segunda-feira, 29 de março de 2010

A fera em seu território


Carlos Alberto, o nome do clássico Vasco e Fluminense, brilhou em circunstâncias muito próprias de seu futebol. O gol para Dodô surge na bola roubada por Coutinho e no contra-ataque que Carlos liga perfeitamente, em velocidade. O gol para Fagner, em nova assistência dele, agora driblando perto da área e abrindo a defesa do Flu.

Não foi por acaso que Carlos Alberto brilhou quando esteve ao lado de José Mourinho. No Porto, campeão europeu de 2004, o meia de origem jogava no ataque – à frente de Deco, atrás do centroavante, fosse ele Benny McCarthy ou Derlei. Quando atua longe da área, Carlos tem enorme dificuldade em soltar a bola rápido, em acelerar o jogo, em entender o momento do drible agudo ou da definição.

Contra o Fluminense, Carlos Alberto atuou protegido por três volantes, a melhor formação para o Vasco empurrá-lo para perto do ataque e dar fluidez de jogo pelas duas laterais. De Carlos não se pode tirar a jogada individual: foi o jogador que sofreu mais faltas, foi quem perdeu a posse de bola mais vezes, o segundo a driblar mais.

E claro: o mais decisivo, com dois passes perfeitos para gol. Muito porque teve a bola nas circunstâncias que precisa para brilhar.

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