1) Bruno César é mais meia-atacante que meia armador. Em 4-2-3-1 contra defesas muito fechadas e meio-campos mais povoados, como contra Tolima e Noroeste, um atacante não serve para a função. Para Bruno, o pior ainda é não estar bem física e mentalmente. As críticas de Ronaldo sobre individualismo tinham o camisa 10 como principal alvo. Em 4-3-1-2, a armação tem o suporte de três volantes, então a responsabilidade diminui e o posicionamento é mais ofensivo.
2) A participação da dupla de volantes no sistema 4-2-3-1 é essencial, só que os sucessores de Elias e Cristian têm características diferentes. Jucilei não é tão dinâmico na transição quanto Elias, que jogava à direita, e ainda precisa definir melhor o passe decisivo, caprichar nas finalizações e chutar de média e longa distância. Pior ainda é para Ralf: essencialmente marcador, não consegue se sair bem em um posicionamento mais ofensivo. Não se desloca, não dá opções de triangulação e nunca chega à área rival. Serve melhor nos sistemas 4-3-1-2, 4-3-3 (ou 4-1-2-3) ou até 3-1-4-2.
3) O lado esquerdo corintiano tem sido absolutamente deficitário. Não sai jogo por ali. Em partes, a culpa é de Ralf, mas também de Roberto Carlos. O experiente lateral não infiltra à frente, muitas vezes afunila o jogo para dentro e ainda fica muito preso à primeira linha, o que curiosamente traz problemas defensivos ao time. Jucilei era seu escudo em 2010 quando Tite utilizava o meio em losango. Não à toa, o Corinthians cresceu sem Roberto e com Marcelo Oliveira, essencialmente um infiltrador, nos últimos dois jogos.
4) Sem o jogo fluindo por seu lado, Jorge Henrique tem sumido das partidas. O lépido atacante, que atua aberto à esquerda, depende muito da transição do lateral e do volante para combinar jogadas e se aproximar. Embora seu forte seja a velocidade, Jorge é competente dentro da área e bom finalizador. Armador pelo centro, como Adílson Batista já tentara no ano passado, é tudo que ele não é. Uma saída seria tentar se aproximar de Ronaldo, mas isso tem ocorrido pouco.
5) O isolamento de Ronaldo. Se o time não bola jogadas e não se aproxima da linha defensiva do adversário, o camisa 9 não participa. Ronaldo tem dado poucas opções, se movimenta com limitações e parece conformado com os problemas do time. Um sinal foi o segundo tempo contra o Tolima, quando ele resolveu tentar ajudar mais e criou as melhores situações. A indignação é essencial para o craque.
6) Ainda falta eficiência no jogo a partir da direita. Moacir teve certa iniciativa nos últimos dois jogos do qual participou. O jogador é ativo e isso não se discute, mas falta fundamento a ele, que poucas vezes realmente ajuda. Alessandro suportou só meia hora de futebol contra o Tolima. Na medida em que recupere sua boa forma, tende a resolver o problema. É firme na defesa e tem o arrojo para levar intranquilidade à linha defensiva do adversário.
7) Jogar à direita na linha de armadores é um problema para Dentinho, que idealmente deveria ficar do lado oposto. O atacante parece sem força e confiança para encarar os marcadores. Embora habilidoso, ele não tem também arranque e potência para bater dois adversários na corrida, por exemplo. É essencialmente um bom finalizador.
8) A falta de banco de reservas mais competente mina Tite por completo. Suas opções são de jogadores que foram emprestados, mas não têm estofo suficiente para suportar uma Libertadores, de reforços de perfil médio e de nomes que não convenceram em 2010. Por suas características, também acrescentam pouco para alguma eventual mobilidade tática.
* O campinho foi gentilmente cedido pelo companheiro André Rocha, do Olho Tático
2) A participação da dupla de volantes no sistema 4-2-3-1 é essencial, só que os sucessores de Elias e Cristian têm características diferentes. Jucilei não é tão dinâmico na transição quanto Elias, que jogava à direita, e ainda precisa definir melhor o passe decisivo, caprichar nas finalizações e chutar de média e longa distância. Pior ainda é para Ralf: essencialmente marcador, não consegue se sair bem em um posicionamento mais ofensivo. Não se desloca, não dá opções de triangulação e nunca chega à área rival. Serve melhor nos sistemas 4-3-1-2, 4-3-3 (ou 4-1-2-3) ou até 3-1-4-2.
3) O lado esquerdo corintiano tem sido absolutamente deficitário. Não sai jogo por ali. Em partes, a culpa é de Ralf, mas também de Roberto Carlos. O experiente lateral não infiltra à frente, muitas vezes afunila o jogo para dentro e ainda fica muito preso à primeira linha, o que curiosamente traz problemas defensivos ao time. Jucilei era seu escudo em 2010 quando Tite utilizava o meio em losango. Não à toa, o Corinthians cresceu sem Roberto e com Marcelo Oliveira, essencialmente um infiltrador, nos últimos dois jogos.
4) Sem o jogo fluindo por seu lado, Jorge Henrique tem sumido das partidas. O lépido atacante, que atua aberto à esquerda, depende muito da transição do lateral e do volante para combinar jogadas e se aproximar. Embora seu forte seja a velocidade, Jorge é competente dentro da área e bom finalizador. Armador pelo centro, como Adílson Batista já tentara no ano passado, é tudo que ele não é. Uma saída seria tentar se aproximar de Ronaldo, mas isso tem ocorrido pouco.
5) O isolamento de Ronaldo. Se o time não bola jogadas e não se aproxima da linha defensiva do adversário, o camisa 9 não participa. Ronaldo tem dado poucas opções, se movimenta com limitações e parece conformado com os problemas do time. Um sinal foi o segundo tempo contra o Tolima, quando ele resolveu tentar ajudar mais e criou as melhores situações. A indignação é essencial para o craque.
6) Ainda falta eficiência no jogo a partir da direita. Moacir teve certa iniciativa nos últimos dois jogos do qual participou. O jogador é ativo e isso não se discute, mas falta fundamento a ele, que poucas vezes realmente ajuda. Alessandro suportou só meia hora de futebol contra o Tolima. Na medida em que recupere sua boa forma, tende a resolver o problema. É firme na defesa e tem o arrojo para levar intranquilidade à linha defensiva do adversário.
7) Jogar à direita na linha de armadores é um problema para Dentinho, que idealmente deveria ficar do lado oposto. O atacante parece sem força e confiança para encarar os marcadores. Embora habilidoso, ele não tem também arranque e potência para bater dois adversários na corrida, por exemplo. É essencialmente um bom finalizador.
8) A falta de banco de reservas mais competente mina Tite por completo. Suas opções são de jogadores que foram emprestados, mas não têm estofo suficiente para suportar uma Libertadores, de reforços de perfil médio e de nomes que não convenceram em 2010. Por suas características, também acrescentam pouco para alguma eventual mobilidade tática.
* O campinho foi gentilmente cedido pelo companheiro André Rocha, do Olho Tático
2 comentários:
Olha Dassler. Permita-me discordar do item 3, quando vc fala que a culpa é do Ralf. Na verdade o culpado é Tite, que coloca o jogador p/ realizar um papel que destoa de sua característica de jogo.
Ele poderia testar Moradei ouPaulinho no lugar de Ralf. Não que sejam primores de jogadores, mas penso que se adaptariam melhor à dinâmica de jogo desejada.
huahuahua hoje aqui estamos, chorando a saída de Tite do timão
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