias, os dois sonhos se tornaram realidade. Assino, com muita honra, matérias da Revista Fut, do Lance, e na Placar.

Em primeiro lugar, é uma honra compartilhar das páginas de um projeto novo, como a Fut, e que tem tudo par brilhar. A matéria "Balança Comercial" traça um raio-x de alguns dos principais clubes que surgem no futebol brasileiro e que têm um objetivo claro: esquecer os resultados esportivos e, sim, formar muitos jogadores e vendê-los ao exterior.

Na Placar, tudo sobre aquela que foi, provavelmente, a lesão de joelho mais grave dos últimos - ou todos - os tempos. O jovem atacante santista, Maikon Leite, rompeu três ligamentos de seu joelho e ainda teve problemas sérios na rótula e no menisco. Falar com o próprio jogador e com os médicos Carlos Braga e Joaquim Grava deram uma dimensão do problema.

Não poderia, nesse momento Maguila, deixar de agradecer ao Mauro Beting, Edson Rossi, André Rizek e à Trivela, que tanto me ajudam e me incentivam.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Por que Mancini?


Foi há mais de 4 anos, em 11 de julho de 2004, contra a Costa Rica, a última partida de Mancini, 28 anos, na seleção brasileira. E o atual externo interista é a maior novidade da lista de Dunga, divulgada nesta quinta-feira, para os jogos contra Venezuela e Colômbia, respectivamente nos dias 12 e dia de outubro.

Mancini retorna à seleção para ocupar uma posição que nunca havia desempenhado de verde-amarelo: o meio-campo. Não é novidade vê-lo por ali, pois foi pelo lado esquerdo, no 4-2-3-1 de Luciano Spalletti, que ele fez 58 gols em 221 jogos com a camisa da Roma. E é também pelo mesmo lado esquerdo, ou no 4-4-2 ou no 4-3-3, que Mancini tem jogado e conquistado a confiança de José Mourinho, que o escalou em todos os seis jogos da Internazionale.

Dito isso, nota-se que Mancini entrar no elenco e Ronaldinho Gaúcho ficar de fora não foi coincidência. Se o interista se sair bem nos treinamentos, tem boas chances de alinhar com Robinho e Kaká em um 4-2-3-1, sobretudo por só terem sido listados quatro volantes por Dunga.

Mancini deixou a seleção com o título da Copa América em 2004, mas com a frustração de ter perdido a posição para Maicon, logo em seu segundo jogo. Lateral, ele não é faz tempo, e talvez nunca tenha sido. Dunga parece ter, enfim, descoberto isso. Ganha a seleção brasileira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Marcelo Teixeira quer 15 mil em média na Vila


A baixa assiduidade do torcedor santista na Vila Belmiro motivou uma campanha de marketing realizada pelo clube no Campeonato Brasileiro: torcedoras, com camisa do clube e acompanhadas, não pagam ingresso. De acordo com a direção, o resultado tem sido satisfatório, com maior presença do público.

Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, Marcelo Teixeira revelou uma meta visionária: quer uma média de 15 mil pagantes por jogo em 2009. No atual Campeonato Brasileiro, apenas Flamengo, Cruzeiro, Grêmio, Sport, Internacional, Coritiba, Atlético-PR, Vitória e Palmeiras têm esses números. Nem em 2004, quando foi campeão, o Santos teve essa média de público.

Médias de público do Santos nas últimas edições do Campeonato Brasileiro:

Em 2008 - 8.924 - 16º índice
Em 2007 - 8.424 - 19º índice
Em 2006 - 9.699 - 16º índice
Em 2005 - 9.611 - 16º índice
Em 2004 - 12.870 - 4º índice

Veja a parceria que Santos e Visa fecharam para um novo setor de camarotes na Vila:

Você acha que Marcelo Teixeira consegue esse objetivo?

Ponte vislumbra o G-4

Imagem: site oficial da Ponte Preta

Foram 45 minutos fulminantes da Ponte Preta no Bruno José Daniel. Assim, a equipe de Bonamigo fez três gols, bateu o Santo André e avançou no plano de aproveitar o bom momento, a tabela favorável para os próximos jogos e chegar ao grupo dos quatro primeiros colocados.

Caso dê a lógica e o Bragantino perca para o Corinthians logo mais, a Ponte estará em sétimo, mas apenas quatro pontos atrás de Avaí e do próprio Santo André, respectivamente quarto e terceiro colocados. Desde o fim do turno, quando emplacou uma boa seqüência e chegou ao G-4, a Macaca não se vê dentro do grupo do acesso.

