Vencer uma partida com desempenho irregular ou perder com domínio são situações que fazem parte do futebol, mas o líder tem abusado dos opostos. O Corinthians, com tempos absolutamente distintos contra o Ceará na quarta-feira, deu um passo importantíssimo na busca pelo título brasileiro. Mais interessante é que o duelo caldeirão do Presidente Vargas deixou bem escancaradas as virtudes e os defeitos daquele que, se conservar o atual aproveitamento nas três rodadas finais, será o justo campeão brasileiro.
Em 45 minutos, o Corinthians foi lento e dispersivo na frente, o que tem relação direta com o cansaço de Liedson e Danilo, quase sempre os mais prejudicados nos jogos às quartas-feiras, a ausência de Paulinho, tecnicamente muito superior a Edenílson, seu substituto, e do posicionamento de Osvaldo e Felipe Azevedo, que jogaram, com inteligência, em cima de Alessandro e Fábio Santos. Sem equilíbrio para fazer a transição defesa-ataque e sem posse de bola ofensiva, o líder foi dominado. O rojão estourou diversas vezes lá atrás e Júlio César fez milagres e teve sorte.
Tite, o mais subestimado dos bons treinadores deste Campeonato Brasileiro, é o grande responsável pela subida de produção após o intervalo. Mesmo sem Jorge Henrique, Alex e Adriano (pois é), ele tirou um coelho da cartola com a entrada de Morais, o que empurrou Danilo para o corredor esquerdo e Emerson para a função mais avançada. Com paciência para trabalhar a bola, escorada na qualidade do toque de Morais (de 21 passes, acertou 20 e foi o segundo maior passador da etapa final), a equipe controlou o jogo à frente e só não ameaçou tanto a Fernando Henrique em função das atuações tecnicamente muito ruins de Willian e Emerson.
O segundo ato de brilho do treinador foi a entrada de Ramírez para dar novo fôlego ao corredor esquerdo de ataque, que já tinha Danilo sem pernas. Bingo! Na primeira jogada à frente, o peruano recebeu de Ralf (repare como muitos gols do Corinthians começam em seus desarmes), levou o zagueiro com facilidade e chutou por baixo para definir três pontos que são, na prática, a vantagem para o Vasco, com dois pontos e duas vitórias a menos.
O Corinthians tem tudo para ser o justo campeão brasileiro, afinal lidera a competição em 24 das 35 rodadas e é superior nos confrontos diretos contra todos os times do topo da tabela, salvo o Figueirense, mas precisará de muito mais em 2012 na Copa Libertadores - a vitória sobre o Ceará já assegurou presença ao menos na fase qualificatória.
O time de Tite, que tem culpa no cartório também por isso, é excessivamente tenso e muito coração e pouco cérebro em campo, o que se relaciona de forma direta com a perda do título de 2010 e a expectativa criada com o início surreal de 2011. Raramente consegue controlar até partidas teoricamente fáceis, como contra o Atlético-PR no último domingo, e erros desse tipo não são permitidos em jogos de Libertadores. No Brasileiro, não devem ser suficientes para tirar o título do Parque São Jorge.
Em 45 minutos, o Corinthians foi lento e dispersivo na frente, o que tem relação direta com o cansaço de Liedson e Danilo, quase sempre os mais prejudicados nos jogos às quartas-feiras, a ausência de Paulinho, tecnicamente muito superior a Edenílson, seu substituto, e do posicionamento de Osvaldo e Felipe Azevedo, que jogaram, com inteligência, em cima de Alessandro e Fábio Santos. Sem equilíbrio para fazer a transição defesa-ataque e sem posse de bola ofensiva, o líder foi dominado. O rojão estourou diversas vezes lá atrás e Júlio César fez milagres e teve sorte.
Tite, o mais subestimado dos bons treinadores deste Campeonato Brasileiro, é o grande responsável pela subida de produção após o intervalo. Mesmo sem Jorge Henrique, Alex e Adriano (pois é), ele tirou um coelho da cartola com a entrada de Morais, o que empurrou Danilo para o corredor esquerdo e Emerson para a função mais avançada. Com paciência para trabalhar a bola, escorada na qualidade do toque de Morais (de 21 passes, acertou 20 e foi o segundo maior passador da etapa final), a equipe controlou o jogo à frente e só não ameaçou tanto a Fernando Henrique em função das atuações tecnicamente muito ruins de Willian e Emerson.
O segundo ato de brilho do treinador foi a entrada de Ramírez para dar novo fôlego ao corredor esquerdo de ataque, que já tinha Danilo sem pernas. Bingo! Na primeira jogada à frente, o peruano recebeu de Ralf (repare como muitos gols do Corinthians começam em seus desarmes), levou o zagueiro com facilidade e chutou por baixo para definir três pontos que são, na prática, a vantagem para o Vasco, com dois pontos e duas vitórias a menos.
O Corinthians tem tudo para ser o justo campeão brasileiro, afinal lidera a competição em 24 das 35 rodadas e é superior nos confrontos diretos contra todos os times do topo da tabela, salvo o Figueirense, mas precisará de muito mais em 2012 na Copa Libertadores - a vitória sobre o Ceará já assegurou presença ao menos na fase qualificatória.
O time de Tite, que tem culpa no cartório também por isso, é excessivamente tenso e muito coração e pouco cérebro em campo, o que se relaciona de forma direta com a perda do título de 2010 e a expectativa criada com o início surreal de 2011. Raramente consegue controlar até partidas teoricamente fáceis, como contra o Atlético-PR no último domingo, e erros desse tipo não são permitidos em jogos de Libertadores. No Brasileiro, não devem ser suficientes para tirar o título do Parque São Jorge.
2 comentários:
expressou tudo o que eu penso sobre esse Corinthians. Não sei se a culpa é do Tite, mas esse time tem um jeito meio cagalhão de jogar, como ele proprio diria. Tite diz que os jogadores estão muito ansiosos para conquistar o titulo, mas acho que o mesmo pode ser dito sobre ele. O time se recua muito facilmente depois de conseguir a vantagem nos jogos, e os jogadores se afobam muito. Paulo André e Leandro Castan, por exemplo, soltam a bola de maneira estabanada, entre chutões sem direção e passes horriveis. Quem sabe se conquistar o titulo o time volta com uma cabeça melhor no ano que vem...
Movimento 'Fora Kalil'
Um grupo de torcedores atleticanos intitulados “Grupo por um Galo forte e vingador” lançaram nesta quarta-feira um movimento contra a reeleição do atual presidente do Atlético, Alexandre Kalil.
No manifesto, os torcedores listaram vários motivos para que outras pessoas se juntem ao movimento.
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