quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Simplicidade é o grande mérito de Tite


Em entrevistas, Adilson Batista jamais admitiu a verdade e sempre afirmou que fizera alterações mínimas em relação ao Corinthians de Mano Menezes. Nas suas poucas palavras, resumia isso ao novo posicionamento de Elias, mas omitia os laterais espetados, as várias improvisações e a zaga desprotegida. Claro que existiam virtudes, como a transição dinâmica e a facilidade em criar espaços com rapidez e invadir a área rival. O fato é que os desfalques e problemas internos foram fatais para Adilson, que foi substituído por um Tite preocupado apenas em zerar o que seu antecessor havia tentado mudar.

Com um treinador gaúcho tal qual Mano, o Corinthians rapidamente voltou a ser um time seguro, concentrado e consciente em seus movimentos. Assim como era com Mano, também é preso à defesa em alguns momentos, como foi contra o Flamengo. E é bom lembrar que situações como a que ocorreu no Engenhão, há uma semana, também ocorriam com o treinador da seleção brasileira.

Tite fez o simples: laterais avançam de forma coordenada, a marcação não é definida de forma individual e suicida, recomposição é eficiente e todos os jogadores atuam na sua posição. A começar por Bruno César, que atuando centralizado, marcou contra Palmeiras e Avaí, além de servir Ronaldo contra o Flamengo. Na prática, o comandante cumpriu o que havia prometido em sua apresentação: simplificar para vencer de novo e recuperar a confiança.

Não é nada não é nada, o Corinthians se vê na melhor situação de tabela desde a rodada 25, quando tinha um ponto e um jogo a menos que o líder Flu. Enquanto o Cruzeiro se ressente de gente experiente e capaz de definir em momentos agudos, a equipe de Tite cresce. Parece o mais próximo adversário do Fluminense de Muricy Ramalho, ainda o time a ser batido nas cinco rodadas finais.

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