Além de trágica, uma derrota como a inacreditável do Internacional é perigosa. Pode fazer um clube que caminha em bom prumo tomar atitudes exageradas. Mas o que aconteceu com os colorados diante do Mazembe é mesmo daquelas coisas que não podem passar - e não passam - despercebidas no futebol.
Por mais que não se falasse publicamente na possibilidade de um tropeço diante do Mazembe, isso deveria ter sido tratado com muito mais cuidado. Em 2005, o Al-Ittihad havia vendido sua derrota de 3 a 2 ao São Paulo por um preço nem um pouco módico. Os egípcios do Al-Ahli, no ano seguinte, também seguraram um empate com o próprio Inter até os 72 minutos de jogo. Em 2007, o Milan precisou suar sangue contra o Urawa Red Diamonds, então com Washington em seu ataque. A zebra que acomete os colorados vinha em processo de amadurecimento.
O que se viu no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi, é o amadurecimento do que a própria Copa do Mundo mostrara: as escolas estão cada vez mais próximas e a preparação física, a disciplina tática e a globalização do futebol fazem com que partidas de alto nível muitas vezes estejam sujeitas às dificuldades que o Internacional enfrentou contra o Mazembe. O time africano foi um marcador implacável e teve a ousadia para sempre manter uma pitada de intranquilidade no gol defendido por Renan. Desde o início do jogo, diga-se.
A grande questão na vitória do Mazembe é o caráter de internacionalização, com o perdão do trocadilho com os colorados, que ganha o Mundial da Fifa. O triunfo do bicampeão continental, que já eliminara o Pachuca, é um sopro de vida do futebol de clubes da África, 20 anos depois do que Camarões havia iniciado entre seleções na Copa do Mundo da Itália. As dancinhas inconfundíveis, a alegria de jogar e a ousadia de ameaçar um gigante quando no ataque: o Todo Poderoso Mazembe não tem tanto de diferente para os Leões Indomáveis, salvo a evolução natural do esporte em duas décadas.
É consenso, apesar disso tudo, que a derrota colorada é um grande vexame. E é difícil não lembrar de Celso Roth e seu bigode, reverenciados no último post. Roth provou que ainda está um degrau abaixo dos grandes treinadores e, nesse momento, sua continuidade seria um erro. Não por falta de capacidades ou por ser o único responsável pela queda em Adu Dhabi, mas porque já começaria 2011 com a corda apertada ao pescoço. A pressão ao seu trabalho seria brutal e dificilmente reversível.
A boa notícia para o torcedor do Inter é que todas as últimas trocas de treinadores foram feitas com calma e trouxeram resultados. Em 2008, Tite assumiu o posto de Abel Braga e foi atrás da Copa Sul-Americana. No ano seguinte, Mário Sérgio chegou em momento complicado e conseguiu o vice do Brasileiro. Desta vez, foi Roth quem pegou o trabalho de Jorge Fossati e venceu a Libertadores. Parece ser o momento de nova alteração.
Por mais que não se falasse publicamente na possibilidade de um tropeço diante do Mazembe, isso deveria ter sido tratado com muito mais cuidado. Em 2005, o Al-Ittihad havia vendido sua derrota de 3 a 2 ao São Paulo por um preço nem um pouco módico. Os egípcios do Al-Ahli, no ano seguinte, também seguraram um empate com o próprio Inter até os 72 minutos de jogo. Em 2007, o Milan precisou suar sangue contra o Urawa Red Diamonds, então com Washington em seu ataque. A zebra que acomete os colorados vinha em processo de amadurecimento.
O que se viu no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dhabi, é o amadurecimento do que a própria Copa do Mundo mostrara: as escolas estão cada vez mais próximas e a preparação física, a disciplina tática e a globalização do futebol fazem com que partidas de alto nível muitas vezes estejam sujeitas às dificuldades que o Internacional enfrentou contra o Mazembe. O time africano foi um marcador implacável e teve a ousadia para sempre manter uma pitada de intranquilidade no gol defendido por Renan. Desde o início do jogo, diga-se.
A grande questão na vitória do Mazembe é o caráter de internacionalização, com o perdão do trocadilho com os colorados, que ganha o Mundial da Fifa. O triunfo do bicampeão continental, que já eliminara o Pachuca, é um sopro de vida do futebol de clubes da África, 20 anos depois do que Camarões havia iniciado entre seleções na Copa do Mundo da Itália. As dancinhas inconfundíveis, a alegria de jogar e a ousadia de ameaçar um gigante quando no ataque: o Todo Poderoso Mazembe não tem tanto de diferente para os Leões Indomáveis, salvo a evolução natural do esporte em duas décadas.
É consenso, apesar disso tudo, que a derrota colorada é um grande vexame. E é difícil não lembrar de Celso Roth e seu bigode, reverenciados no último post. Roth provou que ainda está um degrau abaixo dos grandes treinadores e, nesse momento, sua continuidade seria um erro. Não por falta de capacidades ou por ser o único responsável pela queda em Adu Dhabi, mas porque já começaria 2011 com a corda apertada ao pescoço. A pressão ao seu trabalho seria brutal e dificilmente reversível.
A boa notícia para o torcedor do Inter é que todas as últimas trocas de treinadores foram feitas com calma e trouxeram resultados. Em 2008, Tite assumiu o posto de Abel Braga e foi atrás da Copa Sul-Americana. No ano seguinte, Mário Sérgio chegou em momento complicado e conseguiu o vice do Brasileiro. Desta vez, foi Roth quem pegou o trabalho de Jorge Fossati e venceu a Libertadores. Parece ser o momento de nova alteração.
2 comentários:
Belo texto, Dassler!
Como disse o PVC, o Mundial de Clubes nunca mais será o mesmo depois da zebra Mazembe.
A partir do Todo Poderoso time africano, nunca mais vão poder contestar a participação das equipes fora do eixo Conmenbol-Uefa e vão ter o respeito que merecem.
Acho que a exaltação a Roth foi um tanto quanto precipitada após a vitória na Libertadores - assim como muitas críticas contundentes em relação ao trabalho do treinador eram injustas. Mas o fato, como você bem destacou, é que o técnico gaúcho não está na elite entre os profissionais de sua área. Não teve visão de jogo contra o Mazembe. Mas o pior: faltou coragem!
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