Nos próximos jogos, porém, recebe os rebaixáveis Brasiliense e CRB, com boas possibilidades de somar seis pontos. Para isso, precisará do mesmo empenho que demonstrou, nesta terça-feira, no ABC Paulista.

Forçando o jogo com os ótimos laterais Eduardo Arroz e Vicente e o meia Renato, a Ponte tinha velocidade pelos dois lados, objetividade e determinação. Leandrinho e Luís Ricardo também estavam inspirados e até a sorte apareceu para ajudar. Fatores que costumam acompanhar equipes de grande tradição - caso da Associação Atlética Ponte Preta.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

As camisas mais feias do futebol

A camisa ketchup do Athletic Bilbao


Da Máquina do Esporte - http://www.maquinadoesporte.com.br/

Site elege camisas mais feias do futebol

Há momentos em que a criatividade e a ousadia em elaborar novos uniformes para os clubes de futebol vão além dos limites do bom senso. Detectar esses casos é o objetivo do site norte-americano Bleacher Report, que elegeu os 20 modelos mais exóticos do futebol mundial.

Desenhada pelo pintor bilbaíno Darío Urzay, a "camisa ketchup" do Athletic Bilbao, já retirada de circulação, representa o futebol espanhol, enquanto o italiano é lembrado por um modelo da Fiorentina. Polêmico, o uniforme roxo e cheio de traços causou revolta entre os 'ultras' da Viola, sendo retirado de circulação pelo próprio clube.

Um modelo que lembra a pele de um tigre é o mais marcante do futebol inglês e foi utilizado, nos anos 1990, pelo Hull City, que acaba de ser promovido para a Premier League. As camisas coloridas do mexicano Jorge Campos também não foram esquecidas, bem como uma com "estilo cowboy" do Caribous of Colorado, representante da extinta NASL , ex-liga nacional do futebol nos Estados Unidos.

Link para a eleição:
http://bleacherreport.com/articles/58469-20-of-the-worlds-worst-football-jerseys

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Time de segundo turno


Não é a primeira vez que o Goiás faz um grande returno. Foi em 2003, quando Cuca tirou o time da rabeira e terminou na nona posição, com Grafite, Dimba e Araújo jogando muito. Ou em 2005 e 2006, quando Geninho foi à Libertadores e à oitava posição, respectivamente. O planejamento de começo de ano na Serrinha vem se mostrando deficitário nos últimos anos, mas as arrancadas são quase sempre fulminantes.

Hélio dos Anjos assumiu a equipe esmeraldina na sexta rodada e o Goiás não pára de subir. Saiu da 19ª posição e hoje é 10º. O número mais impressionante é que a distância para o G-4 é de só quatro pontos no momento.

O Goiás sobe, principalmente, pela reorganizada que Hélio dos Anjos deu na equipe, atuando com três zagueiros e dois volantes que marcam firme. O segredo esmeraldino está pelas bandas: Vítor, na direita, e Júlio César, pela esquerda, puxam contragolpes fulminantes e aproveitam os inteligentes espaços abertos por Iarley, vivendo um grande momento novamente na brilhante carreira. Vítor tem quatro gols e duas assistências no Brasileiro, Júlio tem um par de gols e outros sete passes perfeitos.

Foram eles, no sábado, os maiores responsáveis pelo massacre no Santos, que adiantava as suas linhas para tentar tirar o Goiás de seu campo, mas sofria com as bolas enfiadas e a lentidão de Fabão e Fabiano Eller para cobrir e sair do chão.

O Goiás, ex-candidato ao rebaixamento, é nono lugar. Dêem os méritos para o trabalho de Hélio dos Anjos e a força dos alas, Vítor e Júlio César.

sábado, 20 de setembro de 2008

Chicão, o artilheiro


A exaltada comemoração de Chicão no primeiro gol corintiano dá o tom da vibração da equipe ao longo dos 90 minutos contra a Ponte Preta. Contra um adversário tradicionalmente complicado para o Corinthians, os de Mano Menezes não economizaram energias e foram premiados, no fim, com a vitória que virou goleada por 3 a 0.

O gol fundamental para a vitória corintiana, porém, foi o de Chicão. Saiu como todos os outros, pela direita, forçando o jogo nas costas do ofensivo lateral Vicente. Dentinho foi estrategicamente posicionado por ali e Alessandro, em ótima tarde, deu ainda mais suporte para um jogo todo costurado pelo setor.

As oito vitórias nos últimos nove jogos são responsabilidade, também, da defesa. Chicão, presença habitual no onze corintiano, comanda com William e Felipe o setor que só sofreu três gols no período. E apenas 44 em toda a temporada.

