quinta-feira, 14 de junho de 2007

Joga dez


Quando se tem um camisa dez como Juan Román Riquelme não se precisa de muito. Não é preciso fazer um grande jogo para vencer. Não é preciso ser regular durante toda a competição para ser finalista. E Esse camisa 10, também não precisa suar. Não precisa vibrar. Precisa da Bola. Precisa Dela em seus pés. E Riquelme a teve.

Ele e Ela nasceram para viver juntos. Ela, adora ficar com Ele. Para seguir com a bola nos pés, Riquelme derruba todos que vê pela frente, sem nem precisar de brutalidade para tal. Com seu olhar triste, Ele mostra a todos seus companheiros o bem que devem fazer para Ela, Bola, que o procura a todo instante.

O Grêmio pode vencer por quanto for no jogo de volta. Pode ganhar a Libertadores. A carreira de Riquelme poderia acabar amanhã. E Ele, não à toa trocou de camisa com Zidane no dia da despedida do francês. Juan Román Riquelme é um poeta da bola, um sábio, um extra-classe. Não é jogador de futebol. É um artista.

11 comentários:

André Augusto disse...

Destruiu com o jogo.
Esse é o camisa 10. Quando está inspirado, sai de baixo.
Levou o modesto Villarreal as cabeças da Europa ano passado. E deixou o Boca com uma mão na taça!

Braitner Moreira disse...

Gênios, quem pode entendê-los?

O cara tá quieto, lento, aí recebe uma bola, vira, sofre a falta e dá assistência. Aí como não quer nada, dá uma olhadinha pra bola, recebe em cobrança de falta, e só aí dispara o canhão...

Riquelme não precisa de muito pra se sobrepôr ao futebol sul-americano. E provou isso.

Unknown disse...

Riquelme teve a bola em seus pés e espaço para pensar, o que se pode deduzir daí? Ele acabou com o jogo.
Não se pode deixar um jogador do seu calibre com tanta liberdade e foi isso que fez com que o Grêmio fosse goleado.
Ainda teve a expulsão de um jogador não mais que regular que deveria ter saído no intervalo.
O gol irregular no primeiro tempo não pode tirar o brilhantismo desse 10.
Riquelme não pode ficar no futebol sul-americano, é covardia com os outros.

Anônimo disse...

olha dassler

acho que ontem a inexperiência de alguns jogadores pesou sim... vi uma entrevista do sandro goiano, dizendo que não podiam pensar em temer o La Bombonera, pq senão iam chegar lá com medo... e acho que chegaram, apesar de terem feito um bom início de partida.

Mas acho que o erro maior foi o de ter subido ao ataque, depois do gol do Riquelme, pra tentar diminuir o placar. Acho que com 2 x 0 contra, e um a menos em campo, o Mano deveria ter chamado seus jogadres pra defesa, e buscar somente o contra-ataque, quando fosse possível...

Abriram demais, e tomarem o terceiro gol, que eu acho foi o do título do Boca...



abraço!

Anônimo disse...

Jogou muito. Em sua provável despedida de La Bombonera, ele desequilibrou, com em várias outras vezes, especialmente contra times brasileiros.
Muito injustiçado por ter perdido o pênalti contra o Arsenal nas semifinais da UCL 2005/2006. Só perde quem erra. Mas graças a ele, o submarino amarelo conseguiu tal êxito na competição européia, deixando gigantes pelo caminho.
A torcida do Boca sentirá muita saudade de Juan Roman Riquelme, mas certamente ele sairá por cima (já que deve voltar ao Villarreal) isso independemente vencendo ou não a Libertadores, mas sim pelos grandes trabalhos prestados ao clube de Buenos Aires.
E pelo futebol dele, o Villarreal é muito pequeno para compartar o talento desse grande boleiro argentino.

Anônimo disse...

ah...

e quanto ao Riquelme
eu xeguei a questionar se o Boca teria feito um grande negócio, desembolsando 2 milhões de euros pra tê-lo por quatro, cinco meses no máximo...

a dúvida durou menos de 90 minutos...

cracáço!

pena que, inexplicávelmente, não consegue se firmar na Europa, e já vai voltar pro Villarreal...

Anônimo disse...

Ele é muito inconstante, mas de fato ontem desequilibrou.

Arthur Virgílio disse...

Post tão genial, quanto o futebol de Riquelme. Ai me questiono: "Será que não vale investir no talento de um Román, ao invés de contratar cinco ou seis meia boca?"

Gerson Sicca disse...

O cara é um craque, muito acima de todos os que estavam em campo ontem. Um típico grande armador argentino.

Jefferson Nogueira disse...

E olha, eu duvido que o Gremio vire viu...abraço

André Rocha disse...

Se o Grêmio pretende escrever mais um feito épico em sua História recente, o time precisa, entre outras coisas, marcar Riquelme individualmente, sem trégua. E eu acho que Gavillan pode fazer bem este papel, liberando Lucas para encostar no ataque.

Mas realmente é impressionante como o meia argentino cresce com a camisa do Boca! No Villareal vinha apagado e tinha falhado no momento mais importante da História do clube espanhol.