domingo, 26 de fevereiro de 2012

A hora da decisão no clássico em Prudente


Ao contrário do que se pode pensar, um grande jogador não se faz apenas com qualidade técnica. Não basta. A questão também pode ser ampliada para um time. Não basta ter talento. É a lição para o São Paulo de Emerson Leão, três vezes atrás do placar contra o Palmeiras e uma equipe cujos jogadores muitas vezes tomam a decisão errada. Com e sem bola.

Casemiro, sabedor da qualidade da bola parada do rival, não pode fazer falta tola na frente da área. Cortez, a maior válvula de escape para a transição e o calcanhar de Aquiles da defesa, não pode permitir bola cruzada como a do segundo gol e que sai em sua frente. Também não pode se comportar como volante no lance do terceiro gol. A finalização de Barcos acontece no setor do lateral esquerdo. Não importa se o argentino é centroavante. Cortez devia estar ali.

O Palmeiras é justamente o contrário, porque a qualidade técnica é reduzida mas os jogadores quase sempre sabem o que fazer. Daniel Carvalho entende que não vai ganhar na corrida, mas tem inteligência para distribuir o jogo e jogar curto. Barcos, sem talento, tem na discrição e na finalização apurada sua maior virtude. São exemplos de um time que toma as decisões certas em campo. E que pode ficar forte de verdade com Wesley e Valdivia.

A nove rodadas, o São Paulo caminha para o mata-mata com uma série de problemas em campo e o verbo decidir pode realmente se tornar dor de cabeça. Pior defesa entre os seis primeiros, o time de Leão também é o que menos desarma entre os grandes, está cansado de levar gols pelo alto e foi seis vezes vazado em dois jogos. Não merecia o empate em Prudente.

PS.: Para entender melhor os lances citados, o vídeo abaixo traz os gols
http://www.youtube.com/watch?v=HrQ-yvOSqts

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