Impressionam, aliás, os números do zagueiro com vocação de centroavante. São nove ao longo de todo o ano e Chicão só fica atrás de André Santos, Herrera e Dentinho no elenco de Mano. O ex-jogador do Figueirense chegara ao Parque São Jorge credenciado, também, por essa sua fama de matador: foram 10 no Campeonato Brasileiro de 2007.

E com 13 pontos de vantagem para o Bragantino, quinto colocado e adversário de quarta-feira, o Corinthians vê a garantia matemática do acesso cada dia mais próxima.

Os gols de Chicão no Corinthians em 2008:

Pênalti: 5 / Falta: 1 / Bola rolando: 3

Os gols de Chicão pelo Figueirense no Brasileiro de 2007:

Pênalti: 5 / Falta: 3 / Bola rolando: 2

Massacre na Bavária


O começo de temporada que soava promissor para Klinsmann tem sido um pesadelo terrível para o técnico e para o Bayern de Munique. Hegemônico em território alemão, inclusive em 2007/08 – quando fez a dobradinha -, o Bayern vem acumulando insucessos e, neste sábado, foi surrado por incríveis 5-2 pelo sempre imprevisível Werder Bremen, em plena Allianz Arena.

Embora a maior explicação para a derrota passe pela apatia dos bávaros ao longo dos 90 minutos, surpreende uma iniciativa tática de Klinsmann - bastante incomum no Bayern e em toda a Europa. Ao longo de todo o primeiro tempo, o Bayern de Munique atuou em um 3-4-1-2, com Lahm e Lell pelas alas e um trio de zaga formado por Lúcio, Demichelis e Van Buyten – formação que já havia sido utilizada na vitória por 1-0, do meio de semana, contra o Steaua Bucareste.

Para uma equipe que há anos atua com quatro homens na defesa e no meio-campo - ou em losango, ou com dois meias externos - tal mudança, no meio da temporada, parece fora de propósito.

E a já conhecida pressão do Bayern e de dirigentes como Uli Hoeneß e Rummenigge, que não aceitam nada que não seja o título conquistado com folga, já é fortíssima nos ombros de Klinsli – neste sábado, apenas o quinto colocado na Bundesliga.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Que gelada hein, Renato?


O acerto entre Renato Gaúcho e Vasco parece melhor negócio para o clube que para o treinador, que aparentemente parte para um retrocesso em sua outrora emergente carreira. Ao Gigante da Colina, uma grande solução, com um técnico competente, apropriado para a situação e principalmente capaz de projetar um trabalho sólido para 2009.

Nos últimos tempos da gestão Eurico, apenas bons treinadores como Celso Roth e principalmente Renato Gaúcho conseguiram resultados razoáveis em São Januário. Com figurões como Tita, Valdir Espinoza, Alfredo Sampaio e Dário Lourenço, por exemplo, o Vasco nunca foi além das últimas posições, provando a fragilidade do trabalho realizado pelos cartolas cruzmaltinos.

Em sua longa passagem anterior pelo Vasco - de julho de 2005 até abril de 2007, Renato conseguiu algumas boas façanhas, como o vice-campeonato da Copa do Brasil e o sexto lugar no Brasileiro, ambos na temporada 2006. Nunca, porém, levantou uma taça, nem foi tratado como treinador de ponta. No Fluminense, quando se preparava para vencer a Libertadores, Renato Gaúcho tinha uma renovação de contrato orçada em impressionantes 500 mil reais mensais, atingindo então um status que não teve em São Januário.

Em sua volta ao Vasco, Renato não terá como dar um grande salto em sua carreira. Com paciência, no início de 2009, certamente receberia bons convites, começaria um trabalho do zero e sem responsabilidades imediatas. Aparentemente, o Gaúcho preferiu topar o desafio e seguir no Rio de Janeiro - cujas fronteiras nunca foram rompidas pelo treinador Renato.

United travado!


Não foi a melhor escalação que Alex Ferguson podia montar, mesmo com os importantes desfalques de Scholes, Carrick e Berbatov - além de Ronaldo, ainda voltando de lesão. Com Gary Neville preso, como de habitual, e pouca fluidez de jogo com Park e com os volantes Hargreaves e Fletcher, o Manchester United foi travado pelo Villarreal no Teatro dos Sonhos. O placar sem gols foi fruto, também, da preguiça de Wayne Rooney em campo.

Foi o terceiro empate em 0-0 consecutivo nos jogos entre os Red Devils e o Submarino Amarelo, remetendo aos dois placares da edição 2005/06, quando os ingleses caíram na fase de grupos após 10 anos e os espanhóis foram às semifinais. A escalação conservadora de Ferguson facilitou a estratégia de Manuel Pellegrini.

