Fale a verdade: o emparceiramento coloca seu time diante do Once Caldas, da Universidad Católica, do Peñarol ou do Libertad. Vamos além: do Tolima. Você realmente teme a eliminação? É possível que o Peñarol e seus cinco títulos de Libertadores gerem alguma preocupação, ou que você seja um torcedor de exceção. Mas o raciocínio é quase sempre aquele mesmo. Bom, vai ter Gre-Nal nas quartas e o Fluminense pode rever a LDU. Já pensou que bacana um Cruzeiro x Santos, os dois times de melhor jogo do país?
Esse tipo de mentalidade é o que ajuda a explicar a pior noite do Brasil na história da Copa Libertadores. Afinal, quatro dos cinco representantes foram eliminados em um intervalo de quatro horas: 100% de fiasco. O fracasso fica ainda mais claro se você lembrar que o Corinthians foi o primeiro da história a cair na fase de qualificação. O Santos só não tomou o mesmo rumo porque Rafael foi heroico em Querétaro, mas um placar como Libertad 3 x 0 Fluminense seria perfeitamente possível para os santistas.
A eliminação em massa, que dá ao futebol brasileiro seu menor contingente nas quartas de final da Libertadores desde 1994, não deve ser vista como um momento de caos técnico no país. O ano de 2011 reafirma o crescimento dos clubes do Brasil, com elencos cada vez mais encorpados, administrações com raciocínio mais profissional, receitas em franca ascensão e a presença real de craques com potencial de protagonistas na Europa. A questão parece muito mais comportamental: basta você lembrar o péssimo início de santistas e tricolores e as hesitações da dupla Gre-Nal mesmo em chaves acessíveis na fase de grupos. Quando o bicho pegou, todos jogaram futebol e avançaram.
Dono do pior vexame da trágica noite, o Cruzeiro lidera a legião de equipes que parecia pensar mais na decisão estadual do que em realmente matar o Once Caldas. Em Sete Lagoas, os cruzeirenses foram amplamente dominados pelo time colombiano, o pior entre os classificados da fase de grupos, mas com virtudes. A boa fase de Rentería, os avanços em diagonal de Dayro Moreno e a firmeza habitual de sua linha defensiva foram alguns pontos do próximo adversário santista. O time de Cuca demorou a acordar na Arena do Jacaré e, no momento mais necessário, faltaram atacantes. Só o limitado André Dias estava em campo quando o Cruzeiro buscava o gol da vaga.
A euforia natural pela possibilidade de vários Gre-Nais também prejudicou os gaúchos. O Grêmio, já na partida de ida, quando se permitiu cochilos defensivos imperdoáveis diante de um adversário realmente forte. Basta lembrar que a Católica domina o futebol chileno com autoridade nos últimos meses, e foi o que se confirmou em campo contra os gremistas amplamente fragilizados após a expulsão de Borges. A falta de qualidade da equipe cheia de desfalques que foi a Santiago se mostrou gritante, e deve fazer a torcida se voltar contra Renato Gaúcho e a direção: os reforços para 2011 foram pífios e a eliminação justíssima.
O fantasma do Mazembe, que poderia ser afastado com a troca de Celso Roth por Falcão, ainda permanece vivo no imaginário colorado, embora o Peñarol tenha uma tradição imensurável. O bom resultado construído em Montevidéu, graças a um chutaço de Leandro Damião, foi reforçado com um futebol de imposição técnica, física e tática nos primeiros 45 minutos em Porto Alegre. Não só pelo lindo gol de Oscar, mas pelas várias chances desperdiçadas. Falcão tem razão uando cita 5 minutos de apagão na etapa final, tempo suficiente para os uruguaios silenciarem o Beira-Rio com dois gols, mas também fez mexidas infelizes na equipe. Faltou mecânica de jogo ao Inter que só ameaçou com abafa no segundo tempo. A eliminação é traumática e o treinador tem uma contribuição.
Já o Fluminense, o último desclassificado da noite esquecível, fosse talvez o de queda mais previsível. O Libertad tem uma equipe realmente forte e só perdeu sua invencibilidade na Libertadores no Engenhão, quando foi superior ao Flu e teve uma tremenda falta de sorte. Os paraguaios têm jogado a competição sul-americana como poucos e têm um trabalho extracampo absolutamente consistente, com infraestrutura e trabalho de base. A eliminação tricolor deve acelerar uma reformulação profunda em várias áreas das Laranjeiras: falta de unidade no elenco, problemas políticos e uma comissão técnica frágil explicam a catástrofe do Fluminense, que só se superou em muitos momentos na base de individualidades. Bem diferente do Libertad, conjunto forte e qualificado. Justo representante nas quartas de final.
