terça-feira, 27 de novembro de 2007

Futebol brasileiro

A coluna desta semana, na Trivela, trata sobre a briga corintiana pela permanência na Série A.

Hoje, no Pacaembu e no Mineirão, o destino de Goiás e Corinthians será selado.

"É pura sorte"

Santos e Paraná Clube, Vila Capanema, último domingo: aos 27 minutos do segundo tempo, 2-0 de vantagem para os anfitriões. Dez minutos depois, virada santista e os paranistas, assim, praticamente na Série B. Os três pontos que o time de Vanderlei Luxemburgo trouxe na bagagem, mediante uma ótima virada, deram mais uma força, também, para a permanência corintiana na primeira divisão.

A vitória que garantiu o Santos na Libertadores-08, de quebra, diminuiu o ímpeto do Grêmio - adversário corintiano na última rodada - na briga por um espaço no G-4. Coube ainda ao Flamengo, com outra vitória no Maracanã, reduzir ainda mais as chances gremistas, apenas ainda não sepultadas graças aos resultados ruins novamente colhidos por Cruzeiro e Palmeiras. Enfrentar os gaúchos desanimados, no próximo domingo, naturalmente é a vontade que paira sobre o Parque São Jorge.

Mesmo com esse espírito forte, o Corinthians precisará somar pontos diante do já desanimado Vasco da Gama. Outro tropeço dentro de seus domínios, caso ocorra, pode decretar o rebaixamento corintiano na última rodada e a nada confortável situação de depender de outras equipes para não cair. Respirando fora da zona da degola, o time de Nelsinho vai ilustrando uma situação enganosa, em que parece estar em ascensão, mas venceu apenas um de seus últimos cinco jogos.

Para o decisivo duelo contra o Vasco, a equipe corintiana precisará mudar de cara mais uma vez. Será outra missão no complicado trabalho de Nelsinho à frente de um clube sem qualquer identidade. Ao longo do ano, 58 jogadores diferentes atuaram com a camisa do Corinthians, com direito a nomes longínquos como Amoroso, Paulo Almeida, Jaílson, Daniel Grando e Fágner. Para se ter uma idéia, o São Paulo, também durante 2007, só teve 37 jogadores oportunizados, mesmo fazendo nove jogos a mais.

A principal dificuldade, porém, será superar a ausência de Finazzi nos dois últimos jogos. Referência ofensiva e liderança moral, o centroavante anotou cinco dos sete gols feito pelo Corinthians nos últimos jogos, mas foi suspenso pelo STJD – o mesmo que abriu os portões do Maracanã, mas fechou os do Machadão e não teve tempo de julgar o efeito suspensivo de Valdívia.

Pênalti defendido próximo do fim, gols nos últimos minutos e resultados improváveis conspirando a favor: tudo parece ajudar o Corinthians, que também precisa se ajudar. Caso contrário, terminará com naturalidade um ano em que teve quatro treinadores, três presidentes, escândalos na Polícia Federal, CPI engavetada, pedofilia na base, desvio de verbas no time B e ainda quase 10 milhões de euros pagos a um jogador que nem estava mais no clube. Ou seja, na segunda divisão. Até aqui, os tais deuses do futebol têm colaborado.

3 comentários:

Gerson Sicca disse...

Acho q depois do jogo contra o Goiás o Corinthians não cai mais.

Unknown disse...

confesso q vou secar pra ver o corinthians na segunda hauahau

\o/


abração dassler

Filipe Lima disse...

Pior que considero que o Corinthians não cai, mas sem se ajudar. Para mim, os três perdem seus jogos.