Com um desenho próximo ao 4-2-3-1, o Villarreal segurava Evra e Gary Neville, na defesa, com Pires e Cani bem abertos. Edmílson e Eguren, os volantes, podiam dar suporte na marcação de Park e Nani pelos lados, já que Fletcher e principalmente Hargreaves não se apresentavam. Na zaga, atuação cirúrgica de Godín e uma noite inspiradíssima de González Rodríguez. Jogando como jogou, o central argentino não tem rivais para a albiceleste. Por fim, no gol, Diego López manteve o nível regularíssimo de boas exibições.

A eliminação em 2005/06 foi o embrião para que Ferguson arquitetasse o Manchester United que, dois anos depois, tomou a Europa para si. Agora, é bom abrir os olhos em um grupo onde já há o Celtic, sempre um rival duro de ser batido.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A primeira derrota de Felipão


A saída de Steve Clarke para o West Ham representa o primeiro grande obstáculo para Felipão em seu desafio em Stamford Bridge. Clarke, treinador-assistente, era uma verdadeira bandeira no Chelsea e preferiu juntar-se com Gianfranco Zola, novo técnico do West Ham e ex-jogador dos Blues. Sem Clarke em sua comissão técnica, Scolari ganha um problemão.

Com 20 anos de Chelsea, somando as passagens como jogador e treinador, Clarke era fundamental para Felipão, que lamentou publicamente sua saída. Querido pelo elenco e pela direção dos Blues, o assistente era também fundamental para a adaptação do brasileiro: conhecia, como poucos, os fortes e competitivos concorrentes da Premier League, onde triunfou ao lado de Mourinho, como na foto à direita.

Embora o nome de Avram Grant é que tenha sido responsabilizado pelo vice-campeonato europeu na última temporada, Clarke certamente teve papel importantíssimo na retomada do Chelsea após Mourinho.

Agora, Felipão precisará se virar com Murtosa, os demais membros da comissão técnica e um eventual substituto para Steve Clarke. Não será nada fácil encontrar um assistente tão bom.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Flamengo: bom nos números


Da Folha de São Paulo do sábado:


"O Flamengo é top nos dribles (média de 14,5 por partida), no total e no aproveitamento de passes (82,9%) e nas assistências.E, como é a sua tradição, tem apelado pouco para as faltas -comete 16,4 infrações por partida, a segunda menor média do torneio. Assim, registrou somente três jogadores expulsos até o momento, o quarto menor número entre os participantes do campeonato."

Faltou, contra o São Paulo, aproximar-se do gol, combater o adversário e tomar a bola com velocidade e se impor com ela nos pés. Com bons números, um futebol agradável e muitas oscilações, o Flamengo está cada vez mais longe de um título que tinha tudo para ser seu.

Seleção da rodada - 25


SELEÇÃO DA RODADA

Harlei (Goiás)
Vítor (Goiás)
Maurício (Palmeiras)
Índio (Internacional)
Netinho (Atlético-PR)
Hernanes (São Paulo)
Guiñazu (Internacional)
D'Alessandro (Internacional)
Wilson (Sport)
Roger (Sport)
Dagoberto (São Paulo)

sábado, 13 de setembro de 2008

Boa largada


Momentos de irregularidade não são aceitos no competitivo futebol inglês da atualidade. E foram oscilações, justamente, que privaram o Liverpool de brigar pelo título que não conquista desde 1990 e se transformou no maior objetivo de sua torcida. Aparentemente, Rafa Benítez e seus comandados perceberam que precisariam de muita concentração para brigar de igual para igual com Chelsea e Manchester United na parte mais alta da tabela.

Neste sábado, o Liverpool deu uma grande demonstração de força ao bater, de virada, o Manchester United por 2-1. Em Anfield Road, os Reds não venciam os rivais desde 2001, e Gerrard e Fernando Torres ainda puderam descansar para a estréia na Liga dos Campeões, na próxima semana.

Rafa Benítez abdicou do 4-2-3-1 característico da temporada passada, utilizando Mascherano e Xabi Alonso como volantes, mais fixos, e Benayoun e o estreante Riera - ex-Espanyol - pelas bandas. Kuyt e o recém-contratado Robbie Keane compunham uma dupla de ataque respeitável.

Alex Ferguson foi ousado: plantou Rooney como meia pela direita e deslocou, Anderson, como um raro externo-esquerdo. Tudo para encaixar Berbatov, de 38 milhões de euros, ao lado de Tevez no ataque. E justamente em jogada do búlgaro, pela linha de fundo na direita, que Carlitos concluiu, pondo em dúvidas a vitória do Liverpool em Anfield.