Esse tipo de mentalidade é o que ajuda a explicar a pior noite do Brasil na história da Copa Libertadores. Afinal, quatro dos cinco representantes foram eliminados em um intervalo de quatro horas: 100% de fiasco. O fracasso fica ainda mais claro se você lembrar que o Corinthians foi o primeiro da história a cair na fase de qualificação. O Santos só não tomou o mesmo rumo porque Rafael foi heroico em Querétaro, mas um placar como Libertad 3 x 0 Fluminense seria perfeitamente possível para os santistas.
A eliminação em massa, que dá ao futebol brasileiro seu menor contingente nas quartas de final da Libertadores desde 1994, não deve ser vista como um momento de caos técnico no país. O ano de 2011 reafirma o crescimento dos clubes do Brasil, com elencos cada vez mais encorpados, administrações com raciocínio mais profissional, receitas em franca ascensão e a presença real de craques com potencial de protagonistas na Europa. A questão parece muito mais comportamental: basta você lembrar o péssimo início de santistas e tricolores e as hesitações da dupla Gre-Nal mesmo em chaves acessíveis na fase de grupos. Quando o bicho pegou, todos jogaram futebol e avançaram.
Dono do pior vexame da trágica noite, o Cruzeiro lidera a legião de equipes que parecia pensar mais na decisão estadual do que em realmente matar o Once Caldas. Em Sete Lagoas, os cruzeirenses foram amplamente dominados pelo time colombiano, o pior entre os classificados da fase de grupos, mas com virtudes. A boa fase de Rentería, os avanços em diagonal de Dayro Moreno e a firmeza habitual de sua linha defensiva foram alguns pontos do próximo adversário santista. O time de Cuca demorou a acordar na Arena do Jacaré e, no momento mais necessário, faltaram atacantes. Só o limitado André Dias estava em campo quando o Cruzeiro buscava o gol da vaga.
A euforia natural pela possibilidade de vários Gre-Nais também prejudicou os gaúchos. O Grêmio, já na partida de ida, quando se permitiu cochilos defensivos imperdoáveis diante de um adversário realmente forte. Basta lembrar que a Católica domina o futebol chileno com autoridade nos últimos meses, e foi o que se confirmou em campo contra os gremistas amplamente fragilizados após a expulsão de Borges. A falta de qualidade da equipe cheia de desfalques que foi a Santiago se mostrou gritante, e deve fazer a torcida se voltar contra Renato Gaúcho e a direção: os reforços para 2011 foram pífios e a eliminação justíssima.
O fantasma do Mazembe, que poderia ser afastado com a troca de Celso Roth por Falcão, ainda permanece vivo no imaginário colorado, embora o Peñarol tenha uma tradição imensurável. O bom resultado construído em Montevidéu, graças a um chutaço de Leandro Damião, foi reforçado com um futebol de imposição técnica, física e tática nos primeiros 45 minutos em Porto Alegre. Não só pelo lindo gol de Oscar, mas pelas várias chances desperdiçadas. Falcão tem razão uando cita 5 minutos de apagão na etapa final, tempo suficiente para os uruguaios silenciarem o Beira-Rio com dois gols, mas também fez mexidas infelizes na equipe. Faltou mecânica de jogo ao Inter que só ameaçou com abafa no segundo tempo. A eliminação é traumática e o treinador tem uma contribuição.
Já o Fluminense, o último desclassificado da noite esquecível, fosse talvez o de queda mais previsível. O Libertad tem uma equipe realmente forte e só perdeu sua invencibilidade na Libertadores no Engenhão, quando foi superior ao Flu e teve uma tremenda falta de sorte. Os paraguaios têm jogado a competição sul-americana como poucos e têm um trabalho extracampo absolutamente consistente, com infraestrutura e trabalho de base. A eliminação tricolor deve acelerar uma reformulação profunda em várias áreas das Laranjeiras: falta de unidade no elenco, problemas políticos e uma comissão técnica frágil explicam a catástrofe do Fluminense, que só se superou em muitos momentos na base de individualidades. Bem diferente do Libertad, conjunto forte e qualificado. Justo representante nas quartas de final.
3 comentários:
Excelente resumen de lo que pasó anoche con los equipos brasileños.
Sinceramente, espero que se tome nota y no se vuelvan a cometer estos errores. Es una pena, por el fútbol de Brasil y por la competitividad en la Libertadores.
Ótima análise, Dassler.
Vamos ver agora como o desgastadíssimo Santos se comporta no restante da competição.
Falou!
Boa noite, meu nome é Jonas. Quero postar meu comentário sobre o nome do futuro estadio do Corinthians...
Nada de Itaquerão, nem Fielzão, acho que um nome respeitável tanto pelo time como também pela torcida seria "NINHO DO GAVIÃO", um nome que traria mais respeito e homenagiaria a imensa torcida alvinegra, Abraço a tds!!
Postar um comentário