quinta-feira, 14 de abril de 2011

Flopiazon


Flop é a expressão utilizada na Inglaterra para designar um grande fracasso. O termo ainda é exagerado para designar Lucas Piazon, mas o mais promissor centroavante de todas as seleções brasileiras de base parece viver um momento de interrogração em sua carreira. Principal decepção do Brasil no último Sul-Americano Sub-17, Piazon foi o retrato de uma equipe com pouca transpiração e que, salvo exceções como Emerson, Misael e Adryan, decepcionou um bocado apesar do título.

Pouco interessado em campo, Lucas Piazon deu argumentos à tentação de o acusar de pensar no Chelsea. Ficou muito além das competições em que brilhou com intensidade, como Nike Cup e Sul-Americano Sub-15, ambas no ano retrasado. E que foram o estopim para que se iniciasse o imbróglio que teve Giuliano Bertolucci (amigo de Kia Joorabchian com trânsito livre em Benfica e Chelsea) como seu arquiteto. Lucas se portou de forma inadequada durante o processo e até chegou a treinar no Corinthians, provocação em conjunto com Andrés Sanchez, amigo de Giuliano.

Ao ter conhecimento da proposta de 7,5 milhões de euros que Bertolucci trouxe do Chelsea, Juvenal Juvêncio pediu o aval de Zé Sérgio, treinador dos juvenis do São Paulo, e avaliou junto da cúpula de Cotia que Lucas Piazon era uma bomba relógio. Cercado por pessoas que detestam as cores são-paulinas e assediado por clubes da Europa (visitou a Juventus no início do ano), devia sair logo mesmo e "pagar" por Luís Fabiano.

Na Europa, Lucas Piazon deve saber que será apenas mais um. São pouquíssimos os jogadores que chegam da base do Chelsea, para a qual ele deve ir, e se afirmam entre os profissionais. Os 7,5 milhões de euros são um investimento apenas razoável, e ele precisará repetir aquele desempenho de 2009. No futebol, um ano e meio é muita coisa. Para Lucas, a distância de seu melhor jogo.

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