Com personalidade, os Reds foram ao ataque, trocando passes, utilizando os lados do campo e pondo pressão sobre os zagueiros visitantes - Ferdinand e Vidic. O volume de jogo do Liverpool era sensivelmente maior e ainda contou com vacilo de Van der Sar, oferecendo o empate aos anfitriões.

Mais seguro após o intervalo, o Liverpool conseguiu a virada, em jogada de persistência de Kuyt e Mascherano. A vitória mantém os Reds na disputa pelo título. Ao menos a largada da temporada diz que sim.

Simplício amadureceu


Fábio Simplício deixou o Brasil pela porta dos fundos, logo após a eliminação são-paulina para o Once Caldas, na semifinal da Libertadores em 2004. Era o volante ao lado de Alexandre Rottweiler e, criticado, partiu para o futebol italiano. Com o sempre cambaleante Parma, se sobressaiu, atuando mais à frente, geralmente como armador.

Na Itália, Simplício recupera a reputação que construíra nas categorias de base do São Paulo. Companheiro de Kaká, Júlio Baptista e Hugo, entre outros, era tratado como o principal nome de sua geração.

Mais um capítulo do crescimento de Fábio Simplício na Itália se deu na tarde deste sábado, com o Palermo - clube do brasileiro pela terceira temporada consecutiva - batendo a desfalcada Roma, com sobras, por 3-1, no Renzo Barbera. Simplício, atuando entre Miccoli e Bresciano no 4-2-3-1 proposto por Davide Ballardini, mostrou visão de jogo e força física para duas assistências milimétricas. Contou, ainda, com um inspirado Cavani como centroavante.

No início do ano, estive, ao lado do amigo Mauro Beting, com Gilmar Rinaldi. Empresário de Adriano e com forte trânsito na Internazionale, o agente revelou que Simplício tinha tudo certo para vestir neroazzurro. Aparentemente, não deu certo, ou Mourinho optou por Muntari, jogador de características semelhantes. Não importa: hoje, Fábio Simplício deu a volta por cima.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nós, vós, eles


A quarta-feira foi trágica para brasileiros e argentinos. Nossa crise, é deles também. Nossa empáfia, é deles também. Nosso futebol não convence, o deles também não. Nossos craques desaparecem, os deles também. Dunga balança - e Basile também.

Aos brasileiros, faltou um pouco mais de empenho, mas principalmente inteligência. Um adversário que joga fechado precisa ser sufocado, mantido atrás de sua linha intermediária. Os passes precisam ser trocados rapidamente até que os espaços apareçam. Acrescente, aí, uma marcação adiantada e chutes de longa distância. O Brasil não fez nada disso.

Os raros momentos brasileiros de sucesso com Dunga, sempre, vieram contra quem ofereceu o contra-ataque. Contra a Argentina em Londres e na Copa América e contra o Chile nas Eliminatórias. E pára por aí. Em quase dois anos de trabalho, o selecionador da CBF tem três bons jogos para apresentar em seu cartão de visitas. Pare, agora, e conte as tardes e noites ruins. A de ontem, com vexatórias 30 mil pessoas no Engenhão, é mais uma dessas.

Já a Argentina encontrou um adversário mais aberto que a Bolívia. Os peruanos queriam jogo em Lima, forçavam com Vargas pelo lado esquerdo, principalmente, em cima da marcação de Battaglia e Zanetti. Na base da correria, também deixavam Messi arrancar com a bola, Riquelme - mais lento que o habitual - pensar, e Cambiasso se deslocar.

Não dava em grande coisa e era um jogo ao melhor estilo de uma área até a outra, mas sem chances claras de gol. Riquelme ainda teve um raro momento de lucidez, pôs Gago na linha de fundo e abriu o placar em Lima. A noite, que parecia argentina, era do Peru. De Vargas, principalmente. O atual melhor lateral-esquerdo do continente - sim, ele é peruano - vez um jogadaça, acabou com Battaglia e entregou, com mel e açúcar, para Espinoza.

A crise brasileira é argentina. E a vergonha também.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Banho albirojo

A Venezuela pretendia conseguir um bom resultado em seu segundo jogo consecutivo fora de casa, mas o Paraguai sobrou em Assunção, venceu por 2-0 e retomou a condição de protagonista das Eliminatórias Sul-Americanas. São 17 pontos. Hoje, cinco a mais que brasileiros e argentinos.

Através de uma ocupação territorial dominante, facilitada pela dificuldade venezuelana de tocar a bola, os paraguaios fizeram o placar em 45 minutos de grande futebol e descansaram após o intervalo.

