terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Futebol brasileiro


Volto a publicar a coluna que, às segundas-feiras, é publicada na íntegra na Trivela. Para ler tudo, clique aqui.

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"Feliz ano velho"

Praticamente o mesmo desenho tático, a mesma filosofia de contratações e o mesmo pensamento sobre o futebol. O mesmo Botafogo também tem Cuca no banco e começa 2008 com as mesmas perspectivas que tinha no meio da última temporada, quando liderou o Campeonato Brasileiro por dez rodadas e brigou por títulos.

Com o ambiente renovado pelas saídas de Dodô e Zé Roberto, nomes importantes, mas que tinham claro desgaste com a direção, o Botafogo também se cercou de negócios bem interessantes e que, de certa forma, podem vir a ser lições para o Fluminense, que preferiu investir em grife e não olhar para as necessidades do próprio time. Os principais problemas de elenco foram as saídas de Juninho e Joílson para o São Paulo.

No setor defensivo, Ferrero e Édson parecem apostas com boa probabilidade de sucesso, caso se considere as opiniões de quem os seguiu de perto. André Luís, após uma fase ruim de alguns anos, receberá, em 2008, a chance de ser titular em um clube grande. Triguinho é um lateral seguido por todos há muitos anos, e terá a missão de repetir o papel antes feito por Luciano Almeida. A julgar pelo que mostrou com a camisa do São Caetano, a chance de se dar bem é muito grande.

No meio-campo, a probabilidade de Túlio Souza se tornar um titular deve aumentar com o desenrolar da temporada. Jogador versátil, inteligente e que tem a primeira chance em um clube grande, o ex-Coritiba tem tudo para cair nas graças de Cuca. As mesmas características se aplicam ao incansável Abedi, ex-Vasco, outro bom reforço. Marcelinho, outro que passou por São Januário, pode executar papel de meia ou aparecer em qualquer uma das duas pontas do ataque.

Aqui, Jorge Henrique parece renovado e com possibilidades de voltar a jogar o futebol dos primeiros meses do último ano, assim como Lúcio Flávio. O ataque botafoguense passa a ter Zé Carlos, que se ainda tiver o vigor que lhe caracterizou no início da carreira, pode se tornar uma boa aposta. Wellington Paulista, um dos nomes que mais vai sendo elogiado, tem a dura missão de substituir Dodô.

Em campo, o que é o mais importante, as expectativas vão se confirmando. O Botafogo não deu chances aos três pequenos que enfrentou, cumprindo assim a sua missão. O sucesso ou fracasso da receita, só mesmo o tempo para responder. Mas, caso os dirigentes, a comissão técnica e os jogadores remanescentes tenham aprendido as lições de episódios como as derrotas para São Paulo e River Plate, o Fogão pode ter em 2008 a chance de ir além do que fez em 2007.

Um comentário:

Arthur Virgílio disse...

O Carioca promete disputas eletrizantes na reta final, com Flamengo, Fluminense e Botafogo apresentando boas equipes.