quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cruzeiro novo


Em 2007, o "problema" do Cruzeiro de Dorival Júnior era ser ofensivo demais. Ao assumir a equipe, Adílson Baptista detectou isso e, com a contratação de Fabrício, resolveu dar mais tranqüilidade aos sempre criticados zagueiros de sua equipe, sacando um meia ofensivo. Diante do Cerro Porteño, segunda exibição cruzeirense em 2008, a fórmula se mostrou adequada e Ramires, mais solto para ir à frente, provou sua indiscutível qualidade, pouco reconhecida no ano passado. Fez dois gols e foi o melhor em campo.

Nesse 4-3-1-2, com Charles armando o jogo de trás e Ramires e Fabrício mais à frente, Wagner tende a jogar mais próximo dos rápidos e intuitivos Guilherme e Marcelo Moreno. Com essa receita, Adílson produziu um setor ofensivo bastante jovem e veloz, em que praticamente todos - exceto Fabrício - possuem menos de 23 anos.

A fórmula tática, também, dá mais segurança para os zagueiros e laterais. Apodi, quando conseguir a titularidade, deve voltar a agravar um pouco o sistema defensivo, pois é da estirpe de Léo Moura e Cicinho. Adílson Baptista precisará pensar no que fazer.

Com 3-1 dentro do Mineirão, os cruzeirenses praticamente asseguraram a classificação para a chave principal. Ainda que claramente abaixo de outras equipes como São Paulo, Boca Juniors e América do México, o Cruzeiro tem um potencial técnico capaz de medir forças com qualquer outro. A imprevisibilidade, marca da equipe de Dorival Júnior que ganhou vários jogos por goleada, ainda não foi mudada. O torcedor celeste pode sorrir em 2008.

- Kerlon

O novo Cruzeiro, porém, não terá Kerlon pelos próximos meses. O menino foca passará por delicada e recorrente cirurgia no joelho, para tristeza geral na Toca da Raposa. Destaque nos treinamentos de início de ano, ele era uma das maiores esperanças do clube para 2008.

3 comentários:

Ricky_cord disse...

É uma pena que Kerlon se tenha lesionado com gravidade. Tenho curiosidade para ver até onde pode ir.

Anônimo disse...

Cara, quando o Kerlon caiu no chão, e pediu a presença dos médicos, eu já esperava pelo pior.

Não ficou nem 15 minutos completos em campo, foi impiedosamente caçado pelos paraguaios, até que não suportou duas entradas criminosas consecutivas.

Uma pena.

Ele estava cheio de moral com o Adilson, apesar do pequeno "problema" em relação à jogada da Foca, que o Adilson deixou bem evidente que não era lá muito fã.

Mas com empenho e responsabilidade tática, cumprindo exatamente o que o técnico pedia, ele foi muito bem na pré-temporada.

Sobre o placar, levar um gol em casa deixará o time alerta para a partida no Defensores del Chaco. Mas, se mantiverem o espírito aguerrido e a disposição de ontem, a classificação à fase de grupos virá, até sem muitos problemas (assim espero!)

uhahuahuahu!


abraço meu velho!

Mateus Ribeirete disse...

Aposto uma coca que Kerlon será uma eterna promessa.