Com energia e determinação, os albirojos não deram qualquer chance para a Venezuela. Com Riveros e Barreto chamando o jogo e um Morel Rodríguez inspirado pelo lado esquerdo, o Paraguai foi melhor em todos os instantes. Com Santa Cruz e Valdéz no ataque, pôde intensificar a bola aérea como forma de manter os venezuelanos sempre acuados. A chamada "segunda bola" era sempre dos donos da casa.

Somando quatro vitórias em quatro jogos em Assunção, o Paraguai só precisa manter o retrospecto, em casa, se quiser disputar a Copa de 2010. Com essa vibração e envolvimento, será difícil tirar os albirojos da ponteira.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A estratégia de Bielsa


Bielsa é um estudioso dedicado e, por isso, ganhou o apelido de El Loco. O treinador argentino certamente assistiu à vários jogos da seleção de Dunga e, a partir disso e do que foi previsto ao longo da semana, desenhou o Chile que buscaria a afirmação em Santiago após duas vitórias fora de casa nas Eliminatórias - contra Bolívia e Venezuela.

Na prática, o desenho tático chileno, com a bola, era um 3-3-1-3, como de praxe das equipes de Bielsa.

A linha defensiva tinha Medel à direita, Jara na sobra e Estrada pela esquerda. A segunda linha tinha Carmona pela direita, Vidal pela esquerda e Droguett pelo centro. Este último, porém, avançava bastante para forçar a marcação pelo lado direito da defesa brasileira, juntando-se ao único meia de ofício, Matías Fernández. O ataque tinha dois ponteiros: Alexis Sánchez e Mark González, enquanto Suazo, enfiado, era o centroavante.

Sem a bola, porém, Bielsa montou um sistema de marcação individual e vale atenção à estratégia do treinador argentino. Os dois ponteiros acompanhavam os laterais brasileiros, enquanto Droguett e Matías apenas vigiavam Josué e Gilberto Silva e Carmona acompanhava Diego.

Para pegar Robinho e Ronaldinho, o Chile tinha uma linha de quatro atrás, com Vidal voltando com Robinho e Medel, enérgico, saindo atrás de Ronaldinho. Jara sobrava, enquanto Estrada saía no combate à Luís Fabiano.

E foi aí que Bielsa falhou, pois o Fabuloso levava, sempre, a melhor nas bolas esticadas pelo alto e dava o contragolpe ao Brasil. Enquanto Vidal, mais ala que lateral, chegava atrasado sempre atrás de Robinho - o lance do segundo gol é pedagógico.

Às vezes, o futebol pode ser mais simples. Uma lição em que Bielsa devia se empenhar mais.

As sete vidas de Dunga


A passagem de Dunga à frente da seleção parecia concluída após a goleada para a Argentina, na semifinal olímpica. As vidas do selecionador brasileiro, porém, parecem muitas. O grande futebol e o ótimo placar que vêm de Santiago dão respaldo ao gaúcho que tem, pela frente, a Bolívia no cardápio de quarta-feira. Nada melhor para confirmar o moral que vem das terras chilenas.

Dunga já pareceu morto em outras oportunidades. Parecia quando a seleção chegou com futebol modorrento às semifinais da Copa América, mas bateu chilenos e argentinos de goleada e retomou o cargo. Parecia também quando, chamado de jumento pelos torcedores no Mineirão, armou o time na retranca e ficou no empate sem gols diante da Argentina, logo após ser vergonhosamente batido pelo Paraguai.

Mesmo após o grande resultado no Chile, vale se perguntar se Dunga merece mesmo seguir à frente do cargo. Ou se, entre fracassos e reviravoltas, chegará à Copa de 2010 sem um trabalho sólido a ponto de buscar o hexacampeonato.

O JOGO

Foi, na opinião deste blogueiro, a melhor exibição brasileira desde a final da Copa das Confederações, em 2005, contra a Argentina. Foi ainda o jogo de Luís Fabiano, que levou a melhor no duelo pessoal contra Estrada e definiu a partida. Fez o gol mais importante - o primeiro, deu linda assistência para Robinho e, após perder duas vezes na frente de Bravo, fechou sua noite com mais um gol. Hoje, o Fabuloso não parece ter adversários na briga pela camisa nove.

A idéia de que o Brasil fez uma grande partida pode ser justificada pelo fato de que houve, ao contrário de outros momentos, uma estratégia bem desenhada. Bem postada no início de jogo, a seleção freou o ímpeto chileno e começou a procurar espaços. Como Ronaldinho pouco acrescentava, era da aproximação de Diego e Robinho que o jogo fluía, com Luís Fabiano, na frente, abrindo espaços para os contragolpes - uma receita segura para enfrentar o time de Bielsa.

