domingo, 19 de setembro de 2010

Cuca e seu quebra-cabeça


Neste momento, não há no Campeonato Brasileiro um fenômeno maior que o Cruzeiro de Cuca. Cotado para demissão após cair em casa contra o Vitória, o treinador arrancou para uma invencibilidade de oito jogos, com seis vitórias e empates contra Vasco e Botafogo como visitante. Saiu da oitava posição para a briga real pelo título, levemente prejudicada graças a uma infeliz arbitragem de Heber Roberto Lopes no Engenhão.

Além do talento de Montillo e uma base muito bem montada por Adílson Batista, o que empurra o Cruzeiro tabela acima é o elenco, o que também põe um desafio nas mãos de Cuca. São muitas opções a administrar e, dependendo da escolha, muda ainda o desenho da equipe. Contra o Botafogo, a opção por Roger entre os titulares deu muito mais talento ao time, mas o treinador só pôde escalar dois de seus ótimos volantes. Na frente, inevitavelmente, sobrará alguém entre os cinco atacantes de muito bom nível.

Aparentemente, esse quebra-cabeça é o famoso problema que todo treinador quer ter, mas na prática as coisas funcionam de outra forma. No Cruzeiro, Adílson precisou sempre conviver com jogadores insatisfeitos com a reserva, como Fabinho, Roger e Wellington Paulista, e muitas vezes deixou claro que esse era um problema na Toca da Raposa. Além disso, conviver com um elenco cheio de boas opções não é algo com o qual Cuca esteja acostumado.

Cuca: quase 1 mês sem derrota no Cruzeiro

25/08 - 1 x 0 Corinthians (Montillo)
28/08 - 1 x 1 Vasco (Fernando - contra)
01/09 - 1 x 0 Flamengo (Robert)
05/09 - 3 x 2 Palmeiras (Roger, Montillo, Farías)
08/09 - 1 x 0 Internacional (Everton)
12/09 - 2 x 1 Avaí (Roger, Thiago Ribeiro)
15/09 - 4 x 2 Guarani (Rômulo, Wallyson, Fabinho, Farías)
18/09 - 2 x 2 Botafogo (Montillo, Montillo)

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