Para esquentar o feriado frio em boa parte do país, nada melhor que dois belos jogos de futebol.
- Boca Juniors x Cúcuta Deportivo
A expectativa de que o Boca criaria um clima sufocante durante os 90 minutos se confirmou. Ainda que o Cúcuta fosse um oponente que merecia respeito, os locais tinham até uma cinzenta neblina para aumentar a sensação hostil da qual os colombianos puderam experimentar.
Sem precisar jogar tudo que sabe, Juan Roman Riquelme, o melhor em atividade no continente, fez as honras da casa já nos últimos instantes da etapa inicial. Até ali, o selecionado de Jorge Luis Bernal administrava bem, até onde era possível, o ímpeto ofensivo dos boquenses. Na segunda etapa, o Cúcuta não teve força mental para reagir.
Jogando o mesmo futebol de alto nível das jornadas anteriores, como contra Vélez Sarsfield, Libertad e Toluca, o time azul y oro fez o placar que precisava - até mais - com naturalidade. Como na semifinal, o Boca deixou a impressão de que joga quando necessita. E como joga.
Os colombianos, sem dúvida, saem de cabeça erguida como a principal surpresa da competição. Já o Boca Juniors, com certeza exigirá muita fibra dos gremistas, pois a parada promete ser duríssima. Desde já, uma final com proporções épicas.
- Internacional x Pachuca
O clima que estava azedo no Beira Rio, definitivamente, voltou ao normal. Gallo se deu conta que a reformulação necessária não poderia ser tão brusca, sobretudo por problemas de vestiário. Dessa forma, redesenhou o time mais próximo do que foi durante 2006. A volta de Alex e o futebol intenso de Pinga, que muito lembra o quase xará Pinga, deram um ritmo veloz e envolvente para o meio-campo colorado.
A contundente vitória de 4-0 sobre o Pachuca não significa pouco. É um belíssimo time o dos mexicanos. Mas não pôde respirar um segundo sequer. Alexandre Pato e Iarley, jogando um futebol de classe, deixaram no ar a dúvida: onde jogará Fernandão? Marcão, ótima aposta para a quarta-zaga, irá barrar o menino Sidney?
E a dinâmica do futebol, encantadora, nos faz queimar a língua quase que diariamente. Após um já bom jogo na segunda-feira diante do Náutico, a exibição colorada foi encantadora, sobretudo por não ter faltado vontade, constatação do início de trabalho de Gallo.
A Recopa, que convenhamos, pouco significa, poderá ter um papel marcante na temporada do Internacional. A partir daqui, parece natural que o time de Alexandre Pato volte para seus melhores dias.
7 comentários:
O que foi Inter e Pachuca! Sensacional! Um jogo para recuperar o ânimo de qualquer equipe... se o time embala e vence o Santos no domingo - Santos que virá em baixa pela desclassificação na Libertadores -, o Inter volta com tudo à briga pelo título brasileiro.
E tem gente que já considerava o Inter fora da briga do Brasileirão. Muito cedo!!!
Sempre venho, mestre!
Mas nem sempre comento...
Cara, não sei nada sobre Cucutá não... Vou pesquisar.
Cara, teu blogue é genial!
O Inter começa a reencontrar o futebol do ano passado. O meia Alex que volotu recentemente de contusão está sendo peça chave nessa recuperação.
E o Boca mais uma vez na final. Ganhar na La Bombonera é praticamente impossível. Riquelme, Ibarra, Palermo, Palacios... o Grêmio terá dificuldades.
Se o Boca atropelou o Cúcuta, o Inter atropelou o Pachuca.
A recuperação do Inter é benéfica para o Campeonato Brasileiro e para o próprio futebol jogado por estas bandas. Torço para o Inter conseguir segurar o menino Pato, centelha de talento que vai fazer falta ao Colorado durante o Mundial Sub-20. Abração, Dassler!
O Blas Pérez fez falta ao Cúcuta, que esteve muito tímido nessa partida, à exceção, claro, do Zapata, que teve uma das melhores atuações de um goleiro que pude acompanhar nos últimso tempos.
Em tempo, o Blas deixou o dele na vitória parcial do Panamá sobre Honduras.
Abraço!
"futebol intenso de Pinga, que muito lembra o quase xará Pinga"
No mais, muito bom. Virei leitor seu.
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