Ainda que adotando os contra-ataques como receita, o Brasil não foi retranqueiro, mesmo sem contar com nenhum acréscimo ofensivo de seus volantes. Neutralizou bem as investidas chilenas pelos flancos, especialmente em cima de Maicon, matou o jogo rapidamente e deixou Santiago com a doce sensação do dever cumprido.

Seleção da rodada - 24


Foi indiscutivelmente uma rodada maluca, com jogos ao longo da semana. Ainda assim, vamos aos melhores da jornada.

SELEÇÃO DA RODADA

Vanderlei (Coritiba)
Thiaguinho (Botafogo)
Índio (Internacional)
Durval (Sport)
Triguinho (Botafogo)
Andrade (Sport)
Ramires (Cruzeiro)
Romerito (Goiás)
Ibson (Flamengo)
Kléber Pereira (Santos)
Roger (Sport)

sábado, 6 de setembro de 2008

Boas novas


Alguns amigos já estavam sabendo, outros não. Com muita honra, passo a fazer parte do seleto time da Máquina do Esporte, site e revista especializados na cobertura de negócios e marketing que envolvem o esporte em geral.

Obrigado ao Erich Beting e aos amigos da Máquina por esta ótima oportunidade profissional.

Na imagem, a primeira matéria escrita no site. Clique aqui para ler.
E aguarde, em breve, a próxima edição da Revista Máquina do Esporte.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nelsinho travou o Palmeiras


Nelsinho Baptista não é um técnico top de linha, mas estuda os adversários. E parece ainda mais motivado quando enfrenta Vanderlei Luxemburgo. A vitória sonora do Sport por 3 a 0, no Parque Antártica, teve a marca do treinador que surgiu no futebol justamente perdendo um título para Luxa.

Nelsinho sabia como parar o Palmeiras: fechou os dois lados do campo, adiantando Sidny e Márcio Goiano para bater com Leandro e Elder Granja. Pelo meio, não havia qualquer espaço em razão dos três zagueiros - Igor, César e Durval -e dois volantes - Andrade e Júnior Maranhão. Não fosse o bastante, o time de Luxa não respirava. Jumar tentou a linha de fundo e, quando foi cruzar, lá estava Roger em sua cola.

Roger, aliás, esteve em situações ainda mais decisivas. Nelsinho e o elenco do Sport chegaram à conclusão de que o Palmeiras falha muito na bola aérea. Só com dois zagueiros, Jéci e Gladstone, Luxa facilitou a vida do Leão. Para piorar, não tinha Sandro Silva, que oferece suporte nessa jogada. Conseqüência: pelo alto, o Sport fez os três gols que calaram o Parque Antártica.

Após o intervalo, Luxemburgo ainda tentou anular a sobra pernambucana. Abriu Lenny e Kléber pelos lados, mas Nelsinho foi rápido: pôs Fábio Gomes na lateral-esquerda, Igor na direita e ainda congestionou o meio-campo.

O Palmeiras não contava com essa, mas Luxemburgo conhece Nelsinho muito bem. E nem por isso evitou a primeira derrota palmeirense em seu estádio no Brasileirão. O Grêmio sorri.

Bolada santista

Marcelo Teixeira tem sorte mesmo: não conseguiu nenhum grande negócio na janela de transferências, perdeu três jogadores de graça - Marcelo, Alemão e Renatinho -, não conseguiu vender Kléber e, mesmo assim, ainda encheu o bolso.

Em razão da cláusula da Fifa para clubes formadores, o Santos leva R$ 4,5 milhões limpinhos pelo negócio de Robinho com o Manchester City.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Top 10 - Transferências 2008/09

Papel de parede do site do Man City: 40 milhões por Robinho


Segundo o Transfermarkt, site especilizado em negociações de atletas, eis os dez nomes mais caros da janela de transferências européia para a temporada 2008/09

1-) Robinho - do Real Madrid para o Man City - 40 milhões de euros
2-) Berbatov - do Tottenham para o Man Utd - 38 milhões de euros
3-) Daniel Alves - do Sevilla para o Barcelona - 32 milhões de euros
4-) Danny - do Dínamo de Moscou para o Zenit - 30 milhões de euros
5-) Quaresma - do Porto para a Internazionale - 24,6 milhões de euros
6-) Jô - do CSKA Moscou para o Man City - 24 milhões de euros
7-) R.Keane - do Tottenham para o Liverpool - 24 milhões de euros
8-) Amauri - do Palermo para a Juventus - 22,8 milhões de euros
9-) Mascherano - do W.Ham para o Liverpool - 22,5 milhões de euros
10-) Bentley - do Blackburn para o Tottenham - 22 milhões de euros

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Molecagem


Robinho chegou ao futebol europeu com um objetivo claro: seguir os passos de craques como Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Romário e Ronaldo, ser eleito o melhor do mundo e dar magia e títulos à torcida madridista. Três anos depois, deixa o Bernabéu pela porta dos fundos e, principalmente, não conseguirá atingir sua meta com a camisa do Manchester City.

