O jogo mais importante da temporada, contra o Arsenal de Sarandí, foi um show de horrores tamanha a quantidade de erros cometidos na vitória de 1 a 0. A semifinal da Taça Guanabara, diante do Botafogo, dia em que a vitória pendeu mais para o outro lado. Mas a decisão com atuação irretocável e que dá o título do primeiro turno representa mais. O Flu-2012 e Abel Braga podem ter encontrado o melhor jeito de se jogar.
Isso passa por entregar, sempre que possível, a bola nos pés de Deco. Segundo principal passador do Flu no clássico, ele tranquiliza, toma a decisão correta e pouco erra - 5 só errados em 30 passes dados como quem parece jogar sem chuteiras, só de meias. Na faixa central, Deco oferece sossego a volantes tecnicamente abaixo da crítica. Seja Edinho, Diguinho, Valencia ou Jean.
Outro ponto fundamental: Wellington Nem dá refresco aos volantes porque recompõe de maneira fiel e inferniza os laterais. Rafael Sobis, Wagner, Thiago Neves e Araújo, concorrentes de posição pelos lados, não o fazem. Nem precisa ser titular nos grandes jogos. E Abel, de trato pouco delicado mas que conhece um vestiário como poucos, precisará controlar um elenco com muitos jogadores de grandes objetivos pessoais.
Se aproximar da montagem dessa equação é o grande ponto do título do Fluminense na Taça Guanabara. Se há craques em abundância, basta ter um time de verdade para ficar perto das conquistas. Do Campeonato Carioca, claro, o Flu já se aproximou.
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