Ainda que contratando reforços razoáveis como Jô e Wright-Phillips, é impensável acreditar que os Citizens façam uma temporada que possa dar a Robinho uma condição privilegiada na briga por um título como melhor do mundo. Nem mesmo ganhar a Premier League, o que é um objetivo quase virtual, daria ao Rei do Drible um prêmio nobre como os oferecidos pela Fifa ou mesmo a France Football.

A objetivo de Robinho em Manchester deve ser, inicialmente, falar pouco e jogar muito. Ao ponto de atrair o interesse de uma grande equipe e que possa lhe dar, no futuro, espaço suficiente para se tornar um World Class. Hoje, isso não passa de um sonho distante, como o do menino que saiu das ruas esburacadas do Parque Bitaru, em São Vicente, para brilhar na Europa.

Robinho deixa o futebol espanhol, aliás, longe daquilo que dele se esperou. Seus melhores e raros grandes momentos foram na última temporada - mas foram, também, inconstantes.

A saída para um clube médio como o Manchester City deve ser um momento decisivo para o sucesso de sua carreira: uma má participação, fatalmente, lhe irá tirar definitivamente do eixo dos gigantes europeus. O comportamento de Robinho, indiscutivelmente, contribuiu para essa condição.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um ótimo Fla-Flu

Kléberson e Maurício: dois belos gols



Seria exagero dizer que o clássico de domingo, no Maracanã, foi um excelente jogo. Mas foi bom, sim, pois teve alternativas. Em um tempo onde os clássicos regionais do nosso futebol são de mais competitividade e menos futebol, o arrojo de tricolores e rubro-negros, especialmente estes, deve ser louvado. Quem foi ao estádio e colaborou para o segundo maior público do Brasileiro-08, certamente saiu satifeito pelo espetáculo.

O domínio do jogo claramente foi do Flamengo. Por ironia do destino, todavia, foi o Fluminense quem esteve, quase sempre, mais perto da vitória. Esteve primeiro, em razão da bola mal afastada por Jaílton e pela desatenção de Kléberson na marcação sobre Conca. Sobrou para o meia, de canhota, de primeira, enfiar na gaveta de Bruno e brindar o fim de tarde carioca com um golaço. Mas o jogo era rubro-negro e isso não pode se negar, pois o Flu, com Éverton Santos, Eduardo Ratinho e Júnior César apagados, dependia só de seu meia argentino.

O Flamengo nem se lembrou que não tinha Ibson, principal armador e capitão da equipe. Juan e Éverton chamaram o jogo, Marcelinho Paraíba também pediu responsabilidades e até os volantes - Toró e Kléberson - desciam para o ataque. Não deu para o Fluminense se segurar e, quando as equipes foram ao intervalo, o empate já fazia justiça no placar.

Caio Júnior, pós-intervalo, cansou definitivamente de Obina, lento e pesado. Maxi não acrescentou tanto além de luta no ataque, mas Juan e principalmente Éverton cresceram ainda mais. Irritado, Cuca se preparava para sacar Maurício, que não acompanha Éverton. O treinador tricolor, porém, foi surpreendido quando seu volante acertou um lindo chute, de longa distância, e contou com o vacilo de Bruno, que sofreu mais um gol de fora da área - o quinto no Brasileiro.

Que o futebol muitas vezes é injusto, não é novidade. Assim, o Flamengo resolveu fazer sua justiça e não perder no Maracanã. A entrada de Sambueza, quase como ala-esquerda, trouxe Juan para a armação e confundiu o Flu, que tinha problemas para marcar.

Pois foi numa jogada do estreante argentino, mas pela direita, que o Fla chegou à igualdade. Kléberson, que só não foi trocado em razão das dores musculares de Éverton, saiu lá de trás e apareceu na pequena área de Fernando Henrique para cumprimentar as redes e fechar um ótimo e trepidante Fla-Flu.

Seleção da rodada - 23

SELEÇÃO DA RODADA

Vanderlei (Coritiba)
Léo Moura (Flamengo)
Thiago Silva (Fluminense)
Miranda (São Paulo)
Juan (Flamengo)
Diguinho (Botafogo)
Sandro Silva (Palmeiras)
Diego Souza (Palmeiras)
Éverton (Flamengo)
Soares (Grêmio)
Keirrison (Coritiba)